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Apostila Crédito Bancário

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Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
Capítulo 05
OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO
TIPOS DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO BANCÁRIO
EMPRÉSTIMO
É um contrato entre o cliente e a instituição 
financeira pelo qual ele recebe uma quantia que deverá ser 
devolvida ao banco em prazo determinado, acrescida dos 
juros acertados. Os recursos obtidos no empréstimo não têm 
destinação específica.
FINANCIAMENTO
É também um contrato entre o cliente e a instituição 
financeira, mas com destinação específica, como, por 
exemplo, a aquisição de veículo ou de bem imóvel.
A financiadora então pode cobrar ou não cobrar 
juros sobre o valor financiado de acordo com o valor e o 
tempo de pagamento[, ou mesmo não realizar a cobrança do 
valor financiado em caso de financiamentos não-
reembolsáveis[. Empresas podem realizar financiamentos 
para angariar recursos para novos equipamentos ou realizar 
uma expansão enquanto pessoas físicas pode realizar 
financiamentos para comprar imóveis, automóveis, entre 
outros bens de grande valor.
As instituições financeiras possuem várias 
modalidades de financiamento para pessoas físicas e 
jurídicas, cada uma com uma característica que o torna mais 
adequado a casos específicos.
DESCONTO
Desconto bancário é uma operação típica dos 
bancos, através da qual ela adianta créditos de terceiros 
para clientes, deduzindo-se os juros da operação mediante a 
cessão do crédito que é feita através do endosso cambiário.
Pelo menos, teoricamente parte-se do princípio que todo 
crédito pode ser antecipado mediante cessão.
A prática demonstra que a operação de desconto é 
feita apenas em cima de títulos de crédito, que por sua vez, 
representam soma líquida e certa, portanto de fácil 
recuperação ao banco. O banco antecipa para o cliente o 
valor dos ativos, deduzidos os juros, entregando o valor 
líquido, que normalmente é creditado em conta corrente.
Assim, em vista dessas considerações podemos 
conceituar o contrato de desconto bancário.
É o contrato pelo qual o banco, deduzindo do 
montante, antecipadamente, os juros comissões e despesas, 
creditam para o cliente o saldo, recebendo por endosso o 
título sacado contra terceiros com vencimento futuro.
ANTECIPAÇÃO
A antecipação consiste num negócio jurídico – bancário onde 
o banco adianta, ao seu cliente, determinada soma em 
dinheiro em face de uma garantia real consistente em títulos, 
mercadorias ou direitos.
Essa garantia pode se constituir em títulos como 
conhecimentos de depósitos, warrants, conhecimentos de 
transporte, títulos e valores mobiliários, ações, debêntures.
A operação pode ocorrer quando o empresário necessita de 
capital de imediato, pois, os juros serão menores do que os 
oferecidos para desconto e a vantagem do Banco é operar 
com os recebíveis dados como garantia.
CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO - CCB
A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito 
emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição 
financeira ou de entidade a esta equiparada, representando 
promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de 
operação de crédito, de qualquer modalidade.
 A instituição credora deve integrar o Sistema 
Financeiro Nacional, sendo admitida a emissão da Cédula 
de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no 
exterior, desde que a obrigação esteja sujeita 
exclusivamente à lei e ao foro brasileiros.
Poderá ser emitida, com ou sem garantia, real ou 
fidejussória, cedularmente constituída. A garantia 
constituída será especificada na Cédula de Crédito Bancário
 É título executivo extrajudicial e representa dívida 
em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela 
indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha 
de cálculo, ou nos extratos da conta corrente.
 Na Cédula de Crédito Bancário poderão ser 
pactuados:
• Os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, os 
critérios de sua incidência e, se for o caso, a 
periodicidade de sua capitalização, bem como as 
despesas e os demais encargos decorrentes da 
obrigação;
• Os critérios de atualização monetária ou de 
variação cambial como permitido em lei;
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Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
• Os casos de ocorrência de mora e de incidência 
das multas e penalidades contratuais, bem como as 
hipóteses de vencimento antecipado da dívida;
• Os critérios de apuração e de ressarcimento, pelo 
emitente ou por terceiro garantidor, das despesas 
de cobrança da dívida e dos honorários 
advocatícios, judiciais ou extrajudiciais, sendo que 
os honorários advocatícios extrajudiciais não 
poderão superar o limite de dez por cento do valor 
total devido;
• Quando for o caso, a modalidade de garantia da 
dívida, sua extensão e as hipóteses de substituição 
de tal garantia;
• As obrigações a serem cumpridas pelo credor;
• A obrigação do credor de emitir extratos da conta 
corrente ou planilhas de cálculo da dívida, ou de 
seu saldo devedor, de acordo com os critérios 
estabelecidos na própria Cédula de Crédito 
Bancário
 A Cédula de Crédito Bancário representativa de 
dívida oriunda de contrato de abertura de crédito bancário 
em conta corrente será emitida pelo valor total do crédito 
posto à disposição do emitente,
REQUISITOS ESSENCIAIS
• A denominação "Cédula de Crédito Bancário";
• A promessa do emitente de pagar a dívida em 
dinheiro, certa, líquida e exigível no seu vencimento 
ou, no caso de dívida oriunda de contrato de 
abertura de crédito bancário, a promessa do 
emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, 
líquida e exigível, correspondente ao crédito 
utilizado;
• A data e o lugar do pagamento da dívida e, no caso 
de pagamento parcelado, as datas e os valores de 
cada prestação, ou os critérios para essa 
determinação;
• O nome da instituição credora, podendo conter 
cláusula à ordem;
• A data e o lugar de sua emissão; e
• A assinatura do emitente e, se for o caso, do 
terceiro garantidor da obrigação, ou de seus 
respectivos mandatários.
 A Cédula de Crédito Bancário será transferível 
mediante endosso em preto, ao qual se aplicarão no que 
couberem, as normas do direito cambiário, caso em que o 
endossatário, mesmo não sendo instituição financeira ou 
entidade a ela equiparada, poderá exercer todos os direitos 
por ela conferidos, inclusive cobrar os juros e demais 
encargos na forma pactuada na Cédula.
A garantia da Cédula de Crédito Bancário poderá 
ser fidejussória ou real, neste último caso constituída por 
bem patrimonial de qualquer espécie, disponível e alienável, 
móvel ou imóvel, material ou imaterial, presente ou futuro, 
fungível ou infungível, consumível ou não, cuja titularidade 
pertença ao próprio emitente ou a terceiro garantidor da 
obrigação principal. 
 A validade e eficácia da Cédula de Crédito Bancário 
não dependem de registro, mas as garantias reais, por ela 
constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros, aos 
registros ou averbações previstos na legislação aplicável.
OPERAÇÕES DE CAPITAL DE GIRO
HOT MONEY
É um empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente 
por um dia, ou no máximo dez dias.
É comum, de forma a simplificar os procedimentos 
operacionais, para os clientes tradicionais neste produto, 
criar-se um contrato fixo de hot, estabelecendo as regrasdeste empréstimo e permitindo a transferência de recursos 
ao cliente a partir de um simples e-mail, telefonema ou fax, 
garantidos por uma NP já previamente assinada, evitando-se 
assim o fluxo corrido de papéis para cada operação.
Além de ter a formação da sua taxa definida pela 
taxa do CDI do dia da operação acrescido do custo tributário, 
tais como PIS e a Confins sobre o faturamento da operação, 
e outros que compõem o spread da operação.
O hot money tem a vantagem de permitir uma 
rápida mudança de posição no caso de uma forte queda nas 
taxas de juros (operação conhecida como “seguros dos 
executivos financeiros contra o desemprego”).
CONTA GARANTIDA
É uma conta empréstimo separada da conta 
corrente, com limite de crédito de utilização rotativa 
destinado a suprir eventuais necessidades de capital de giro.
Tem como beneficiários as Pessoas Jurídicas em 
geral.
Prazo e Limite definidos pela instituição financeira 
conforme capacidade de pagamento da empresa.
Encargos
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Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
• Taxas - pré ou pós-fixadas: (CDI ou TR + juros 
mensais) incidente sobre os valores utilizados e 
respectivo prazo.
• Para cálculo dos juros devidos, as instituições 
financeiras somam os valores utilizados em um 
determinado período (mês cheio ou 30 dias 
corridos) e, sobre o somatório, aplicam a taxa 
mensal de juros convertidas para um dia. 
• IOF : Incidente sobre os prazos e valores utilizados, 
conforme legislação em vigor.
Nessa modalidade, o IOF é cobrado somente após 
a utilização do crédito e para calcular o valor devido 
às instituições financeiras somam os valores 
utilizados em um determinado período (mês cheio 
ou 30 dias corridos). Sobre o somatório, aplicam a 
alíquota para um dia. 
• Taxa de Abertura de Crédito - TAC: cobrada pela 
instituição para cada contrato, conforme tabela de 
tarifas.
Por solicitação do cliente, a instituição financeira 
transfere o valor desejado, até o limite contratado, para a 
conta corrente
Formas de Pagamento
• Dos encargos: Ao final de cada mês ou na data de 
aniversário do contrato.
