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JULIANA EMY T. OIKAWA 1 AULA 1- INÍCIO DO EXAME FÍSICO | ECTOSCOPIA, SINAIS VITAIS E DOR Exame físico • Ambiente, iluminação; • Conforto no paciente, preocupação com privacidade; • Higiene das mãos e medidas de proteção; • Material; • Observe o paciente (dor – técnicas para distrair o paciente “a sra tem filhos?..., desconforto), descreva o que está fazendo; • Respeite e tranquilize; • Primeiro contato com o paciente (exame completo), consultas subsequentes (pode ser mais objetiva); • Posicionamento Técnicas • Inspeção (começa quando o paciente entra no consultório); • Palpação; • Percussão; • Ausculta; ANAMNESE Sintomas comuns e preocupantes • Fadiga e fraqueza; • Febre, calafrios e sudorese noturna; • Alterações do peso corporal; • Dor; Fadiga • Sensação de cansaço ou falta de energia, expressa pelos pacientes de várias maneiras: “eu não quero me levantar da cama de manhã”, “estou sem energia”, “fico cansado a toa”, “mal consigo chegar ao final do dia”, “quando chego ao trabalho, já estou exausta”; • É uma resposta normal ao trabalho vigoroso, ao estresse persistente ou ao luto, se a fadiga não está relacionada com essas situações exige investigação adicional; • Na anamnese fazer perguntas abertas e pedir uma descrição mais detalhada sobre esse sintoma (histórico psicossocial, padrão de sono, revisão meticulosa dos sistemas); • Exemplo de anormalidades: fadiga é um sintoma comum de depressão, ansiedade, mas também deve-se pensar em infecções (hepatite, mononucleose infecciosa e tuberculose), distúrbios endócrinos (hipotireoidismo, DM,...), IC, pneumopatias, nefropatias, ou hepatopatias crônicas, anemia moderada a grave, processos malignos, medicações; Febre, calafrios e sudorese noturna • Elevação anormal da temperatura corporal; • A elevação da temperatura corporal se acompanha de sensação de frio, arrepios e abalos musculares, enquanto a sensação de calor e sudorese estão associadas a queda da temperatura corporal; • Quando a febre exacerba essa oscilação normal, ocorre sudorese noturna; • Mal estar, cefaleia e dor nos músculos e nas articulações acompanham, com frequência, a febre. • A febre tem muitas causas, por essa razão deve-se focalizar na cronologia da doença, em seus sinais e sintomas associados. • Calafrios reais com arrepios recorrentes sugerem oscilações mais extremas da temperatura corporal e bacteriemia sistêmica; a sensação de calor e a sudorese também ocorrem na menopausa; sudorese noturna acomete pacientes com tuberculose e processos malignos; Alterações do peso corporal • As variações no peso corporal resultam de alterações nos tecidos corporais ou no volume de líquido do corpo; • Anamnese: “com que frequência você verifica seu peso?; qual era o seu peso a 1 ano atrás; por que você acha que engordou ou emgreceu?; que peso você gostaria de ter?; se a perda ou ganho de peso preocupa o paciente, verifique quanto foi ganho ou perdido, em quanto tempo, em que circunstancia e se houve quaisquer manifestações clínicas associadas; • Pessoas com IMC de 25 – 29 são definidos como pessoas com sobrepeso, enquanto aqueles com IMC superior a 30 são considerados obesos; • Investigar qualquer perda ponderal clinicamente significativa – definida como perda de 5% ou mais do peso corporal habitual em um período de 6 meses (redução da ingestão -> anorexia, depressão, fadiga, vômitos, dor abdominal, dificuldades financeiras, disabsorção ou inflamação gastrointestinal e aumento das demandas metabólicas, faz uso de álcool, cocaína, anfetamina ou opiáceos...) • Realizar uma história psicossocial meticulaso; • Verificar os medicamentos usados pelo paciente; • Sinais de desnutrição: fraqueza, maior fadigabilidade, intolerância ao frio, dermatite descamativa, edema maleolar. • Mudanças rápidas de peso, em alguns dias, por exemplo, sugerem alteração do volume de líquido, e não dos tecidos; • Edema consequente à retenção de líquido extravascular é visível em condições como IC, síndrome nefrótica