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Apostila de Bromato

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Faculdade Educacional S.A. 
Faculdade Anhanguera de Anápolis 
 
 
 
 
 
 
 
BROMATOLOGIA 
Laboratório de Nutrição Animal 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO 
(Manual Didático) 
 
 
 
 
 
 
Prof. Anderso Luiz Caetano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anápolis 
2011 
1 – INTRODUÇÃO 
 
A Análise Bromatológica é uma área importante no ensino das ciências 
que estudam alimentos, pois ela atua em vários segmentos do controle de 
qualidade, do processamento e do armazenamento dos alimentos. 
A palavra Bromatologia deriva do grego : BROMATOS – dos alimentos e 
LOGOS – ciência. Portanto, é a ciência que estuda os alimentos. 
A análise bromatológica tem como principal objetivo a obtenção da 
composição química dos alimentos, ou seja, a determinação das frações 
nutritivas de um alimento. Estas frações são compostos essenciais para a 
manutenção da vida e são classificados em água, proteínas, carboidratos, 
gorduras, vitaminas e minerais. 
Substâncias nutritivas são aquelas necessárias ao organismo para que 
este possa exibir todas as manifestações vitais, bem como as necessárias à 
construção e reconstituição dos tecidos. Assim, torna-se indispensável ao setor 
de nutrição animal, Analisar primeiro Balancear depois, porque a qualidade 
dos alimentos pode ser o fator determinante da rentabilidade da exploração. 
A eficiência da conversão dos alimentos em produto animal, inclusive em 
termos de custos, depende de uma avaliação precisa deles, em relação às 
exigências do animal e à qualidade dos produtos a utilizar (capins, silagens, 
fenos, resíduos, farelos, grãos, etc), obtidos na própria fazenda ou adquiridos 
no mercado. 
As variações encontradas nos teores nutricionais dos volumosos e 
concentrados, notadamente nos farelos e resíduos agroindustriais, como farelo 
de algodão, farelo de soja, farelo de trigo e outros. Nos grãos como milho, 
sorgo, milheto, soja e etc, quando bem limpos e com boa granação, 
apresentam variações de qualidade menores. Porém, a ocorrência de 
impurezas, de contaminações e de perdas de qualidade no armazenamento, 
como ataque de pragas e fermentações, é comum, especialmente nas partidas 
de grãos estocadas por muito tempo. Estas variações comprometem a 
qualidade das rações para a alimentação animal. 
A prática rotineira da análise bromatologica antes de qualquer 
formulação de rações, permite ao produtor e ao nutricionista desenvolver um 
padrão de avaliação dos alimentos disponíveis a cada época, e ajustar 
adequadamente as rações para a obtenção dos resultados planejados. 
 
 
2 – COLHEITA E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS DESTINADAS AO 
LABORATÓRIO 
 
 A colheita de amostras é o ponto de partida para se obter uma análise o 
mais aproximadamente possível da composição real do estoque de um 
alimento. A colheita errada de amostras produzirá informações não 
verdadeiras, portanto os métodos analíticos NUNCA irão corrigir o erro da 
amostragem. 
 A AMOSTRAGEM é a coleta representativa de um material a ser 
analisado. Para uma amostragem tornar-se representativa devem-se 
considerar os seguintes fatores: 
• Finalidade da inspeção: aceitação ou rejeição, avaliação da qualidade 
média e determinação da uniformidade; 
• Natureza do lote: tamanho, divisão em sub-lotes e se está a granel ou 
embalado; 
• Natureza do material em teste: sua homogeneidade, tamanho unitário, 
história prévia e custo; 
• Natureza dos procedimentos de teste: significância, procedimentos 
destrutivos ou não destrutivos e tempo e custo de análises. 
A segunda operação é o preparo da Amostra para análise, portanto, dentro 
do processo operativo temos a Coleta da Amostra Bruta e o Preparo da 
Amostra para Análise. 
 AMOSTRA é definida como uma porção limitada do material tomada do 
conjunto, do universo, selecionada de maneira a possuir as características 
essenciais do conjunto. 
 Após a Amostragem, deve-se homogenizar todo material para assegurar 
que a amostra seja obtida com necessária condição de representatividade. A 
amostra é obtida através de incrementos recolhidos segundo critérios 
adequados. A reunião dos incrementos forma a Amostra Bruta. A Amostra de 
Laboratório é o resultado da redução da amostra bruta mediante operações 
conduzidas de maneira a garantir a continuidade da condição de 
representatividade da amostra. A Amostra para Análise é uma porção menor 
da amostra de laboratório, suficientemente homogeneizada para poder ser 
pesada e submetida à análise. 
 Em resumo, os aspectos fundamentais para a Amostragem são: 
a) A amostra deve ser representativa da totalidade do alimento; 
b) A amostra não deve causar prejuízo econômico significativo; 
c) A parte da amostra a ser analisada numa análise de contraprova deve 
ser representativa da totalidade da amostra. 
 
 
2.1 – Colheita da amostras de Farelos, Farinhas, Rações e Grãos 
 
 Quando o material a ser amostrado está embalado deverá proceder-se 
da seguinte maneira: 
1. Embalagens com Peso Unitário Menor do que 5 kg – quando em 
pequena quantidade, uma embalagem constituíra em uma amostra 
média. Porém, se for em grande quantidade coletar-se-á amostras em 
número de sacos equivalentes à raiz quadrada do número de sacos do 
lote, isto é, 10 sacos de 100; 15 sacos de 225 e etc, ou então 5% do 
total ( as indústrias devem trabalhar com 5% do total de sacos quando 
a produção for superior a 500 sacos). 
2. Embalagens com Peso Unitário Maior do que 5 kg – quando o universo 
for menor do que 5 unidades, devem-se colher amostras de todas 
embalagens. E acima de 6 unidades, seguir as observações do 
Quadro 1. 
 
