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Marcos Neves Pereira - Fatores determinantes da produção de leite

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Fatores determinantes da 
produção de leite
GZO 119
Marcos Neves Pereira
Fisiológicos
• Não hereditários
– Duração do período seco, estágio da 
lactação, nível nutricional, idade ou ordem 
da lactação ao parto, tamanho do animal, 
gestação, desordens ao parto, somatotropina
• Hereditários
– Grau de sangue, paternidade da vaca, pai da 
cria
Ambientais (Meio)
– Ano e estação/mês de parição, número de 
ordenhas
UFLA
Ciclo lactacional
Produção de leite
Consumo de matéria seca
Condição corporal
Parto Secagem
Limite para concepção
Padronização
• 305 dias de lactação
• 12 meses de interval entre partos (Parto-
concepção 82 dias)
• 60 dias de período seco
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40
Semanas da lactação
Le
ite
 e
 C
M
S
 (k
g
/d
)
Leite CMS
Máximo
1 L no pico = 250 to 300 L na lactação
MAX
Curva de lactação e consumo de matéria seca
CMS de uma vaca de 580 kg ao longo da lactação (NRC, 2001) 
Estágio da lactação
• Pico: 
– Produção máxima (4-8 semanas pós parto)
• Persistência:
– Grau de manutenção da produção com o 
avançar da lactação
Correlação genética entre 
partes da curva é menor que 1
• Animais variam quanto ao:
– Tempo de aumento da produção do 
parto ao pico
– Taxa de subida
– Nível máximo atingido
– Taxa de declínio
Curvas de Lactação 
(processo de ordem zero dl/dt=K M0)
(rebanhos de 7000 a 10000 kg/vaca/ano)
15
20
25
30
35
40
45
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Mês da lactação
Curvas por ordem da lactação 
em rebanho de 9000 kg
B
B
B
B
B
B
B
B
B
B
J
J
J
J
J
J
J
J
J
J
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
20
25
30
35
40
45
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B 1
J 2
H 3+
Mês da Lactação
Estimativa de 
Produção/vaca/ano
DHIA (rebanhos de 6000 a 12000 kg/vaca/ano)
1a lactação :
= {[(Pico(kg)/0,45359) * 384,5] - 6835} * 0,45359 
= Pico * 290
Vacas adultas:
= {[(Pico(kg)/0,45359) * 267,7] - 4849} * 0,45359
= Pico * 260
Girolandas (F1) a pasto nas àguas
e alimentadas com cana na seca
Ribeiro, 2016 
Tese MS UFMG
Leite 305 dias (kg)
1: 5303 (72%)
2: 6654 (91%)
3: 7315
4: 7341
5: 7267
Para que período seco ?
• Capuco et al, 1997. J. Dairy Sci. 80: 477.
Não ocorre perda líquida de tecido mamário 
durante o período seco (termo involução é 
inapropriado). Ocorre maior reciclagem de 
células epiteliais mamárias. Função seria 
substituição de células epiteliais mamárias 
danificadas ou envelhecidas. Requer no 
mínimo 35 dias
Duração do período seco
Duração do
período seco
(dias)
Produção de leite com relação
às companheiras de rebanho
(kg/ano)
% Vacas
5-20 -585 2.9
21-30 -286 3.7
31-40 -71 6.5
41-50 +86 12.3
51-60 +135 21.5
61-70 +142 20.3
71-80 +72 9.4
81-90 +29 6.0
90 -49 17.4
Dados de 281.816 vacas (Butcher, 1974)
Nível alimentar
Baixo nível Alto nível
Observações 483 118
Leite (kg/d) 3564 4938
Pico (kg/d) 16,9 23,4
% picos após 30 dias 57,9 62,7
Persistência 2,41 2,47
Parto - 1
o
 serviço (dias) 96 68
Fonte: Pereira, 1992
Condição Corporal
• Escala de 1 a 5
• 1 = Magra
• 5 = Gorda
• Ideal ao parto
– 3 a 3,5 para Holandês
– 3,5 a 4 para Girolando (Menor mobilização 
de reservas corporais e depósito intra-
abdominal de gordura e maior deposição no 
subcutâneo)
Condição Corporal
• Condição corporal excessiva ao parto inibe o 
consumo pós parto e aumenta mobilização de 
reservas e desordens metabólicas
• Baixa C.C. ao parto deprime pico em vaca de alto 
potencial
• Em dieta de baixa energia maior C.C. ao parto é 
associado a melhor performance reprodutiva
• Sub-alimentação em uma lactação tem efeito na 
lactação subsequente
• Mudança na C.C. no início da lactação determina 
partição de nutrientes no final da lactação
Frequência e intervalo entre ordenhas
Existe uma proteína no leite que inibe a taxa de 
secreção
Concentração depende da quantidade de leite 
acumulada na glândula
O efeito desta inibição, a curto prazo, é a redução 
na atividade metabólica das células alveolares
A longo prazo, reduz a quantidade de tecido 
secretor ativo
Frequência e intervalo entre ordenhas
3 ordenhas reduz o efeito inibitório do 
"feed back" químico regulador da 
secreção de leite (J. Dairy Sci., 72: 1679, 
1989), aumentando a atividade secretora 
e a diferenciação celular na glândula 
mamária
Quando praticado por meses, resulta em 
proliferação celular e aumento da 
quantidade total de tecido secretor
Ganho em produção na lactação com a utilização 
de 3 ordenhas com relação a 2 ordenhas. Dados 
de 28 rebanhos da Califórnia