• Do principal: O principal poderá ser amortizado total 
ou parcialmente a qualquer tempo, durante a 
vigência do contrato, por solicitação à instituição 
financeira, que transferirá o valor solicitado para 
amortização, da conta corrente para a conta 
garantida.
Garantias
• Nota Promissória com aval dos sócios ou terceiros 
que possam apresentar algum bem; 
• Caução de Títulos de Crédito (Duplicatas ou 
cheques pré-datados); 
• Alienação fiduciária / hipoteca;
• Outras, a critério da instituição financeira; 
O percentual da garantia será definido pela instituição 
financeira.
CRÉDITO ROTATIVO OU CHEQUE ESPECIAL
Abre-se uma conta de crédito com um valor-limite 
que normalmente é movimentada diretamente pelos 
cheques emitidos pelo cliente, desde que não haja saldo 
disponível na conta corrente de movimentação. 
À medida que, nessa última, existam valores 
disponíveis, estes são transferidos de volta, para cobrir o 
saldo devedor da conta garantida.
Para o cliente, o produto garante uma liquidez 
imediata para suas emergências. Para o banco, é um 
instrumento mercadológico forte, mas que, se mal 
administrado, pode representar uma perda significativa, 
tendo em vista seu impacto sobre a administração de 
reservas bancárias, já que é necessário deixar recursos de 
livre movimentação em stand by para atender à eventual 
demanda e, portanto, sem aplicação.
Os juros sobre esse produto são calculados 
diariamente sobre saldo devedor e cobrados normalmente, 
no primeiro dia útil do mês seguinte ao da movimentação.
Nas modalidades de crédito rotativo com taxa 
efetiva mensal, a operação deve ser feita sempre 
considerando o número de dias úteis existentes no intervalo 
de 30 dias corridos, contados a partir do primeiro dia útil 
após a data de realização da operação, devendo ser 
considerado o primeiro dia útil subseqüente, quando o 
período de 30 dias corridos terminar em dia não útil.
DESCONTO DE TÍTULOS
É o adiantamento de recursos aos clientes, feito 
pelo banco, sobre valores referenciados em duplicatas de 
cobrança ou notas promissórias, de forma a antecipar o fluxo 
de caixa do cliente.
O cliente transfere o risco de recebimento de suas 
vendas a prazo ao banco e garante o recebimento imediato 
dos recursos, que, teoricamente, só teria disponíveis no 
futuro.
A operação de desconto dá ao banco o direito de 
regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não seja pago 
pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do 
pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso.
FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO
São operações tradicionais de empréstimo 
vinculadas a um contrato específico que estabeleça prazo, 
taxas, valores e garantias necessárias e que atendem às 
necessidades de capital de giro das empresas.
O Plano de amortização é estabelecido de acordo 
com os interesses e necessidades das partes e, 
normalmente, envolve prazo de até 180 dias.
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Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
Esse tipo de empréstimo geralmente é garantido 
por duplicatas numa relação de 120 a 150% do principal 
emprestado. Nesse caso, as taxas de juros são mais baixas. 
Quando a garantia envolve aval e notas 
promissórias os juros são mais altos.
Nos grandes Bancos, os contratos podem ter 
características informais, como “garantia” de crédito para as 
empresas que optam por dar algum tipo de reciprocidade 
aos bancos, como, por exemplo, manter aplicações em 
Fundos, CDB ou Poupança, enfim, o limite da operação 
existirá enquanto houver aquele recurso aplicado.
VENDOR FINANCE
É uma operação de financiamento de vendas 
baseadas no princípio da cessão de crédito, que permite a 
uma empresa vender seu produto a prazo e receber o 
pagamento à vista.
A operação de Vendor supõe que a empresa 
compradora seja cliente tradicional da vendedora, pois será 
esta que irá assumir o risco do negócio junto ao banco.
A empresa vendedora transfere seu crédito ao 
banco e este, em troca de uma taxa de intermediação, paga 
o vendedor à vista e financia o comprador.
A principal vantagem para a empresa vendedora é 
a de que, como a venda não é financiada diretamente por 
ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos, 
comissões de vendas e royalties, no caso de licença de 
fabricação, torna-se menor.
È uma modalidade de financiamento de vendas 
para empresas na qual quem contrata o crédito é o vendedor 
do bem, mas quem paga o crédito é o comprador. Assim, as 
empresas vendedoras deixam de financiar os clientes, elas 
próprias, e dessa forma param de recorrer aos empréstimos 
de capital de giro no bancos ou aos seus recursos próprios 
para não se descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa.
Como em todas as operações de crédito, ocorre a 
incidência do IOF, sobre o valor do financiamento, que é 
calculado proporcionalmente ao período do financiamento.
A operação é formalizada com a assinatura de um 
convênio, com direito de regresso entre o banco e a 
empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato de 
Aberturade Crédito entre as três partes (empresa 
vendedora, banco e empresa compradora). 
COMPROR FINANCE
É a operação inversa do vendor. Aqui, o comprador 
compra as mercadorias à vista e paga a prazo, cabendo ao 
banco o pagamento ao fornecedor, e o conseqüente 
financiamento ao comprador. 
Diferentemente do vendor, no compror a 
responsabilidade do pagamento cabe única e 
exclusivamente a um dos envolvidos, no caso, o comprador. 
Ao banco não cabe o direito de regresso contra o vendedor.
Esse tipo de operação é muito comum entre 
pequenas empresas que fornecem mercadorias para 
grandes conglomerados ou redes de lojas de departamento.
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR – CDC
É o financiamento concedido por uma financeira 
aos seus clientes para aquisição de bens e serviços. Sua 
maior utilização geralmente é para aquisição de veículos e 
eletrodomésticos.
O bem adquirido, sempre que possível, serve como 
garantia da operação. Os prazos dos CDC variam 
normalmente de 03 a 48 meses, normalmente financia de 50 
a 100% do bem. No caso específico do financiamento de 
veículos o prazo de financiamento pode chegar a 60 meses 
ou até, em casos especiais, há 72 meses.
A concorrência neste segmento tem forçando as 
instituições a modificarem constantemente o produto, 
oferecendo percentuais maiores de financiamento e até 
prêmios para os clientes que pagam rigorosamente em dia 
suas obrigações.
Os funding das operações de CDC eram, até 1988, 
as Letras de Cambio (LC) colocadas pelas financeiras, mas 
com o advento da criação do Banco Múltiplo e com a 
crescente diminuição dos índices de liquidez das LCs, o 
funding destas operações passou a ser também os CDB e os 
CDI. A tesouraria se encarrega de neutralizar os eventuais 
descasamentos com operações de hedge no mercado 
futuro.
CDCI – CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR COM 
INTERVEINIÊNCIA
São empréstimos concedidos às empresas clientes 
especiais dos bancos, normalmente empresas do comércio, 
que passam a ser o interveniente, para repasse aos seus 
clientes, de financiamentos vinculados à compra de um bem 
ou serviço específico, e amortizáveis em prestações iguais e 
sucessivas, com taxas pré e pós fixadas.
Os prazos e a composição de taxas são idênticos 
ao CDC, embora menores pelo fato de não haver risco do 
banco em relação ao cliente, mas sim em relação ao 
interveniente. Assim o risco da operação passa a ser o 
interveniente que assume o crédito e o está repassando aos 
seus clientes.
É o financiamento ao comprador (consumidor) com 
a garantia do vendedor. Para esse, a venda se processa 
como se fosse à vista. Ou seja, sob a ótica da empresa 
vendedora, é um vendor para o consumidor pessoa física. 
Em função da garantia do vendedor, o risco desse 
tipo de operação é menor. Por isso, as financeiras praticam 
taxas menores nessa modalidade, em comparação com as 
demais.
Ricardo Jorge Lima de Melo Página 4 
Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
Contudo, vale ressaltar que, em momentos de 
índices de inadimplência elevados, essa modalidade será 
um mau negócio para os estabelecimentos comerciais.
CRÉDITO DIRETÍSSIMO – CD
É um tipo de CDCI onde a financeira assume o 
gerenciamento das vendas a prazo do lojista, chamando 
para si todos os riscos de um eventual não pagamento por 
parte dos clientes.
Uma vez que o estabelecimento não assume 
qualquer garantia, os juros praticados nessa modalidade de 
CDC são mais altos.
Apesar da perda financeira com os encargos 
cobrados pela financeira na compra das vendas a prazo, 
para o lojista, essa modalidade de CDC elimina o risco de 
inadimplência, o que não deixa de ser interessante. 
FINANCIAMENTO
DE CAPITAL FIXO
A permanente preocupação com a inflação faz com 
que as Instituições Financeiras limitem sua concessão de 
financiamentos, preferencialmente aos prazos mais curtos, 
até porque, à exceção dos recursos externos, é impossível 
se obter internamente quem esteja disposto a aplicar 
recursos a prazos mais longos e, portanto, dar funding para 
as operações de longo prazo.
Assim, para financiamentos com tais 
características, as fontes são, por via de conseqüência, as 
entidades e instituições financeiras governamentais.
O BNDES adota a seguinte classificação de porte 
da empresa:
CLASSIFICAÇÃO ROB (R$ 1.000)
Micro-empresas Até 2.400
Pequenas Empresas De 2.400 até 16.000
Médias Empresas De 16.000 até 90.000
Grandes Empresas Acima de 90.000
Entende-se por receita operacional bruta anual a receita 
auferida no ano-calendário com:
• o produto da venda de bens e serviços nas 
operações de conta própria; 
• o preço dos serviços prestados; e 
• o resultado nas operações em conta alheia, não 
incluídas as vendas canceladas e os descontos 
incondicionais concedidos. 
