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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO INFRINGENTES E DE DIVERGÊNCIA


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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO;
EMBARGOS INFRINGENTES OU DE NULIDADES;
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA ( LEI 8.038/90) 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
É meio voluntário de pedir a reparação de um gravame decorrente de
obscuridade, ambigüidade, omissão ou contradição do julgado.
Embora possa ocorrer, não ensejam a modificação substancial da decisão, pois se
destinam a esclarecimentos ou pequenas correções,
São cabíveis contra decisões quando nessas houver ambigüidade, obscuridade,
contradição ou omissão:
Da decisão de 1° grau (embarguinhos), em que deverão ser dirigidos ao juiz singular;
De decisão de órgão de 2o. grau, em que deverão ser dirigidos ao relator do acórdão.
ATENÇÃO: Os embargos estão regulados pelos art. 382 (para sentença de juiz
singular) e art. 619 e 620 (para acórdão), portanto, seriam cabíveis para sentenças e
acórdãos. No entanto, apesar de só estarem legalmente previstos contra estas duas
decisões, os embargos podem ser interpostos contra qualquer decisão judicial.
Prazo para oposição:
2 dias, contados da intimação;
05 dias - Juizado Especial Criminal.
PROCEDIMENTO: 
Os Embargos deverão ser dirigidos ao juiz que prolatou a decisão ambígua, obscura,
contraditória ou omissa;
Os embargos deverão ser interpostos por petição, onde constem os pontos em que a
decisão é ambígua, obscura, contraditória ou omissa.
Atenção: A interposição dos embargos faz com que se interrompam os prazos para
interposição de recursos (ou seja, eles param de correr e depois de decididos os embargos
voltam do zero, assim inicia-se novamente a contagem do prazo).
Obs: Renato Marcão e Aury Lopes entendem que suspende o prazo
Atenção, nos embargos declaratórios versados nos Juizados Especiais Criminais, além do
prazo de interposição ser diverso (cinco dias) haverá suspensão do prazo para o manejo dos
demais recursos enquanto estiver pendente de apreciação os embargos de declaração (§ 2º,
art. 83, Lei nº 9.099/1995).
Atenção novamente: A ambigüidade, obscuridade, contradição ou omissão, podem, para ser
resolvidas, implicar modificação do julgado, dizendo-se, então, que os embargos de
declaração têm efeito infringente.
Ex: Para corrigir equívoco relativo a intempestividade do recurso.
Então...
Emb. de Declaração têm efeitos modificativos ou infringentes, ou seja, quando
houver omissão ou contradição relevante, o recurso pode causar a alteração da
decisão. Se altera, é preciso intimar a parte contrária.
Na situação normal, dispensa a parte contrária, não havendo necessidade de
apresentar contrarrazões nesse sentido. Mas, Com efeitos modificativos, é
preciso ter esse cuidado com a outra parte da lide.
• Atenção de novo: o art. 1.026 do NCPC deixa explícito que os embargos de
declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para
interposição de outro recurso.
• A disposição do art. 1.026, do Novo CPC de que os embargos de declaração não
têm efeito suspensivo não se aplica ao processo penal, haja vista que o efeito
suspensivo em matéria criminal é a regra quando estamos diante de sentença
penal condenatória e, quando se cuida de absolvição, a regra é exatamente
contrária (não tem efeito suspensivo o recurso manejado contra ela)
EMBARGOS INFRINGENTES OU DE NULIDADES.
São recursos exclusivos da defesa e oponíveis contra a decisão
não unânime de órgão de 2ª instância - parágrafo único do art.
609- CPP;
A alternativa "infringentes ou de nulidade" significa que a
matéria pode referir-se tanto ao mérito quanto à nulidade, desde
que a questão tenha sido decidida de maneira não-unânime.
Portanto, o Cabimento, é da decisão de segundo grau, no todo
ou em parte não-unânime, desfavorável ao acusado;
Obs: Se a decisão for somente em parte divergente, somente
sobre essa parte é que poderá incidir o recurso.
PRAZO: 10 dias, após a publicação do acórdão não unânime no
DO.
PROCEDIMENTO
Oposição de petição acompanhada pelas razões e dirigida ao relator do
acórdão embargado, que determinará o processamento;
Serão definidos novo relator e revisor que não tenham tomado parte da
decisão embargada;
autos vão conclusos ao relator, que apresentará relatório e o passará ao
revisor;
Julgamento - votarão o novo relator e o novo revisor, bem como os outros
integrantes da câmara que haviam tomado parte no julgamento anterior, os
quais poderão manter ou modificar seus votos;
OBS: Nova decisão (ainda que não unânime) não cabem novos embargos
infringentes.
Atenção: Entende-se que só é admissível os embargos infringentes se o
acórdão foi proferido em análise de recurso no sentido estrito e na
apelação, em virtude de sua vinculação ao art. 609-CPP. Não cabem esses
embargos em habeas corpus e revisão criminal.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
Há possibilidade de embargos de divergência das decisões da turma que divergirem: da
decisão de outra turma, da seção ou do órgão especial.
 Art. 1.043. NCPC .
Tratam-se de recursos utilizados para uniformizar a jurisprudência interna do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça
Assim, tem como objetivo, afastar um conflito de entendimento na jurisprudência interna
do tribunal superior.
Obs: Decisões de outros tribunais não caracterizam divergência.
CABIMENTO: para que caibam os embargos de divergência, é preciso que:
a) tenha havido decisão colegiada, ou seja, um acórdão, não sendo possível interpor
embargos de divergência contra decisão isolada de relator; b) o acórdão tenha sido proferido
por Turma; e c) esse acórdão tenha decidido um recurso especial (no STJ) ou um recurso
extraordinário (no STF).
Esses embargos devem ser interpostos no prazo de 15 dias, com o procedimento previsto
no regimento interno do Tribunal.
O STJ funciona em três Seções especializadas, cada qual composta por duas
Turmas:
-Primeira Seção é formada pela 1.ª e 2.ª Turma
-Segunda Seção formada pela 3.ª e 4.ª Turma
-Terceira Seção formada pela 5.ª e 6.ª Turma.
Obs:A matéria criminal no Âmbito do STJ é da alçada da Terceira Seção,
portanto, julgada pela 5.ª e 6.ª Turma.
Os embargos de divergência serão julgados:
*Pela Seção, quando houver divergência entre Turmas da mesma Seção
(divergência entre a 5.ª e a 6.ª Turma será julgada pela 3.ª Seção);
*Pelo órgão Especial, quando houver divergência entre turmas de Seções
diferentes; entre Turma e outra Seção, ou entre a turma e o próprio Órgão
Especial.
Obs: O STF é definido em apenas duas turmas.