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APS DE FARMACOLOGIA ALUNO: José Giliard Passos PROFESSORA: Kátia do Nascimento Gomes SUMÁRIO 1. ANALGÉSICOS OPIÓDIDES E NÃO OPIÓIDES 2. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS – AINES 3. ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS 4. ANTIBIÓTICOS 5. ANTIFÚNGICOS 6. ANTIVIRAIS 7. ANTI-HEMORRÁGICOS 8. ANSIOLÍTICOS/BENZODIAZEPÍNICOS 9. FÁRMACOS USADOS EM EMERGÊNCIA ODONTOLÓGICA NESTE TRABALHO SERÃO ABORDADOS CASOS CLÍNICOS QUE VERSAM SOBRE O USO DOS GRUPOS FARMACOLÓGICOS MAIS UTILIZADOS NA ODONTOLOGIA ANALGÉSICOS OPIÓIDES E NÃO OPIÓIDES CASO CLÍNICO 1 Paciente do sexo masculino, 28 anos de idade, normossistêmico solicitou extração de dente siso. Ao exame radiográfico verificou-se que o dente possuía inclusão mesio- angular e estava semi-incluso. A cirurgia durou em média 35 minutos, pois houve a necessidade de realizar odontosecção em função da posição do dente. Neste caso, o CD prescreveu para o paciente no pós operatório: Bochechos após 24hs Amoxicilina 500mg 8/8h por 7 dias Nimesulida 100mg 12/12h por 3 dias Dipirona 500mg 6/6h por 2 dias Nome do paciente Rx Uso interno 1- Dipirona 500mg--------------- 8 comprimidos Tomar 1 comprimido a cada 6 horas por 2 dias. Fortaleza x/x/x ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES. São analgésicos simples, que podem ser considerados para uso por período prolongado de tempo também classificados como antiinflamatórios não-hormonais (AINH), são usados para tratamento da dor leve ou como adjuvantes durante toda a escada analgésica. O grupo de analgésicos não-opióides produz analgesia por bloqueio periférico da produção de prostaglandinas. São as drogas mais comumente utilizadas no controle da dor devido à baixa toxicidade, efeitos cardiovasculares e respiratórios raros, exceto em situações de envenenamento. ANALGÉSICOS OPIÓIDES São analgésicos - utilizados na indução e manutenção de anestesias gerais, ou como adjuvantes nas sedações e nos bloqueios regionais. Alguns agentes endovenosos podem ainda, ser utilizados como pré-medicação. PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS NÁUSEA S VÔMITOS ÚLCERAS GASTRITE ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS AINES CASO CLÍNICO 2 Paciente H.M.R. relata na consulta odontológica que fez uma exodontia há 1 semana, porém percebeu que dentro do “lugar onde o dente foi tirado” há mal cheiro e pus, paciente relata dor também. Ao exame clínico o CD verificou que se tratava de uma alveolite. O que exigiu a prescrição de: Amoxicilina 500mg 8/8 por 7 dias Nimesulida 100mg 12/12 por 3 dias Bochechos com clx. Nome do paciente Rx Uso interno 1- Nimesulida 100mg------- 6 comprimidos Tomar 1 comprimido a cada 12 horas por 3 dias. Fortaleza x/x/x O principal mecanismo de ação dos AINEs ocorre através da inibição específica da COX e conseqüente redução da conversão do ácido aracdônico ou araquidônico (AA) em prostaglandinas. Reações mediadas pelas COXs, a partir do AA produzem PGG2, que sob ação da peroxidase forma PGH2, sendo então convertidas às prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos (TXs). CASO CLÍNICO J. G.P, sexo masculino, 65 anos de idade, procurou atendimento para a realização de raspagem e profilaxia. Porém, o paciente em questão é cardiopata tendo colocado um marcapasso há 6 meses e não tinha alergia a nenhum tipo de medicamento. Diante do caso citado o CD teve a seguinte conduta. Solicitou ao paciente que o mesmo retornasse no dia seguinte tendo tomado a seguinte medicação: 4 comprimidos de Amoxicilina 500mg 1 hora antes do procedimento. Para evitar a endocardite bacteriana. J. G. P Amoxicilina 500 mg – 1cx Tomar 4 comprimido 1 hora antes do procedimento. Mecanismo de ação dos antibióticos De forma complexa, os antibióticos podem atuar sobre a parede celular, a membrana citoplasmática, na síntese de proteínas e na síntese de ácidos nucleicos: 1. Antibióticos que atuam na síntese da parede celular; A parede celular é uma estrutura exclusiva da bactéria que a envolve externamente, dando-lhe forma, permitindo proteção, sustentação, manutenção da sua hipertonicidade interna e ainda desempenha importante papel no momento da reprodução. O antibiótico que atua sobre a parede celular age no momento da formação dessa cápsula, ou seja, na fase de crescimento da bactéria. O efeito produzido é bactericida. Exemplo: Penicilina e Cefalosporina. 2. Antibióticos que atuam impedindo a permeabilidade da membrana citoplasmática; A membrana citoplasmática está localizada abaixo da parede celular e atua regulando as trocas metabólicas da bactéria com o meio extracelular, funcionando como barreira osmótica. Os antibióticos que assim atuam desorganizam a sua estrutura e alteram a sua permeabilidade. O efeito produzido é bactericida. NÃO SÃO DE USO NA ODONTOLOGIA. 