Também são considerados como grandes 
empresas aquelas que, embora tenham receita operacional 
bruta menor que o atual limite, pertençam a grupos 
econômicos cujo faturamento consolidado ultrapassado esse 
valor.
PROGER
Financia a abertura ou expansão de negócios 
formais ou informais que gerem empregos e renda no País, 
utilizando os recursos do FAT – Fundo de amparo ao 
Trabalhador.
O Programa é implementado pelo Ministério do 
Trabalho, em parceria com os seguintes órgãos, instituições 
e entidades:
• CODEFAT;
• Comissões Estaduais/ Municipais de Emprego;
• Entidades qualificadas para elaboração de projetos;
• Bancos oficiais: funcionam como agentes 
financeiros do programa.
Neste Programa as linhas de crédito financiam os 
investimentos necessários à execução do empreendimento e 
o capital de giro necessário para o inicio das suas atividades. 
Não são objeto de financiamento o pagamento de dívidas, a 
recuperação dos capitais já investidos, encargos financeiros, 
gastos gerais de administração (material de expediente), 
veículos de passeio e benfeitoria de imóveis de terceiros.
BNDES
O BNDES, organizado em três áreas de clientes 
(Modernização do Setor Produtivo, infra-estrutura e 
Desenvolvimento Social e Urbano) e três áreas de produtos 
(Estruturados – Privatização, Automáticos – Micro/Pequena e 
Média Empresa e, Exportação), tem como objetivo prestar 
colaboração financeira às Empresas sediadas no País cujos 
projetos sejam considerados prioritários no âmbito das 
Políticas Operacionais do Sistema BNDES, que estabelecem 
as linhas gerais de ação e os seus critérios de atuação.
O BNDES opera direta ou indiretamente, neste 
caso, através da Rede de Agentes Financeiros públicos e 
privados credenciados que compreendem os Bancos de 
Desenvolvimento, Bancos de Investimento, Bancos 
Comerciais, Financeiras e Bancos Múltiplos.
As solicitações de financiamento ao BNDES devem 
ser iniciadas com uma consulta prévia, na qual são 
especificadas as características básicas da empresa 
solicitante e do seu empreendimento, necessárias ao 
enquadramento da operação nas Políticas Operacionais do 
BNDES. Esta consulta prévia deve ser encaminhada 
diretamente ou por intermédio de um dos agentes 
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Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
financeiros à Carteira Operacional de Enquadramento da 
Área de Crédito do Sistema BNDES.
POLÍTICAS OPERACIONAIS DO BNDES
Objetivam a melhoria da qualidadede vida da 
população brasileira, através de apoio a investimentos que 
visem:
• O fortalecimento da competitividade da economia 
brasileira;
• A geração de emprego e melhoria da qualidade dos 
postos de trabalho;
• A atenuação das desigualdades regionais;
• A preservação do meio ambiente;
RECURSOS UTILIZADOS:
• FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador;
• PIS-PASEP;
• BNDES – Recursos Próprios;
• Recursos externos por empréstimos de instituições 
multilaterais de crédito ou captação de bônus;
TIPOS DE OPERAÇÃO:
• Financiamento de longo prazo;
• Crédito Produtivo Popular;
• Operações com valores mobiliários;
• Prestação de garantias financeiras;
• Leasing de equipamentos;
• Financiamento à exportação de bens e serviços;
TIPOS DE EMPREENDIMENTOS:
• Implantação, expansão e modernização de 
atividades produtivas e da infra-estrutura;
• Comercialização de produtos e serviços no Brasil e 
no exterior;
• Capacitação tecnológica;
• Treinamento de pessoal, formação e qualificação 
profissional;
• Reestruturação industrial e empresarial;
PRIORIDADES:
• Ativos fixos de qualquer natureza, exceto terrenos, 
benfeitorias já existentes e equipamentos usados;
• Capital de giro associado ao investimento fixo; para 
exportação de produtos e serviços; e para 
operações de crédito produtivo popular;
• Despesas pré-operacionais;
CONDIÇÕES FINANCEIRAS BÁSICAS
A participação do BNDES, incidente sobre o valor 
total do investimento financiável, varia por produto e por 
setor de atividade, podendo ser ampliado em até 10% nos 
casos em que o empreendimento se localize em região 
incentivada, respeitadas as condições específicas de cada 
setor de atividade.
O custo financeiro dos financiamentos concedidos 
pelo Sistema BNDES é composto da TJLP acrescido de um 
spread para cada produto, setor de atividade e região que 
inclui a comissão do agente repassador, quando for o caso.
O prazo total máximo (carência e amortização) varia 
com o produto e será concedido de acordo com a 
capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa 
ou do grupo econômico.
Poderão existir, conforme o caso, outros encargos, 
tais como, comissão de estudo, de reserva de crédito, de 
fiscalização ou de expediente.
Abaixo estão listados diversos tipos de projeto que 
o BNDES apóia atualmente. 
INVESTIMENTOS EM IMPLANTAÇÃO, AMPLIAÇÃO E 
MODERNIZAÇÃO
Projetos de investimentos e capital de giro associado 
• BNDES Automático - financiamento, de até R$ 10 
milhões, a projetos de implantação, expansão e 
modernização de empreendimentos, em qualquer 
setor de atuação. 
• BNDES Finem - financiamento, superior a R$ 10 
milhões, a projetos de implantação, expansão e 
modernização de empreendimentos, em qualquer 
setor de atuação. 
• BNDES Construção Civil - apoio ao aumento da 
qualidade das empresas de construção civil e à 
ampliação da capacidade produtiva dos fabricantes 
de sistemas construtivos industrializados 
destinados à Habitação. 
• BNDES Profarma Produção - apóia investimentos 
de empresas do Complexo Industrial da Saúde. 
Ricardo Jorge Lima de Melo Página 6 
Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
• BNDES Proplástico - Produção e Modernização - 
apoio ao aumento da produção de transformados 
plásticos, embalagens, equipamentos e moldes 
para o segmento, além da reciclagem no país. 
• BNDES Prosoft Empresa - apóia realização de 
investimentos e planos de negócios de empresas 
produtoras de softwares e fornecedoras de serviços 
de TI. 
• BNDES Pró-Aeronáutica - apóia investimentos de 
empresas integrantes da cadeia produtiva da 
indústria aeronáutica brasileira. 
• PROTVD Conteúdo - apóia investimentos para a 
produção digital de obras de audiovisual para TV 
pelas emissoras e produtoras independentes, de 
modo a aumentar a participação do conteúdo 
nacional na grade de programação das emissoras. 
• PROTVD Fornecedor - apóia investimentos de 
empresas produtoras de software, componentes 
eletrônicos, equipamentos e infraestrutura para a 
rede de transmissão, equipamentos de recepção e 
equipamentos para produção de conteúdo 
relacionadas ao SBTVD-T. 
• PROTVD Radiodifusão - apóia investimentos de 
empresas de radiodifusão (geradoras, 
transmissoras e retransmissoras) relacionadas à 
implementação do SBTVD-T, e ao período de 
transição. 
Projetos de investimentos em inovação 
• Apoio a projetos de inovação, destinado a diversos 
setores da economia. 
Projetos de investimentos agropecuários 
• Financiamento para aquisição isolada de máquinas 
e equipamentos agrícolas e para projetos de 
investimento no setor agropecuário. 
BENS DE CAPITAL
Aquisição e modernização de máquinas e equipamentos 
nacionais 
• BNDES PSI - Bens de Capital - apóia a produção e 
a aquisição de máquinas e equipamentos novos de 
forma isolada ou de forma associada a projeto de 
investimento, em condições especiais. 
• BNDES Finame - financia a aquisição de máquinas 
e equipamentos novos, de fabricação nacional, 
credenciados no BNDES, sem limite de valor. 
• BNDES Finame Agrícola - financia a aquisição de 
máquinas e equipamentos novos, de fabricação 
nacional, credenciados no BNDES e destinadas ao 
setor agropecuário. 
• BNDES Finame-Moderniza BK - financia a 
modernização de máquinas e equipamentos 
instalados no país. 
• BNDES Procaminhoneiro - financia a aquisição de 
caminhões, chassis, caminhões-tratores, carretas, 
cavalos-mecânicos, reboques, semi-reboques, aí 
incluídos os tipo dolly, tanques e afins e carrocerias 
para caminhões, novos e usados, de fabricação 
nacional, bem como de sistemas de rastreamento 
novos e de seguro de bem financiado, para micro-
empresas atuantes no segmento de transporte 
rodoviário de carga. 
• BNDES Proplástico - Renovação de Bens de 
Capital - apoio à modernização e renovação do 
parque industrial de transformados plásticos por 
meio do financiamento à aquisição de máquinas e 
equipamentos novos nacionais para substituição de 
bens de capital usados. 
• BNDES Prosoft - Comercialização - financia a 
aquisição, no mercado interno, de softwares e 
serviços correlatos desenvolvidos no Brasil. 
