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Resistência dos Materiais • Ciência básica utilizada para projetar estruturas, máquinas e equipamentos. Bibliografia básica • HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson Education do Brasil, c2010. xiv, 637p. (Disponível no Acervo). • Notas de aula. Processo de Avaliação • 1ª Prova: 40 pontos – 01/10/2018. • 2ª Prova: 40 pontos – 26/11/2018. • Repositiva: 40 pontos – 03/12/2018. • Trabalhos práticos: 20 pontos (exercícios individuais). Objetivos • Identificar as forças atuantes e as solicitações sofridas por elementos de máquinas e peças estruturais para o seu pré-dimensionamento básico. • Empregar corretamente as fórmulas e processos básicos de projeto e dimensionamento de peças em regime elástico. • Manusear e interpretar corretamente catálogos, manuais e tabelas técnicas relativas ao assunto. Matéria Sumarizada 1 Tensão 1.1 Forças externas e forças internas 1.2 Equilíbrio dos corpos rígidos 1.2.1 Diagrama de corpo livre 1.2.2 Leis de equilíbrio 1.2.3 Reações e tipos de vínculos (apoios) 1.2.4 Condições de vinculação de estruturas 1.3 Esforços Internos - Método das Seções 1.4 Conceito de Tensão 1.5 Tensão Normal 1.6 Tensão de Cisalhamento 1.7 Tensões admissíveis e tensões últimas Matéria Sumarizada 2 Deformação 2.1 Deformação Normal 2.2 Deformação por Cisalhamento Matéria Sumarizada 3 Propriedades mecânicas dos materiais 3.1 Ensaios de tração e compressão axial 3.2 Diagrama tensão-deformação 3.3 Módulo de elasticidade 3.4 Lei de Hooke 3.5 Comportamento elástico e comportamento plástico 3.6 Energia de deformação 3.7 Coeficiente de Poisson 3.8 Diagrama tensão−deformação de cisalhamento 3.9 Falha de materiais devida à fluência e à fadiga Matéria Sumarizada 4 Carga axial 4.1 Princípio de Saint-Venant 4.2 Deformação elástica de um elemento submetido a carga axial 4.3 Princípio da superposição 4.4 Problemas estaticamente indeterminados 4.5 Problemas envolvendo variação de temperatura 4.6 Problemas envolvendo concentrações de tensão 4.7 Deformação axial inelástica Matéria Sumarizada 5 Torção 5.1 Deformação por torção de um eixo circular 5.2 Tensões no regime elástico 5.3 Ângulo de torção no regime elástico 5.4 Tubos de parede fina com seções transversais fechadas Matéria Sumarizada 6 Flexão 6.1 Diagramas de força cortante e de momento fletor 6.2 Deformação por flexão de um elemento reto 6.3 Propriedades geométricas de uma seção transversal 6.4 Tensão Normal em elementos submetidos a flexão Capítulo 1: Tensão EXIGÊNCIAS E QUALIDADES ESTRUTURAIS Resistência Limite de deformações Estabilidade Equilíbrio interno Economia Funcionalidade Estética MATERIAIS ESTRUTURAIS Características Resistência Rigidez / Módulo de elasticidade Dilatação térmica Comportamento plástico x elástico Coeficiente de segurança A resistência está associada a ruptura. A rigidez está associada a deformação. Resistência x rigidez Maiores vãos > limite é deformação Menores vãos > limite é resistência Resistência x rigidez ESFORÇOS SOLICITANTES Carga permanente Cargas acidentais Ação do vento Cargas excepcionais - Variação de temperatura Recalque de fundações Choques, vibrações e esforços repetidos LIGAÇÕES ESTRUTURAIS Apoio articulado móvel Apoio articulado fixo Engaste Economia Funcionalidade Estética CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Hipostática Isostática Hiperestática Introdução • A resistência dos materiais é um ramo da mecânica que estuda as relações entre as cargas externas aplicadas a um corpo deformável e a intensidade das cargas internas que agem no interior do corpo. • Esse assunto também envolve o cálculo das deformações do corpo e proporciona o estudo de sua estabilidade quando sujeito a forças externas. Equilíbrio de um corpo deformável Cargas externas 1. Forças de superfície: causadas pelo contato direto de um corpo com a superfície de outro. 