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Minerais e Vitaminas - BROMATOLOGIA 5

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BROMATOLOGIA 
 
MINERAIS E VITAMINAS 
 
MINERAIS NA ALIMENTAÇÃO: 
Importância: Funções plásticas e reguladoras do 
metabolismo que não podem ser desempenhadas por 
outros nutrientes; 
Incapacidade de síntese pelos animais. 
Excesso: Toxidez para os animais e consumidores 
(produtos) e Contaminação do meio ambiente. 
 
MINERAL ESSENCIAL 
Segundo Underwood: 
Quando se oferece uma dieta adequada em todos 
nutrientes, exceto no elemento em estudo, ocorre um 
quadro carencial definido; 
Ao suplementar os animais com o elemento ocorre a 
cura ou uma resposta em termos produtivos; 
Deve haver uma correlação entre a deficiência e 
níveis baixos nos tecidos ou no sangue. 
 
Como é dificil produzir um estado carencial, com 
reflexo no desempenho, tem sido definido como 
aquele que desempenha função imprescíndivel no 
organismo, produzindo ou não estados carênciais. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Macroelementos: expressos em % 
Ca, P, Mg, S, Na, Cl, K (7) 
Microelementos: expressos em PPM (MG/kg) 
Fe, Cu, Co, Zn, Mn, I, Se, Mo (8) 
V, Cr, Ni, Si, F, Sn (6) 
 
 
 
 
 
Cálcio e Fósforo 
Distribuição corporal: 
Ossos e dentes: Ca 98% e P 80%; restante nos tecidos 
moles e fluídos. 
Composição dos ossos varia com a idade e com o 
estado nutricional: 
Animal adulto em base seca e desengordurada: média 
de 45-50% de proteína e 50-55% de cinzas (36%Ca, 
17%P, 0,8%Mg) 
 
Funções outras do Ca: 
Coagulação sanguínea 
Equilíbrio ácido básico (forma iônica – cátion) 
Ativador enzimático (lipase pancreática) 
Transmissão de impulsos nervosos 
Contração muscular 
 
Funções outras do P: 
Mecanismos de transferência e produção de energia 
(AMP, ADP e ATP). 
Na função reprodutiva- mecanismo de transcrição do 
RNA mensageiro, o qual desencadeia respostas 
hormonais, estimulando a síntese e secreção de 
determinadas células e órgãos envolvidos na 
atividade reprodutiva. 
Juntamente com o Ca, atua nos mecanismos de 
contratibilidade e motilidade do endométrio uterino e 
na ação de enzimas específicas do miométrio, em 
particular nas fases iniciais de formação embrionária. 
Atividade dos microrganismos no rúmen (bactérias 
celulolíticas em particular). 
Equilibrio ácido básico na forma iônica (ânion). 
 
RELAÇÃO Ca/P 
Corresponde a necessidade de um equilibrio entre os 
dois minerais no trato intestinal para que a absorção 
ocorra normalmente 
Relação: 1,5-2,0 : 1 
Exceções: aves em postura 
 
Níveis de Ca e P nos alimentos 
Alimentos volumosos (plantas forrageiras verdes ou 
conservadas): muito variáveis 
Espécie forrageira 
Estágio de desenvolvimento 
Solo e clima 
Alimentos concentrados (grãos e subprodutos): 
composição menos variável 
Espécie e cultivar 
Solo e clima 
Subprodutos – depende do tipo de processamento 
 
Cálcio: Algumas gramíneas tropicais apresentam 
níveis elevados de ácido oxálico ligado ao Ca (oxalato 
de cálcio) reduzindo a sua disponibilidade. 
 
Fitato (ácido fítico) 
Fósforo: Grãos e subprodutos, o P se encontra na 
forma de fitato (ácido fítico-ácido hexafosfórico) 
ligado a outros minerais como Ca, Mg, Fe e Zn. 
(Enzima Fitase – produzida por microrganismos do 
rúmen). 
 
Absorção de Ca e P 
Depende da solubilização no ponto de contato para 
absorção: 
Meio ácido favorece, enquanto alcalino reduz 
Alto teor de Fe diminui absorção do P 
Níveis elevados de Ca diminui P e viceversa 
Níveis adequados de proteína na dieta (proteína 
transportadora no intestino) 
Excesso de gordura diminui Ca (sabões de Ca) 
 
ESTADOS CARENCIAIS 
Raquitismo: Afeta animais em crescimento em 
decorrência de uma mineralização inadequada da 
matriz óssea (deficiência de Ca e/ou P ou vit. D) 
Sintomas: diminuição do apetite, fraqueza, fraturas 
expontâneas, nódulos na extremidade das costelas, 
arqueamento do dorso. 
 