Ordem da lactação 1ª lactação >1ª lactação
Ganho proporcional em produção 14% 12%
Fonte: Gisi et al, J. Dairy Sci. 69: 863, 1986
Efeito do intervalo entre ordenhas sobre a 
produção de leite
Intervalo entre
ordenhas
Número de
vacas
Dias em
lactação
Produção de
leite (kg)
12-12 35 305 6242
14-10 35 305 6222
16-8 35 305 6161
Schmidt & Trimberger,1963
12.5-11.5 82 266 4910
14.5-9.5 82 266 4800
Ormiston et al,1967
Tamanho
• No mesmo animal aumenta com maturação
• Tamanho elevado é associado a baixa 
eficiência biológica
Leite na 1
a
lactação
Produção
vitalícia
Longevidade
Estatura muito alta -85 -423 -16
Estatura intermediária 5 34 8
Estatura baixa 80 389 8
Constantes de quadrado mínimo ajustada para 
outras características de tipo e outros fatôres
Dados de 78.182 vacas Holandesas (Honnette et al, JDS, 63: 807, 1980)
Gestação
• Deprime lactação por efeito hormonal
• Requisito nutricional para crescimento fetal é 
importante apenas no terço final da gestação
• Alta produção está associada a menor efeito
da gestação sobre a persistência (Bar-Anan et 
al, J. Dairy Sci. 68: 382, 1985)
• Efeito muito marcado em animais zebuínos e 
seus mestiços
Desordens ao parto
(USA)
Incidência
Distocia 5.8%
Natimorto 4.1%
Retenção de placenta 9.4%
Cisto 12.3%
Anteriores + febre vitular + cetose + torção de abomaso 36.9%
Fonte: Stevenson & Call, Theriogenology 19: 367, 1983
Ano de parição
• Efeito resultante de :
Mudanças de manejo, alimentação, economia, 
assistência técnica, genética, tamanho do 
rebanho, instalações
• Objetivo do sistema
Aumentar produção/animal ano a ano
Estabilizar produção/animal.
Estação de parição
• Boas condições de criação minimizam os 
efeitos da época de parição sobre a produção 
de leite
• Sistemas estacionais fazem uso da variação 
ambiental para aumentar lucratividade e 
eficiência biológica ou propiciar férias 
Efeito da estação de parição em rebanho 
Holandês no sul de Minas Gerais
DJF JJA
Leite 4324 4259
Pico (*) 23,4 19,5
Persistência (*) 2,25 2,68
S/C (*) 2,15 1,83
Parto-1o serviço 87 81
Parto-Concepção (*) 127 111
Fonte: Pereira, 1992
Girolandas (F1) a pasto nas àguas
e alimentadas com cana na seca
Dias em lactação: 273 na chuva e 289 na seca Ribeiro, 2016 
Tese MS UFMG
Parição na seca no Brasil Central
• Melhor preço do leite e faz cota
• Menor stress por barro, calor, mosquito no pós 
parto e bezerros
• Dieta de alto custo no início da lactação, fase de 
maior lucratividade da vaca
• Utilização de pastagem em meio e final de 
lactação (exigência nutricional mais baixa)
• Requer suplementação volumosa de vacas secas
Somatotropina
• Contrário à tendêncianaturalista do consumidor de 
produtos de origem animal
• Pituitária da vaca produz 4 tipos de BST
• 2 com 191 aa e 2 com 190 aa
• Lactotropin é similar a 1 dos BST com 191 aa
– Lactotropin : COOH-1 190-MET-NH2
– Natural : COOH-1 190-ALA-NH2
• Sintetizado por técnica de DNA recombinante em
E.coli. Necessita hipófises de 25 vacas para produzir
uma dose de BST.
• Mecanismo de ação: Peel & Bauman. J. Dairy Sci. 
70: 474, 1987
Somatotropina
• Lactotropin (Posilac nos EUA)
• Boostin
• ~R$ 1,40/vaca/dia
• Resposta varia de 2,3 a 6,8 kg/vaca/dia
• Resposta é maior após pico (J. Dairy Sci. 68: 2385, 
1985; 80: 127, 1997)
• Resposta em leite é rápida, em consumo ocorre após
3-5 semanas
• Resposta é cumulativa: Máxima resposta ocorre após
3-4 injeções
Somatotropina
• Resposta em vaca é maior que em novilha
• Resposta não é dependente do potencial genético
do animal
• Não existe correlação entre resposta e C.C. 
quando da aplicação
• C.C. pode cair após administração até que ocorra
aumento no consumo
• Nível de resposta a longo prazo é dependente da 
disponibilidade de alimento (J. Dairy Sci. 
72(Suppl.1): 451, 1989)
Somatotropina
• Resposta a aumento na dose é curvilinear (J. Dairy 
Sci. 68: 1352, 1985)
• Resposta ocorre em diversas dietas (J. Dairy Sci. 74: 
945, 1991)
• Exigência nutricional é a mesmo de vacas não
injetadas produzindo quantidades similares de leite
• Não afeta mantença (J. Nutr 118: 1024, 1988)
• Não afeta eficiência de utilização dos nutrientes, 
altera partição entre ganho corporal e glândula
mamária
Somatotropina
• Desempenho reprodutivo é similar ao de vacas com 
produção similar de leite (Theriogenology 36: 573, 
1991)
• No início da lactação pode piorar reprodução (J. Dairy 
Sci 73: 3237, 1990)
• Não tem efeito sobre mastite quando comparado a 
vacas produzindo quantidade similar de leite (8 
experimentos do FDA)
• Utilização aleatória é única garantia para não efeito
sobre melhoramento genético (Hoard’s Dairyman 71: 
2210, 1988)

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