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TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OBESIDADE Epidemiologia Dados da OMS: 2008 – 1,4 bilhões de adultos com sobrepeso; 200 milhões de homens obesos; 300 milhões de mulheres obesas; 2010 – 40 milhões de crianças com sobrepeso. Manaus: Capital Brasileira com o maior número de obesos. Etiologia As mudanças de comportamento alimentar e hábitos de vida sedentários atuando sobre genes de susceptibilidade são o determinante principal do crescimento da obesidade do mundo. A obesidade é a resultante de fatores poligênicos complexos e um ambiente obesogênico. Obesidade monogênica Diversas mutações monogênicas já foram associadas com a obesidade grave e hiperfagia. Isso associado a outros fatores desencadeiam a obesidade. Mutações envolvendo a via de sinalização da melanocortina: ▪ No gene da leptina; ▪ Do receptor da leptina ▪ Da proopiomelanocortina (POMC) ▪ Do receptor da melanocortina (MC4R) Obesidade poligênica O mapa gênico da obesidade humana continua se desenvolvendo rapidamente a cada ano. A versão mais recente identifica 430 genes, marcadores e regiões cromossômicas associadas a fenótipos de obesidade humana. ▪ Fatores ambientais ▪ Sedentarismo ▪ Hábitos alimentares ▪ Fatores genéticos Comorbidades ▪ Metabólicas ▪ Degenerativas Ex.: Diabetes tipo 2, hipercolesterolemia, HAS, doenças cardiovasculares, apneia obstrutiva do sono, problemas psicossociais, doenças ortopédicas, diversos tipos de CA Tratamento cirúrgico Primeiro, deve-se calcular o IMC do paciente, assim podemos classificar esse paciente: 𝐼𝑀𝐶 = 𝑃 (𝑘𝑔) 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎2 (𝑚) Leve 27 – 30 Mórbida 40 – 50 Moderada 30 – 35 Super obesidade 50 - 60 Severa 35 - 40 Super super obesidade > 60 Recomenda-se bariátrica quando: ▪ IMC > 40 ▪ IMC > 35 com comorbidades ▪ IMC > 30 com comorbidades graves (como diabetes descompensada) TÉCNICAS CIRÚRGICAS Gastrectomia vertical (Sleeve) Redução do estômago sem alterar o intestino. Possui um forte componente restritivo sem componente disabsortivo. É feito um corte na grande curvatura e uma ressecção linear vertical (85 – 90% do estômago é retirado) – por isso o grande poder restritivo. ▪ Estruturais ▪ Neoplásicas ▪ Inflamatórias ▪ Psicológicas Bypass gástrico em Y de Roux Tira antro, corpo e fundo gástrico. Técnica mista com componente restritivo e disabsortivo. É uma gastrectomia subtotal (deixa 60 a 80 ml do estômago). Cirurgião faz duas alças longas para diminuir a absorção, visto que na primeira porção do intestino ocorre maior absorção de gordura e açúcares. Também ajuda através da diminuição de liberação de hormônios relacionados ao apetite (ex.: grelina) e aumento na liberação de hormônios do intestino distal como GLP1, que modulam a resposta endócrina controlando a glicose. Desvantagens: Necessidade de reposição de ferro, cálcio e vitamina B12 no pós-operatório. MECANISMOS FISIOLÓGICOS DA CIRURGIA Ingesta alimentar Diminuição da fome Aumento da saciedade pós-prandial Alteração das preferências alimentares Gasto energético Aumento após BPGYR e DBP Preservado após SLEEVE Outros fatores Melhora do DM independente da perda de peso
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