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CUSTOS Profª Jemima Olimpio INTA.2015 Custos • Para o bom funcionamento de uma UAN, é necessária a obtenção de um retorno financeiro que garanta a qualidade da continuação do serviço prestado. • Um correto sistema de análise e de informação de custos é uma das mais importantes tarefas dentro das empresas. • Custo – é a soma dos valores de bens e serviços consumidos para a obtenção de novos bens ou serviços. Classificação de Custos Contábeis Diretos ou Controláveis Custos indiretos Econômicos Fixos Variáveis Classificação de Custos De origem Rateados Comuns Padrão De natureza Produção Comercial Administrativo Custos Contábeis • Diretos ou controláveis: são todos os custos que se conseguem identificar e relacionar diretamente aos itens produzidos e serviços prestados, de modo mais econômico e lógico. Ex: produtos alimentícios, de limpeza, descartáveis e mão-de-obra. • Indiretos: são todos os outros custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto e são imputados através de estimativas ou rateios. Não agregam valor diretamente ao produto, dependem do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para débitos. Ex: aluguel, telefone, energia, água, EPIs, etc. Custos Econômicos • Fixos: são os que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, ou seja, são aqueles que não variam em função da produção do bem ou do serviço (a empresa pode estar produzindo ou não, produzindo maior ou menor quantidade). Ex: aluguel, seguros, salários da mão-de-obra mínima para o funcionamento do serviço, etc. • Variáveis: são os que mantém relação direta com o volume de produção ou serviço, ou seja, alteram-se dependendo da quantidade de produtos ou serviços produzidos pela empresa. Ex: matéria-prima, combustível, água, etc. Custos de Origem • Rateados: serão sempre indiretos, pois o rateio é realizado mediante o emprego de critérios e taxas que resultam na divisão proporcional de um montante global comum. • Comuns: quando uma fase de produção é comum, a um ou mais produtos, inclusive os custos pertinentes a esta fase. • Padrão: é gerado pela própria produção de bens ou serviços, são predeterminados e calculados com base nos parâmetros operacionais. Custos de Natureza • Produção: referente à transformação da matéria-prima em produtos acabados. • Comercial: compreende os gastos para a colocação do produto no mercado. • Administrativo: inerente à administração da unidade. Custos • A necessidade do controle dos custos de produção nasce da exigência de comparar os custos obtidos com o custo orçado. • Orçamento – Quantifica e expressa um futuro planejado. É um instrumento à disposição para ajudar a realizar o que foi previsto. • Preço – É um valor monetário estabelecido para que se possa vender um determinado bem ou serviço. • O preço fixado para venda deve considerar os custos variáveis, provenientes do produto ou serviço, custos fixos e operacionais da empresa e lucratividade. 1. Cálculo de Custos • O encarecimento dos gêneros alimentícios, aliado ao custo de manutenção geral dos serviços, constituem uma excelente oportunidade para uma avaliação do que vem sendo feito a fim de obter, enquanto possível, um aumento na produtividade e a correspondente redução de custos, sem prejuízo no desempenho. Os três componentes básicos do custo: • O valor das matérias-primas adquiridas de outras empresas; • O valor dos serviços (trabalho) prestado por pessoas físicas (operários ou funcionários) – mão de obra; • O valor dos serviços prestados por outras empresas: empresas de transportes, empresas fornecedoras de luz, de água, de gás, de seguros, bancos, etc. – gastos gerais. Visando o controle de custos, deve-se observar uma série de itens: • Organização do espaço físico e determinação de fluxos de produção com o objetivo de racionalizar a produção; • Estabelecimento adequado da mão-de-obra (quantidade, cargos e qualificação); • Estabelecimento de sistema de recrutamento, seleção, treinamento e motivação de pessoal, resultando em uma menor rotatividade na mão-de-obra e melhoria na qualidade dos