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Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB1 Aula 11 Pontos Críticos e Aplicações da Derivada Objetivos da Aula Fazer o estudo da variação de uma função por meio das derivadas, determinando os intervalos nos quais ela é crescente ou decrescente, os seus extremos, os pontos de inflexão e também mostrar algumas aplicações do cálculo de máximos e mínimos na resolução de problemas de otimização relacionados à área econômica e administrativa. Funções Crescentes e Decrescentes Uma função é crescente em um intervalo (a , b) se para quaisquer dois números e em (a , b), ( ) < que ( ), sempre que < (figura 1 abaixo). Uma função é decrescente em um intervalo (a , b), se para quaisquer dois números e em (a , b), ( ) > f ( ), sempre que < (figura 2 abaixo). Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB2 Dizemos que f é crescente em um ponto c se existe um intervalo (a , b) contendo c tal que f é crescente em (a , b). semelhantemente, dizemos que f é decrescente em um ponto c se existe um intervalo (a , b) contendo c tal que f é decrescente em (a , b). Como a taxa de variação de uma função em um ponto x = c é dada pela derivada da função naquele ponto, a derivada presta-se naturalmente para ser uma ferramenta na determinação dos intervalos, onde uma função diferenciável é crescente ou decrescente. De fato, a derivada de uma função em um ponto mede não só a declividade da reta tangente ao gráfico da função naquele ponto, como também a taxa de variação da função no mesmo ponto. Na verdade, em um ponto onde a derivada é positiva, a declividade da reta tangente ao gráfico é positiva e a função é crescente. Em um ponto onde a derivada é negativa, a declividade da reta tangente ao gráfico é negativa e a função é decrescente (figura abaixo). Essas observações conduzem-nos ao seguinte teorema importante: a) Se f ‘(x) > 0 para cada valor de x em um intervalo (a , b), então f é crescente em (a , b). b) Se f ‘(x) < 0 para cada valor de x em um intervalo (a , b), então f é decrescente em (a , b). c) Se f ‘(x) = 0 para cada valor de x em um intervalo (a , b), então f é constante em (a , b). Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB3 Exemplo 1: Determine o intervalo onde a função f (x) = é crescente e o intervalo onde é decrescente. Determinando os Intervalos onde uma Função é Crescente ou Decrescente 1) Determine todos os valores de x para os quais f ‘(x) = 0 ou f ‘ é descontínua e identifique os intervalos abertos determinados por estes pontos. 2) Escolha um ponto teste c em cada intervalo encontrado no passo 1 e determine o sinal de f ‘(c) naquele intervalo. a) Se f ‘(c) > 0, f é crescente naquele intervalo. b) Se f ‘(c) < 0 f é decrescente naquele intervalo. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB4 Exemplo 2: Determine os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente. Solução: 1. A derivada de f é e é contínua em todos os pontos. os zeros de f ‘(x) são x = -2 e x = 4, e estes pontos dividem a reta nos intervalos 2. Para determinar o sinal de f ‘(x) nos intervalos , calcule f (x) em um ponto teste conveniente em cada intervalo. Os resultados estão mostrados na seguinte tabela: Usando esses resultados, obtemos o diagrama de sinais mostrado na figura 1 abaixo. Concluímos que f é crescente nos intervalos e é decrescente no intervalo (-2 , 4). A figura 2 mostra o gráfico de f. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB5 Máximos e Mínimos Algumas das aplicações mais importantes do cálculo diferencial são os problemas de otimização, em que devemos encontrar a maneira ótima (melhor maneira) de fazer alguma coisa. Veremos agora a definição de máximo e mínimo absoluto. Definição Uma função f tem máximo absoluto em c se f (c) f (x) para todo x em D, onde D é o domínio de f. O número f (c) é chamado de valor máximo de f em D. Analogamente, f tem um mínimo absoluto em c se f (c) f (x) para todo x em D, e o número f (c) é chamado de valor mínimo de f em D. Os valores máximo e mínimo de f são chamados de valores extremos de f. Valor mínimo f (a) Valor máximo f (d) Na figura acima, se considerarmos somente os valores de x próximos de b [por exemplo, se restringirmos nossa atenção ao intervalo (a , Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB6 c)], então f (b) é o maior desses valores de f (x) e é chamado de valor máximo local de f. Da mesma forma, f (c) é chamado de valor mínimo local de f, pois f (c) que f (x) para x nas proximidades de c [no intervalo (b , d), por exemplo]. A função f tem também um mínimo local em