Quadro 1 – Amostragem de grandes quantidades 
Quantidade de sacos Número mínimo de sacos amostrados 
De 6 a 100 6 a 10 
De 101 a 200 10 a 25 
De 201 a 2000 25 a 60 
Acima de 2001 60 ou mais sacos 
 
 Selecionar os sacos para amostragem de acordo com exposição dos 
mesmos, à razão de 40% dos mais expostos, 30% dos próximos menos 
expostos, 20% dos seguintes e 10% da porção menos exposta do lote. 
 De cada saco a ser amostrado, retirar uma amostra a partir de um dos 
cantos diagonalmente, para o centro do saco, por meio de um Calador. Repetir 
a coleta a partir do outro canto do saco. Proceder assim com todos os sacos a 
ser amostrado, coletar pelo menos 1 kg de amostra bruta. 
3. Material Armazenado a Granel – retirar no mínimo uma amostra média 
para 5 toneladas, ou seja, amostra parcial por toneladas estocadas. As 
amostras deverão ser colhidas no momento da descarga. Procurar 
amostrar todos os pontos 
As amostras parciais devem ser reunidas para serem homogeneizadas. 
Todas as amostras parciais têm que ser rigorosamente misturadas pois este 
material representa o todo, em seguida, recolhe-se cerca de 1 kg que deverá 
ser colocada em um saco plástico (ou qualquer recipiente seco) bem fechado, 
devidamente identificado, para ser remetido ao laboratório. 
 
 
 
INSTRUMENTO UTILIZADO PARA AMOSTRAGEM 
 
 
 
CALADOR 
 
 
 
 
 
PONTOS DE COLHEITA DA AMOSTRA PARA SACARIA 
 
 
 
 
 
• Procure balançar bem os sacos para uniformizar o conteúdo; 
• Utilize o calador adequado a cada tipo de sacaria; 
• Os sacos escolhidos para amostragem devem ser utilizados os mais 
rápidos possíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
PONTOS DE COLHEITA DE AMOSTRA A GRANEL 
 
Tipo de carga Comprimento da Sonda (m) 
Barcaças Graneleiras 3,65 
Carro Caçamba 3,04 
Graneleiros 1,82 
Caminhões 1,82 
Fundo de caçamba de caminhão 2,50 
 
 
 
 
 
SONDA DE 
PROFUNDIDADE 
 
 
 
PONTOS DE COLHEITA NA CARGA DE CAMINHÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funil de descarga 
 Sonda na vertical 
 Sonda na posição inclinada2.2 – Colheita de amostras de Feno 
 
A amostra bruta deverá ser obtida da raiz quadrada do número de fardos 
do lote, no mínimo, como exemplo: 30 fardos de um lote de 900 fardos. 
Os fardos deverão ser retirados de diferentes pontos do local de 
armazenamento. Os mesmos deverão ser desamarrados, a camada superficial 
deverá ser rejeitada e colhidas amostras do centro de cada fardo. 
 As colheitas de amostras de fenos são mais difíceis, pois o produto 
apresenta variações de acordo com a capacidade de retenção de folhas da 
planta. Feno de leguminosas tendem ter maiores perdas de folhas que os de 
gramíneas, logo o cuidado na coleta de amostra deve ser maior, quando for 
fazer o desmanche do fardo deve-se observar se as folhas estão presas às 
hastes das plantas enfardadas. 
O peso da amostra remetida ao laboratório pode variar de 1 a 3 kg e 
estar acondicionada em saco plástico seco e limpo, bem vedado e identificado. 
A identificação deverá conter qual espécie, quanto tempo de armazenamento e 
como é o local de armazenagem, a técnica empregada na elaboração do feno. 
 
2.3 – Colheita de amostras de Pastagens 
 
a. Amostragem da parte aérea pelo método do quadrado: 
Este método é aplicado para áreas de pastejo, fenação ou ensilagem, 
quando se quer saber tanto sobre a produtividade da área como o valor 
nutricional da forragem. 
 Deve-se usar um quadrado de alumínio, ferro ou madeira de 1m x 1m 
para áreas grandes e também se pode usar quadrado de 0,5m x 0,5m para 
áreas menores, como exemplo piquetes divididos para pastejo rotacionado, 
para ambas áreas deve-se colher de 10 a 12 pontos/ha. 
 Visualize um esquema da área escolhida, traçar retas imaginárias em 
zig-zag e, cortam-se todas as plantas com a base radicular dentro do quadrado 
na altura recomendada para pastejo. Deve-se ser cortada até as plantas 
invasoras, podendo ser retiradas aquela que com certeza os animais não 
estejam consumindo. 
 As plantas de porte baixo devem ser colocadas em saco plástico limpo e 
seco devidamente identificada, as de maior porte são removidas inteiras e 
pode-se passá-las por um picador de forragem ou cortadas em partes menores 
para serem acondicionadas em sacos plásticos. 
Para identificação da produtividade por área deve-se fazer a pesagem 
imediatamente após a colheita, para a avaliação do valor nutricional deve-se 
colocar em caixa de isopor bem fechada identificada e levar o mais rápido 
possível ao laboratório. Caso não seja possível levar as amostras rapidamente 
para o laboratório, as mesmas poderão ser secas ao ar livre ou então 
congeladas. São necessários cerca de 3 kg de forragem verde. 
 
b. Amostragem de partes que o animal está consumindo: 
Para pesquisas científicas é comum usar animais com fístulas 
esofageana ou ruminal, mas este método também pode ser utilizado para 
avaliar o valor nutricional da gramínea pastejada pelo animal. 
Deve-se observar um animal pastejando avaliando a quantidade de 
gramínea por bocado e as partes da planta colhida pelo animal, assim, com as 
mãos, colher amostras em diversos pontos da área, simulando o pastejo 
observado. 
As amostras coletadas devem ser enviadas imediatamente ao 
laboratório para serem submetidas a pré-secagem. 
 