3. Antibióticos que atuam impedindo a elaboração e síntese de proteínas; Podem atuar por meio de dois mecanismos: • Dificultando a tradução da informação genética, como o cloranfenicol, tetraciclina e eritromicina. O efeito é bacteriostático. • Induzindo à formação de proteínas defeituosas, como a estreptomicina e gentamicina. O efeito é bactericida. 4. Antibióticos que atuam na síntese de ácido nucleico; Esses podem atuar • Na síntese de DNA, interferindo na replicação da informação genética, como os antibióticos utilizados nas neoplasias malignas da cavidade bucal (Sistema ABC: Atriamicina, Bleomicina e Cisplatina). O efeito é bactericida. • Na síntese de RNA, impedindo a transcrição da informação genética por bloqueio da enzima RNA - Polimerase O efeito é bactericida. Exemplo: mitomicina, que é indicado para neoplasias malignas. Há três indicações principais em odontologia para uso dos antibióticos: Tratamento das infecções dentais agudas e/ou crônicas; Profilática em pacientes de risco para desenvolvimento de endocardite bacteriana; Profilática para pacientes com algum grau de comprometimento do sistema imunitário e de defesas. Nos casos das infecções dentais, o uso de antibióticos é indicado quando há comprometimento sistêmico diante de trismo, febre, calafrios, fraqueza, vertigem, taquipneia, celulite. ANTIVIRAIS CASO CLÍNICO A mãe de paciente procurou atendimento odontológico para seu filho de apenas 10 meses de idade, sexo masculino. Apresentava vesículas em base eritematosa, agrupadas, por vezes coalescentes, formando bolhas de tecto bosselado e conteúdo sero-hemático e ainda pequenas lesões erosivo-crostosas. A criança mantia-se apirética e em bom estado geral. Foi dado como possível diagnóstico Herpes Zoster. Tendo como prescrição o seguinte fármaco: O tratamento instituído, em regime ambulatórial, consistiu em aciclovir, por via oral, na dose de 20mg/kg, de 6 em 6 horas, durante 10 dias. ANTIFÚNGICOS CASO CLÍNICO Paciente do sexo masculino, 40 meses de idade, 16kg possui placas removíveis à raspagem, ardência na boca, e dificuldade para se alimentar. A mãe relata que o paciente não teve febre e que os sintomas apareceram há 3 dias. O CD estabeleceu o diagnóstico de Candidíase oral. E para o tratamento das lesões prescreveu: Nistatina- Micostatin SUSPENSÃO ORAL 100.000 UI/mL em cartuchos com frasco de vidro âmbar contendo 50mL, com conta-gotas graduado. Dose: de 1 a 6 ml (100.000 a 600.000 U.I. de nistatina) quatro vezes ao dia. ANTI-HEMORRÁGICOS CASO CLÍNICO Paciente teve a necessidade de realização de exodontia do elemento 48, porém, durante o pós- operatório o paciente teve um sangramento excessivo diagnosticado como hemorragia. No consultório o CD lançou mão de algumas manobras, para tentarestancar o sangue. No entanto o paciente ficou receoso de acontecer novamente, assim, o CD prescreveu um anti-hemorrágico, para que o paciente fizesse o uso em casa. Transamin Via oral 250 mg, 12 comprimidos, tomar 1 comprimido de 6/6h por 3 dias. BENZODIAZEPÍNICOS CASO CLÍNICO Paciente compareceu ao consultório odontológico para a realização de um tratamento endodôntico, porém, na sala de espera começou a se sentir ansioso e com medo, pois não tem costume de ir ao dentista e disseram a ele que fazer canal doía muito. Diante disso, a atendente informou ao CD a situação do paciente. Imediatamente o CD solicitou que o paciente tomasse o seguinte medicamento: Lorazepam LORAX: 2 mg Que terá efeito em de 60-120 minutos. Desta forma o paciente poderá se acalmar e estará relaxada na hora do procedimento FÁRMACOS UTILIZADOS EM EMERGÊNCIA ODONTOLÓGICAS Os cirurgiões-dentistas estão aptos a prescrevem qualquer tipo de medicamento para urgência odontológica, existem alguns que são mais prescritos em função do diagnóstico mais prevalente nas emergências que são: Analgésicos: Dipirona, paracetamol Antiinflamatórios: Nimesulida, ibuprofeno, flanax Antibióticos: Amoxicilina, azitromicina, celalexina, metronidazol Em geral são prescritos mais analgésicos e antibacterianos. MEYER, I. Analgesia Pós Operatória. http://www. sargs. Org.br, 2006. REFERÊNCIAS Hardaman JG, Limbird LE. Goodman & Gilman’s As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10ª ed. cap. 26. S. Paulo: McGraw-Hill, 2002. http://portal.crfsp.org.br/documentos/comites/direitoseprerrogativas/171005_etica_manual_orientac ao_WEB.pdf ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3 ed. São Paulo, Artes Médicas, 2013.
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