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Grupo: Anna Carolina Rossi Daniel Chueke Fernando Fernandes Guilherme Jacoby Leonardo de Souza Roberta Dolabella Vinícius Souza Matrizes Inversas A história das matrizes como conhecemos começa em 1826 quando Cauchy com seus conceitos ainda primitivos de matriz as definiu como “tableu”(tabela). A definição formal de matriz começou a ser usada na Teoria das Matrizes de James Joseph Sylvester em 1850, ainda sendo considerada apenas um “ingrediente” de determinantes para determinar suas linhas e colunas. Durante o século XIX, personalidades como Arthur Cayley (1821-1895), Josiah Willard Gibbs (1839-1903), desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento da teoria matricial e no consequente surgimento da matriz inversa. INTRODUÇÃO Para responder a esta pergunta podemos começar com a definição de números inversos: Todo número real possui um inverso multiplicativo, ou seja, para cada número real a existe um número real b, tal que b é o inverso de a. b = a-1 ->Exemplo: 3/4 é inverso de 4/3 , pois 4/3*3/4 =1 Este número é único e pode ser denotado por a-1. O conceito de matriz inversa(com suas particularidades) é o mesmo do número inverso, mas é um caso particular em que não há numeros, mas sim matrizes E o que seria uma matriz inversa? Apesar de este princípio aritmético valer para matrizes, nem toda matriz A não-nula possui inversa, ou seja, nem sempre há uma matriz B tal que AB = BA = In. Uma matriz quadrada é dita invertível quando existe outra matriz denotada tal que: onde I é a matriz identidade e A-1 é a matriz inversa de A. Repetindo a definição: AB = BA = In Se esta definição for verdadeira a matriz B é a matriz inversa de A! É necessário que os produtos AB e BA estejam definidos e sejam iguais à identidade, é preciso que as matrizes A e B sejam quadradas. Portanto, somente as matrizes quadradas e com determinante diferente de 0 podem ter inversa, o que já diferencia do caso dos números reais, onde todo número não-nulo tem inverso. Mesmo entre matrizes quadradas, muitas não possuem inversa. A matriz inversa Para um melhor entendimento do processo de inversão é preciso ter em mente alguns conceitos : 1- Uma matriz A é chamada de inversível quando existe outra matriz A-1 onde: e De forma que I representa a matriz identidade (unitária) e A-1 a matriz inversa de A. 2 - Além disso, uma matriz será inversível quando seu determinante for diferente de 0(zero). CONCEITOS IMPORTANTES Exemplo: Neste caso, detA=0, evidenciando que essa matriz não é inversível. Agora, observamos que detA’≠0, logo, é possível invertê-la. 3- A matriz inversa da inversa de uma matriz corresponde a própria matriz: 4- A matriz transposta de uma matriz inversa será sempre igual a inversa da transposta: OBS.: Vale lembrar que uma matriz transposta resulta da troca de linhas por colunas em uma determinada matriz. 5- A matriz inversa de um produto de matrizes é igual ao produto das inversas dessas mesmas matrizes: OBS: Isso funcionará com múltiplas matrizes: 6- Uma matriz quadrada (Anxn) diz-se ortogonal se a sua inversa for igual à sua transposta: 7- Conceitualmente, podemos chamar uma matriz inversível de não singular e podemos chamar de singulares matrizes não inversíveis. 8- Uma matriz inversa multiplicada por um número n (n≠0) é igual a matriz inversa multiplicada pelo inverso de n: MÉTODOS DE INVERSÃO Existem inúmeros métodos para se calcular a inversa de uma matriz, porém iremos apresentar somente três deles, pois são os mais importantes: Pela definição Utilizando a matriz de co-fatores Operações de Matrizes Pela definição: Através da definição básica de matriz inversa temos: Onde A representa a própria matriz, A-1 a matriz inversa e I a matriz identidade da matriz A. Assim, podemos obter A-1 (a inversa de A) sabendo a matriz inicial A e sua identidade I. Podemos calcular a inversa de uma matriz utilizando o conceito de cofatores e de transpostas: Onde A’ representa a matriz inversa, det A o determinante de A e (cof A)t a matriz transposta de co-fatores de A. Utilizando a matriz de co-fatores: OBS.: Vale lembrar que para o calculo do cofator de A (cof A), devemos encontrar