e insuficiência hepática; • Fármacos associados ao ganho ponderal: antidepressivos tricíclicos, insulina e sulfonilureias, anovulatórios, glicocorticoides e esteroides progestacuonais, mirtazapina e paroxetina; gabapentina e valproato, propranolol; • Causas da perda ponderal: doenças GI, distúrbios endócrinos, infecções crônicas, HIV, processos malignos, cardiopatia, pneumopatia ou insuficiência renal crônica; depressão e anorexia nervosa ou bulimia; • Perda ponderal associada a ingestão relativamente elevada de alimentos sugere diabetes melito, hipertireoidismo ou má absorção. • Fármaco associados a perda ponderal: anticonvulsivantes, antidepressivos, levodopa, digoxina, metformina e medicamentos para transtorno da tireoide. Dor • Os sintomas localizadores, “as sete características de um sintoma” e a história psicossocial são essenciais ao exame físico, a avaliação inicial e ao plano de manejo; ECTOSCOPIA • Inicia no momento que se chama o paciente: biótipo/fenótipo (magro, obeso), marcha, comportamento, audição, humor. Aspecto geral 1. Estado aparente de saúde: bom estado geral, regular estado geral, etc. • O paciente aparenta doença aguda ou crônica? Está com aspecto frágil ou parece forte e com bom condicionamento físico? 2. Níveis de consciência; • O paciente está lúcido, orientado no tempo e espaço? Responde aos estímulos (deles e de outras pessoas no ambiente)? Se não estiver deve-se avaliar o nível de consciência. 3. Sinais de sofrimento e desconforto (respiratório, trauma, dor intensa...) • Angústia respiratória ou cardíaca: está com a mão cerrada sobre a parte anterior do tórax, apresenta diaforese (transpiração intensa), respiração laboriosa (respiração forçada), sibilos (ruído respiratório) ou tosse? • Dor: apresenta estremecimento, sudorese, atitude de proteção em relação a área dolorosa, caretas ou postura anormal favorecendo um membro ou uma região do corpo? • Ansiedade ou depressão: apresenta expressões faciais de ansiedade, movimentos inquietos, palmas das mãos frias e úmidas, face inexpressiva, desinteresse, não faz contato visual ou lentidão psicomotora? 4. Cicatrizes, lesão de pele, cor • Coloração da pele: palidez, cianose, icterícia, erupções cutâneas e equimoses? 5. Vestuário, asseio e higiene pessoal • Como o paciente está vestido? As roupas são apropriadas para a temperatura e para o clima? Está limpo e em condições apropriadas para o local? o Excesso de roupa pode refletir intolerância ao frio consequente a hipotireoidismo, pode ser usado para esconder marcas de agulha ou erupções cutâneas, para JULIANA EMY T. OIKAWA 2 mascarar anorexia ou simplesmente ser um sinal de preferencias pessoais. • Sapatos: existem furos no solado ou o solado está solto? Os sapatos estão gastos? o Buracos ou uso de chinelos pode indicar gota, joanetes, edema ou outras condições dolorosas. Sapatos gastos podem contribuir para dor nos pés e no dorso, calosidades, quedas e infecções. • Bijuterias ou joias? Piercings? o Braceletes de cobre são, as vezes, usados para melhorar a artrite, e os piercings podem ser colocados em qualquer local do corpo. • O cabelo, as unhas das mãos e o uso de cosméticos são indícios da personalidade, do humor, do estilo de vida e do cuidado do paciente. o Cabelo “crescido demais” e o esmalte das unhas podem ajudar a calcular a duração de uma doença. Unhas roídas refletem estresse. • O asseio e a higiene parecem apropriadas para a idade, o estilo de vida, a profissão e o estágio da vida do paciente? o Uma aparência desleixada pode ser observada em pacientes com depressão e demência, contudo, é preciso comparar com o provável aspecto habitual do paciente.6. Expressão facial • Observar a expressão facial em repouso, durante a conversa sobre tópicos específicos, o exame físico e a interação com as pessoas. Verificar se o paciente faz contato visual. O contato é natural? Persistente e sem piscadelas? O paciente desvia o olhar rapidamente? Não há contato visual? • Verificar se o paciente apresenta olhar fixo do hipertireoidismo, a face imóvel do parkinsonismo, a inexpressão ou a tristeza da depressão. A ausência ou o pouco contato visual também sugerem ansiedade, medo ou tristeza. 