• Finame Modermaq - financia a aquisição de 
máquinas e equipamentos novos, de fabricação 
nacional, credenciados no BNDES, direcionado a 
empresas da indústria extrativa, indústria de 
transformação, construção ou atividade de atenção 
à saúde humana, exceto atividades de apoio à 
gestão de saúde. 
OPERAÇÕES DE LEASING
• BNDES Finame Leasing - financia sociedades 
arrendadoras, sem limite de valor, para a aquisição 
de máquinas e equipamentos novos, de fabricação 
nacional, credenciados pelo BNDES, para 
operações de arrendamento mercantil. 
FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E SISTEMAS
• BNDES Finame - financia a produção de máquinas 
e equipamentos novos, de fabricação nacional, 
credenciados no BNDES, sem limite de valor; 
• BNDES Finame Componentes - financia a 
aquisição de peças, partes e componentes de 
fabricação nacional, para incorporação em 
máquinas e equipamentos em fase de produção. 
IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
• Apoio à Importação de Máquinas e Equipamentos, 
sem similar nacional.
 
BENS DE PRODUÇÃO E SERVIÇOS
Ricardo Jorge Lima de Melo Página 7 
Programa de Técnicas Bancárias
Curso Preparatórioao Concurso DO Banco do Brasil
Aquisição de bens de produção, insumos e serviços
Cartão BNDES 
O Cartão BNDES é um produto que, baseado no 
conceito de cartão de crédito, visa financiar os investimentos 
das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
Podem obter o Cartão BNDES as MPMEs (com 
faturamento bruto anual de até R$ 90 milhões), sediadas no 
País, que exerçam atividade econômica compatíveis com as 
Políticas Operacionais e de Crédito do BNDES e que 
estejam em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais.
O portador do Cartão BNDES efetuará sua compra, 
exclusivamente no âmbito do Portal de Operações do 
BNDES (www.cartaobndes.gov.br), procurando os produtos 
que lhe interessam no Catálogo de Produtos expostos e 
seguindo os passos indicados para a compra. 
O Bradesco, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica 
Federal e o Banrisul são, atualmente, os bancos emissores 
do Cartão BNDES e a VISA e MASTERCARD as bandeiras 
de cartão de crédito. 
As condições financeiras em vigor são:
• Limite de crédito de até R$ 1 milhão por cartão, por 
banco emissor*
• Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses** 
• Taxa de juros pré-fixada (informada na página 
inicial do Portal)
*Obs 1: o limite de crédito de cada cliente será atribuído pelo 
banco emissor do cartão, após a respectiva análise de 
crédito. Uma empresa pode obter um Cartão BNDES por 
banco emissor, podendo ter até 4 cartões e somar seus 
limites numa única transação. Os Cartões BNDES emitidos 
pela Caixa Econômica Federal/Mastercard podem obter o 
limite individual de até R$ 500 mil.
**Obs 2: os Cartões BNDES emitidos pela Caixa Econômica 
Federal/Mastercard aceitam apenas as condições de 
parcelamento em 12, 18, 24, 30, 36, 42 e 48 parcelas.
COMERCIALIZAÇÃO DE BENS
• PROTVD Consumidor - apoio à comercialização do 
conversor que permitirá transformar o sinal digital, 
para recepção nos atuais televisores, sejam eles 
com cinescópio, de plasma ou LCD. 
CAPITAL DE GIRO ISOLADO
Capital de Giro isolado
• BNDES Progeren - financia capital de giro para 
empresas do setor industrial com Receita 
Operacional Bruta (ROB) até R$ 90 milhões; 
• PASS - financiamento à estocagem de álcool etílico 
combustível pelas empresas do setor 
sucroalcooleiro. 
OPERAÇÕES DE RENDA VARIÁVEL
• Subscrição de valores mobiliários - em sociedades 
anônimas, de capital aberto ou fechado, em 
emissão pública ou privada e em fundos de 
investimento fechados.
 
MICROEMPREENDEDOR
• BNDES Microcrédito - financiamento através das 
instituições de microcrédito repassadoras de seus 
recursos, destinado ao microempreendedor formal 
ou informal. 
CRÉDITO RURAL
É o suprimento dos recursos financeiros para 
aplicação exclusiva nas atividades agropecuárias.
Seus objetivos são:
• Estimular os investimentos rurais feitos por 
produtores e suas associações, tais como as 
cooperativas.
• Permitir o custeio da produção, seu armazenamento 
e sua posterior comercialização, de forma oportuna 
e eficiente.
• Fortalecer de modo geral o setor rural, aumentando 
a sua competitividade.
• Incentivar o aperfeiçoamento dos métodos de 
produção, aumentando a produtividade rural e 
melhorando o padrão de vida dos envolvidos nas 
atividades rurais.
Apenas os Bancos comerciais e Múltiplos com 
carteira comercial, compulsoriamente, operam nesse 
segmento recursos oriundos de 25% dos volumes médios 
dos depósitos à vista e outros recursos de terceiros 
conforme exigibilidade periodicamente apurada. 
Os bancos privados urbanos têm preferido cumprir 
essa obrigação através do repasse DIR (depósito 
interfinanceiro vinculado ao crédito rural), usado pelo Banco 
do Brasil na carteira rural. Também podem optar por terem 
os recursos da exigibilidade depositados no BC sem 
remuneração.
Além desses recursos, também podem ser 
utilizados os recursos livres; os recursos do Tesouro 
Ricardo Jorge Lima de Melo Página 8 
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Nacional, os subvencionados da União, FAT; os recursos 
controlados oriundos das operações oficiais do crédito do 
Ministério da Fazenda; recursos captados no exterior 
(resolução 2770), e os recursos da caderneta de poupança 
rural (40%). 
Não são considerados produtores rurais:
• Estrangeiros residentes no exterior.
• Sindicato rural ou parceiro, se o contrato de 
parceria restringir qualquer parte sobre o 
financiamento.
• Pessoas Físicas ou Jurídicas que tenham 
explorações rurais sem caráter produtivo.
• Criação de cavalos.
ATIVIDADES FINANCIADAS
O crédito rural financia:
Custeio agrícola e pecuário: recurso para o ciclo operacional 
das atividades tendo prazos diferenciados de acordo com a 
sua classificação. Destinam-se a despesas normais tais 
como:
• Do ciclo produtivo de lavouras periódicas, de 
entressafra de lavouras permanentes ou da 
extração de produtos vegetais espontâneos, 
incluindo o beneficiamento primário da produção 
obtida e seu armazenamento no imóvel rural ou em 
cooperativa; 
• De exploração pecuária; 
• De beneficiamento ou industrialização de produtos 
agropecuários
Classifica-se em:
• Custeio agrícola; 
• Custeio pecuário; 
• Custeio de beneficiamento ou industrialização. 
Investimento agrícola e pecuário: para prover recursos que 
se estendam por vários ciclos produtivos, com o mesmo 
prazo máximo, seja para investimentos semi-fixos (ex. 
tratores e colheitadeiras), seja para investimentos fixos (ex. 
armazéns, açudes, estábulos). O valor de financiamento está 
limitado por beneficiário em cada ano.
Comercialização agrícola e pecuária: recursos para a 
comercialização dos produtos e envolve: a pre-
comercialização, o desconto das notas promissórias e/ou 
duplicatas rurais; Empréstimos do Governo Federal – EGF; 
Empréstimos a Cooperativas para adiantamentos a 
cooperados por conta de preços de produtos entregues para 
venda e Linha Especial de Crédito – LEC.
DESTINAÇÃO
• Produtor rural (pessoa física ou jurídica) e suas 
associações (cooperativas, condomínios, parcerias, 
etc); 
• Cooperativa de produtores rurais; e 
• Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo 
produtor rural, se dedique a uma das seguintes 
atividades: 
a) Pesquisa ou produção de mudas ou 
sementes fiscalizadas ou certificadas;
b) Pesquisa ou produção de sêmen para 
inseminação artificial;
c) Prestação de serviços mecanizados de 
natureza agropecuária, em imóveis rurais, 
inclusive para a proteção do solo;
d) Prestação de serviços de inseminação 
artificial, em imóveis rurais;
e) Exploração de pesca, com fins 
comerciais.
Os prazos e os cronogramas de pagamento dos 
financiamentos são estabelecidos, em função da capacidade 
de pagamento do financiado, e estruturados de forma a fazer 
os vencimentos coincidirem com os períodos de recebimento 
de recursos da comercialização dos produtos.
EXIGÊNCIAS
Cabe ao produtor decidir a necessidade de 
assistência técnica para elaboração de projeto e orientação, 
salvo quando considerados indispensáveis pelo financiador 
ou quando exigidos em operações com recursos oficiais. 
• Idoneidade do tomador; 
• Apresentação de orçamento, plano ou projeto, 
exceto em operações de desconto de Nota 
Promissória Rural ou de Duplicata Rural; 
• Oportunidade, suficiência e adequação de recursos; 
Ricardo Jorge Lima de MeloPágina 9 
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• Observância de cronograma de utilização e de 
reembolso; 
• Fiscalização pelo financiador. 
As NPR e DR só podem ser descontadas se 
emitidas por produtores rurais ou suas cooperativas de 
produção.