Cij em: Onde Mij representa o determinante da matriz obtida eliminando a linha e a coluna da matriz original que contenha Cij . Coloca-se ao lado da matriz A a matriz I, separada por um traço vertical: a b | 1 0 ou c d | 0 1 Transforma-se, por meio de operações elementares, a matriz A na matriz I, aplicando-se, simultaneamente, à matriz I as mesmas operações elementares. Operações de matrizes: (A|I) Alguns exemplos dos métodos citados acima podem ser observados logo abaixo: A matriz inversa de , por exemplo, é do tipo , e da definição decorre que: Assim sendo: Outra forma para a obtenção da matriz inversa é a aplicação da matriz adjunta através da seguinte formula: Exemplo: Obtendo a matriz inversa de M = , por este processo, temos: a) det M = = 12 - 11 = 1 b) M' = c) M = (M')t = d) M-1 = . M = . = Definição : Uma matriz elementar é uma matriz obtida por meio de operações elementares nas linhas de uma matriz identidade. Chamamos de operações elementares nas linhas de uma matriz, às seguintes operações: 1)A troca da ordem de duas linhas da matriz; 2)A multiplicação uma linha da matriz por uma constante diferente de zero; 3)A substituição uma linha da matriz por sua soma com outra linha multiplicada por uma constante diferente de zero. MATRIZES ELEMENTARES Exemplo: Considere a matriz identidade I. Então as matrizes E1, E2, E3, são matrizes elementares obtidas de I, pela aplicação de uma única operação elementar em suas linhas. Se Li representa a i-ésima linha de I, então, estas matrizes foram obtidas da seguinte maneira: , , , . TEOREMA: Seja E a matriz elementar obtida fazendo-se uma operação elementar nas linhas de In . Se a mesma operação elementar for feita em uma linha de uma matriz A de ordem nxr , então o resultado será igual a E.A . Exemplo: Considere as matrizes elementares E1, E2 e E3 , obtidas conforme segue: Considere agora a matriz: Verifique que: 1) Encontre a matriz inversa da matriz , se existir. Resolução: det A = 6 – 6 = 0, logo não existe a matriz inversa. 2)Mostre que, se uma matriz quadrada é invertível, então det A ≠ 0. Resolução: Se A é inversível, então: A-1 · A = I det (A–1 · A) = det I (det A) · (det A-1) = 1 Portanto det A ≠0 e det (A-1) = Exercícios 3) Considere o conjunto das matrizes da forma Determine o valor de k para o qual exista exatamente uma matriz não-inversível nesse conjunto. Resolução: (x – 3)·(x – 5) – 1·(x + k) = x2 – 8x + 15 – x – k = x2 – 9x + 15 – k Para não se ter A-1, devemos ter det A = 0. x2 – 9x + 15 – k = 0 Como queremos uma matriz não-inversível, devemos ter Δ= 0: Δ= (–9)2 – 4(1) (15 – k) = 0 81 – 60 + 4k = 0 4k = –21 k = -21/4 4) Seja a matriz abaixo, qual é a sua matriz inversa? Resolução: O primeiro passo é acrescentar uma matriz unitária no lado direito: L1’ = L1 + L2.( −1) L2’ = L2 + L1.( −1) e L3’ = L3 + L1.(−2) L3’ = L3 + L2.( −3) L3’ =L3.(−1) L2’ =L2 +L3.( −1) A resposta desejada é a parte da direita: APLICAÇÕES A matriz inversa é frequentemente utilizada por engenheiros em empresas e indústrias para maximização de seu lucro e produtividade. Exemplo 1: Uma montadora de automóveis deseja eliminar todos os seus prejuízos e alcançar um lucro de 100% na fabricação de dois dos seus modelos de carro. O engenheiro responsável pela fábrica resolve esboçar a seguinte matriz: Carro A Carro B O objetivo é procurar valores pelos quais ele multiplica os lucros e gastos para que eles sejam iguais a 1 (100%) e 0 (0%). Carro A Carro B . = Supondo valores, temos: . = Resolvendo esse sistema, encontramos: X=2341 Y= 4234 W=1234 Z= -1234 Conclusão: Os valores calculados de x, y, w, z são o quanto o engenheiro deve aumentar ou diminuir das porcentagens de lucro e gastos para ter o máximo de lucro e mínimo de prejuízo. Exemplo 2: A inversão de matrizes também desempenha papél importante em gráficos computacionais, particularmente na renderização de gráficos de 3 dimensões e simulações 3D. Exemplos do uso para esta finalidade envolvem o transporte de objetos para o espaço tridimencional computacional e simulações físicas. O problema normalmente envolve a complexidade em calcular inversos de matrizes 3x3 e 4x4.
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