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28/11/2011 1 CAMPUS CATALÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Estruturas de Madeira Tópico: Peças Compostas Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 1 CONTEÚDO: 1. Introdução 2. Peças Compostas de Seção T, I ou Caixão Ligadas por Pregos 3. Peças Compostas com Alma em Treliça ou de Chapa de Madeira Compensada 4. Peças Compostas de Seção Retangular Ligadas por Conectores Metálicas 5. Estabilidade de Peças Compostas 6. Exercícios de aplicação 2Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 28/11/2011 2 1- Conceitos gerais • Motivação: seções comercialmente disponíveis de peças de madeira possuem dimensões limitadas. • Esta limitação pode ser contornada com o uso de peças compostas que, ao serem solicitadas, atuam como um elemento único. • O uso de peças compostas ou peças múltiplas, cuja seção é formada por duas ou mais peças, é usual em treliças, pilares ou vigas. 3Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade • A união entre as peças pode ser feita pelo uso de adesivo adequado ou por dispositivos de ligação tais como cavilhas, pinos metálicos (parafusos ou pregos) e conectores (anéis metálicos). • Os critérios de segurança para verificação dos estados limites são os mesmos aplicados aos elementos maciços, porém com redução da rigidez do elemento em função da deformabilidade das ligações entre as peças que compõem a seção transversal. 4Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 1- Conceitos gerais 28/11/2011 3 2- Peças Compostas de Seção T, I ou Caixão Ligadas por Pregos Quando solidarizadas permanentemente por ligações rígidas utilizando pregos, dimensionadas ao cisalhamento puro como se a viga fosse de seção maciça, solicitadas a flexão simples ou composta, podem ser dimensionadas como peças maciças, com seção transversal de área igual à soma das áreas das seções dos elementos componentes, com momento de inércia efetivo dado por: Ith – é o momento de inércia da seção total da peça, considerada maciça; αr = 0,95 para seções T; αr = 0,85 para seções I ou caixão. 5Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 6Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 2- Peças Compostas de Seção T, I ou Caixão Ligadas por Pregos 28/11/2011 4 7Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 2- Peças Compostas de Seção T, I ou Caixão Ligadas por Pregos 3- Peças Compostas com Alma em Treliça ou de Chapa de Madeira Compensada Devem ser dimensionadas à flexão simples ou composta, considerando exclusivamente as peças dos banzos tracionadas e comprimido, sem redução de suas dimensões. A alma dessas vigas e as suas ligações com os respectivos banzos devem ser dimensionadas a cisalhamento como se a viga fosse de seção maciça. 8Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 28/11/2011 5 9Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 3- Peças Compostas com Alma em Treliça ou de Chapa de Madeira Compensada 4- Peças Compostas de Seção Retangular Ligadas por Conectores Metálicas Quando solicitadas à flexão simples ou composta, admitida uma execução cuidadosa e a existência de parafusos suplementares que solidarizem permanentemente o sistema, podem ser dimensionadas à flexão, em estado limite último, como se fossem peças maciças, adotando-se o momento de inércia da seção composta dado por: αr = 0,85 para seções T; αr = 0,70 para seções I ou caixão. Os conectores metálicos devem ser dimensionados para resistirem ao cisalhamento que existiria nos planos de contato das diferentes peças, como se a peça fosse maciça. 10Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 28/11/2011 6 5- Estabilidade de Peças Compostas A estabilidade das peças compostas por elementos justapostos solidarizados continuamente pode ser verificada como se elas fossem maciças com as restrições impostas anteriormente. Peças solidarizadas continuamente 11Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade • As peças compostas solidarizadas descontinuamente por espaçadores interpostos ou por chapas laterais de fixação devem ter sua segurança verificada em relação ao estado limite último de instabilidade global. • Para as peças compostas por dois ou três elementos de seção transversal retangular, permite-se a verificação da estabilidade, como se elas fossem de seção maciça, nas condições adiante estabelecidas. Peças solidarizadas descontinuamente 12Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas 28/11/2011 7 Peças solidarizadas descontinuamente 13Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas • Os espaçadores devem estar igualmente afastados entre si ao longo do comprimento L da peça. A sua fixação aos elementos componentes deve ser feita por ligações rígidas com pregos ou parafusos. • Permite-se que estas ligações sejam feitas com apenas 2 parafusos ajustados dispostos ao longo da direção do eixo longitudinal da peça, afastados entre si de no mínimo 4d e das bordas do espaçador de pelo menos 7d, desde que o diâmetro de pré-furação (d0) seja feito igual ao diâmetro do parafuso (d). Peças solidarizadas descontinuamente 14Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas 28/11/2011 8 Seções compostas por dois ou três elementos iguais 15Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas Peças solidarizadas descontinuamente Para a verificação das seções mostradas anteriormente, admitem-se as seguintes relações: Seção do Elemento Componente 16Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas 28/11/2011 9 Peças solidarizadas descontinuamente Seção composta m = número de intervalos de comprimento L1 em que fica dividido o comprimento L total da peça; αy = 1,25 para espaçadores interpostos αy = 2,25 para chapas laterais de fixação 17Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas Peças solidarizadas descontinuamente • A verificação deve ser feita como se a peça fosse maciça, de seção transversal com área A e momentos de Inércia IX e IY,ef , analisando-se a condição de segurança, em relação à estabilidade, representada por: 18Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas 28/11/2011 10 Peças solidarizadas descontinuamente • A segurança dos espaçadores e de suas ligações com os elementos componentes deve ser verificada para um esforço de cisalhamento cujo valor convencional de cálculo é dado por: 19Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas Peças solidarizadas descontinuamente • A verificação da estabilidade local dos trechos de comprimento L1 dos elementos componentes é dispensada desde que sejam respeitadas as seguintes limitações: para peças interpostas para peças com chapas laterais 20Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 5- Estabilidade de Peças Compostas 28/11/2011 11 6- Exercícios de Aplicação. 01- Para o pilar esquematizado abaixo, pede-se: o posicionamento dos espaçadores e o cálculo da inércia mínima. 21Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 02- Verificar se uma barra de treliça, L0 = 133 cm, seção transversal de 2 (3 cm x 12 cm), é suficiente para resistir a uma solicitação de: Carga permanente: - 675 daN; Vento de pressão: -294 daN; Considerar: Dicotiledônea – classe C 60. Propriedades geométricas: 22Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 6- Exercícios de Aplicação. 28/11/2011 12 03- Verificar se a barra do banzo da treliça abaixo, L0 = 169 cm, seção transversal 2 (6 cm x 12 cm), ésuficiente para resistir a uma solicitação de: Carga permanente = -7097 daN; Vento de pressão = -3148 daN; Considerar: Madeira: Dicotiledônea – classe C 60 Propriedades geométricas: 23Estruturas de Madeira – Prof. Wellington Andrade 6- Exercícios de Aplicação.
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