RELATÓRIO DIFERENTES CONTEXTOS EM UM SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Nathália Baccule Chaves, RU 1402198, Licenciatura em 
 Pedagogia 
 ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DIFERENTES CONTEXTOS
UTA: DIVERSIDADE
 CIANORTE-PR
 2018
 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Nathália Baccule Chaves, RU 1402198, Licenciatura em 
 Pedagogia 
 ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DIFERENTES CONTEXTOS
UTA: DIVERSIDADE
Relatório de Estagio Supervisionado Diferente Contextos: apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário UNINTER
 CIANORTE-PR
 2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO…………………………………………........................................03
 2. A INSTITUIÇÃO ESTAGIADA.........................................................................04
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA.........................................04
2.2CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA/FILOSÓFICA DA INSTITUIÇÃO.....................04
2.3DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO..............................................................................................06
2.3.1CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL............................................................06
2.3.2CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA..................................................................08
2.3.3CARACTERIZAÇÃO DO PUBLICO ATENDIDO PELA INSTITUIÇÃO.......................................................................................................09
PROJETO DE INTERVENÇÃO............................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………..............................................14
REFERÊNCIAS…………………………………......................................................15
INTRODUÇÃO
Este relatório tem como objetivo apresentar o trabalho que é desenvolvido diariamente, por profissionais da área da educação, dos quais desenvolvem sua habilidades na educação não formal. A educação não formal, ainda é muito pouco reconhecida e estudada por muito futuros profissionais da educação. Segundo a autora (GONH) “A educação não formal, ao contrário, não é herdade, é adquirida. Ela capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo.” Sendo assim ao se deparar com esta realidade compreende-se tal importância da educação não formal na sociedade, não sendo comente a educação formal.
Está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e na Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia e Licenciatura (2006), a importância de se ter previsto na grade curricular dos alunos a formação adequada para desenvolver seus trabalhos após a formação em espaços não escolares. E assim formar Pedagogos para atuarem na Pedagogia Social, não apenas em um Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos, mas também em outros centros como o CRAS, CREAS e Igrejas 
Durante um breve período de duas semanas e meia, foi realizado o Estágio Supervisionado de Diferentes Contextos em uma instituição da qual desenvolve projetos e oficinas para crianças que vivem ou pasaram por situações de negligência física, psíquica e moral por um determinado tempo, com o objetivo de restaurar as vida das mesma para assim crescerem e se tornarem cidadãos de bem. Está instituição chama-se de acordo com a nomenclatura de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, da qual tem como objetivo estabelecer vínculos com as crianças assistidas pelo serviço.
2. SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS- TIA SÉ
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
	O Estágio Supervisionado: Diferentes Contextos foi realizado no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos- Tia Sé, situada à Rua Cassangua, número 135, no Bairro Vila 7, CEP 87200-062, localizada na cidade de Cianorte, estado do Paraná. O contato com a instituição pode ser feito através do telefone (44) 3629-1520 e do e-mail scfvtiase@hotmail.com
	O SCFV Tia Sé oferta atendimento nos períodos matutino, vespertino e noturno para as crianças assistidas pelo serviço, familiares e comunidade.	A Instituição atende ao total de 200 pessoas entres assistidos, familiares e comunidade.
	O Estágio foi realizado no período de 04/09/2018 a 21/09/2018, no período vespertino, sendo feita observações de projetos e oficinas ofertadas pela instituição.
2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA/FILOSÓFICA DA INSTITUIÇÃO
	Em entrevista com a coordenação da instituição, Coor. E Psicologa Daniela Brazoloto e Assistete Social Tatiane Cristina, elas explicaram que objetivo do Serviço não é desenvolver atividades pedagógicas e sim oficinas e projetos que formem cidadãos, sendo assim segue-se a linha de pensamento filosófica em formar cidadãos de bem para a sociedade e para o próprio bem do indivíduo. 
	Durante toda a conversa com as meninas foi sendo despertado um novo olhar acadêmico e profissional para educação não formal, e assim compreender a sua importância para a sociedade. É possível perceber a necessidade da atuação de um Pedagogo dentro da área, para assim melhor desempenhar todas as funções almejadas pela instituição 
	O SCFV segue algumas nomenclaturas e leis que amparam todo o trabalho desenvolvido, como: Tipificação Nacional Social Socioassistenciais, Parâmetros Curriculares Nacionais – Temas Transversais, ECA – Estatuto Da Criança e do Adolescentes, Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) nº 109/2009, dentre outras.