A cédula rural vale entre as partes desde a 
emissão, mas só adquire eficácia contra terceiros depois de 
registrada no Cartório de Registro de Imóveis competente.
Obs.: Faculta-se a formalização do crédito rural por meio de 
contrato, no caso de peculiaridades insuscetíveis de 
adequação aos títulos acima mencionados.
GARANTIAS
As garantias são livremente acertadas entre o 
financiado e o financiador, que devem ajustá-las de acordo 
com a natureza e o prazo do crédito e podem se constituir 
de:
• Penhor agrícola, pecuário, mercantil ou cedular; 
• Alienação fiduciária; 
• Hipoteca comum ou cedular; 
• Aval ou fiança; 
• Outros bens que o Conselho Monetário Nacional 
admitir. 
DESPESAS
• Remuneração financeira; 
• Imposto sobre operações de crédito, câmbio e 
seguro, e sobre operações relativas a Títulos e 
Valores Mobiliários; 
• Custo de prestação de serviços; 
• Adicional do Programa de Garantia da Atividade 
Agropecuária (Proagro); 
• Sanções pecuniárias; 
• Prêmio de seguro rural. 
Nenhuma outra despesa pode ser exigida do 
mutuário, salvo o exato valor de gastos efetuados à sua 
conta pela instituição financeira ou decorrentes de expressas 
disposições legais.
CLASSIFICAÇÃO
• Controlados
Os recursos obrigatórios (decorrentes da 
exigibilidade de depósito à vista), os oriundos do 
Tesouro Nacional e os subvencionados pela União 
sob a forma de equalização de encargos (diferença 
de encargos financeiros entre os custos de 
captação da instituição financeira e os praticados 
nas operações de financiamento rural, pagos pelo 
Tesouro Nacional). Os limites são livremente 
pactuados. Taxas de Juros de 8,75%.
• Não - controlados
Todos os demais. O montante de crédito de custeio 
ou EGF (Empréstimo do Governo Federal) para 
cada tomador, não-acumulativo, em cada safra e 
em todo Sistema Nacional de Crédito Rural 
(SNCR), está sujeito aos seguintes limites:
o R$ 400 mil - para algodão;
o R$ 300 mil - para lavouras irrigadas de 
arroz, feijão, mandioca, milho, sorgo ou 
trigo (somente para crédito de custeio);
o R$ 250 mil - para milho;
o R$ 200 mil - quando destinado à soja nas 
regiões Centro-Oeste e Norte, no sul do 
Maranhão, no sul do Piauí e na Bahia-Sul;
o R$ 150 mil - quando destinado ao cultivo 
de amendoim, arroz, feijão, mandioca, 
sorgo, trigo, soja (nas demais regiões) e 
frutíferas;
o R$ 100 mil - quando destinados a café 
(somente para crédito de custeio);
o R$ 60 mil - quando destinado às outras 
operações de custeio agrícola ou pecuário 
ou de EGF
Taxas de juros livremente pactuadas.
OPERACIONALIZAÇÃO
A liberação ocorre de uma só vez ou em parcelas, 
em dinheiro ou em conta de depósitos, de acordo com as 
necessidades do empreendimento, devendo as utilizações 
obedecer a cronograma de aquisições e serviços.
 O pagamento pode ocorrer de uma vez só ou em 
parcelas, segundo os ciclos das explorações financiadas. O 
prazo e o cronograma de reembolso são estabelecidos em 
função da sua capacidade de pagamento, de maneira que os 
vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção 
dos rendimentos da atividade assistida
A instituição financeira deve obrigatoriamente 
fiscalizar, sendo-lhe facultada a realização de fiscalização 
por amostragem em créditos de até R$ 60 mil. Essa 
amostragem consiste na obrigatoriedade de fiscalizar 
diretamente até 10% desses créditos.
 A fiscalização deve ser efetuada da seguinte forma:
Ricardo Jorge Lima de Melo Página 10 
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• Crédito de custeio agrícola: pelo menos uma vez no 
curso da operação antes da época prevista para 
liberação da última parcela ou até 60 (sessenta) 
dias após a utilização do crédito, no caso de 
liberação em parcela única; 
• Empréstimo do Governo Federal (EGF), conforme 
previsto no Manual de Operações de Preços 
Mínimos; 
• Demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias 
após cada utilização, para comprovar a realização 
das obras, serviços ou aquisições. Cabe ao fiscal 
verificar a correta aplicação dos recursos 
orçamentários, o desenvolvimento das atividades 
financiadas e a situação das garantias, se houver. 
Prêmio do seguro rural: o valor do prêmio do seguro rural 
pode ser financiado com recursos controlados, ainda que o 
beneficiário não conte com financiamento de sua atividade 
ao amparo de mencionados recursos.
CRÉDITOS PARA INVESTIMENTO RURAL
• COM RECURSOS DA PARCELA OBRIGATÓRIA 
DOS DEPÓSITOS À VISTA A legislação que 
dispõe sobre as exigibilidades do crédito rural 
determina que 25% dos depósitos à vista nas 
instituições financeiras devem ser aplicados nessa 
modalidade de crédito. São Beneficiários os 
produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas), 
diretamente ou por intermédio de operações de 
repasse de suas cooperativas e são financiáveis: 
investimentos fixos e semifixos. 
• BNDES/FINAME AGRÍCOLA ESPECIAL - financia 
aquisição, manutenção ou recuperação de: 
máquinas, tratores, colheitadeiras, sistemas de 
irrigação, ordenhadeiras mecânicas, tanques de 
resfriamento e homogeneização de leite; máquinas 
e equipamentos para avicultura, armazéns 
agrícolas, suinocultura, beneficiamento de algodão, 
beneficiamento ou industrialização de frutas e de 
produtos apícolas, unidades de beneficiamento de 
sementes, beneficiamento e conservação de 
pescados oriundos da aqüicultura; implantação ou 
modernização de frigoríficos com atuação em 
âmbito municipal ou estadual e tem como 
Beneficiários: aqueles do crédito rural, admitindo-
se, também, empresas do setor de armazenagem, 
no caso de financiamento destinado à aquisição de 
equipamentos para armazéns agrícolas. 
 
PRONAF – PROGRAMA NACIONAL DE 
FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR
O Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (Pronaf) financia projetos individuais ou 
coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e 
assentados da reforma agrária. O programa possui as mais 
baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, além das 
menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito 
do País. 
O acesso ao Pronaf inicia-se na discussão da 
família sobre a necessidade do crédito, seja ele para o 
custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para o 
investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura. 
Após a decisão do que financiar, a família deve 
procurar o sindicato rural ou a Emater para obtenção da 
Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que será emitida 
segundo a renda anual e as atividades exploradas, 
direcionando o agricultor para as linhas específicas de 
crédito a que tem direito. Para os beneficiários da reforma 
agrária e do crédito fundiário, o agricultor deve procurar o 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) 
ou a Unidade Técnica Estadual (UTE). 
O agricultor deve estar com o CPF regularizado e 
livre de dívidas. As condições de acesso ao Crédito Pronaf, 
formas de pagamento e taxas de juros correspondentes a 
cada linha sãodefinidas, anualmente, a cada Plano Safra da 
Agricultura Familiar, divulgado entre os meses de junho e 
julho. 
BENEFICIÁRIOS
São beneficiários do Pronaf os produtores rurais 
que se enquadrem nos grupos a seguir especificados, 
comprovados mediante declaração de aptidão ao Programa:
Grupo "A"
- agricultores familiares: assentados pelo Programa 
Nacional de Reforma Agrária ou beneficiários do 
Programa de Crédito Fundiário do Governo Federal, 
que ainda não contrataram operação de investimento 
no limite individual permitido pelo Programa de 
Crédito Especial para a Reforma Agrária (Procera) ou 
crédito de investimento para estruturação no âmbito 
do PRONAF;
Grupo "B"
Agricultores familiares que:
a) explorem parcela de terra na condição de 
proprietário, posseiro, arrendatário ou parceiro;
b) residam na propriedade ou em local próximo;
c) não disponham, a qualquer titulo, de área superior a 
quatro módulos fiscais, quantificados segundo a 
legislação em vigor;
d) obtenham, no mínimo, 30% da renda familiar oriunda 
da exploração agropecuária ou não-agropecuária do 
estabelecimento;
e) tenham o trabalho familiar como base na exploração 
do estabelecimento;
f) obtenham renda bruta anual familiar até R$ 5.000,00, 
excluídos os proventos vinculados a benefícios 
previdenciários decorrentes de atividades rurais.
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GRUPO “A/C”: 
Agricultores familiares egressos do Grupo "A" ou do 
Procera, ou que já contrataram a primeira operação no 
grupo “A”, que não contraíram financiamento de custeio 
nos grupos “C”, “D” ou “E”, e que apresentaram DAP 
para o grupo “A/C”;
AGRICULTURA FAMILIAR: 
Nesse grupo integram todos aqueles que faziam parte dos 
antigos grupos “c”, “D” e “E”.
Os beneficiários devem possuir renda bruta anual entre R$ 
5.000,00 e R$ 110.000,00. 
Nessa modalidade, as taxas de juros praticadas são as 
seguintes: 
Operações de Custeio: 
Valor financiado Taxa de Juros
Até R$ 5.000,00 1,5% a.a.
