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AULA 14: ESTUDOS DE BIODISPONIBILIDADE E BIOEQUIVALÊNCIA 
Controle de qualidade de medicamentos 
CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS 
Aula 14: Estudos de biodisponibilidade 
e bioequivalência. 
AULA 14: ESTUDOS DE BIODISPONIBILIDADE E BIOEQUIVALÊNCIA 
Controle de qualidade de medicamentos 
Objetivo desta aula 
• Identificar os aspectos gerais que envolvem a 
equivalência entre medicamentos e suas 
biodisponibilidades; 
 
• Explicar os conceitos teóricos e práticos dos estudos 
de bioequivalência e biodisponibilidade. 
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Controle de qualidade de medicamentos 
Conceitos gerais 
A ANVISA define como Especialidade Farmacêutica qualquer produto oriundo da indústria farmacêutica 
e disponível no mercado. 
 
• Medicamento Inovador (ou de Referência); 
• Medicamento Genérico; 
• Medicamento Similar. 
 
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Controle de qualidade de medicamentos 
Conceitos gerais 
• Medicamento Inovador (ou de Referência) 
 Registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País; 
 
 Eficácia, segurança e qualidade comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente 
por meio de ensaios clínicos; 
 
 Protegido por patente. 
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Controle de qualidade de medicamentos 
Conceitos gerais 
• Medicamento Inovador (ou de Referência) 
Fonte: http://www.pfizer.com.br/sobre-a-pfizer/industria-farmaceutica/pesquisa-cl%C3%ADnica 
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Conceitos gerais 
• Medicamento Genérico 
 Similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável; 
 
 Produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade; 
 
 Apresenta comprovada eficácia, segurança e qualidade; 
 
 Designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI. 
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Conceitos gerais 
• Medicamento Similar 
 Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, mesma forma farmacêutica, concentração, posologia, 
via de administração e indicação terapêutica; 
 
 Equivalente ao medicamento registrado no órgão federal responsável; 
 
 Pode diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, 
embalagem, rotulagem, excipientes e veículo; 
 
 Deve sempre ser identificado por nome comercial ou marca; 
 
 É intercambiável quando estudos de equivalência farmacêutica, biodisponibilidade 
relativa/bioequivalência ou bioisenção tenham sido apresentados, analisados e aprovados pela ANVISA. 
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Conceitos gerais 
 Desenvolvimento Farmacotécnico 
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Controle de qualidade de medicamentos 
Conceitos gerais 
 Parâmetros comparativos entre especialidades farmacêuticas 
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Controle de qualidade de medicamentos 
Conceitos gerais 
• Ensaios Comparativos 
Equivalência Terapêutica = Equivalência Farmacêutica + Bioequivalência 
Ensaios de 
Equivalência 
Farmacêutica 
Ensaios de 
Bioequivalência 
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Biodisponibilidade 
Biodisponibilidade é a velocidade e 
a extensão pelas quais um fármaco 
é absorvido e a partir de uma Forma 
Farmacêutica e se torna disponível 
no sítio de ação. 
 
 Fatores que influenciam a 
Biodisponibilidade 
dependentes da Forma 
Farmacêutica 
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Biodisponibilidade 
• Biodisponibilidade Absoluta 
Refere-se a fração absorvida via 
extravascular, tendo como referência (R) 
solução injetável (IV). 
 
É necessária para todas as formas 
farmacêuticas extravasculares de 
medicamentos inovadores. 
 F% = ASC (T) . 100 
 ASC (R) 
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Bioequivalência 
 Refere-se ao estudo comparativo entre medicamento teste e de referência para medicamentos 
inovadores (registro – definição da forma farmacêutica definitiva ou pós-registro), genéricos e 
similares. 
 
 Biodisponibilidade relativa. 
 FR% = ASC (T) . 100 
 ASC (R) 
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Bioequivalência 
 No estudo de bioequivalência, consiste em: 
 
 Comparar formulação teste (T) e de referência (R); 
 Calcular intervalos de confiança (IC), que devem estar compreendidos entre 80 – 125% para ASC 
(área sob a curva) e Cmax (concentração máxima). 
Cp 
(t) 
Cmax 
ASC0-t 
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Bioequivalência 
 Fatores que influenciam absorção de fármacos 
 
 Propriedades físico-químicas 
Tamanho de partícula; 
Polimorfismo; 
Solubilidade; 
Coeficiente de partição óleo/água; 
pKa. 
 
 Natureza do medicamento 
Forma farmacêutica; 
 Formulação; processo de fabricação; via de administração; 
 intravascular (biodisponibilidade = 1 ou 100%); 
 extravascular (biodisponibilidade  1 ou 100%). 
 
