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Rubéola - Resumo

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Rubéola
Introdução
	A rubéola é uma infecção viral aguda que acomete crianças e adultos. É caracterizada clinicamente pela presença de exantema, febre e linfadenopatia e, alguma vezes, pode ser confundida com formas mais atenuadas do sarampo. Em adultos, especialmente do sexo feminino, tende a provocar artropatias (artralgias e artrites). A infecção apresenta, com relativa frequência, evolução subclínica. Mesmo quando não determina manifestações clínicas na gestante, o vírus da rubéola pode causa infecção fetal, trazendo como consequência malformações congênitas.
	A virose só foi tratada com a devida importância após Norman Gregg descrever a relação da catarata congênita no concepto e a ocorrência da doença na mãe.
Etiologia
Vírus pertencente a família Togaviridae e ao gênero Rubivirus. Ele é grosseiramente esférico, e seu tamanho varia de 40 a 70nm de diâmetro. O envelope lipídico apresenta pequenas projeções na superfície, semelhantes a espículas, constituídas de glicoproteínas virais [E1 e E2], o nucleocapsídeo é composto de uma proteína helicoidal, a proteína C (relacionada à transferência do material genético do vírus para dentro da célula) e RNA.
Relativamente instável, o vírus da rubéola é inativado por detergentes e solventes orgânicos.
Epidemiologia
	Maior incidência de casos de rubéola ocorre durante a primavera, em crianças de 5 a 9 anos de idade em países onde as campanhas de vacinação não são eficazes, pois uma vacinação bem realizada reduz consideravelmente a ocorrência da doença.
	No Brasil a vacina está associada a tetraviral, tríplice viral ou duplaviral.
	A rubéola é uma doença moderadamente contagiosa. O homem é o único hospedeiro conhecido. A transmissão pessoas a pessoa ocorre habitualmente pelo aerossol das secreções respiratórias infectadas. Apesar de menos provável, ainda é descrita a infecção através de contato direto com urina ou fezes contendo vírus. Inicialmente, o vírus da rubéola se multiplica nas células do epitélio da nasofaringe e nos linfonodos regionais. A essa fase se segue um período de viremia, A infecção da placenta e do feto ocorre durante essa fase virêmica, e a frequência e a natureza do envolvimento fetal dependem da imunidade materna e do momento da gestação em que ocorre a infecção.
	O período de maior infecção é durante a erupção do rash cutâneo, mas o vírus pode ser eliminado pela orofaringe de dez dias antes até 15 dias depois do início do exantema, Deve ser ressaltado que indivíduos com formas de subclínicas da doença também podem transmitir a infecção. Lactentes com rubéola congênita eliminam durante muitos meses grandes quantidades de vírus nas secreções corporais, podendo transmiti a infecção aos contactantes; 2 a 20% dessas crianças ainda permanecem infectantes até os 12 meses de idade. Pessoas vacinadas não transmitem a doença, embora o vírus da rubéola possa ser isolado da faringe.
Imunidade
Após a ocorrência da rubéola, a maioria das pessoas desenvolve imunidade duradoura. Os anticorpos IgM aparecem precocemente, mas têm vida curta desaparecendo 5 a 8 semanas após o início da doença e também aparecem após a vacinação. Os anticorpos IgA, IgD e IgE específicos aparecem cedo e declinam mais lentamente que os anticorpos IgM. Os anticorpos IgG elevam-se rapidamente e persistem por toda a vida.
Manifestações clínicas
A rubéola é, em geral, uma doença benigna que, em crianças, apresenta formas clínicas menos acentuadas que as observadas nos adultos. Em contraste, o feto pode desenvolver doença grave com sérias sequelas se for infectado durante o início da gravidez. O período de incubação varia sequelas de 12 a 23 dias, com uma média de 18 dias.
Rubéola pós-natal
	A maioria dos casos evolui de forma subclínica.
Fase prodrômica: mal-estar, febre e anorexia por vários dias. AS manifestações clínicas mais frequentes são a adenopatia e o rash cutâneo, ocasionalmente, esplenomegalia. A adenopatia pode persistir por várias semanas. Os gânglios linfáticos afetados incluem os da cadeia cervical posterior, os auriculares posteriores e os suboccipitais. Quando presente, o exantema da rubéola, em geral, inicia-se na face e evolui de forma descendente. É maculopapular, algumas vezes confluente, com duração de três a cinco dias, podendo descamar na convalescença.