De R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00 3,0% a.a.
De R$ 10.000,00 a R$ 20.000,00 4,5% a.a.
De R$ 20.000,00 a R$ 30.000,00 5,5% a.a.
Operações de Investimento: 
Valor financiado Taxa de Juros
Até R$ 7.000,00 1,0% a.a.
De R$ 7.000,00 a R$ 18.000,00 2,0% a.a.
De R$ 18.000,00 a R$ 28.000,00 4,0% a.a.
De 28.000,00 a R$ 36.000,00 5,0 % a.a.
DECLARAÇÃO DE APTIDÃO
A declaração de aptidão ao PRONAF (DAP), que 
também deve ser assinada pelo beneficiário do crédito, deve 
ser prestada por agentes credenciados pelo Ministério do 
Desenvolvimento Agrário, sendo: 
a) de responsabilidade das entidades emitentes o 
correto enquadramento do produtor nos grupos do 
PRONAF;
b) elaborada para a unidade familiar de produção, 
prevalecendo para todos os membros da família 
que habitam a mesma residência e exploram as 
mesmas áreas de terra, devendo ser assinada pelo 
beneficiário do crédito que representa a unidade 
familiar;
c) no caso de imóvel em condomínio, deverá ser 
emitida uma DAP para cada condômino.
Os recursos liberados sob o âmbito do PRONAF 
podem ser concedidos de forma individual, coletiva (quando 
formalizado com grupo de produtores para finalidades 
coletivas) ou grupal (quando formalizado com grupo de 
produtores, para finalidades individuais), e se destinam a:
• Custeio: financiamento de atividades agropecuárias 
e não-agropecuárias de beneficiários enquadrados 
nos Grupos “A/C”, e AGRICULTURA FAMILIAR;
• Investimento: financiamento para implantação, 
ampliação e modernização da infra-estrutura de 
produção e serviços agropecuários e não 
agropecuários no estabelecimento rural ou em 
áreas comunitárias rurais próximas, de acordo com 
projetos específicos.
Com relação às garantias que devem ser 
apresentadas para a obtenção do financiamento, dando 
preferência às seguintes:
• Crédito de custeio: o penhor de safra, aval ou a 
adesão ao Programa de Garantia da Atividade 
Agropecuária (PROAGRO MAIS);
• Crédito de investimento: o penhor cedular ou a 
alienação fiduciária do bem financiado.
PRONAF AGROINDÚSTRIA 
Linha para o financiamento de investimentos, 
inclusive em infraestrutura, que visam o beneficiamento, o 
processamento e a comercialização da produção 
agropecuária, de produtos florestais e do extrativismo, ou de 
produtos artesanais e a exploração de turismo rural. 
 PRONAF AGROECOLOGIA 
Linha para o financiamento de investimentos dos 
sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, 
incluindo-se os custos relativos à implantação e manutenção 
do empreendimento. 
PRONAF ECO 
Linha para o financiamento de investimentos em 
técnicas que minimizam o impacto da atividade rural ao meio 
ambiente, bem como permitam ao agricultor melhor convívio 
com o bioma em que sua propriedade está inserida. 
PRONAF FLORESTA 
Financiamento de investimentos em projetos para 
sistemas agroflorestais; exploração extrativista 
ecologicamente sustentável, plano de manejo florestal, 
recomposição e manutenção de áreas de preservação 
permanente e reserva legal e recuperação de áreas 
degradadas. 
PRONAF SEMI-ÁRIDO 
Linha para o financiamento de investimentos em 
projetos de convivência com o semi-árido, focados na 
sustentabilidade dos agroecossistemas, priorizando 
infraestrutura hídrica e implantação, ampliação, recuperação 
ou modernização das demais infraestruturas. 
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PRONAF MULHER 
Linha para o financiamento de investimentos de 
propostas de crédito da mulher agricultora. 
PRONAF JOVEM 
Financiamento de investimentos de propostas de 
crédito de jovens agricultores e agricultoras. 
PRONAF CUSTEIO E COMERCIALIZAÇÃO DE 
AGROINDÚSTRIAS FAMILIARES 
Destinada aos agricultores e suas cooperativas ou 
associações para que financiem as necessidades de custeio 
do beneficiamento e industrialização da produção própria 
e/ou de terceiros. 
PRONAF COTA-PARTE 
Financiamento de investimentos para a 
integralização de cotas-partes dos agricultores familiares 
filiados a cooperativas de produção ou para aplicação em 
capital de giro, custeio ou investimento. 
MICROCRÉDITO RURAL 
Destinado aos agricultores de mais baixa renda, 
permite o financiamento das atividades agropecuárias e não 
agropecuárias. 
Créditos para beneficiários do Programa Nacional 
de Crédito Fundiário (PNCF) e do Programa Nacional de 
Reforma Agrária (PNRA) Destinados exclusivamente às 
famílias beneficiárias dos dois programas. 
PRONAF MAIS ALIMENTOS 
Financiamento de propostas ou projetos de 
investimento para produção associados à apicultura, 
aquicultura, avicultura, bovinocultura de corte, bovinocultura 
de leite, caprinocultura, fruticultura, olericultura, ovinocultura, 
pesca e suinocultura e a produção de açafrão, arroz, centeio, 
feijão, mandioca, milho, sorgo e trigo. 
LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL
As empresas vendedoras de bens costumam 
apresentar o leasing como mais uma forma de 
financiamento, mas o contrato deve ser lido com atenção, 
pois se trata de operação com características próprias.
O leasing é uma forma de ter sem comprar, também 
denominado arrendamento mercantil, é uma operação em 
que o proprietário (arrendador, empresa de arrendamentomercantil) de um bem móvel ou imóvel cede a terceiro 
(arrendatário, cliente, "comprador") o uso desse bem por 
prazo determinado, recebendo em troca uma 
contraprestação.
Esta operação se assemelha, no sentido financeiro, 
a um financiamento que utilize o bem como garantia e que 
pode ser amortizado num determinado número de "aluguéis" 
(prestações) periódicos, acrescidos do valor residual 
garantido e do valor devido pela opção de compra.
O mercado de Leasing surgiu da propagação do 
princípio de que o lucro na produção de bens e serviços, não 
se origina do fato de que, quem os produz, tenha a 
propriedade das máquinas e equipamentos necessários, 
mas sim, da forma como são utilizados na produção.
Ao final do contrato de arrendamento, o 
arrendatário tem as seguintes opções:
• Comprar o bem por valor previamente contratado; 
• Renovar o contrato por um novo prazo, tendo como 
principal o valor residual; 
• Devolver o bem ao arrendador.
O contrato de leasing tem prazo mínimo definido 
pelo Banco Central. Em face disso, não é possível a 
"quitação" da operação antes desse prazo. 
O direito à opção pela compra do bem só é 
adquirido ao final do prazo de arrendamento.
Por isso, não é aplicável ao contrato de 
arrendamento mercantil a faculdade de o cliente quitar e 
adquirir o bem antecipadamente. No entanto, é admitida, 
desde que esteja previsto no contrato, a transferência dos 
direitos e obrigações a terceiros, mediante acordo com a 
empresa arrendadora.
Mediante cláusula contratual, o arrendamento 
poderá ser renovado no final do contrato, o bem poderá ser 
devolvido, ou ainda, o arrendatário poderá adquirir o bem (o 
que, nas operações de leasing, é chamado de opção de 
compra). Para que possa ficar em definitivo com o bem, o 
arrendatário deverá pagar um valor, previamente acertado 
entre as partes e constante do contrato de arrendamento, 
chamado de Valor Residual Garantido – VRG. 
O VRG é função do prazo da operação, da vida útil 
do bem e dos encargos pactuados no contrato, e o seu 
pagamento, que dá ao arrendatário o direito de opção pode 
ser de quatro tipos: antecipado (à vista), diluído (junto com 
as contraprestações), no final do contrato ou ainda, misto.
As pessoas físicas e empresas podem contratar 
leasing.
O IOF não incide nas operações de leasing. O 
imposto que será pago no contrato é o ISS, Imposto Sobre 
Serviços.
Despesas tais como seguro, manutenção, registro 
de contrato, ISS (imposto sobre serviços) e demais encargos 
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que incidam sobre os bens arrendados são de 
responsabilidade do arrendatário ou do arrendador, 
dependendo do que for pactuado no contrato de 
arrendamento.
VANTAGENS DO LEASING
Financiamento total ou parcial do bem;
Liberação de capital de giro;
Possibilidade de atualização do equipamento durante a 
vigência do contrato;
• Prazo compatível com a amortização econômica do 
bem;
• Flexibilidade no prazo de vencimento;
• Dupla economia de IR (dedução dos aluguéis e não 
imobilização em equipamento)
• Aceleração da depreciação, gerando eficiência 
fiscal;
• Simplificação contábil;
TIPOS DE LEASING
Leasing Operacional
É aquele em que o produtor do bem contrata 
diretamente com o arrendatário, podendo o produtor e 
arrendador ficar responsável pela manutenção do bem, 
como por exemplo, o já citado caso das máquinas 
copiadoras.