Osteomalácea: Animais adultos: processo contínuo de 
desmineralização dos ossos, causado por um 
consumo inadequado, problemas de absorção, 
aumento na demanda durante final da gestação e 
início da lactação. (Manutenção dos níveis 
sangüíneos, os animais mobilizam reservas ósseas). 
 
 
 
Hipocalcemia Puerperal/Paresia puerperal/ Febre do 
leite 
Ocorrência: 24-72h após o parto (EUA 8-9% do 
rebanho); 
Vacas de alta produção (raro em primíparas) 
Perda para o produtor de U$ 334,0 com tratamento e 
perda na produção de leite (5 a 10%): Horst et al. 
(1997) 
 
Causa: transtorno metabólico - desequilíbrio entre a 
disponibilidade e demanda de Ca para o leite 
Característica: baixos níveis sangüíneos de Ca, 
causando progressiva disfunção neuromuscular, com 
paralisia, colapso circulatório, depressão e morte se 
não tratada. 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
Infusão intravenosa de cálcio (10g de Ca) restabelece 
os níveis de Ca por 3-4h, o que normalmente é 
suficiente para que a vaca sobreviva. 
Em 20-30% das vacas há necessidade de repetir o 
tratamento 6-8 h após. 
 
Hipocalcemia subclínica: 
Reduz o consumo de MS no início da lactação, 
propensão a outras doenças: síndrome da vaca caída, 
retenção de placenta (3X+), cetose (9X+), prolapso de 
útero, deslocamento do abomaso (3X+), baixo 
desempenho reprodutivo e mastite(8X+). 
 
Prevenção: 
Redução nos níveis dietéticos de Ca, abaixo do NRC, 
ou seja menos de 25 a 30g de Ca/vaca/dia, no pré-
parto (impraticável !!!) 
Balanço cátion-ânion da dieta (BCAD): é a relação 
entre a concentração, em mEq, de cátions e ânions 
nos fluídos corporais. 
O conceito é aplicado na nutrição de vacas leiteiras, 
especialmente durante as últimas semanas do 
período seco, com o intuíto de alterar o metabolismo 
do Ca e prevenir a hipocalcemia tanto clínica como 
subclínica. 
 
Mecanismo da DCAD: Aumentando o ingresso de 
ânions fixos (Cl¯ e SO4¯) com “sais aniônicos” no pré-
parto provoca uma leve acidose sistêmica o que 
favorece a mobilização do Ca dos ossos. 
 
 
 
 
 
 
 
Sais aniônicos/baixa palatabilidade: 
Empregar bem misturados na ração para evitar 
oscilações no consumo 
Adaptação dos animais: 5-7dias 
Análise de K e Na dos alimentos 
Forragens ricas em K devem ser limitadas no período 
seco (ex. alfafa é rica em K) 
Controle pode ser feito medindo-se o pH da urina 
(Moore, 1997) 
 
Magnésio (Mg): 
Distribuição corporal: 
70% nos ossos e dentes e o restante nos tecidos 
moles e fluídos 
Funções: Componente dos ossos e dentes (0,8% das 
cinzas) 
Ativador enzimático (+ de 80 enzimas) com 
participação importante no metabolismo energético. 
 
Estado carencial: 
Tetania Hipomagnesêmica 
Redução nos níveis sanguíneos de Mg 
A maioria dos alimentos tanto volumosos como 
concentrados contém quantidades suficientes de Mg, 
assim em condições normais não ocorre. 
 
Sódio, Cloro e Potássio 
Funções conjuntas: 
Manutenção do equilíbrio ácido-básico 
Manutenção da pressão osmótica 
Manutenção da permeabilidade celular 
(desenvolvimento de potenciais elétricos) 
 
Sódio: 
Alimentos vegetais são pobres; 
Não se acumula no organismo (ingestão controla a 
excreção – aldosterona/suprarenal); 
Suplementação com cloreto de sódio; 
Misturas minerais: exerce efeito regulador do 
consumo. 
 
 
 
Deficiência de sódio: 
Animais com crescimento rápido 
Vacas em lactação – Na no leite 
Temperaturas elevadas – perda de NaCl (suor) 
Sinais: avidez por sal (ingestão de solo, objetos 
estranhos, lambem madeira e suor de outros animais 
(alotrofagia), aumento no consumo de água, perda do 
apetite, perda de peso, diminuição do crescimento ou 
produção. 
 