7. Odores corporais e hálito: odor frutado do DM ou hálito alcoólico. • O hálito pode indicar existência de etanol, acetona (DM), infecções pulmonares, uremia ou insuficiência hepática. • Nunca pressupor que o hálito alcoólico de um paciente é responsável por alterações do estado mental ou por achados neurológicos. Pessoas embriagadas podem apresentam outros problemas greves e passíveis de correção, como hipoglicemia, hematoma subdural ou estado pós comicial (período posterior a uma crise convulsiva); 8. Postura e marcha; • Existe uma preferencia pela posição sentada com as costas retas na insuficiência cardíaca esquerda e pela posição sentada com os braços retos e apoiados nos joelhos na doença pulmonar obstrutiva crônica. • O paciente se mostra inquieto ou calmo? Quão frequentemente ele muda de posição? o Pacientes ansiosos se mostram agitados e inquietos, e paciente com dor frequentemente evitam movimentar-se. • Existe alguma atividade motora involuntária? Algumas partes do corpo estão imóveis? • O paciente deambula sem dificuldade, com autoconfiança e equilíbrio, ou existe coxeadura ou desconforto, medo de cair, perda de equilíbrio ou algum transtorno do movimento? o O comprometimento da marcha aumenta o risco de quedas. 9. Peso e altura; • Aferir a altura do paciente descalço e o peso corporal para o cálculo do IMC. • O paciente é incomumente alto ou baixo? O paciente é longíneo, brevilíneo ou normolíneo? O corpo é simétrico? Observar as proporções corporais. o Estatura muito baixa pode significar: síndrome de Turner, insuficiência renal em crianças, assim como no nanismo acondroplásico e hipopituitário; membros longos demais em comparação com o tronco são encontrados no hipogonadismo e na síndrome de Marfan; ocorre redução da altura na osteoporose e nas fraturas de vértebras por compressão; • O paciente está muito emagrecido, esguio, com sobrepeso ou obeso? Se o paciente estiver obeso, a gordura está distribuída de forma uniforme ou concentrada na parte superior do tronco ou nos quadris? o Na obesidade simples, a gordura está distribuída por todo o corpo; ocorre aumento da gordura troncular com membros relativamente magros na síndrome de Cushing e na síndrome metabólica. • As causas de perda ponderal incluem processos malignos, DM, hipertireoidismo, infecções crônica, depressão, diurese e dieta bem sucedida. IMC • IMC = Peso (Kg)/ altura (m2) Circunferência da cintura • Se o IMC for maior ou = a 35, deve-se medir a circunferência da cintura. • O risco de DM, hipertensão arterial e doença cardiovascular aumenta, significativamente, se a circunferência da cintura for igual ou maior que 89 cm em mulheres e 102 cm ou mais em homens. SINAIS VITAIS • Pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura PRESSÃO ARTERIAL • “normal”120 (sistólica) x 80 (diastólica) mmHg; Como escolher a melhor braçadeira do esfingomomanômetro • Monitores de punho e de dedos das mãos: a pressão arterial sistólica se eleva nas artérias mais distais, enquanto a arterial diastólica cai. Visto que não estão no nível do coração, esses monitores introduzem erros com base no efeito hidrostático de diferenças da posição em relação ao coração. • Comprimento da bexiga inflável deve ter no mínimo 80% da medida braquial (quase o suficiente para envolver o braço) (avaliar se o esfingo ta certo para o paciente: do olecrano ao acrômio) • Largura da bexiga inflável deve ter, em torno de 40% do comprimento do braço; o Se a braçadeira for pequena demais (estreita), os valores aferidos da PA serão elevados; se a braçadeira for muito grande (larga), os valores aferidos da pressão serão baixos em um braço magro e elevados em um braço gordo. Como aferir corretamente a PA 1. Posicionamento do paciente (braço apoiado e na altura do coração) e condições (calmo, em repouso) • Se a artéria braquial estiver 7 a 8 cm abaixo