Esta educação não formal nos remete a lembrar da importância dos Direitos Humanos a todo cidadão, de acordo com Vera Candau:
“A educação para os Direitos Humanos deve contribuir para a formação de sujeitos de direitos; para o empoderamento dos grupos sociais menos favorecido e para transformação social atrelados ao aprendizado de valores éticos que animam os seres humanos.”
	 
2.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO.
2.3.1 CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
	Foi observado durante o estágio de observação a organização da entidade em todos os aspectos, sendo assim foi possível observar e conhecer a história de fundação da entidade por meio do estudo de alguns documentos. Não foram todos os documentos da entidade que foram disponíveis para estudo durante a observação, mais ainda sim por meio de conversas com a coordenação conheci um pouco sobre a fundação da entidade e como funciona a dinâmica do dia a dia.
O SCVF é administrado pelo Serviço de obras Sociais, da qual é uma Entidade Social filantrópica sem fins lucrativos criada em 31 de janeiro de 1970 e é reconhecida por utilidade pública pelo município através da Lei n°. 199/74 de 19/11/74 e pelo Estado através da Lei n°. 7.142 de 11/05/79, cadastrada no CNAS sob n°. 25.153 de 14/06/77.
A entidade organiza suas atividades por meios de projetos e oficinas das quais são: Ballet Clássico, Dança, Música, Canto, Inclusão Digital, Karatê, Oficina de: Literatura, Higiene Pessoal, Família, Meio Ambiente, Educação no Trânsito, Lúdico, Artes Educativas, Inteligência Emocional, entre outras oficinas propostas durante o ano. Todas esta atividades são mediados por seus respectivos Educadores Sociais.
Para realização de atividades algumas oficinas possui salas especificas e preparadas fisicamente para aprendizagem dos assistidos, as crianças são separada por faixa etária em salas ambientadas de acordo com as necessidades de cada crianças assistida. Sendo elas muito bem arejadas e espaçosas, contendo TVs, meterias para realização de atividades, Quadro, Armários, Cantinho da Leitura, mesas grandes para 20 vinte crianças cada e assim estimular a socialização.
2.3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA/INSTITUIÇÃOESTAGIADA
O SCVF possui um quadro de 18 funcionários dos quais são: 1 Assistente Social, 1 Coordenadora e Psicóloga, 3 Educadoras Sociais, 1 Educadora Social de Apoio a Inclusão, 1 Educador de Música e Canto, 1 Educador de Informática, 1 Educador de Dança, 1 Educadora de Ballet Clássico, 1 Educador de Karatê, 4 Funcionários para serviços Gerais e 2 na cozinha.
Todos os Educadores e demais profissionais possuem formação adequada para atuarem na área, pela qual foram contratados. Sendo assim todos possuem zelo pelo bem estar das crianças assistidas pela instituição, procurando sempre darem o melhor para a formação de cada um e respeito por todos de acordo com as suas particularidades.
2.3.3 CARACTERIZAÇÃO DO PUBLICO ATENDIDO PELA INSTITUIÇÃO
Foi observado a caracterização do público atendido pela instituição sendo pessoas de baixa renda e que vivem em estado de negligencia pelos familiares. Alguns casos são encaminhados de forma direta pelo Conselho Tutelar e Ministério Publico de acordo com a necessidade de cada um. Em outros casos é realizado uma triagem na renda dos familiares no momento em que é efetuada a matricula por um sistema utilizado pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) n°109/2009.
São atendidos cerca de 150 crianças, sendo realizados em dois períodos, no período matutino atende-se 75 crianças e no período vespertino mais 75. Nos período noturnos atende-se cerca de 50 familiares nas oficinas de Danças realizadas as segundas-feiras e quartas-feiras e Oficina de Inclusão Digital as segundas-feiras e quartas-feiras para pessoas acima de 12 anos.
Assim é possível notar o perfil socioeconômico das pessoas atendidas pela intuição sendo da classe de baixa renda da sociedade, por meio do bairro onde a instituição esta situada é possível notar a preferência pelo público é um bairro localizada na cidade por eventuais problemas como trafego de drogas, alto índice de roubo e abusos sexuais. Por mais que estejamos lidando com pessoas de todas as idôneas é notável o respeito dos assistidos e pais pelos profissionais que ali trabalham.