2. Força de corpo: Desenvolvida quando um corpo exerce uma força sobre outro, sem contato físico direto entre eles. VÍNCULOS E APOIOS • Vínculo triplo / engaste • Vínculo duplo / apoio articulado fixo • Vínculo simples / apoio articulado móvel Os vínculos são classificados em função do número de movimentos que impedem. Vínculo triplo / engaste: Não possui grau de liberdade. Impede 3 movimentos: o vertical, o horizontal e a rotação (3 reações ou incógnitas). Vínculo duplo / apoio articulado fixo / pino: Permite 1 grau de liberdade, a rotação. Impede 2 movimentos, o vertical e o horizontal (2 reações ou incógnitas). Vínculo simples / apoio articulado móvel: Permite 2 graus de liberdade, sendo a rotação e a translação paralela à superfície de apoio. Impede apenas 1 movimento, o vertical (1 reação ou incógnita). Reações • Forças de superfície desenvolvidas nos apoios ou pontos de contato entre corpos. Exemplos de Apoio Variação prevista: 2 a 3 cm Junta de neoprene: 5 cm Fenda de 15 cm entre vigas e pilar Museu da escultura – SP Mola Model Mola Model Mola Model Mola Model Tipos de Apoio Tipos de Apoio Tipos de Apoio Tipos de Apoio Equações de equilíbrio • O equilíbrio de um corpo exige um equilíbrio de forças e um equilíbrio de momentos. • Se estipularmos um sistema de coordenadas x, y, z com origem no ponto O, • A melhor maneira de levar em conta essas forças é desenhar o diagrama de corpo livre do corpo. 0M 0F O 0 , 0 , 0 0 , 0 , 0 zyx zyx MMM FFF CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Os vínculos entre os elementos de uma estrutura vão definir diferentes tipos de comportamentos da estrutura, que pode ser classificada em função dessa quantidade de apoios e consequentemente sua estabilidade. Classificação Estrutural CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Estrutura hipostática Estrutura instável. Não possui vínculos suficientes para garantir seu equilíbrio. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Estrutura isostática Estrutura estável. Apresenta apenas os vínculos estritamente necessários. Ex: estruturas pré-fabricadas de concreto armado, com peças se apoiam umas nas outras. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Estrutura hiperestática Estrutura estável. Possui vínculos além do necessário para o seu equilíbrio. Diagrama de Corpo Livre • Diagrama que mostra a especificação completa de todas as forças conhecidas e desconhecidas que atuam sobre o corpo. • A correta representação do diagrama de corpo livre permite aplicar com sucesso as equações de equilíbrio da estática. Diagrama de Corpo Livre Fórmula e convenção de sinais Exemplos de Momento Exercício Exercício Exercício Exercício Sistema de Cargas Distribuídas • A intensidade da força resultante é equivalente a soma de todas as forças atuantes no sistema. • A força resultante deve ser calculada por integração quando existem múltiplas forças atuando sobre o sistema. A força resultante é iguala área total sob o diagrama de carga. Localização da Força Resultante • A localização da força de ação da força resultante em relação ao eixo x pode ser determinada pela equação de momentos e da distribuição de forças em relação ao ponto “O”. • A força resultante tem uma linha de ação que passa pelo centróide da área definida pelo diagrama de carregamento. Exemplos de carga distribuída Cargas resultantes internas • O objetivo do diagrama de corpo livre é determinar a força e o momento resultantes que agem no interior de um corpo. • Em geral, há quatro tipos diferentes de cargas resultantes: a) Força normal, N b) Força de cisalhamento, V c) Momento de torção ou torque, T d) Momento fletor, M Exemplo 1.1 Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em C. Solução: Diagrama de corpo livre mN180 9 270 6 w w A intensidade da carga distribuída em C é determinada por proporção, O valor da resultante da carga distribuída é N5406180 2 1 F que age a de C. m26 3 1 Equações de equilíbrio (Resposta) mN 008.1 02540 ;0 (Resposta) 540 0540 ;0 (Resposta) 0 0 ;0 C CC C Cy C Cx M MM V VF N NF Aplicando as equações de equilíbrio, temos Tensão • A distribuição de carga interna é importante na resistência dos materiais. • Consideraremos que o material é contínuo. • A tensão descreve a intensidade da força interna sobre um plano específico (área) que passa por um ponto. Tensão normal, σ • Intensidade da força que age perpendicularmente à ΔA Tensão de cisalhamento, τ • Intensidade da força que age tangente à ΔA A Fz A z 0 lim A F A F y A zy x A zx 0 0 lim lim Tensão normal média em uma barra com carga axial • Quando a área da seção transversal da barra está submetida à força axial pelo centroide, ela está submetida somente à tensão nominal. • Supõe-se que a tensão está acima da média da área. Distribuição da tensão normal média • Quando a barra é submetida a uma deformação uniforme, Equilíbrio • As duas componentes da tensão normal no elemento têm valores iguais mas direções opostas. A P AP dAdF A σ = tensão normal média P = força normal interna resultante