do nível do coração, os valores aferidos da pressão arterial serão aprox., 6mmHg mais elevados; se a artéria braquial estiver de 6 a 8 cm acima do nível do coração, os valores aferidos da PA serão aprox., 5mmHg mais baixos. • Braço do paciente no nível do coração; • Bexiga inflável sobre artéria braquial; • Borda inferior da braçadeira deve estar, aprox., 2,5 cm acima do sulco antecubital; • Ajustar braçadeira e posicionar o braço do paciente de modo que fique discretamente flexionado na altura do cotovelo; • Fazer estimativa da pressão sistólica: método palpatório - palpar o pulso radial, insuflar rapidamente até o pulso desaparecer. Verificar a pressão no manômetro e acrescentar 30 mmHg. Usar esse valor como meta de insuflações subsequentes para evitar o desconforto associado JULIANA EMY T. OIKAWA 3 causado pelo hiato auscultatório – um intervalo de silencio que pode ocorrer entre as pressões sistólica e diastólica. Desinflar a braçadeira rapidamente, esperar de 15 a 30 segundos; • Colocar a campanula do esteto na artéria braquial (“selo de ar”); • Insufle rapidamente a braçadeira até o nível que acabou de ser determinado e, depois, desinfle lentamente (2 a 3 mmHg/s). observar o nível tensional no qual se auscultou, pelo menos, 2 batimentos consecutivos. Essa é a pressão sistólica. o Se detectar um hiato auscultatório, registrar os achados (p. ex., 200/98 com hiato auscutatório entre 170 e 150). Um hiato auscultatório está associado a rigidez arterial e doença aterosclerótica. • Continue a reduzir a pressão lentamente até os ruídos se tornarem abafados e, depois, desaparecerem. Para confirmar o desaparecimento dos ruídos, ausculte a pressão cair por outros 10 a 20 mmHg. O ponto de desaparecimento, que habitualmente, é apenas alguns mmHg do ponto de abafamento dos ruídos propicia uma melhor estimativa da pressão diastólica. o Em algumas pessoas o ponto de abafamento e o ponto de desaparecimento estão bem afastados. As vezes, como nos indivíduos com regurgitação aórtica, os ruídos nunca desaparecem. Se a diferença for igual ou superior a 10 mmHg, anotar os 2 valores (p. ex., 154/80/68); • Aparelho aneroide deve estar posicionado diretamente na sua frente; o A congestão venosa, ao tornar os ruídos menos audíveis, provoca resultados artificialmente baixos de pressão sistólica e artificialmente altos da pressão diastólica; • A pressão arterial deve ser aferida nos 2 braços, pelo menos, uma vez. Existe normalmente uma diferença tensional de 5mmHg, e, algumas vezes, essa diferença chega a 10mmHg. As aferições subsequentes devem ser feitas no braço com o nível tensional mais elevado. o Uma diferença pressórica superior a 10 a 15mmHg ocorre na síndrome do roubo da subclávia e na dissecação da aorta. ***** Classificação da pressão arterial como normal e anormal Hipotensão ortostática – tonteira causada por remédios por exemplo • A queda da pressão sistólica de 20mmHg ou mais, especialmente quando acompanhada por manifestações clínicas e taquicardia, indica hipotensão ortostática (postural). Entre as causas estão fármacos/drogas ilícitas, perda sanguínea de moderada a intensa, repouso prolongado no leito e doenças do sistema nervoso autônomo. • Como registrar o Deitado: sist./dialst.mmHgo Em pé: sist./diaslt. mmHg § Até 20mmHg de queda sistólica e 10 mmHg ou mais de queda diastólica nos 3 min seguintes a retomada da posição ortostática. § 1/1 min/5min Normalmente, quando o paciente passa da posição horizontal para a posição ortostática, a pressão sistólica cai discretamente ou permanece inalterada, enquanto a pressão diastólica se eleva um pouco. Situações especiais Ruídos de Korotkoff ou inaudíveis • Colocação errada do esteto, ausência de contato pleno do esteto na pele, ingurgitação venosa do braço em decorrência de insuflações repetidas da braçadeira, ou choque o Choque: é uma das causas preveníveis mais graves - Respiração superficial e rápida; Febre; Pressão baixa e convergente; Pele pegajosa e pálida; • Em casos raros, os pacientes não apresentam