 Anatomia e fisiologia do local de absorção 
Natureza da membrana celular; 
Passagem do fármaco através da membrana. 
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Bioequivalência 
• Modalidades de ensaio de Bioequivalência 
 Ensaio in vivo em seres humanos com a determinação da concentração do fármaco em líquidos 
biológicos (sangue ou urina) - Estudo Farmacocinético; 
 
 Ensaio in vivo em seres humanos com a determinação de um efeito farmacológico agudo - 
Estudo Farmacodinâmico; 
 
 Ensaio Clínico controlado; 
 
 Ensaio in vitro. 
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Bioequivalência 
• Confirmação de Bioequivalência 
Equivalência Terapêutica 
 
Mesma eficácia clínica; 
Mesmo potencial em gerar efeitos adversos. 
 
 
Equivalência Farmacêutica 
 
Mesmo fármaco; 
Mesma dosagem; 
Mesma forma farmacêutica. 
 
 
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Bioequivalência 
• Isenção de Bioequivalência 
Algumas formas farmacêuticas são isentas de estudos de bioequivalência, e tem a intercambialidade 
com medicamento de referência baseada na equivalência farmacêutica. 
 
 Medicamentos administrados por via parenteral; 
 
 Soluções de uso oral; 
 
 Pós para reconstituição que resultem em solução; 
 
 Soluções aquosas otológicas e oftálmicas; 
 
 Medicamentos de uso tópico; 
 
 Medicamentos inalatórios ou sprays nasais; 
 
 Medicamentos isentos de prescrição médica. 
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Bioequivalência 
• Estudo de bioequivalência in vitro – Perfil de dissolução 
Comparação de Perfil de dissolução 
 
 É útil nos casos em que se deseja conhecer o comportamento de dois medicamentos antes de 
submetê-los a Estudo de Biodisponibilidade Relativa/Bioequivalência, para isenção de menores 
dosagens desses estudos e para alterações pós-registro; 
 
 Utiliza-se para as comparações da curva comoum todo o Método Modelo Independente 
Simples; 
 
 Os perfis de dissolução comparativos são avaliados utilizando-se o cálculo do fator de 
semelhança (F2), que corresponde a uma medida de semelhança entre as porcentagens 
dissolvidas de ambos os perfis. 
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Bioequivalência 
• Estudo de bioequivalência in vitro – Perfil de dissolução 
 Cálculo de F2: 
 
 
 
 
 
Onde: 
 n = número de tempos de coleta considerados para fins de cálculo de F2; 
Rt = valor de porcentagem dissolvida no tempo t, obtido com o Medicamento de Referência ou 
Comparador; 
Tt = valor de porcentagem dissolvida do Medicamento Teste ou da formulação alterada, no tempo t. 
 
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Bioequivalência 
• Estudo de bioequivalência in vitro – Perfil de dissolução 
 Critérios de Aceitação 
 
 Devem apresentar tipos de dissoluções correspondentes; 
 O valor do fator de semelhança (F2) deve estar compreendido entre 50 a 100; 
 Os tempos de coleta devem ser os mesmos para as duas formulações; 
 O número de pontos de coleta deve ser representativo do processo de dissolução até que se 
obtenha platô na curva, sendo obrigatória a quantificação de amostras de, no mínimo, cinco 
tempos de coleta; 
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Bioequivalência 
• Estudo de bioequivalência in vitro – Perfil de dissolução 
 Critérios de Aceitação 
 
 Utilizar, no mínimo, os três primeiros pontos, excluindo o tempo zero e incluir apenas um ponto 
da curva após ambos os medicamentos atingirem a média de 85% de dissolução; 
 Para permitir o uso de médias, os coeficientes de variação para os primeiros pontos de coleta 
não podem exceder 20%; 
 Para os demais pontos considera-se o máximo de 10%; 
 São considerados como primeiros pontos de coleta o correspondente a 40% do total de pontos 
coletados. 
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Bioequivalência 
 Estudo de bioequivalência in vitro 
 
 Exemplo de Gráfico comparativo 
de Perfil de Dissolução. 
Fonte: http://www.abq.org.br/cbq/2007/trabalhos/9/9-734-839.htm 
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Bibliografia 
ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada- RDC nº 58, 
de 10 de outubro de 2014. Disponível em:< www.anvisa.gov.br/legis> 
 
ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada- RDC nº 31, 
de 11 de agosto de 2010. Disponível em:< www.anvisa.gov.br/legis> 
 
STORPIRTIS, S., Gonçalves, J. Ciências Farmacêuticas – Biofarmacotécnica. 1. ed. Rio de Janeiro: 
Editora Guanabara Koogan, 2009 
 
STORPIRTIS, S. et al. A Equivalência Farmacêutica no Contexto da Intercambialidade entre 
Medicamentos Genéricos e de Referência: Bases Técnicas e Científicas. Infarma, v.16, n 9-10, 2004 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Unidade 9 – Estudo de Estabilidade 
 
9.1 Introdução ao estudo de estabilidade; 
9.2 Programa de Estabilidade; 
9.3 Tipos de estabilidade; 
9.4 Estudo de estabilidade aplicado a 
fármacos e medicamentos; 
9.4.1 Estabilidade de formas sólidas; 
9.4.2 Estabilidade de formas líquidas e 
semissólidas; 
9.5 Estudos de degradação (Teste de 
Estresse); 
9.6 Teste de estabilidade e 
determinação de prazo de validade. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.