	O rash cutâneo pode ser acompanhado de manifestações catarrais, febre e dor de garganta, todas de pouca intensidade. Lesões petequiais no palato mole (manchas de Forscheimer) são descritas na rubéola, embora não sejam específicas da doença.
Rubéola congênita
Doença grave que pode causar morte fetal, parto prematuro e uma variedade de defeitos congênitos.
Os efeitos do vírus da rubéola no feto dependem do momento em que a infecção ocorreu: quanto mais cedo o feto é afetado, mais grave é a doença. Durante os primeiros dois meses de gestação a taxa de infecção fetal varia de 65% a 85%, levando a múltiplos defeitos congênitos e/ou abortamentos espontâneos. No terceiro mês de gestação, as taxas de infecções fetais variam de 30% a 35%, podendo surgir lesões únicas, como surdez ou doença cardíaca congênita. No quarto mês de gestação, o risco de infecção é de 10%. A infecção materna após o segundo trimestre de gestação não resulta em dano fetal, e os defeitos relacionados com a rubéola congênita são improváveis após a 17ª semana de gestação.
Anomalidades clínicas observadas:
Gerais: retardo no crescimento intra-ulterino e retardo no crescimento pós-natal.
Surdez: a mais comum, afeta de 70% a 80% das crianças infectadas. Varia de moderado a profundo, bilateral e unilateral e pode surgir antes do nascimento ou após.
Aparelho cardiovascular: persistência do canal arterial [30%], estenose da artérias pulmonar.
Anormalidades oculares: catarata [35%, unilateral ou bilateral/pode estar presente ao nascimento ou depois]; retinopatia[35% a 60% pode estar presente ao nascer ou surgir mais tarde]; glaucoma [igual ou inferior a 10%] leva a cegueira se não for tratado; microftalmia (comum em crianças com catarata; é comum a concomitância de glaucoma).
Pulmão: pneumonia intersticial [5%]
Sistema nervoso central: meningoencefalite [20%], anormalidades no encefalograma [36%], retardo mental [10 a 20%], distúrbios do comportamento [comuns].
Esqueleto: hipertransparências metafisárias [10 a 20%]
Aparelho Gastrintestinal: hepatesplenomegalia [50%], hepatite [5 a 10%].
Sangue: púrpura trombocitopênica [5 a 10%].
Complicações
Artrites e artralgias têm sido descritas em um terço dos casos de rubéola, compromentendo mais frequentemente adolescentes e mulheres adultas que homens e crianças. Em epidemias, taxas de acometimento articular acima de 60% são documentadas.
Manifestações hemorrágicas [1/3000]
Encefalite e encefalomielite [1/5000]
Diagnóstico Diferencial
A rubéola é uma doença de pouca gravidade, que frequentemente evolui com sintomas inespecíficos. O diagnóstico diferencial é feito com a escarlatina, o sarampo, a dengue, a mononucleose infecciosa, a toxoplasmose, o exantema súbito, a parvovirose humana e com algumas enteroviroses.
Diagnóstico Laboratorial
Isolamento do vírus de swabs de orofaringe, urina, fluido sinovial, líquido amniótico e de outras secreções corporais pode ser utilizado no diagnóstico.
PCR e sequenciamento de nucleotídeos.
Métodos sorológicos – inibição da hemaglutinação,* ensaio imunoenzimático*, imunofluorescência, radioimunoensaio, hemólise radial, fixação do complemento, hemaglutinação passiva e aglutinação pelo látex.
Tratamento
A rubéola pós-natal é, na maioria das vezes, uma infecção benigna que não requer nenhum tratamento. Embora não exista nenhum tratamento específico, em pacientes com febre e artrite ou artralgia indica-se o tratamento sintomático.
Prevenção
O principal objetivo da vacinação contra a rubéola é a eliminação da SRC. A vacina está disponível da forma monovalente (apenas rubéola) ou em combinação com as vacinas do sarampo e da caxumba (tríplice viral).
A Imunização deve enfatizar as mulheres em idade fértil que não estejamgrávidas.
Recomendadas pelo MS para mulheres de 12 a 49 anos e para homens até 39 anos que não tiveram comprovação de vacinação anterior.
1ª dose aos 12 meses e reforço dos 4 aos 6 anos.

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