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Larissa Nóbrega – Med20 (2015.1) Bioquímica II PROVA 03 AULA 01: METABOLISMO DO COLESTEROL E LIPOPROTEÍNAS https://prezi.com/hfvhqovfgaqs/metabolismo-do-colesterol-e-lipoproteinas/ ANOTAÇÕES DA AULA - O colesterol possui uma característica que os outros lipídios não tem, que é a presença do anel esteroide, que o nosso organismo não consegue quebrar. - Aspectos em que o colesterol é bom: precursor de hormônios esteroides, composição dos sais biliares, presente na formação das membranas, precursor da vitamina D, etc. - Existe o colesterol bom e o colesterol mau? Não, o colesterol é uma “coisa” só. Esses nomes “bom” e “mau” não estão associados ao colesterol em si, mas sim ao tipo de transporte desse colesterol. - Éster de colesterol: o colesterol possui uma hidroxila, na qual ocorre a ligação de uma molécula de ácido graxo, formando o éster de colesterol. Isso torna o colesterol ainda mais hidrofóbico, estando presente mais no centro das lipoproteínas, responsáveis pelo seu transporte. A enzima que auxilia nesse processo de esterificação é a ACAT (acil-CoA colesterol acil transferase), ou seja, ela faz a transferência de um grupamento acil, com auxilio da CoA, para o colesterol. - Ezetimibe: medicamento associado à expressão do colesterol. (o prof não aprofundou mais que isso) OBS: praticamente todas as células do nosso organismo sintetizam o colesterol, mas quem produz em maior quantidade é, principalmente, o fígado. - A enzima que sintetiza os corpos cetônicos está presente na matriz mitocondrial. Já a enzima que irá dar origem ao precursor do colesterol está presente no citosol. - O isopentenil pirofosfato é precursor de várias outras moléculas, além do colesterol, como vitaminas A,E K, ubiquinona, etc. - Assim como todo processo de síntese redutora, o NADPH está presente na síntese do colesterol. - Tudo que vem em excesso pode levar a características aterogênicas, ou seja, poder dar origem a doenças cardíacas, como a aterosclerose. O colesterol em excesso estará circulando com as lipoproteínas na corrente sanguínea, e poderá se desprender dessas lipoproteínas passando a ser absorvido pela túnica interna das artérias, acumulando-se entre a túnica interna e a túnica muscular, dando origem à placa de ateroma, a qual começa a obstruir o fluxo sanguíneo, dando origem a uma das consequências da aterosclerose, que é a arteriosclerose. Cuidado para não confundir aterosclerose e arteriosclerose. A arteriosclerose é uma das consequências da aterosclerose, que é a obstrução/diminuição do fluxo. A aterosclerose é o bloqueio (com o acúmulo de colesterol entre as túnicas muscular e íntima, o epitélio pode romper, formando coágulos que bloqueiam a artéria, podendo causar infarto). Ver vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=82lhbkxgyNc OBS: (eu achei confuso isso de a arteriosclerose ser consequência da aterosclerose, pelo que entendi pelo vídeo é o contrário, a aterosclerose é consequência da arteriosclerose, o que acham?). - Hipercolesterolemia = alta concentração de colesterol na corrente sanguínea. - Os hormônios esteroides são formados do colesterol. Dentre eles temos os corticosteroides (colesterol) e os hormônios sexuais ( estradiol e testosterona). Gônadas, córtex adrenal e placenta são outros órgãos que possuem produção considerável de colesterol, além do fígado. Karen Realce Larissa Nóbrega – Med20 (2015.1) - Lipoproteína: é um agregado de lipídios com proteínas específicas chamadas de apoproteínas, que possuem funções diferentes ou ainda não determinadas. De forma geral, a associação dessas apoproteínas com os lipídios é a possibilidade de transportá-los, uma vez que os lipídios são hidrofóbicos. Serão