serviços; • Planejamento de cardápios, de compras e controle de estoquem visando, a qualidade do produto e evitando desperdício de gêneros, mão-de-obra e energia; Visando o controle de custos, deve-se observar uma série de itens: • Estabelecimento de critérios técnicos na escolha, dimensionamento, compra e manutenção de equipamentos, visando o aumento da produtividade e diminuição de mão-de-obra; • Controle do recebimento, manipulação e distribuição dos gêneros para garantir a qualidade e evitar o desperdício; • Planejamento de produção (estabelecimento de per- capita e controle do número de refeições) e acompanhamento da aceitação do cardápio a fim de evitar sobras e restos; • Acompanhamento diário de custos a fim de se garantir seu controle e racionalização. 2. Avaliação do custo percentual dos componentes de um cardápio • Qualquer aumento na porcentagem de gastos com matéria-prima tem reflexo nos ganhos, já que os outros gastos são fixos e não podem ser modificados para compensar esse aumento. • As porcentagens se determinam analisando os gastos anteriores da unidade e acompanhando o custo diário e mensal. • Apesar de variável, as quantidades gastas com matéria-prima e as bases fundamentais do controle de custos são as mesmas para todas as UANs. 2. Avaliação do custo percentual dos componentes de um cardápio • O cardápio e o tipo de serviço oferecido, os métodos de compra, procedimentos de controle no armazenamento, controle das quantidade perdidas na produção dos alimentos incluindo-se pré-preparo, preparo e distribuição, o uso de receitas padrão e porcionamento adequado determinam em grande parte a efetividade de controle. • É importante manter uma porcentagem para cada um dos componentes do cardápio, pois permitem um acompanhamento do custo diário. O custo se divide nos seguintes níveis: Componentes Intervalo médio % Salada 5 a 6 Prato proteico 39 a 58 Guarnição 6 a 11 Prato-base (arroz, feijão) 5 a 17 Complemento (pão, farinha de mandioca, vinagre, molho de pimenta) 8 a 12 Sobremesa 8 a 12 Bebidas 5 a 7 Material descartável 2,5 a 4 Produtos de limpeza 2,5 a 4 Observação: • Essas porcentagens podem sofrer alterações de uma categoria de cliente para outra devido à matéria- prima, número de refeições para ratear o custo e tipo de serviço. 3. Previsão de Custo • Além do custo de gêneros, devem-se agregar outros custos que fazem parte do orçamento: –Budget: é o nome que se dá ao programa de previsões sobre o faturamento da unidade. • Para cálculos do budget em primeiro lugar devem-se deduzir os impostos do faturamento bruto, obtendo-se assim, o faturamento líquido. 3. Previsão de Custo • Os impostos são variáveis dependendo do tipo de contrato estabelecido e do município em que se localiza a UAN, uma vez que os municípios tem carga tributária própria. • Os contratos feitos em base de prestação de serviço devem recolher impostos sobre prestação de serviços (ISS) e os contratos com preço fechado no qual o faturamento se dá pela venda de um produto (refeição) devem recolher o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). 3. Previsão de Custo • Deve-se recolher ainda o PIS e o COFINS. • Num contrato com faturamento em base de venda de refeições, os impostos giram em torno de 7% dependendo do município onde se localizaa UAN. 3. Previsão de Custo • Faturamento Bruto – (ICMS + PIS + COFINS) = Faturamento Líquido • Exemplo de UAN com modalidade contratual de gestão: –Unidade com faturamento bruto = R$ 75.840,00 – ICMS a pagar = 3,2% (= R$ 2.426,90) –PIS a pagar = 0,65% (= R$ 493,00) –COFINS a pagar = 3,0% (= R$ 2.275,20) 3. Previsão de Custo • Calcula-se cada porcentagem sobre o faturamento bruto e faz-se a dedução obtendo-se assim o faturamento líquido. • Após o desconto dos impostos, os gêneros alimentícios somados aos materiais descartáveis não devem ultrapassar 48 a 50 % do faturamento líquido. • O custo da mão-de-obra deve ficar entre 25 e 40 % do faturamento líquido. • Os outros gastos que incluem material de limpeza, descartáveis e de escritório devem ficar de 5% a 8%.
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