2.4 – Amostragem de Capineiras – Capim ou Cana-de-açúcar ou 
Leguminosa 
 
 A Amostra de laboratório deve representar a extensão de toda área. 
Logo, a amostragem deve ser realizada coletando-se 1 m linear de algumas 
linhas de plantio, em zig-zag por toda área plantada, corta-se rente ao solo a 
planta para formar a amostra bruta. 
 A forrageira coletada deve ser passada por um triturador ou picador de 
forragens, toda parte da planta (caule, folhas e folhas secas) tem que ser 
picada. Uma vez muito bem homogeneizada, são necessários de 1 a 3 kg de 
forragem verde para formar a Amostra de laboratório. Esta deve ser congelada 
por no mínimo 12 horas e encaminhada ao Laboratório em uma caixa de 
isopor, devidamente identificada. 
 
2.5 – Colheita de Amostras de Silagens 
 
 Colher amostras corretamente da silagem dentro de um silo é o primeiro 
e o mais importante passo do processo que nos levará a correta interpretação 
da qualidade nutricional desta silagem. Somente através de um criterioso 
procedimento de amostragem poder-se-á ter certeza que os resultados 
analíticos realmente refletem a composição nutricional da amostra e que, neste 
caso, estes resultados possam ser utilizados co segurança no balanceamento 
das dietas dos animais. 
 Na prática, o que realmente predomina é a amostragem que visa 
conhecer o conteúdo do silo como um todo, já que será o que realmente 
representará a realidade do fornecimento diário. A colheita deve ser feita 
diretamente no silo, coletando de 12 a 20 sub amostras por silo. Amostrar com 
pelo menos 10 cm de profundidade em relação a face do silo, desconsiderando 
as amostragem das bordas superior, inferior e laterais. Misturar vigorosamente 
todas as sub amostras, retirar uma amostra entre 1 a 3 kg e colocá-la em saco 
plástico limpo e seco, procurar retirar o ar contido no saco, fechar muito bem o 
saco plástico para conservar as características originais da silagem, 
principalmente a umidade e, fazer as devidas identificações do material. 
 A utilização de mini-silos pode ser providencial para facilidade prática na 
obtenção do valor nutricional da silagem que será oferecida aos animais. Os 
nimi-silos podem ser feitos com tubos de PVC composto por tampas que 
proporcionam uma excelente vedação. Este deve ser preenchido com o mesmo 
material ensilado, passando por todos processos de ensilagem: a 
compactação, a vedação e a fermentação. Os mini-silos apresentam como 
vantagem a obtenção do valor nutricional da silagem antes da abertura do silo, 
podendo assim programar-se com antecipação o balanceamento da dieta, e 
como ponto negativo, a compactação realizada nos mini-silos é mais favorável 
a uma perfeita fermentação quando comparado com silos de grande extensão. 
 As amostras coletadas diretamente nos silos devem ser congeladas por 
no mínimo 24 horas e então enviadas em caixa de isopor ao laboratório. A 
utilização de gelo exige maior cuidado com o material do saco plástico e com a 
vedação que contêm a silagem. 
2.6 – Coleta de Amostras de Fezes 
 Nos ensaios de digestibilidade e de balanço nutricional, a colheita de 
fezes para análise é muito importante, a fim de se deduzir seus componentes, 
da análise do alimento teste. 
 Após serem pesadas, diariamente, as fezes produzidas, devem ser 
vigorosamente misturadas e retirada uma amostra de 1 a 5% para cada dia de 
amostragem. É conveniente que seja retirada cada dia a mesma alíquota no 
mesmo horário. As alíquotas dos dias de colheita são guardadas em 
recipientes de plástico tampados, identificados e armazenado em congelador. 
 Depois que passar todo o período de colheita, as alíquotas devem ser 
homogeneizadas em uma bandeja inoxidável ou plástica. Para manter os 
conteúdos dos alimentos eliminados, as fezes devem ser mantidas congeladas. 
Também pode-se estar preservando as amostras com clorofórmio, ácido 
sulfúrico, ácido clorídrico, tolueno ou formaldeído. 
 
2.7 – Coleta de Amostras de Urina 
 
 Colher a cada dia uma alíquota em peso ou volume, cerca de 10%, 
guardar em recipiente de vidro ou de plástico limpo, ter o cuidado de não 
encher demais o frasco e conservar a 1 oC. 
 Ao fim do período de coleta, misturar vigorosamente todo a urina colhida 
e retirar uma amostra de 250 ml para realização das análises. A conservação 
das amostras devem ser a uma temperatura de 1 oC ou acrescentado 
clorofórmio, ácido sulfúrico ou ácido clorídrico. 
 
 
 
 
 
 
3 – PREPARO DE AMOSTRAS PARA ANÁLISE 
 
 A preparação de uma amostra para os procedimentos analíticos é um 
processo que converte uma amostra em um material homogênea, satisfatóriapara este procedimento, isto é, a análise. Este processo geralmente envolve 
secagem e moagem: 
a) Secagem prévia, pré secagem ou 1ª Matéria Seca : 
É empregada geralmente no preparo de amostras com elevado teor de 
umidade (menos de 90% de MS). É realizada a uma temperatura de 45 
a 65 oC em estufa de ventilação forçada de ar por 72 horas. A pré-
secagem pode ser efetuada também por forno de microondas. 
 
b) Trituração prévia : 
Ás vezes, o material remetido ao laboratório deve sofrer primeiramente, 
uma trituração grosseira antes de se iniciar as análises. Assim se deve 
proceder com grãos e sementes, alguns farelos, fenos e forragens pré-
secas. 
 
c) Moagem final : 
É feita após a secagem e trituração prévia. Esta moagem consiste em 
moer as amostras de modo que se obtenha um pó bastante fino, usando 
moinhos de faca ou ciclones dotados de peneira de 1 mm. Amostras de 
alimentos que apresentam baixo teor de umidade (mais de 90% de MS), 
podem sofrer a moagem final diretamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 – Esquema de Preparo de Amostras de Alimentos para Análises 
Químicas 
 
 
Amostras com mais de 80% Amostras com menos de 80% 
 de Matéria Seca (MS) de Matéria Seca (MS) 
 