Enxofre: 
Alimentos: constituinte de compostos orgânicos 
(aminoácidos) 
Deficiência reduz a síntese de proteína microbiana 
Relação N/S= 14-15:1 adequada atividade dos 
microrganismos ruminais 
Relacionado com o equilibrio ácido:básico do sangue 
 
Flúor: 
Em quantidades limitadas, em humanos e cobaias 
aumenta a resistência dosdentes as cáries. 
Experimentos mostraram redução de anemia, 
aumento no crescimento e melhora na fertilidade em 
ratos. 
Mineral tóxico cumulativo! Fluorese. 
 
Cobre: 
Pigmentação do pêlo: conversão de tirosina em 
melanina, pela enzima polifenil oxidase, incorporando 
pontes de sulfeto para a síntese de queratina. 
Sistema nervoso central: citocromo oxidase na 
formação da mielina, responsável pela integridade do 
tecido nervoso. 
Reprodução: atua através de oxidases no 
funcionamento normal da atividade reprodutiva. 
Metabolismo dos lipídeos: enzima superóxido 
dismutase atua no metabolismo dos ácidos graxos de 
cadeia longa. 
Respiração celular: síntese de hemoglobina 
(juntamente com o Fe) como catalizador no processo 
de utilização do Fe para inclusão do grupo heme da 
hemoglobina (ceruloplasmina)- citocromo oxidase 
atua na cadeia respiratória, convertendo O2 em água 
para sua eliminação pela respiração celular. 
 
Cobalto: 
Síntese da Vitamina B12 (cianocobalamina) no rúmen. 
Conversão de metilmalonil-CoA em succinil-CoA, 
etapa fundamental da neoglicogênese em 
ruminantes. 
Uma forma de cobalamina (metilcobalamina) é 
requerida pelos microrganismos para síntese de 
metano, acetato e metionina. 
 
Iodo: 
Principal utilização fisiológica: síntese de hormônios 
produzidos pela tireóide, a qual regula o metabolismo 
da energia. 
 
Ferro: 
No Brasil os teores de Fe no solo são elevados. 
Metabolismo: reações de transporte e utlização de 
oxigênio (hemoglobina e mioglobina); citocromos e 
proteínas envolvidas na cadeia de transporte de 
elétrons. 
Anemia Ferropriva – leitões 
 
Selênio: 
Deficiência reduz atividade bactericida 
Constituinte da Glutationa Peroxidase – protege o 
citosol contra peróxidos produzidos durante a queima 
respiratória. 
Relação inversa entre Se no sangue e CCS no leite 
(Weiss et al., 1990). 
 
Zinco: 
Diminuição de linfócitos no sangue (sistema 
imunológico) 
Restaurador de epitélios 
Zn-metionina reduziu contagem de células somáticas 
em 22% (Kincaid, 1989) 
 
 
 
SUPLEMENTAÇÃO DE MINERAIS 
No concentrado: é a forma mais prática de 
fornecimento. Animais em pastejo, fornecimento em 
cocho (saleiro). 
 
 
VITAMINAS 
 
Definição: Moléculas orgânicas de estruturas 
complexas encontradas naturalmente nos alimentos 
ou na forma de precursores, responsáveis pelo 
controle de muitos processos metabólicos e 
requeridas em quantidades mínimas para a 
manutenção da saúde, crescimento, reprodução e 
produção dos animais. 
Na ausência de uma ou mais vitaminas, sintomas 
específicos, conhecidos como doenças carenciais, 
acometem animais jovens e adultos. 
 
Algumas vitaminas desviam da definição inicial: não 
necessitam estar presentes nos alimentos, são 
sintetizadas no trato gastrointestinal por bactérias, 
que muitas vezes são adequadas para atender as 
necessidades do organismo. Outras, como a niacina é 
sintetizada a partir do triptofano, ou a vit. D, a partir 
da luz ultravioleta, incidindo sobre compostos 
precursores. 
 
Avitaminose: ausência de vitamina no alimento. 
Hipovitaminose: vitamina presente em pequena 
quantidade no alimento ou parcialmente disponível 
para o animal. 
Hipervitaminose: excesso de vitamina. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Lipossolúveis: ADEK 
Hidrossolúveis: Tiamina, Riboflavina, Piridoxina-
Piridoxamina, cobalamina, ácido nicotínico, ácido 
pantotênico, ácido fólico, biotina, colina e ácido 
ascórbico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADES 
As quantidades de vitaminas A e D são expressas em 
Unidades Internacionais (UI) (0,3ug) 
As de B-caroteno e as vitaminas K3, C e vitaminas B, 
em miligramas (mg) 
A vitamina B12 e a Biotina em microgramas (ug).

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