A = área da seção transversal da barra Exemplo 1.6 A barra tem largura constante de 35 mm e espessura de 10 mm. Determine a tensão normal média máxima na barra quando ela é submetida à carga mostrada. Solução: Por inspeção, as forças internas axiais são constantes, mas têm valores diferentes. Graficamente, o diagrama da força normal é como mostrado abaixo: Por inspeção, a maior carga é na região BC, onde kN. 30BCP Visto que a área da seção transversal da barra é constante, a maior tensão normal média é (Resposta) MPa 7,85 01,0035,0 1030 3 A PBC BC A peça fundida mostrada é feita de aço, cujo peso específico é . Determine a tensão de compressão média que age nos pontos A e B. 3 aço kN/m 80 Exemplo 1.8 Solução: Desenhando um diagrama de corpo livre do segmento superior, a força axial interna P nesta seção é kN 042,8 02,08,080 0 ;0 2 aço P P WPFz A tensão de compreensão média torna-se: (Resposta) kN/m 0,64 2,0 042,8 2 2 A P Tensão de cisalhamento média • A tensão de cisalhamento distribuída sobre cada área secionada que desenvolve essa força de cisalhamento é definida por: Dois tipos diferentes de cisalhamento: A V méd τméd = tensão de cisalhamento média V = força de cisalhamento interna resultante A = área na seção a) Cisalhamento simples b) Cisalhamento duplo Exemplo 1.12 O elemento inclinado está submetido a uma força de compressão de 3.000 N. Determine a tensão de compressão média ao longo das áreas de contato lisas definidas por AB e BC e a tensão de cisalhamento média ao longo do plano horizontal definido por EDB. Solução: As forças de compressão agindo nas áreas de contato são N 400.20000.3 ;0 N 800.10000.3 ;0 5 4 5 3 BCBCy ABABx FFF FFF A força de cisalhamento agindo no plano horizontal secionado EDB é N 800.1 ;0 VFx As tensões de compressão médias ao longo dos planos horizontal e vertical do elemento inclinado são (Resposta) N/mm 20,1 4050 400.2 (Resposta) N/mm 80,1 4025 800.1 2 2 BC AB (Resposta) N/mm 60,0 4075 800.1 2 méd A tensão de cisalhamento média que age no plano horizontal definido por BD é Tensão admissível • Muitos fatores desconhecidos que influenciam na tensão real de um elemento. • O fator de segurança é um método para especificação da carga admissível para o projeto ou análise de um elemento. • O fator de segurança (FS) é a razão entre a carga de ruptura e a carga admissível. adm rup FS F F Exemplo 1.14 O braço de controle está submetido ao carregamento mostrado na figura abaixo. Determine, com aproximação de 5 mm, o diâmetro exigido para o pino de aço em C se a tensão de cisalhamento admissível para o aço for . Note na figura que o pino está sujeito a cisalhamento duplo. MPa 55adm Solução: Para equilíbrio, temos: kN 3002515 ;0 kN 502515 ;0 kN 150125,025075,0152,0 ;0 5 3 5 4 5 3 yyy xxx ABABC CCF CCF FFM O pino em C resiste à força resultante em C. Portanto, kN 41,30305 22 CF mm 8,18 mm 45,276 2 m 1045,276 1055 205,15 2 26 3 adm 2 d d V A O pino está sujeito a cisalhamento duplo, uma força de cisalhamento de 15,205 kN age sobre sua área da seção transversal entre o braço e cada orelha de apoio do pino. A área exigida é Use um pino com um diâmetro d = 20 mm. (Resposta) Exemplo 1.17 A barra rígida AB é sustentada por uma haste de aço AC com 20 mm de diâmetro e um bloco de alumínio com área de seção transversal de 1.800 mm2. Os pinos de 18 mm de diâmetro em A e C estão submetidos a cisalhamento simples. Se a tensão de ruptura do aço e do alumínio forem e , respectivamente, e a tensão de falha para cada pino for de , determine a maior carga P que pode ser aplicada à barra. Aplique um fator de segurança FS = 2. MPa 680 rupaço MPa 70 rupal MPa 900rup Solução: As tenções admissíveis são: MPa 450 2 900 FS MPa 35 2 70 FS MPa 340 2 680 FS rup adm rupal admal rupaço admaço Há três incógnitas e nós aplicaremos as equações de equilíbrio (2) 075,02 ;0 (1) 0225,1 ;0 PFM FPM BA ACB Agora, determinaremos cada valor de P que crie a tensão admissível na haste, no bloco e nos pinos, respectivamente. A haste AC exige kN 8,10601,010340 26 admaço ACAC AF Usando a Equação 1, kN 171 25,1 28,106 P Para bloco B, kN 0,6310800.11035 66 admal BB AF Usando a Equação 2, kN 168 75,0 20,63 P Para o pino A ou C, kN 5,114009,010450 26adm AFV AC Usando a Equação 1, kN 183 25,1 25,114 P Quando P alcança seu menor valor (168 kN), desenvolve a tensão normal admissível no bloco de alumínio. Por consequência, (Resposta) kN 168P
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