 
 
 
Moer usando peneira de 1mm Determinar a % de MS 
parcial em de malha Estufa de Ventilação 
Forçada de Ar ( 45 a 65 oC ) 
 
 
 
 
 Determinar a MS a 
 105 oC Moer usando peneira de 1 mm de malha 
 
 
Analisar quimicamente Determinar a 
MS as amostras a 105 oC 
 
 
 Analisar quimicamente as mostras 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 – PESAGEM DE AMOSTRAS PARA ANÁLISE 
 
 As pesagens de amostras para análises devem ser feitas em balanças 
analíticas de sensibilidade de 0,1 mg, ou seja, quatro decimais quando a 
umidade é dada em gramas. 
 Há duas maneiras de se usar a balança para se obter a amostra para 
análise: 
a. Processo Direto: neste método tara-se primeiramente um pedaço de 
papel impermeável ou recipiente inoxidável ou de alumínio próprio para 
tal finalidade. A tara obtida acrescenta-se o peso desejado (da balança) 
e coloca-se o material até atingir a soma do conjunto. 
 
 Exemplo: Tara do papel impermeável 0,8945 g 
 Peso desejado do material 1,0000 g 
 Total 1,8945 g 
 
 Obtém-se assim, diretamente no papel impermeável ou no recipiente 
próprio, exatamente o peso da amostra desejado. Geralmente este processo é 
usado para amostras secas como farelos, rações e etc. 
 
b. Processo Indireto ou Por Diferença : usa-se um pesa-filtro contendo o 
material do qual vai se tirar amostras para análise e uma pequena 
concha ou colher. O pesa-filtro deve ser mantido fechado para evitar que 
o conteúdo adquira ou perca umidade. Obtém-se peso total do conjunto. 
Tira-se uma porção prévia suficiente e torna-se a determinar peso do 
conjunto. A diferença entre as pesagens corresponde ao peso da 
amostra retirada do peso-filtro. É especialmente recomendado para 
amostras muito úmidas, muito secas ou higroscópicas. 
 
 
 
 
 
 
5 – ANÁLISES QUÍMICAS 
 
 O método usado para as análises que se fazem normalmente é o 
chamado Weende. Por esse método é que se tem a análise proximal dos 
alimentos desde 1864. As analises clássicas comumente feitas visam obter 
informações sobre os seguintes componentes dos alimentos: 
A. MATÉRIA SECA (MS) : representa o peso do material analisado 
totalmente livre de água, extraída num processo de secagem. É um 
dado de extrema importância, principalmente quando obtido de 
alimentos volumosos, que normalmente apresentam umidade variável. 
Os valores de matéria seca facilitam a comparação qualitativa dos 
diversos nutrientes, entre diferentes alimentos. A composição dos 
alimentos em tabelas, o cálculo das necessidades dos animais e o 
consumo de alimentos são expressos em termos de matéria seca. 
B. PROTEÍNA BRUTA (PB) : o requerimento protéico, assim como o 
energético, é de fundamental importância para a produção animal, a sua 
deficiência tem interferência direta na produtividade animal. A proteína 
normalmente é suplementada através dos concentrados. Portanto, para 
que ocorra uma suplementação adequada de um balanceamento correto 
da dieta, torna-se necessário o conhecimento do real valor nutritivo. 
Com base no fato de as proteínas terem porcentagem de nitrogênio 
quase constante, em torno de 16%, o que se faz é determinar o 
nitrogênio, e por meio de um fator de conversão, transformar o resultado 
em proteína bruta. 
C. FIBRA BRUTA (FB) : é a metodologia de avaliar as percentagens de 
fibra que contem os alimentos, principalmente os volumosos. Este valor 
esta relacionado com a idade da forragem, pois quanto maior a 
percentagem de fibra bruta, menor a qualidade da forragem, podendo 
limitar o consumo da matéria seca. A fibra bruta representa as frações 
dos carboidratos ramificados que contem os vegetais, a celulose e a 
lignina. 
D. EXTRATO ETÉREO (EE) : determina a percentagem de gordura dos 
alimentos, sendo útil para quantificar a energia. Os alimentos com altos 
teores de gorduras têm altos valores de NDT (Nutrientes Digestíveis 
Totais), pelo fato das gorduras fornecerem 2,25 vezes mais energia 
quando comparadas aos carboidratos e proteínas. Gorduras, óleos, 
pigmentos e outras substâncias gordurosas solúveis contidas na 
amostra de alimento são dissolvidas através da extração com éter, o 
resíduo resultante é a gordura bruta do alimento analisado. 
E. MATERIA MINERAL (MM) : é utilizada para estimar a fração bruta de 
minerais do alimento e também para verificar contaminações na 
amostra, através de compostos que não fazem parte da fração nutritiva 
do alimento (solo, metais e etc). As cinzas, ou matéria mineral, nos 
alimentos contem frações dos seguintes cátions: cálcio, potássio, sódio, 
magnésio, ferro, cobre, cobalto e alumínio; e os ânions: sulfato, cloreto, 
silicato, fosfato. 
F. EXTRATIVOS NÃO NITROGENADOS (ENN) : é um valor calculado a 
partir da soma de PB, FB, EE e MM, expressos em termos de MS e 
subtraído de 100. Representa os carboidratos de mais fácil digestão, 
como os açúcares e o amido. 
G. NUTRIENTES DIGESTÍVEIS TOTAIS (NDT) : expressa o valor 
energético dos alimentos. Seus valores são obtidos através de fórmulas 
que baseiam-se na análise bromatológica dos alimentos. Os valores de 
FB e MM afetam de forma negativo os valores de NDT e os valores de 
PB, EE e ENN contribuem para aumentar os valores de NDT. 
 
