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Profª Thalita Véras Terapia Nutricional nos distúrbios do Trato Digestório: DII Introdução A DII é frequentemente associada à desnutrição. Até 75% dos pacientes na fase ativa de DII sofrem perda de peso e hipoalbuminemia. E apresentam deficiências nutricionais (vit. 12, cálcio, zinco e magnésio) Desequilíbrio hormonal: falta de apetite neuropeptídeo Y (NPY) •É uma doença crônica que se caracteriza pelo aparecimento de inflamações que resultam da atividade persistente e inadequada do sistema imunológico da mucosa do intestino. Doença Inflamatória Intestinal (DII) • A DC caracteriza-se por envolvimento descontínuo, podendo atingir todo o trato gastrointestinal. • Seus principais sintomas são diarreia, dor abdominal e perda de peso, podendo causar sintomas sistêmicos como, anorexia, emagrecimento e febre. Doença de Crohn (DC) Doença de Crohn (DC) Normalmente não afeta o reto; Segmentar – ou seja, áreas de intestino normais vão alternando com áreas inflamadas; Parede intestinal lesada em toda a sua espessura. • A RCUI consiste na inflamação da mucosa do cólon e do reto, causando lesões erosivas e sangramento intestinal. • Seus principais sintomas são diarreia sanguinolenta, tenesmo, eliminação de muco, cólicas abdominais; Retocolite Ulcerativa Terapia Nutricional nas DII Objetivos do Suporte Nutricional Fornecer o aporte adequado de nutrientes; Recuperar e/ou manter o estado nutricional Contribuir para o alívio de sintomas; Fases AGUDA REMISSÃO É o termo utilizado em Medicina para designar a fase da doença em que não há sinais de atividade dela Terapia Nutricional Via de administração Oral (fase de remissão) Enteral Parenteral Oral A terapia nutricional do paciente com doença inflamatória intestinal deve levar em conta a tolerância individual. Em crise (fase aguda) é importante eliminar alguns alimentos e conforme houver melhora na evolução (fase de remissão), os alimentos são novamente incorporados a dieta de forma gradual e conforme tolerância. FASE AGUDA: Retirar a lactose (leite e derivados), substituir por leite sem lactose. Comer fibras solúveis como: maçã, aveia e banana. Retirar fibras insolúveis: farinha de trigo integral, feijões, ervilhas, repolho e cereais. Retirar doces concentrados e alimentos gordurosos. FASE AGUDA: Retirar alimentos industrializados (molhos prontos, caldos, temperos e condimentos, refrigerantes). Retirar alimentos relacionados com a formação de gases: brócolis, couve-flor, couve, repolho, nabo, cebola crua, pimentão verde, rabanete, pepino, batata-doce, leguminosas, melão, melancia e abacate, ovo ( só quando for parte de uma receita). Obs: Confunde-se (erro de diagnóstico) muitas das vezes com doença celíaca e intolerância a lactose; Doença Celíaca A doença celíaca (DC) é uma intolerância à ingestão de glúten, contido em cereais como cevada, centeio, trigo e malte, em indivíduos geneticamente predispostos, caracterizada por um processo inflamatório que envolve a mucosa do intestino delgado, levando a atrofia das vilosidades intestinais São considerados alimentos permitidos na dieta: Arroz, grãos* (feijão, lentilha, soja, ervilha, grão de bico), Gorduras, óleos e azeites, Legumes, hortaliças*, frutas, Ovos e carnes (de vaca, frango, porco, peixe) e leite*. O glúten poderá ser substituído pelo milho (farinha de milho, amido de milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula de batata), e mandioca (farinha de mandioca, polvilho); Ter cuidado com alimentos fermentativos e a presença de uma intolerância a lactose secundariamente; Doença Celíaca A dieta deve ser hipercalórica, pelo aumento das necessidades energéticas em decorrência da inflamação (30 a 35 kcal/kg/dia); Hipolipídica (menos de 20% das calorias totais), hiperprotéica (1,5 a 2,0 g/kg/dia) e normoglicídica com restrição de carboidratos simples e alimentos que causem flatulência. FASE AGUDA: FASE DE REMISSÃO Os alimentos deverão voltar a dieta de forma gradual e conforme tolerância. - evitar alimentos relacionados com a formação de gases. - evitar bebidas gasosas como refrigerantes. - evitar excesso de açúcar, doces concentrados e gorduras. Importante realizar refeições fracionadas (5 a 6 refeições por dia) e ter uma ambiente calmo e agradável para realizar as mesmas. Nutrição Enteral Pacientes com DII graves e desnutridos; Começar com volume reduzido, especialmente pós jejum; Cuidado com o aumento de caloria na dieta = realimentação (distúrbio hirdroeletrolítico). PARENTERAL INDICAÇÕES: Obstrução Intestinal Síndrome do intestino curto Perfuração intestinal Fístula Como terapia coadjuvante na fase aguda para pacientes que não toleram a NE. Suplementação com nutrientes imunomoduladores O tratamento da doença gastrintestinal com nutrientes imunomoduladores é uma nova modalidade terapêutica baseada nas suas propriedades farmacológicas, que vem apresentando perspectivas interessantes e promissoras. Glutamina Importante fonte de energia para as células de rápida proliferação: Mantém a estrutura, o metabolismo e as funções intestinais durante estados em que pode haver comprometimento da barreira da mucosa ( 30g/dia) Gorduras Modalidade terapêutica que vem recebendo grande atenção na terapia nutricional da retocolite ulcerativa é a emulsão lipídica suplementada com ácidos graxos poliinsaturados ω-3. TCM e TCL Probióticos • Competição na adesão às células epiteliais com as bactérias patogênicas; • Competição por nutrientes essenciais com as bactérias patogênicas; (AGCC) • Degradação de receptores de toxinas ; • Estimulação da imunidade; • Promoção da integridade intestinal;
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