PROJETO DE INTERVENÇÃO
Titulo: Futebol para todos
Contexto do Projeto: 
	A ideia do projeto veio após conhecer a realidade de todo o trabalho desenvolvido na entidade, e assim perceber a necessidade de desenvolver por meio do esporte a formação da criança em um todo, tanto como habilidades motoras como de socialização, cooperação, responsabilidade, respeito ao próximo a si mesmo e autonomia a serem todas desenvolvidas. Segundo FREIRE, desenvolver as habilidades futebol contribui para a formação da criança:
Quem aprende futebol pode desenvolver um acervo de habilidades bastante diversificado, podendo aproveitar essas habilidades em muitos outros esportes. Além disso, poderá estar aprendendo a conviver em grupos, a construir regras, a discutir e até a discordar dessas regras, a mudá-las, com rica contribuição para seu desenvolvimento moral e social. (FREIRE, 2006, p. 9)
Para a realização do projeto, foi realizado uma parceria como uma escolinha de futebol próxima a entidade conhecida com Escolinha de Futebol do COXA, onde ao conversar com o dono da escola ele se interessou em partilhar o seu conhecimento com as crianças carentes e assim desenvolver uma equipe de futebol. Após a ideia ter sido apoiada em parceria ao dono da escolinha, apresentamos o projeto a coordenação do SCFV sendo assim aprovada e iniciada de imediato. Sendo assim o Projeto não acontecera apenas enquanto estaremos ali, mais será mais um projeto oferecido as crianças assistidas pela instituição, duas vezes por semana em ambos os períodos.
Justificativa:
	Justifica-se este projeto devido a importância que se observar de se desenvolver a criança em um todo, não apenas frisando a cultura brasileira do futebol mais também contribuindo para a sua formação psíquica, moral e social. Assim desenvolvendo habilidades em sua coordenação motora, socialização, criação de regras, resolução de problemas no cotidiano, cooperação, respeito e dentro tantas outras habilidade a serem adquiridas no decore do processo.
Objetivos:
Objetivo Geral: 
Promover a integração entre as crianças assistidas pela entidade, a fim de se obter um melhor desempenho de todas em seus relacionamentos com colegas, funcionários, familiares e sociedade.
Objetivos Específicos:
- Desenvolver as habilidades de futebol as crianças, com o intuito de melhorar a qualidade de vida. 
- Verificar a inserção do futebol no cotidiano das crianças e suas influências;
- Estimular e trabalhar com os valores: cooperação, responsabilidade, respeito e autonomia;
- Desmistificar a característica de que futebol não é coisa de menina.
Publico Alvo: 
As crianças assistidas pela entidade durante todo o ano de realização dos trabalhos no SCFV.
Metodologia:
O projeto acontecerá de acordo com a dinâmica da entidade, onde será organizados por faixas etárias os grupos para se ensinar a prática do futebol. Com o auxilio do Professor de Educação Física iremos desenvolver as aulas com as crianças. Cada aula iniciara com uma roda de conversa direcionada por mim para assim sabermos o que as crianças estão gostando, ou se há que tem deixado elas desconfortáveis, para que assim possamos obter 100% de aproveitamento do projeto com os mesmo.
Será explicado de forma dinâmica as regras básicas do futebol, e organizado os times misto com meninos e meninas, para alcançarmos o objetivo de todo o trabalho que é o respeito pelo o outro e a socialização.
Cronograma:
	As atividades ocorreram em ambos os períodos, duas vez por semana para ambos os sexos da entidade, dos quais serão ao dias segunda-feira e quarta-feira.
Avaliação:
	Acontecerá no decorrer do projeto, de acordo com a participação dos assistidos.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
	O Estágio Supervisionado: Diferentes Contextos, muito acrescentou em minha formação. Foi possível constatar uma grande diferença da sala de aula para a atuação em outro ambiente não escolar.
	Um dos pontos forte em minhas observações foi o fato de se perceber um olhar mais humano ao próximo e a importância de se olhar e cuidar desta famílias que acabaram sendo submetidas a viver uma realidade pela qual não sonhavam, mais o destino das vidas delas as levaram a este caminho que algumas ainda remam para voltar ao ritmo certo do rio.
	E ao ver cada criança que ali chegava com um brilho no olhar, com um amor que não cabia dentro delas, isso só me fazia refletir sobre a importância de ser mais grato pelo que tenho e oferecer o meu melhor ao próximo.
E ao concluir mais esta etapa, se instaura em mim a vontade de se conhecer mais sobre a atuação do pedagogo social e assim lutar pelos direitos do outro e pelo direito de um plano de carreira digno a este profissional.
	
REFERÊNCIAS
GRACIANI, Maria Stela Santos. PEDAGOGIA SOCIAL.1.ed.São Paulo: Cortez,2014.
GONH, Maria da Glória. EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E O EDUCADOR SOCIAL: atuação no desenvolvimento de projetos sociais. 1 ed. São Paulo: Cortez,2010.
Manual de Estágio Supervisionado: Diferentes Contextos – UNINTER.