Estimativa de NDT em função da análise bromatológica: 
 
I. Fenos, palhas e resíduos fibrosos secos: 
NDT= - 17,2649 + 1,2120PB + 0,8352ENN + 2,4637EE + 0,4475FB 
 
II. Pastagens e forragens frescas: 
NDT= - 21,7656 + 1,4284PB + 1,0277ENN + 1,2321EE + 0,4867 FB 
 
III. Silagens e volumosos: 
NDT= - 21,9391 + 1,0538PB + 0,9738ENN + 3,0016EE + 0,4590 FB 
 
IV. Alimentos energéticos < 20%PB e < 18% FB: 
NDT= 40,2625 + 0,1969PB + 0,4828ENN + 1,903EE – 0,1379 FB 
 
V. Alimentos protéicos >20% PB: 
NDT= 40,3217 + 0,5398PB + 0,4448ENN + 1,4223EE – 0,7007 FB 
 
 
5.1 – Método de Van Soest 
 
 A metodologia de análise proposta por Van Soest (1965) é baseado na 
separação das diversas frações de fibrasconstituintes das forrageiras, por 
meio de reagentes específicos, denominados detergentes. 
 Por meio do detergente neutro é possível separar o conteúdo celular 
formado principalmente, de proteínas, gorduras, carboidratos solúveis, pectina 
e outros constituintes solúveis em água da parede celular, denominada Fibra 
em detergente Neutro (FDN) que é constituída por celulose, hemicelulose, 
lignina e proteína danificada pelo calor e minerais. 
 Outro detergente específico, o detergente ácido, solubiliza o conteúdo 
celular, a hemicelulose e os minerais solúveis além da maior parte das 
proteínas insolúveis, obtendo um resíduo denominado de Fibra em Detergente 
Ácido (FDA), constituída, em quase sua totalidade de celulose e lignina, 
proteínas danificadas pelo calor e minerais insolúveis. 
 Como a Lignina é a fração de carboidrato com maior número de 
carbonos, tornando-a indigerível no tratogastrointestinal dos animais, o 
conhecimento de sua percentagem torna-se importante para a avaliação da 
digestibilidade da forragem, logo para sua determinação deve-se acrescentar 
ao resíduo do FDA, ácido sulfúrico a 72% e pergamanto de potássio para 
solubilizá-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 – TÉCNICAS LABORATORIAIS 
 
6.1 – PRINCÍPIOS GERAIS DE TÉCNICAS DE LABORATÓRIO 
 
 
a) É OBRIGATÓRIO O USO DE JALECO EM QUALQUER ATIVIDADE 
REALIZADA DENTRO DO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL; 
b) Antes de retirar de um frasco uma solução qualquer, agita-lo para homogenizar 
seu conteúdo, caso não tenha indicação contrária; 
c) Nunca pipetar as soluções diretamente dos fracos, exceto se tiver absoluta 
certeza do estado de limpeza da pipeta, ou em casos especiais de reativos 
facilmente alteráveis; 
d) Não gastar soluções inutilmente. Retirar a quantidade de que vá necessitar; 
e) Para medir soluções tóxicas ou corrosivas, obturar com um pouco de algodão a 
extremidade superior da pipeta.Colocar uma pêra, é o mais seguro; 
f) Nunca recolocar nos frascos restos das soluções que deles foram retiradas; 
g) Colocar uma quantidade de líquido inferior à metade da capacidade do tubo de 
ensaio, quando deve ser submetido a aquecimento ou ebulição, em caso 
contrário haverá perigo de projeção. Segurar o tubo com pinça, e nunca manter a 
sua boca dirigida a seu rosto ou de seu colega; 
h) Utilizar sempre a Capela, para operações que desprendem gases tóxicos, 
irritantes ou dotados de cheiro desagradável; 
i) Quando trabalhar com inflamáveis, evitar a proximidade de chama; 
j) Se um solvente contido em um frasco se inflamar acidentalmente, não se 
precipite. Cubra a boca do frasco com material não inflamável (pano molhado, 
vidro de relógio, copo, placa, etc) 
k) Em qualquer trabalho prático, seguir rigorosamente as indicações da técnica, e 
caso tenha dúvida, procure esclarecimentos antes de iniciar o trabalho; 
l) Tenha sempre um caderno apropriado para os cálculos e anotações, pois folhas 
avulsas geralmente se extraviam; 
m) Leia completamente o roteiro antes de iniciar as análises para evitar enganos. 
 
 
 
 
1) Pré-secagem, Matéria Seca parcial ou 1ª MS 
 
Em geral, é necessária quando a amostra possui alto teor de umidade 
ou baixo teor de matéria seca, como exemplo as forrageiras, silagens, fezes, 
etc. Normalmente, é feito em temperatura entre 55 a 65 oC para evitar perda 
por volatilização ou alterações de outros nutrientes, principalmente compostos 
nitrogenados. 
A pré-secagem deve ser feita de preferência em estufa com circulação 
forçada de ar. O tempo de pré-secagem é variável, em média três dias (72 
horas), dependendo da umidade e da carga que se coloca na estufa, ou seja, o 
tempo suficiente para que a amostra apresente consistência quebradiça, 
permitindo moagem perfeita. A perda d’água que se verifica na pré-secagem 
tem que ser computada no cálculo da umidade total, portanto, a amostra antes 
de ser colocada na estufa deve ser pesada em balança adequada, com 
precisão de 0,1 g, e para isso coloca-se a amostra em um recipiente próprio, 
limpo e seco, comumente denominado de “tara”. Recomenda-se o uso de 
recipientes que facilitem a circulação do ar e favoreça a rápida secagem. 
Ao término de 2 a 3 dias, retira-se o material da estufa deixando-o esfriar 
sobre balcões ou mesas de laboratório durante cerca de uma hora, ou seja, até 
que a amostra entre em equilíbrio com a umidade do ar, fazendo-se a seguir a 
pesagem (não pesar se estiver chovendo ou com umidade relativa do ar muito 
alta). 
Após estas operações obtemos a Matéria Seca ao Ar (ASA). Para cada 
amostra, devem-se fazer pelo menos, duas determinações paralelamente. A 
seguir faz-se a moagem final, guardando a amostra em recipientes limpos, 
secos, fechados e identificados, para as análises subseqüentes. 
A ocorrência de compostos voláteis, como a amônia, encontrada em 
silagens e cama de frango, exige cuidados especiais, durante a secagem da 
amostra, a pré-secagem não dever ser superior a 55 oC e, em muitos casos, as 
determinações devem ser feitas na forragem natural. 
 