caracterizados por tamanho e densidade. As lipoproteínas de maior tamanho possuem menor densidade (quilomícrons). Em ordem de tamanho: quilomícrons > VLDL > LDL > HDL Em ordem de densidade: HDL > LDL > VLDL > quilomícrons Cálculos para LDL (os valores de HDL são mais fácies de serem quantificados) o Colesterol total = LDL + HDL + VLDL o LDL = Ctotal – (HDL + VLDL) o VLDL = triglicerídeos/5 “Se eu pego uma amostra de plasma, coloca um agente precipitante, centrifuga, quem vai fica no sobrenadante?” O HDL, devido ao seu tamanho e menor massa em relação aos demais. o O LDL e o VLDL têm maior massa, apesar de ter menor densidade, por isso precipitam e o HDL fica no sobrenadante, por isso o HDL é mais fácil de ser quantificado. Características aterogênicas: seria um quadro de dislipidemia (distúrbio nos níveis de lipídios e/ou de lipoproteínas no sangue) onde os níveis de LDL estão altos, pois é esse LDL que irá liberar o colesterol que irá ser depositado nas paredes dos vasos sanguíneos (maior risco de causar as placas de ateroma e evoluir para uma aterosclerose). Os altos níveis de HDL são protetores, pois eles irão remover o colesterol que está em excesso e levar de volta ao fígado. O LDL é obtido a partir do VLDL(produzido no fígado), através da diminuição da quantidade de triglicerídeos (diminui porcentagem), as demais moléculas são mantidas (aumenta porcentagem) o À medida que o colesterol é transportado no vaso sanguíneo ele vai passar por várias lipoproteínas lipases, as quais vão começar a remover ácidos graxos dos triacilgliceróis, os quais estão mais externos (2/3 do colesterol está na forma esterificada, no centro da lipoproteína, não sendo possível “perde-lo”; quem está na superfície são os triacilgliceróis, por isso são eles que perdem ácidos graxos). o À medida que vai perdendo os triglicerídeos (usados para obtenção de energia ou para armazenamento), vai expondo o colesterol, fazendo com que a VLDL passe a ser LDL. o O fígado produz VLDL, a qual passa pela corrente sanguínea perdendo triglicerídeos, dando origem ao seu remanescente que é o IDL (I de intermediário). Parte desse IDL pode voltar ao fígado para formar novos VLDLs ou parte dele pode continuar na corrente sanguínea, perdendo ainda mais triglicerídeos e expondo mais o colesterol, formando o LDL. Quilomícrons: formados no intestino e direcionados ao fígado na forma de remanescente de quilomícrons (pois no trajeto foram perdendo triglicerídeos). Karen Realce Larissa Nóbrega – Med20 (2015.1) OBS: característica da LDL é a exposição da ApoB-100 (uma apolipoproteína que é receptor utilizado para reconhecimento por parte dos tecidos, para que o LDL/colesterol possa ser utilizado para suas funções, como por exemplo na composição das membranas) A ApoB-48 é específica dos quilomícrons., A ApoC-II é responsável por ativar a lipoproteína lipase, responsável por “distribuir”/retirar os triglicerídeos. Presente no quilomicrons, VLDL e HDL. A ApoC-III inibe a lipoproteína lipase. - Como ocorre o transporte? Os lipídios da dieta, no intestino, vão se associar a várias apoproteínas. Em seguida vão para a corrente sanguínea, onde sofrerão ação da lipoproteína lipase, fazendo com que sejam perdidos/distribuídos triglicerídeos, originando seus remanescentes, os quais retornam ao fígado. No fígado, dará origem a VLDL, o qual é rico em triglicerídeos e colesterol, associando a várias apoproteínas (algumas expostas e outras menos), lançando ela na corrente sanguínea. À medida que vai perdendo triacilglicerol ela vai formando seu remanescente, o IDL, a qual pode seguir dois destinos, ou voltar para o fígado ou continuar na corrente sanguínea. - Os tecidos possuem um limite para absorver o colesterol. O excesso