Tal tipo de contrato, feito por tempo inferior à vida 
útil do bem arrendado, é geralmente encontrado no ramo de 
equipamentos de alta tecnologia, como computadores, 
aviões e copiadoras, o que não exclui a sua utilização em 
outros bens, tais como automóveis, pois, a princípio o 
equipamento e/ou a arrendadora devem satisfazer uma das 
seguintes condições: 
o O equipamento possui alto valor de 
revenda e mercado secundário ativo; 
o A empresa arrendadora presta serviços 
adicionais aos seus clientes; 
o A empresa arrendadora é a fabricante do 
equipamento. 
São contratos sem opção de compra no final (ou 
seja, sem VRG). Se o arrendatário quiser adquirir o bem no 
final, terá que comprá-lo pelo preço de mercado. Como 
conseqüência da impossibilidade da opção de compra, as 
prestações são menores (redução de custos);
Não pode haver previsão de pagamento do VRG; 
O arrendatário pode rescindir o contrato quando 
quiser, mediante aviso prévio especificado no contrato;
O prazo mínimo da operação é de 90 dias e o 
máximo está limitado a 75% da vida útil econômica do bem 
arrendado.
O valor presente das contraprestações não poderá 
exceder ao valor de 90% do bem arrendado, sendo a taxa de 
desconto utilizada a equivalente aos encargos financeiros 
constantes no contrato,
Na prática, as operações de leasing operacional 
funcionam quase como um aluguel.
Leasing Financeiro 
É uma operação de financiamento sob a forma de 
locação particular, de médio em longo prazo, com base em 
um contrato, de bens móveis ou imóveis, em que intervêm 
uma empresa de leasing, o arrendador, o produtor ou 
fornecedor do bem, e o arrendatário, seus contratos têm 
prazos médios ou longos e o bem pode ser móvel ou imóvel. 
Esta operação se aproxima no sentido financeiro de 
um empréstimo que utilize o bem como garantia e que pode 
ser amortizado num determinado número de aluguéis 
periódicos, que recebem a denominação de 
contraprestação, geralmente correspondentes ao período de 
vida econômica útil do bem.
As principais características do leasing financeiro 
são:
• Para bens com vida útil de até 05 anos, o prazo 
mínimo do leasing é de 24 meses. Já para os bens 
com vida útil superior, o prazo mínimo é de 36 
meses. O prazo máximo, geralmente, corresponde 
à vida útil do bem;
• O arrendatário, mediante o pagamento do Valor 
Residual Garantido (VRG) estipulado no contrato, 
tem o direito, ao final do prazo de arrendamento, de 
optar por ficar com o bem, devolvê-lo para a 
leasing, ou renovar o aluguel. Esse pagamento 
pode ocorrer em qualquer momento durante a 
vigência do contrato;
• O VRG corresponde ao valor pelo qual o 
arrendatário está adquirindo o bem. Geralmente, 
ele corresponde a um percentual do valor do bem, 
estabelecido com base em sua vida útil, no prazo 
do contrato de arrenda-mento e nos percentuais 
anuais de depreciação, utilizados pela leasing;
• Apesar do pagamento do VRG puder ser feito a 
qualquer momento, caso o arrendatário exerça sua 
opção antes do encerramento do contrato, perante 
a lei, o leasing se descaracteriza, passando a ser 
considerado como uma operação de compra e 
venda a prestação. Com isso, o arrendatário perde 
todos os benefícios conquistados até o momento, 
tendo inclusive que recolher os impostos, 
acrescidos de multa e juros de mora;
• Dependendo do que for estipulado no contrato, as 
despesas com seguro, manutenção do bem, 
registro do contrato, recolhimento de impostos, 
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Curso Preparatório ao Concurso DO Banco do Brasil
entre outros encargos, podem ficar por conta do 
arrendador ou do arrendatário. 
No final do contrato o arrendador pode optar entre 
renovar o contrato com base no valor de estabelecido,comprar o bem pelo valor estabelecido ou ainda devolver o 
bem ao arrendador.
O valor estabelecido – Pode ser o valor de mercado 
ou o VRG (valor residual garantido). 
Sale And Lease Back 
É uma operação parecida com o Leasing 
Financeiro, a diferença básica é que, uma pessoa Jurídica 
vende bens imobilizados a uma empresa de Leasing e, 
simultaneamente, os arrenda de volta com a opção de 
compra executável no término do contrato. 
Trata-se de alternativa bastante aceitável para 
empresas que necessitam de capital e que estejam 
excessivamente imobilizadas.
Leasing Imobiliário - Normal
Consiste na compra de um imóvel inteiro indicado 
pelo arrendatário à arrendadora, esta o arrenda pelo prazo 
contratado (média de 08 anos) durante o qual pagará cerca 
de 70% do valor do imóvel. Ao termino do contrato o 
arrendatário exerce os mesmos direitos que no Leasing 
financeiro.
Construção de Edifícios
A arrendatária encomenda um prédio e a empresa 
de Leasing o manda construir conforme as especificações, 
durante a construção a arrendatária paga sobre o serviço, ou 
seja, sobre o valor aplicado na construção até aquele 
momento. Quando o prédio é entregue, o pagamento passa 
a ser sobre o valor total do imóvel.
Lease Back Imobiliário
 O processo é igual ao Lease Back anterior, só que 
agora com um imóvel da empresa e ele mesmo é dado em 
garantia da operação.
Operações Sindicalizadas
São utilizadas para viabilizar grandes projetos, que 
vai desde aquisição de terreno, construção e instalação dos 
equipamentos necessários. 
Em função do montante envolvido, várias empresas 
de leasing se reúnem para levar adiante o empreendimento. 
Entre as empresas de leasing, podem participar companhias 
nacionais e estrangeiras.
EXERCICIOS
1. (BNB-2003) O Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (PRONAF) destina-se ao apoio 
financeiro das atividades agropecuárias e não-
agropecuárias exploradas mediante emprego direto da 
força de trabalho do produtor rural e de sua família. Com 
relação ao PRONAF, assinale a opção CERTA:
a) São beneficiários do programa todos os agricultores 
assentados, independente de serem enquadrados 
em outros programas de financiamento rural;
b) Todos os agricultores com renda anual familiar de 
até R$ 20.000,00 (vinte mil reais) poderão ser 
beneficiados;
c) Poderão ser beneficiados os agricultores familiares 
e trabalhadores rurais que tenham o trabalho 
familiar como predominante na exploração do 
estabelecimento, podendo manter até dois 
empregados permanentes;
d) A concessão de crédito do PRONAF não é vedada 
à aquisição de animais destinados à pecuária 
bovina de corte;
e) A taxa de juros para os financiamentos do PRONAF 
é livremente pactuada entre as partes.
2. Dentre as características dos títulos de crédito, marque 
a opção CORRETA:
a) DOC é um documento para transferência de 
valores entre contas-correntes da mesma ou de 
diferentes instituições;
b) HOT MONEY é uma operação de crédito 
caracterizada por ser de longo prazo;
c) TÍTULO DE CRÉDITO é um documento 
representativo de uma obrigação de pagar o 
valor que nele está escrito. O cheque não é 
considerado um título de crédito, mas a nota 
promissória e a letra de câmbio são;
d) LETRA DE CÂMBIO é um título válido somente 
para pagar exportações e importações;
e) EXPORT NOTE é um título negociável apenas 
nas bolsas de valores.
3. (BNB-2003) Com relação às linhas de crédito 
oferecidas pelas instituições financeiras, marque a 
opção CERTA:
a) A modalidade de desconto de títulos é embasada 
em Duplicatas ou em Notas Promissórias e sua 
finalidade é conceder empréstimos para 
investimento de longo prazo;
b) A vantagem dos descontos de Duplicatas é porque 
a operação é garantida para o banco, uma vez que 
não há risco de inadimplência;
c) Os bancos disponibilizam linhas de crédito para 
financiamento de capital de giro das empresas, a 
partir de contratos específicos que estabelecem 
limites para utilização do empréstimo;
d) Os bancos são proibidos pelo Banco Central de 
conceder empréstimos para financiar pagamentos 
de tributos;
Ricardo Jorge Lima de Melo Página 15 
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e) Sobre os empréstimos para capital de giro incidem 
obrigações como juros e tarifas, mas dado sua 
especificidade é uma operação isenta de IOF.
4. (BNB-2003) - Considere as assertivas:
I. A linha de crédito do FINAME tem limite de 
valor;
II. As operações de Leasing são amparadas 
pelo FINAME;
III. Para obter financiamento do FINAME o 
interessado deve dirigir-se a uma instituição 
financeira credenciada que será a responsável pela 
análise da concessão do crédito, assim como pelo 
encaminhamento da operação de financiamento ao 
BNDES, para aprovação e posterior liberação dos 
recursos;
IV. O FINAME não financia máquinas e 
implementos agrícolas;
Escolha a opção CORRETA:
A) I e II são afirmações verdadeiras.
B) II e III são afirmações verdadeiras.
C) III e IV são afirmações falsas.
D) I e III são afirmações falsas.
E) I e IV são afirmações verdadeiras.
5. (BNB-2003) - O Crédito Direto ao Consumidor, 
conhecido como CDC, é um financiamento concedido 
por uma instituição financeira. Considerando as 
características do CDC, marque a alternativa 
VERDADEIRA:
a) O CDC não pode ser concedido para financiar bens 
de consumo durável;
b) Somente as administradoras de cartão de crédito 
podem conceder esse tipo de financiamento;
c) O CDC pode ser pré-fixado ou pós-fixado;
d) O CDC, por ser uma linha de crédito ao consumidor, 
não apresenta inadimplência;
e) Todas as alternativas acima estão corretas.