 
 
 
Equipamentos : 
� Bandeja inoxidável ou de alumínio, sacos de papel ou embalagens de 
alumínio; 
� Balança com precisão de 0,1 g; 
� Estufa de ventilação forçada de ar. 
 
Marcha Analítica : 
� Numerar e pesar uma bandeja inoxidável ou de alumínio, saco de papel 
ou embalagens de alumínio 
� Homogeneizar a amostra em um recipiente grande, limpo e seco; 
� Retirar uma quantidade significativa da amostra e colocar na bandeja, 
pesar e anotar o peso; 
� Levar para estufa com ventilação forçada de ar por 48 a 72 horas; 
� Retirar da estufa e deixar esfriar em temperatura ambiente; 
� Pesar e anotar o peso. 
 
Cálculo : 
 Peso bandeja após estufa – Peso bandeja vazia 
%MS (ASA) = ----------------------------------------------------------------------- x 100 
 Peso bandeja com amostra – Peso bandeja vazia 
 
 
 
2) Pré-secagem, Matéria Seca parcial em Forno Microondas : 
 
Atualmente a determinação de matéria seca de alimentos com alta 
umidade é realizada pelo método convencional, que é o da estufa de ventilação 
forçada de ar. Apesar de preciso este método apresenta desvantagem do 
tempo, de até 72 horas, para se obter o resultado da MS. A obtenção rápida da 
MS com o método da pré-secagem em Forno Microondas, tem como vantagem 
economia de tempo e de energia, tornando-se possível a decisão de rápidas 
práticas de manejo e utilização da forrageira em questão, principalmente para 
fenação e silagem. 
 As desvantagens do uso do Microondas estão nas altas temperaturas 
que as amostras atingem, danificando sua estrutura. Por este motivo, é 
necessário colocar um béquer de 300 a 400 ml, contendo água no interior do 
microondas, para que a água absorva os megatrons da execessiva radiação 
refletida durante o processo de pré-secagem. 
 As amostras devem ser preparadas de acordo com o tamanho interno do 
microondas, se necessário for deve-se cortá-las em partículas menores. O 
Microondas deve ser ligado em sua potência máxima de aquecimento. 
 Deve-se dividir a amostra de laboratórios e fazer a pré-secagem em 
várias repetições. Os intervalos de tempo deverá ser de 5 minutos 
primeiramente, espera-se a amostra esfriar em temperatura ambiente e depois 
pesá-la, retorna-se ao microondas num intervalo de 3 minutos, depois de 2 
minutos e posteriormente com 1 minuto, este tempo deve ser repetido até que 
a amostra obtenha peso constante. 
 
Equipamentos : 
� Bandeja do tamanho e de material adequado a forno microondas; 
� Balança com precisão de 0,1 g; 
� Forno de Microondas. 
 
Marcha analítica: 
� Pesar a bandeja a ser utilizada; 
� Homogeneizar a mostra de acordo com o volume do microondas; 
� Pesar a quantidade de amostra verde e anotar o peso; 
� Fazer a seqüência de intervalode tempo de pré-secagem, 5 minutos, 
3, 2 e 1 minutos ate atingir pés constante; 
� Deixar a amostra esfriar em temperatura ambiente a cada intervalo e 
fazer a pesagem; 
� Trocar ou completar o béquer com água em cada intervalo de 
aquecimento; 
� Fazer a somatória de peso verde e pés pré-seco a cada intervalo. 
 
 
 
Cálculo : 
 Somatória do peso seco 
 % MS (ASA) = ----------------------------------------- x 100 
 Somatória do peso verde 
 
 
 
3) Matéria Seca a 105 oC ou 2ª MS 
 
Usada para amostras que foram submetidas à pré-secagem ou para 
amostras que contem mais de 80% de matéria seca, como rações fareladas, 
grãos de cereais e etc. A perda de peso representa a umidade bruta, ou seja, 
todos os compostos voláteis à temperatura de 105 oC. 
 Certas rações ricas em gordura podem aumentar de peso, durante uma 
secagem demorada, uma vez que poderá haver fixação do oxigênio, durante o 
processo. Em tais casos, torna-se necessário usar processos especiais de 
secagem. As silagens e outras forragens submetidas à fermentação podem 
sofrer perdas de determinadas substâncias, durante a secagem, ácidos 
orgânicos e amoníacos como por exemplo. Neste caso, o mais prático é a 
determinação da MS por secagem a vácuo. 
 
Equipamentos : 
� Estufa a 105 oC ; 
� Garra tenaz; 
� Balança analítica com precisão de 0,0001 g; 
� Dessecador 
� Cadinho de porcelana ou recipiente adequado (pesa-filtro ou 
forminha de alumínio). 
 
Marcha analítica : 
� Retirar o cadinho de porcelana ou o recipiente adequado da estufa a 105 
oC, identifica-lo, transferir para o dessecador, esfriar + ou – 30 minutos, 
pesar e anotar; 
� Adicionar ao cadinho 2 g da amostra; 
� Levar a estufa a 105 oC por 12 horas; 
� Retirar o cadinho com amostra da estufa transferi-lo ao dessecador por 
30 minutos, pesar e anotar. 
Cálculo : 
 Peso do cadinho após estufa – Peso cadinho vazio 
% MS (ASE) = ------------------------------------------------------------------------ x 100 
 Peso cadinho com amostra – Peso cadinho vazio 
 
 
4) Matéria Mineral (MM) : 
 
 Cinza ou Resíduo Mineral é o produto que se obtém após o aquecimento 
de uma amostra a uma temperatura de 600 oC, durante quatro horas ou até a 
combustão total da matéria orgânica. 
 A determinação da cinza fornece apenas uma indicação da riqueza da 
amostra em elementos minerais, quando se trata de produtos vegetais 
(forragens, rações, cereais, etc). 
 A determinação da matéria mineral ou cinzas é feita muitas vezes 
apenas para se conhecer os extrativos não nitrogenados (ENN) e/ou a matéria 
orgânica (MO) de determinada amostra de alimento, sem a preocupação do 
teor de minerais. 
 