pulso arterial em decorrência de doença oclusiva nas artérias de todos os membros (p. ex. artrite de Takayasu, artrite de células gigantes e aterosclerose). AULA • Sons de Korotkoff o Silencio o Insuflo 2mmHg/s o Quando aparecem: sistólica o Quando desaparecem: diastólica o Sistólica/diastólica mmHg • Hiato auscultatório: hipertensão grave, congesto com distensão venosa importante, arteriosclerose grave (velocidade de fluxo reduzida); o Como registrar: sist./diast. mmHg com hiato auscultatório entre XXX e XXX mmHg • Importância de aferir em ambos os membros o Pode ter diferença de 20 na sistólica e10 na diastólica o Isso faz toda diferença em paciente com dor torácica – dissecção de aorta o Arterite de Takayasso – redução do lúmen por inflamação – subclávia mais afetada • Fluxo hiperdinâmico: hipertireoidismo, pelo aumento da velocidade dos fluxos eu não tenho..... o Aumento da velocidade de fluxo sanguinte... Pacientes obesos • Se o braço for muito magro -> braçadeira pediátrica • Obeso: braçadeira de 15 cm de largura o Braço curto, grande circunferência: braçadeira de coxa ou braçadeira bem comprida. o Circunferência de braço >50 cm e não sendo possível utilizar a braçadeira de coxa, enrole uma braçadeira de tamanho apropriado no antebraço do paciente, coloque o antebraço no nível do coração e palpe o pulso radial. Arritmias • Ritmos irregulares -> variações na pressão; • Se o paciente apresentar extrassístoles ou fibrilação atrial, determine a média de várias aferições e observe se os valores são aprox. o A palpação de um ritmo irregular desigual indica fibrilação atrial. Sempre que houver ritmos irregulares, é necessário solicitar ECG para identificar o tipo de ritmo. Pacientes hipertensos com valores tensionais desiguais nos membros superiores e inferiores • Para detectar coarctação de aorta: fazer pelo menos 2 aferições adicionais em todos os pacientes hipertensos. o A coarctação de aorta resulta do estreitamento da parte torácica da aorta; a localização é, de modo geral, proximal, mas, em algumas vezes, distal a artéria subclávia esquerda. A coarctação de aorta e a doença aórtica oclusiva são diferenciadas por hipertensão arterial nos membros superiores, níveis tensionais baixos nos membros inferiores e pulsos femorais diminuídos ou tardios. • Comparar os níveis tensionais nos membros superiores e inferiores. o Pacientes normais: PA sistólica deve ser 5 a 10mmHg mais elevada que nos membros inferiores • Comparar o volume e a cronologia dos pulsos radiais ou braquiais e femorais. Normalmente, o volume é igual, e os pulsos ocorrem ao mesmo tempo. FREQUENCIA E RITMO CARDÍACO Frequência cardíaca JULIANA EMY T. OIKAWA 4 • Palpe o pulso radial (ou qualquer outro) com o dedo indicador e médio até detectar a pulsação máxima. Se o ritmo for regular e a frequência parecer normal, conte-a durante 30 s e multiplique por 2 • Normal: 50 a 90 bpm; Ritmo cardíaco • Palpar o pulso radial se irregular: o Tentar identificar um padrão: extrassistoles aparecem em um ritmo basicamente regular? A irregularidade varia de modo consistente com a respiração? O ritmo é totalmente irregular? • Solicitar um ECG para determinar o tipo de ritmo Frequência e ritmo respiratório • Observar a frequência, o ritmo, a profundidade e o esforço respiratório; • Contar o número de incursões respiratórias durante 1 min (inspeção visual ou ausculta). • Frequência respiratória normal em adultos: 20 incursões/ min em um padrão regular e tranquilo. • Verificar se a expiração é prolongada (achado frequente em pacientes com DPOC); AULA • Índice tornozelo-braquial e claudicação intermitente – paciente 50 anos, diabético, fuma -> chance maior de arteriosclerose o Pressão nos braços igual ou menor que nas pernas; o Coarctação de aorta – por circulação colateral – circulação obstruída. • Pulsos centrais x periféricos o 2o e 3o dedos; o ritmo regular: 15s e multiplicar por 4 (50 a 90bpm – idade, exercício, febre...) o ritmo irregular: 60 segundos (parada cardíaca? o Pulsos centrais: carotídeo o Pulsos periféricos: membros Regularidade • Arritmia sinusal: aumento da arritmia respiratória Pulso bigeminado • Pulso geminado: 2 ondinhas 1 pausa- regular • Fibrilação atrial: arritmia completa • Pulso alternante o Onda ampla -> onda fraca o Icg • Pulso filiforme: choque • Pulso paradoxal – acentuação de um processo fisiológico o Diminuição na amplitude das pulsações na inspiração forçada (>10mmHg); o Pericardite constritiva (inflamação do pericárdio – tuberculose) o Tamponamento cardíaco (trauma perfurante – sangue no pericárdico, dificulta o enchimento do ventrículo direito e esvaziamento do esquerdo) § 1o som: presente quando inspira e desaparece quando expira § Acima de 10mmHg • Pulso em martelo d’água ou célere o Aumento da pressão diferencial o Insuficiência aórtica, hipertireoidismo, anemia grave; • Pulso carotídeo: paciente deitado Frequência respiratória • Adulto: 14 – 20 irpm (impulsões respiratórias por minuto); • Regular: 30segundos; • Irregular: 60segundos; • Ficar tangencial ao paciente e o relógio deve estar bem na frente; • Padrão respiratório o Taquipneia: amplitude normal, aumenta frequência o Hiperpnéia: a frequência nem sempre esta aumentada o Bradipneia:Diminui frequência respiratória (intoxicação por BDZ) o Respiração obstrutiva (ASMA, DPOC) – o ar entra fácil porem o paciente sopra para soltar o ar. o Respiração de Cheyne Stokes: aumenta freq. e para; o Atáxica de Biot: paciente com doenças neurolígicas o Respiração com suspiros: paciente com ansiedade; • Sinais de desconforto respiratório: tiragem intercostal, dilatação de fúrcula, batimento de aleto e utilização da musculatura intercostal; TEMPERATURA Temperatura oral: 37oC (nas primeiras horas da manhã pode chegar a 35,8oC e no final da tarde ou início da noite pode atingir 37,3oC); Temperatura retal: 37,5oC Temperatura axilar (mais baixa): 36oC; • Febre ou pirexia consiste em elevação da temperatura corporal. Hiperpirexia descreve a elevação extrema da temperatura corporal (acima de 41oC), enquanto hipotermia consiste em temperatura corporal anormalmente baixa, ou seja, abaixo de 35oC (temperatura retal). • As causas de febre incluem infecções, traumatismos ou esmagamento, processos malignos, distúrbios sanguíneos como anemia hemolítica aguda, reaçõesmedicamentosas e distúrbios imunes como as colagenoses. • A principal causa de hipotermia é a exposição ao frio. Outras causas predisponentes incluem: redução do movimento como na paralisia, interferência na vasoconstricao por sepse ou consumo excessivo de etanol, fome, hipotireoidismo e hipoglicemia. Os idosos são especialmente suscetíveis a hipotermia e, além disso, é menos provável que apresentem febre. • Frequências respiratórias altas tendem a exacerbar a discrepância entre as temperaturas oral e retal. Nessas situações, a aferição da temperatura retal é mais fidedigna. Diferenças – febre/hipertermia Febre • Aumento de prostaglandina 2, regulado pelo hipotálamo; • Vasoconstrição, redução da perda de calor, aumento sensação de frio; • Infecções, tumores, doenças autoimunes, medicações; Hipertermia: • Não mediada por PGE2 no centro regulatório, excesso de calor exógeno ou produção endógena, internação, síndrome serotoninérgica maligna, ecstase, atropina. Temperatura central: esôfago inferior Temperatura membrana timpânica: é o que mais reflete a temperatura central Oral, retal, axilar: retal é a mais confiável/menos utilizada atualmente Febre • Moderada: >37,7 a 38,5oC • Alta ou elevada: >38,5oC Hipotermia (<35oC) • Leve: 32 a 35o C • Modelara: 30 a 32o C • Leve: <30oC Técnica • Lavar as mãos; • Orientar o paciente quando o procedimento; • Deixar o paciente deitada ou encostado confortavelmente; • Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool; • Enxugar a axila, se for o caso; • Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o termômetro firmemente e sacudindo-ol • Colocar o termômetro na axila, mantendo o braço bem encostado no tórax.
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