6. (BNB-2003) - Considerando as características do 
Programa de Geração de Emprego e Renda da Área 
Rural (PROGER), marque a opção VERDADEIRA:
a) A finalidade do PROGER é o financiamento de 
empreendimentos de pequenos e mini produtores 
rurais, de forma individual e coletiva;
b) O crédito não pode ser concedido para programas 
de requalificação e assistência técnica e de 
extensão rural;
c) Os recursos destinados ao financiamento são 
captados livremente pelos bancos, por meio de 
depósitos a prazo;
d) O produtor rural para se enquadrar no programa não 
precisa comprovar residir na terra ou aglomerado 
urbano ou rural próximo;
e) Todas as opções acima estão corretas.
7. (BNB-2003) - Dentre as afirmações sobre as principais 
linhas de financiamento para investimentos, apenas uma 
é VERDADEIRA:
a) O Programa "Financiamento a Empreendimento- 
FINEM" é destinado à aquisição ou construção de 
imóveis para fins comerciais;
b) O custo básico para o financiamento do FINEM é a 
taxa SELIC;
c) O programa “BNDES Automático" é um crédito 
destinado para a realização de projetos de 
implantação, expansão ou relocalização de 
empresas, sem limite de crédito por contratante;
d) O programa "BNDES Automático" pode financiar 
atividades bancárias e empreendimentos hoteleiros;
e) O programa “BNDES Automático" não pode financiar 
terrenos e benfeitorias existentes, máquinas e 
equipamentos usados e animais para revenda.
8. (BNB-2003) - O fomento à atividade agrícola é 
implementado pelas linhas de crédito rural praticadas 
pelas instituições financeiras. Considere as principais 
características do crédito rural descritas nos itens de I a 
IV:
I. A nota de crédito rural é um título destinado ao 
financiamento rural;II. O financiamento rural dá direito ao banco de 
fiscalizar a aplicação da quantia financiada;
III. Os bancos podem conceder financiamento 
mediante a emissão, pelo devedor, de cédula com 
garantia hipotecária, por meio da Cédula Rural 
Hipotecária;
IV. Parte dos recursos destinados ao financiamento 
rural é oriunda dos depósitos à vista sujeitos a 
recolhimento compulsório;
Escolha a alternativa VERDADEIRA:
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
b) As afirmativas II e III são verdadeiras e a 
afirmativa IV é falsa.
c) As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e III são 
verdadeiras.
e) As afirmativas I e II são verdadeiras e as 
afirmativas III e IV são falsas.
9. (BNB-2004) - Considerando as características das 
operações de empréstimos bancários, marque a 
alternativa CORRETA:
a) Os bancos devem assegurar o direito de 
liquidação antecipada do débito, total ou 
parcialmente, mediante redução proporcional dos 
juros.
b) Nas operações de empréstimos os bancos não 
podem cobrar tarifas porque já cobram juros.
c) A utilização do limite do cheque especial está 
sujeita à cobrança de juros previamente definidos 
pelo Banco Central.
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d) O crédito direto ao consumidor é uma linha de 
empréstimo destinada exclusivamente ao consumo 
de bens alimentícios.
e) Os bancos estão sujeitos, na atualidade, a 
controles dos valores que podem emprestar aos 
usuários.
10. (BNB-2004) - A operação de Leasing é uma operação 
de crédito, considerada um aluguel de equipamentos 
por um período estabelecido, com algumas 
características especiais. Em relação a essa operação, 
analise as afirmações de I a IV:
I. O Leasing, ou arrendamento mercantil, é uma 
operação em que o cliente pode fazer uso de 
um bem sem necessariamente tê-lo comprado;
II. A operação de Leasing é destinada apenas 
para pessoas jurídicas do setor industrial;
III. Caso o cliente deseje adquirir o bem 
definitivamente deverá pagar o valor residual 
definido entre as partes no início do contrato;
IV. Os contratos de Leasing são feitos por tempo 
indeterminado.
Marque a alternativa CORRETA:
a) São verdadeiros os itens I e II.
b) São verdadeiros os itens I, III e IV.
c) São verdadeiros os itens I e III.
d) são verdadeiros os itens III e IV.
e) Apenas o item III é verdadeiro.
11. (BNB-2004) - O Programa de Geração de Emprego e 
Renda (PROGER) é um conjunto de linhas de crédito 
para financiar quem quer se iniciar ou investir no 
crescimento de seu próprio negócio, tanto na área 
urbana como na rural. A respeito desse Programa, 
considere as afirmativas abaixo como V se verdadeira 
e F se falsa:
I. Os recursos do PROGER rural se destinam 
exclusivamente às cooperativas localizadas na 
região Nordeste;
II. Os principais agentes financeiros do PROGER 
são exclusivamente bancos privados, que 
dispõem de recursos livres destinados a essa 
finalidade;
III. O PROGER rural é destinado exclusivamente 
para a finalidade de investimento, por seu 
caráter empreendedor.
Marque a alternativa com a seqüência CORRETA:
a) F-F-F
b) F-V-F
c) F-F-V
d) V-F-F
e) V-V-F
12. (BNB-2004) - As operações de crédito bancário 
apresentam diversas modalidades de linhas de 
créditos, em função do direcionamento dos recursos e 
do tipo de instituição que está concedendo o recurso. 
Sobre este assunto, marque a alternativa CORRETA:
a) O Hot Money é uma linha de crédito destinada ao 
financiamento das exportações, sendo 
operacionalizada exclusivamente por bancos 
estrangeiros atuando no país.
b) Os empréstimos para capital de giro são 
operações típicas de bancos de investimento, com 
abertura de linhas específicas sem limites de 
crédito e garantias.
c) O crédito direto ao consumidor é um financiamento 
destinado para aquisição de bens e serviços, 
operação típica das financeiras e de bancos 
comerciais, com carteira de crédito, financiamento 
e investimento.
d) O desconto de duplicatas ou notas promissórias é 
uma operação de empréstimo exclusivo de bancos 
comerciais.
e) A conta garantida é uma linha especial de 
financiamento de capital de giro que deve ser 
quitada integralmente no vencimento estabelecido 
no prazo concedido no contrato.
13. (BNB-2004) - Dentre as operações de crédito 
especializado, o crédito rural tem como objetivo 
estimular e fortalecer o setor rural, destinando 
financiamentos aos produtores e suas associações. 
Sobre as características dessa modalidade de crédito, 
considere as afirmações abaixo:
I. Podem ser financiadas pelo crédito rural as 
atividades de custeio, investimento, 
comercialização e industrialização de produtos 
agropecuários;
II. Todos os recursos para financiamento do 
crédito rural são provenientes das instituições 
financeiras oficiais federais;
III. O Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (PRONAF) tem por 
finalidade apoiar as atividades agrícolas e não 
agrícolas desenvolvidas por agricultores 
familiares no estabelecimento ou aglomeradas 
rural urbanas;
IV. O financiamento do PRONAF está limitado a 
R$ 3.000,00 (três mil reais), por produtor, em 
cada ano.
Marque a alternativa CORRETA:
a) São verdadeiros os itens I e IV.
b) São verdadeiros os itens I e II.
c) São verdadeiros os itens II e III.
d) São verdadeiros os itens III e IV.
e) Apenas o item III é verdadeiro.
14. (BNB-2004) O crédito rural foi institucionalizado pela 
Lei n° 4829/65, que o considera como suprimento de 
recursos financeiros por entidades públicas e 
estabelecimentos de crédito particulares e produtores 
rurais ou suas cooperativas para aplicação exclusiva 
em atividades que se enquadrem nos objetivos 
indicados na legislação em vigor. Assinale a alternativa 
CORRETA que caracteriza aspectos relacionados à 
política de crédito rural:
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a) Entende-se por crédito de custeio quando 
destinados a cobrir despesas normais de um ou 
mais períodos da produção agrícola, não sendo 
beneficiado o custeio pecuário.
b) Para obter financiamento o tomador precisa 
formalizar a operação por meio da emissão de 
uma cédula de crédito rural, que não precisa de 
garantia real.
c) A cédula rural pignoratícia deve conter a descrição 
dos bens vinculados ao penhor, indicados pela 
espécie, qualidade, quantidade, marca ou período 
da produção, se for o caso, além do local ou 
depósito em que os mesmos bens se encontram.
d) Na cédula rural hipotecária deve conter a 
descrição do imóvel hipotecado com indicação do 
nome, se houver dimensões, confrontações, 
benfeitorias, título e data de aquisição, 
dispensando o registro no cartório de imóveis.
e) Não podem ser objeto de penhor cedular os 
gêneros oriundos da produção agrícola, extrativa 
ou pastoril, ainda que destinados a beneficiamento 
ou transformação.
15. O crédito industrial, agro-industrial e para o comércio 
são atendidos principalmente por linhas 
operacionalizadas por instituições oficiais de crédito, 
como o Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES). Com relação às 
finalidades e beneficiários dessas linhas, marque a 
alternativa

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