Equipamentos : 
� Cadinho de porcelana; 
� Garra tenaz; 
� Balança analítica com precisão de 0,0001 g; 
� Dessecado; 
� Forno Mufla. 
 
Marcha analítica : 
� Retirar o cadinho de porcelana da estufa a 105 oC, transferi-lo para o 
dessecador, esfriar por 30 minutos, pesar e anotar; 
� Adicionar 2 g da amostra; 
� Levar em Forno Mufla por 4 horas nas temperaturas: 
 1 hora a 200 oC 
 + 1 hora a 400 oC 
 + 2 horas a 600 oC 
� Desligar o foro mufla e deixar a temperatura abaixar para 100 oC 
� Retirar o cadinho com cinzas e colocá-lo no dessecador por 30 a 40 
minutos, pesar e anotar. 
Cálculo : 
 Peso cadinho após mufla – peso cadinho vazio 
 % MM = ------------------------------------------------------------------- x 100 
 Peso cadinho com amostra – peso cadinho vazio 
 
 
5) Extrato Etéreo (EE) : 
 
As gorduras ou lipídios são substâncias insolúveis em água, mas solúveis 
no éter clorofórmio, benzeno e em outros solventes orgânicos chamados de 
extratores. O grupo inclui as gorduras e muitos outros compostos intimamente 
ligados ou associados, como fosfatídeos, esteróis (colesterol), clorofila, óleos 
voláteis, resina, pigmentos, etc. 
O éter usado no processo é aquecido até tornar-se volátil e, ao 
condensar-se, circula sobre a amostra em análise arrastando toda a fração 
gordurosa e demais substâncias solúveis em éter. Este é recuperado em outro 
recipiente, enquanto a gordura extraída é calculada por diferença de pesagens. 
 
Equipamentos : 
� Extrator tipo Goldfish 
� Tubo extrator de vidro borosilicato 
� Cartucho extrator de celulose 
� Balança analítica com precisão 0,0001 g 
� Dessecador 
� Pinça 
� Estufa a 105 oC 
 
Marca Analítica : 
� Retirar o tubo extrator – “rebolo” – da estufa a 105 oC e levá-lo ao 
dessecador por 30 minutos, pesar e anotar; 
� Pesar 3 g da amostra em um cartucho extrator de celulose 
� Adicionar 100 ml de éter de petróleo ao rebolo 
� Extrair em aparelho tipo Goldfish por 4 horas, em uma temperatura de 
60 oC; 
� Recuperar o éter utilizado na extração 
� Levar o rebolo com o produto da extração para estufa a 105 oC por 12 
horas 
� Retirar da estufa, levar ao dessecador por 30 minutos, pesar e anotar. 
 
Cálculo : 
 Peso do balão com extrato – Peso balão vazio 
 % EE = ------------------------------------------------------------------ x 100 
 Peso da amostra 
 
 
 
6) Fibra em Detergente Neutro (FDN) 
 
Por meio do tratamento da amostra com uma solução de detergente 
neutro, é possível separar o conteúdo celular constituído, principalmente, de 
proteínas, gorduras, carboidratos solúveis, pectinas e outros constituintes 
solúveis em água, da parede celular, também chamada de Fibra em 
Detergente Neutro (FDN) que é constituída, basicamente, de celulose, 
hemicelulose, lignina e proteína lignificada. 
 
Equipamentos : 
� Aparelho digestor de fibras 
� Balança analítica com precisão de 0,0001 g 
� Cadinho de Gooch 
� Bomba a vácuo 
� Dessecador 
� Estufa a 105 oC 
 
Marcha Analítica : 
� Pesar 1 g da amostra e transferi-la para o vidro adaptado ao aparelho 
digestor de fibras; 
� Adicionar 100 ml de solução digestora de FDN e 30 mg de sulfito de 
sódio anidro; 
� Levar ao aparelho por 1 hora após o início da ebulição; 
� Tirar o cadinho de Gooch da estufa a 105 oC, coloca-lo no dessecador 
por 30 minutos, pesar e anotar; 
� Filtrar o resíduo com auxílio da bomba à vácuo e 100 ml de água quente; 
� Lavar o resíduo com 50 ml de Acetona 
� Levar o cadinho para estufa a 105 oC por 12 horas; 
� Retirar o cadinho da estufa, levá-lo ao dessecador por 30 minutos, pesar 
e anotar. 
 
Cálculo : 
 Peso do cadinho com amostra – Peso cadinho Vazio 
 % FDN = -------------------------------------------------------------------------- x 100 
 Peso da amostra 
 
 
 
7) Fibra em Detergente Ácido (FDA) 
 
A amostra é tratada com um detergente ácido específico, a fim de 
solubilizar o conteúdo celular e a hemicelulose, além de maior parte da 
proteína insolúvel, obtendo o resíduo insolúvel no detergente ácido, 
denominado de Fibra em Detergente Ácido (FDA), constituída em sua 
totalidade de lignina e celulose, a lignocelulose. 
 
Equipamentos : 
� Aparelho digestor de fibras 
� Balança analítica com precisão de 0,0001 g 
� Cadinho de Gooch 
� Bomba a vácuo 
� Dessecador 
� Estufa a 105 oC 
 
Marcha Analítica : 
� Pesar 1 g da amostra e transferi-la para o vidro adaptado ao aparelho 
digestor de fibras; 
� Adicionar 100 ml de solução digestora de FDA; 
� Levar ao aparelho por 1 hora após o início da ebulição; 
� Tirar o cadinho de Gooch da estufa a 105 oC, colocá-lo no dessecador 
por 30 minutos, pesar e anotar; 
� Filtrar o resíduo com auxílio da bomba à vácuo e 100 ml de água quente; 
� Lavar o resíduo com 50 ml de Acetona 
� Levar o cadinhopara estufa a 105 oC por 12 horas; 
� Retirar o cadinho da estufa, levá-lo ao dessecador por 30 minutos, pesar 
e anotar. 
 