fica na corrente sanguínea. - Sais biliares são sintetizados no fígado através do colesterol. O anel esteroide não pode ser degradado a CO2 e H2O, sendo a única via de excreção do colesterol. Inibidores dareabsorção dos SB (intestino delgado inferior – íleo) – para reduzir o nível de colesterol. Pergunta que pode cair na prova: “Qual seria a estratégia para eliminar colesterol do nosso organismo em um quadro de dislipidemia, onde o LDL está alto?” Reduzindo ou inibindo a absorção e a síntese de colesterol. o A forma de excreção do anel esteroide do colesterol é através das fezes. Para elimina-lo nas fezes é necessário inibir a absorção, e quem faz a inibição da absorção dos sais biliares é o medicamento x (ele não falou no áudio), o qual também amplia a expressão da proteína ABC (remove colesterol livre que está no lúmen intestinal, para poder ser eliminado nas fezes). o Se inibimos a absorção de sais biliares, mais sais biliares saem pelas fezes, ou seja, mais sais biliares precisamos produzir. Se eu produzo mais sais biliares, eu reduzo a quantidade de colesterol, pois precisamos de colesterol para sintetizar sais biliares. - Problemas relacionados: Acúmulo patológico de colesterol nas paredes dos vasos sanguíneos. Resultando em obstrução – aterosclerose. Doença genética “hipercolesterolemia familiar” – desenvolvimento já na infância de aterosclerose severa. o Produtos derivados de fungos – lovastatina e a compactina. Larissa Nóbrega – Med20 (2015.1) Doença genética “HDL familiar e Tangier” – níveis de HDL no sangue muito baixo e quase impossível de ser detectado. o Relacionado à proteína ABC1. COMPLEMENTANDO – LIVRO (Anita Marzzoco – 2ºEd, pp. 212-215 (cap. 16) e pp. 100-102 (lipoproteínas) - O colesterol é obtido através de alimentos ou por síntese endógena. Os principais órgãos responsáveis pela produção de colesterol são o fígado e o intestino. A acetil-CoA é precursora de todos os átomos de carbono presentes no colesterol (C27), e o agente redutor é o mesmo da síntese de ácidos graxos, ou seja, o NADPH. - A síntese de colesterol trata-se de uma síntese redutiva, que ocorre com grande consumo de energia: para cada molécula produzida são gastos 18 ATP e dezenas de NADPH. - O colesterol é componente estrutural de membranas, precursos dos ácidos biliares, hormônios esteróidicos e vitaminas D. - A maior parte dos sais biliares é reabsorvida na porção inferior do intestino delgado e retorna ao fígado, para novos ciclos de secreção. A parte restante é excretada nas fezes, depois de parcialmente degradada pelas bactérias intestinais. No organismo humano, o anel esteroídico não pode ser degradado a CO2 e H2O, de modo que a formação de sais biliares é a via de excreção do colesterol. A inibição da reabsorção dos sais biliares aumenta a conversão de colesterol em sais biliares; este é o princípio de ação de algumas drogas utilizadas clinicamente para reduzir o nível de colesterol plasmático. - As lipoproteínas são classificadas segundo a sua densidade, que é tanto menor quanto maior for o seu teor de lipídios. - Os quilomícrons são sintetizados na mucosa intestinal a partir dos lipídios da dieta, que, desta forma, são transportados aos tecidos; são essencialmente ricos em triacilgliceróis. - As VLDL têm origem hepática e transportam triacilgliceróis e colesterol para os outros tecidos; original IDL e as LDL, ricas em colesterol, predominantemente na forma de ésteres de colesterol. As LDL são a principal fonte de colesterol para os tecidos, exceto fígado e intestinos; elas penetram nas células através de endocitose. - As HDL têm função oposta à das LDL, atuando na remoção de colesterol dos tecidos para o fígado.
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