Cálculo : 
 Peso do cadinho com amostra – Peso cadinho Vazio 
 % FDA = -------------------------------------------------------------------------- x 100 
 Peso da amostra 
 
 
 
8) Determinação da Lignina 
 
A partir do resíduo obtido pela extração da fibra em detergente ácido (FDA), 
determina-se a Lignina pela adição de ácido sulfúrico a 72% ou permaganato 
de potássio. A lignina é calculada por diferença de peso após estes 
tratamentos, enquanto a celulose e a cinza insolúvel são determinadas pela 
perda de peso após a queima na mufla. 
 
Equipamentos : 
� Bandeja de vidro, tipo marinex; 
� Bastões de vidro 
� Estufa a 105 oC 
 
Marcha Analítica : 
� Colocar os cadinho com resíduo de FDA em uma bandeja de vidro com 
água destilada; 
� Adicionar aos poucos 30 ml de ácido sulfúrico a 72% ou solução de 
permaganato de potássio; 
� Com o bastão de vidro, misture o conteúdo com o reagente e vai 
acrescentando o reagente aos poucos e deixa filtrar devagar; 
� Lave os cadinhos com água quente até a retirada total do ácido; 
� Secar os cadinhos em estufa a 105 oC por 12 horas; 
� Transferi-los ao dessecador por 30 minutos, pese e anote; 
� Coloque os cadinhos na mufla a 500 oC por três horas transfira-os para a 
estufa a 105 oC por 12 horas; 
� Coloque-os no dessecador por 30 minutos, pese e anote para o cálculo 
da celulose. 
 
 
9) Determinação do Nitrogênio Total pelo Método MicroKjeldahl 
 
O método Kjeldahl é o método padrão de determinação de nitrogênio. Ele 
consiste em três passos básicos: 1 – Digestão da amostra em ácido sulfúrico 
com um catalizador que resulta em conversão do nitrogênio em amônia; 2 – 
Destilação da amônia em uma solução receptora; 3 – Quantificação da amônia 
por titulação com solução padrão. 
As proteínas e outros compostos nitrogenados são decompostos na 
presença de ácido sulfúrico concentrado, a quente, com produção de sulfato de 
amônia. O sulfato de potássio ou de sódio é adicionado, a fim de aumentar o 
ponto de ebulição do ácido sulfúrico, apressando a digestão. Outro composto 
com sulfato de cobre, selenito, etc, também ajudam, durante a digestão da 
matéria orgânica. 
O sulfato de amônio resultante, na presença da solução concentrada de 
hidróxido de sódio, libera NH3 que é recebido na solução de ácido bórico. A 
amônia, na solução de ácido bórico, é titulada com ácido clorídrico de título 
conhecido e, assim, determina-se o teor de nitrogênio total da amostra. Para o 
cálculo da Proteína Bruta (PB), basta multiplicar o resultado pelo fator 6,25. 
 
Equipamentos : 
� Balança analítica com precisão de 0,0001 g 
� Tubo digestor 
� Proveta de 15 ml 
� Espátula 
� Bloco Digestor 
� Capela de Exaustão 
� Destilador MicroKjedahl 
� Erlenmeyar de 125 ml 
� Bureta de 50 ml 
� Agitador magnético 
 
Marcha Analítica : 
� Pesar 0,25 g da amostra e transferir para tubo de digestão de proteína – 
limpo e seco; 
� Adicionar 10 ml de solução digestora; 
� Levar ao Bloco Digestor em Capela por: 
 1 hora a 100 oC 
 mais 1 hora a 180 oC 
 mais 1 hora a 250 oC 
 mais 1 hora a 360 oC 
� Deixar esfriar e colocar 15 ml de água destilada no tubo digestor; 
� Fazer a destilação da amônia; 
� Completar o volume de água da caldeira; 
� Ligar a água do condensador; 
� Aquecer a água da caldeira; 
� Completar a solução de hidróxido de sódio no destilador; 
� Acoplar o tubo digestor ao destilador; 
� Colocar o erlenmayer com 25 ml de ácido bórico na saída do 
destilador; 
� Adicionar ao tubo digestor 25 ml de hidróxido de sódio a solução; 
� Ligar o destilador; 
� O final da destilação ocorre quando passar da cor rósea para verde ou 
quando o volume estiver em 50 ml 
� Fazer a tilução com ácido clorídrico 0,1 N e anotar o volume do ácido 
gasto. 
 
Cálculo : 
 Volume de ácido gasto x N x FC x 0,014 x 6,25 
 %PB = ------------------------------------------------------------------------- x 100 
 Peso da amostra 
 
N = Normalidade 
FC = Fator de correção do ácido clorídrico 
 
10) pH 
 
Equipamentos : 
� pH-metro 
� Becker de 600 ml 
� Balança com precisão de 0,01 g 
� Proveta de 100 ml 
 
Marcha Analítica : 
� Pesar 100 g da amostra verde no Becker 
� Adicionar 100 ml de água destilada 
� Deixar de repouso por 30 minutos 
� Fazer a leitura e anotações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 – BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
ANFAR (Associação Nacional dos Fabricantes de Rações). Métodos analíticos 
de controle de alimentos para uso animal. São Paulo:ANFAR, 1992. 
BUTOLO,J.E. Análise de alimentos. Jaboticabal:FCAV-UNESP, 1994. 
PEREIRA, J.R.A.; JUNIOR, P.R. Manual prático de avaliação nutricional de 
alimentos. Piracicaba:FEALQ, 1998. 
SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de alimentos – Métodos químicos e 
biológicos. 3 ed. Viçosa:UFV, 2002.

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