e. Portanto, teremos a seguinte definição. Definição Uma função f tem um máximo local em c se f (c) f (x) quando x estiver nas proximidades de c. Isso significa que f (c) f (x) para todo x em algum intervalo aberto contendo c. Analogamente, f tem um mínimo local em c se f (c) f (x) quando x estiver nas proximidades de c. Exemplo 1: Se f (x) = x 2, então f (x) f (0), pois x 2 0 para todo x. Portanto, f (0) = 0 é o valor mínimo absoluto de f . Isso corresponde ao fato de que a origem é o ponto mais baixo sobre a parábola y= x 2 (veja a figura ao lado). Porém a, não há um ponto mais alto sobre a parábola e dessa forma a função não tem um valor máximo. Exemplo 2: O gráfico da função Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB7 está mostrado na figura ao lado. você pode ver que f (1) = 5 é um máximo local, enquanto o máximo absoluto é f (-1) = 37. Esse máximo absoluto não é um máximo local pois ocorre no extremo de intervalo. Também f (0) = 0 é um mínimo local, e f (3) = -27 é tanto um mínimo local como um mínimo absoluto. Note que em x = 4, f não tem um máximo local nem um máximo absoluto. Vimos que algumas funções têm valores extremos, ao contrário de outras. O teorema a seguir dá condições para garantir que uma função tenha valores extremos. Teorema do Valor Extremo Se f for contínua em um intervalo fechado [a , b], então f assume um valor máximo absoluto f (c) e um valor mínimo absoluto f (d) em algum número c e d em [a , b]. O Teorema do Valor Extremo está ilustrado na figura abaixo. Note que um valor extremo pode ser assumido mais de uma vez. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB8 O Teorema do Valor Extremo afirma que uma função contínua em um intervalo fechado tem um valor máximo e um mínimo, mas não diz como encontrar estes valores extremos. Vamos começar por examinar valores extremos locais. A figura abaixo mostra o gráfico de uma função f com o máximo local em c e o mínimo local em d. Parece que nos pontos de máximo e de mínimo as retas tangentes são horizontais e portanto cada uma tem inclinação zero. Sabemos que a derivada é a inclinação da reta tangente; assim, parece que o f ‘(c) = 0 e f ‘(d) = 0. Ponto Crítico de f Um ponto crítico de uma função f é qualquer ponto x no domínio de f tal que f ‘(x) = 0 ou f ‘(x) não exista. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB9 A figura abaixo apresenta o gráfico de uma função que possui pontos críticos em x = a, b, c, d e e. Observe que f ‘(x) = 0 em x = a, b e c. Depois, uma vez que existe um canto em x = d, f ‘(x) não existe neste ponto. Finalmente, f ‘ (x) não existe em x = e porque neste ponto a reta tangente é vertical. Além disso observe que os pontos críticos x = a, b e d dão origem a extremos relativos de f, enquanto os pontos críticos x = c e x = e não. A figura abaixo mostra os pontos críticos e f. Tendo definido o que é um ponto crítico, podemos agora apresentarum procedimento formal para encontrar os extremos relativos de uma função contínua diferenciável em todos os pontos exceto em alguns valores isolados de x. Incorporado a este procedimento está o chamado teste da primeira derivada, que nos ajuda a determinar se um ponto da origem a um máximo ou mínimo relativo da função f. Procedimento para encontrar Extremos Relativos (O Teste da Primeira Derivada) 1º) Determine os pontos críticos de f. 2º) Determine o sinal de f ‘(x) à esquerda e à direita de cada ponto crítico. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB10 a) Se f ‘(x) muda o sinal de positivo para negativo quando nos movemos através do ponto crítico x = c, então f ‘(c) é um máximo relativo. b) Se f ‘(x) muda o sinal de negativo para positivo quando nos movemos através do ponto crítico x = c, então f ‘(c) é um mínimo relativo. c) Se f ‘(x) não muda de sinal quando nos movemos através do ponto crítico x =c, então f ‘(c) não é um extremo relativo. Exemplo 1: Encontre os máximos e mínimos relativos da função Solução: A derivada de é dada por f ‘(x) = 2x. Fazendo f ‘(x) = 0, temos x = 0 como o único ponto crítico de f. Uma vez que Verificamos que f ‘(x) muda de sinal de negativo para positivo quando nos movemos através do ponto crítico x = 0. Logo, concluímos que f (0) = 0 é um mínimo relativo de f. Veja a figura abaixo. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB11 Exemplo 2: Encontre os máximos e mínimos relativos da função Solução: A derivada de f é e é contínua em toda parte. Os zeros de f ‘(x), x = -2 e x = 4 são os únicos pontos críticos da função f. O diagrama de sinais de f ‘ é mostrada na figura abaixo. Examine os dois pontos críticos x = -2 e x = 4 para um extremo relativo usando o teste da primeira derivada e o diagrama de sinais para f ‘ : Diagrama de sinais para f ‘ 1º) O ponto crítico x = -2: Uma vez que a função f ‘(x) muda o sinal de positivo para negativo quando passamos por x = -2 da esquerda para direita, concluímos que um máximo relativo de f ocorre em x = -2. O valor de f (x) quando x = -2 é 2º) O ponto crítico x = 4: f ‘(x) muda de sinal de negativo para positivo quando passamos por x = 4 da esquerda para direita; logo, f (4) = -48 é um mínimo relativo de f. O gráfico de f aparece na figura abaixo. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB12 f tem máximo relativo em x = -2 e um mínimo relativo em x = 4. Aplicação A função lucro da Companhia Acrosonic é dada por dólares, onde x é o número de sistemas de som Acrosonic modelo F produzidos. Encontre onde a função P é crescente e onde é decrescente. Solução: A derivada P’ da função P é P’(x) = -0,04x + 300 = -0,04.(x - 7500) Logo, P’(x) = 0 quando x = 7500. Além disso, P’(x) > 0 para x no intervalo (0 , 7500), e P’(x) < 0 para x no intervalo (7500 , ). Isto significa que a Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB13 a função P é crescente em (0 , 7500) e decrescente em (7500 , �), como mostra a figura ao lado. Concavidade de uma Função f Seja uma função f diferenciável no intervalo (a , b). Então: 1) f é côncava para cima em (a , b) se f ‘ é crescente em (a , b). 2) f é côncava para baixo em (a , b) se f ‘ é decrescente em (a , b). Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB14 Geometricamente, uma curva é côncava para cima se está acima de suas retas tangentes (figura 1 acima). De maneira similar, uma curva é côncava para baixo se está abaixo de suas retas tangentes (figura 2 acima). Também dizemos que f côncava para cima em um ponto x = c se existe um intervalo (a , b) contendo c no qual f é côncava pra cima. De maneira semelhante dizemos que f côncava para baixo em um ponto x = c se existe um intervalo (a , b) contendo c no qual f é côncava para baixo. Se uma função f tem segunda derivada f ‘’, podemos usar f ‘’ para determinar os intervalos de concavidade da função. Lembre-se de que f ‘’(x) mede a taxa de variação da inclinação f ‘(x) da reta tangente ao gráfico de f no ponto (x , f (x)). Logo, se f ‘’(x) > 0 em um intervalo (a , b), então as inclinações das retas tangentes ao gráfico de f são crescentes em (a , b), e então f é côncava para cima em (a , b). De modo semelhante, se f ‘’(x) < 0 em (a , b), então f é côncava para baixo em (a , b). Essas observações sugerem o seguinte teorema: a) Se f ‘’(x) > 0 para cada valor de x em (a , b), então f é côncava para cima em (a , b). b) Se f ‘’(x) < 0 para cada valor de x em (a , b), então f é côncava para baixo em (a , b). Exemplo 1: Determine onde a função é côncava para cima e onde é côncava para baixo. Solução: Neste caso, Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB15 e f ‘’ é definida em toda parte. Fazendo f ‘’(x) = 0 temos x = 1. O diagrama de sinais de f ‘’ aparece na figura ao lado. Concluímos que f é côncava para baixo no intervalo (- , 1) e é côncava para cima no intervalo (1 , ). A figura abaixo mostra o gráfico de f . Ponto de Inflexão Um ponto no gráfico de uma função diferenciável f no qual a concavidade muda é chamado um ponto de inflexão. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB16 O procedimento a seguir pode ser usado para encontrar pontos de inflexão. 1) Calcule f ‘’(x). 2) Determine os pontos no domínio de f para os quais f ‘’(x) = 0 ou f ‘’(x) não existe 3) Determine o sinal de f ‘’(x) à esquerda e à direita de cada ponto x = c encontrado no passo 2. Se houver uma mudança no sinal de f ‘’(x) quando passamos pelo ponto x = c, então (c , f(c)) é um ponto de inflexão de f. Exemplo 1: Encontre os pontos de inflexão da função Solução: Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB17 Observe que f ‘’ é contínua em toda a parte e é zero se x = 0. No diagrama de sinais de f ‘’ vemos que f ‘’(x) muda de sinal quando passamos por x = 0. Logo, (0 , 0) é um ponto de inflexão da função f como é mostrado no gráfico abaixo. Aplicação O total de vendas S (em milhares de dólares) da Artic Air Corporation, um fabricante de ar condicionado para automóveis, relaciona-se com a quantidade de dinheiro x (em milhares de dólares) que a companhia gasta anunciando seus produtos pela fórmula Encontre o ponto de inflexão de S. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB18 Solução: As duas primeiras derivadas de S são dadas por As duas primeiras derivadas de S são dadas por Fazendo S’’ = 0 temos x = 50 como único candidato para ponto de inflexão de S. Além disso, uma vez que S’’ > 0 para x < 50 S’’ < 0 para x > 50 o ponto (50 , 2700) é um ponto de inflexão da função S. O gráfico de S aparece na figura abaixo. O teste da segunda derivada Agora, mostraremos como a Segunda derivada f” de uma função f pode ser usada para nos ajudar a determinar se o ponto crítico de f é um extremo de f. A figura (1) mostra o gráfico de uma função que tem o máximo relativo em x = c. Observe que f é côncava para baixo neste ponto. De maneira análoga, a figura (2) mostra que num mínimo relativo de f o gráfico é côncavo para cima. Mas da nossa análise anterior sabemos que f é côncava para baixo em x = c de f”< 0 e f é Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB19 côncava para cima em x = c se f” > 0. Essas observações sugerem o seguinte processo alternativo para determinar se um ponto crítico de f leva a um extremo relativo de f. Esse resultado é chamado de teste da Segunda derivada e é aplicável quando f”existe. Veja o resumo no quando abaixo. O Teste da Segunda Derivada 1.Calcule f’(x)e f”(x); 2.Encontre todos os pontos críticos de f nos quais f’(x) = 0; 3.Calcule f”( c ) para cada um dos pontos críticos c: a)se f”( c) < 0, então f tem um máximo relativo em c; b)se f”( c ) > 0, então f tem um mínimo relativo em c; c)se f”( c ) = 0, o teste falha; isto é, é inconclusivo. Comparação dos Testes da Primeira e Segunda Derivada Os testes da Primeira e Segunda derivada são usados para classificar os pontos críticos de f. O teste da Segunda derivada é aplicável somente quando f”existe, portanto menos versátil que o teste da primeira derivada. Além disso, o teste da Segunda é inconclusivo Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB20 quando f”é igual a zero em um ponto crítico de f, enquanto o teste da primeira derivada sempre leva a conclusões positivas. O teste da Segunda derivada é também de uso inconveniente quando f” é difícil de calcular . O resumo abaixo representa os diferentes papéis desempenhadas pela primeira derivada f’ e Segunda derivada f” de uma função f na determinação das propriedades do gráfico de f. Exemplo : Determine os extremos relativos da função f(x) = x³ - 3x² - 24x + 32 Usando o teste da Segunda derivada. Solução: f(x) = x³ - 3x² - 24x + 32 f’(x) = 3x² - 6x - 24 f”(x) = 6x – 6 fazendo f’(x) = 0. 3x² - 6x – 24 = 0 ( use a fórmula de Bhaskara para resolução desta equação) resulta em x = -2 e x = 4, os pontos críticos de f. Determinaremos se existe ou não extremos relativos entre esses pontos encontrando o sinal da Segunda derivada neles: Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB21 f”(x) = 6x – 6 f”(-2) = 6(-2) – 6 = -18, logo f tem um valor máximo relativo. f”(4) = 6(4)– 6 = 18, logo f tem um valor mínimo relativo. Aplicação de Extremos Absolutos para Resolução de Problemas de Otimização Os extremos absolutos ( máximo absoluto ou mínimo absoluto) de uma função é aplicado para resolver problemas relacionados com maximização e minimização, vejamos alguns exemplos. Exemplo 1: Um homem deseja ter um jardim de forma retangular no seu quintal. Ele tem 50 metros de material para cercar seu jardim. Encontre as dimensões do maior jardim que ele pode ter se usar todo o material. Solução: Sejam x e y as dimensões ( em metros ) dos lados do jardim, conforme a figura abaixo: A área do jardim ( A ) dada por A = xy, que é a quantidade a ser maximizada. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB22 O perímetro (soma de todos os lados) do jardim de forma retangular é 2x + 2y, que deve ser igual a 50 m. DesSa forma, temos: 2x + 2y = 50 ( I ) resolvendo essa equação para y para Y em função de x temos 2y = 50 – 2x y = 25 – x ( II ) substituindo ( II ) em ( I ), resulta: A = xy A = x(25 – x) A = - x² +25x Não esqueça que a função a ser otimizada dever envolver apenas uma variável. Como os lados do retângulo devem ser não-negativo, devemos ter x e y = 25 – x 0; isto é, devemos ter 0 x 25. Logo, o problema é reduzido a encontrar o máximo absoluto de A = f(x) = - x² +25x no intervalo fechado [0, 25]. Observe que f é contínua em [0, 25] e portanto o valor máximo absoluto de f deve ocorrer nos extremos ou nos pontos críticos de f. A derivada da função f(x) é dada por f(x) = - x² +25x f’(x) = - 2x +25 fazendo f’(x) = 0, obtemos -2x + 25 = 0 25 = 2x x = 12,5 , como ponto crítico de A. Em seguida, calcularemos A = f(x) em x = 12,5 e nos extremos x = 0 e x = 25 do intervalo [0, 25], obtendo os seguintes valores: f(x) = - x² +25x f(0) = - (0)² +25(0) = 0 f(12,5) = - (12,5)² +25(12,5) = 156,25 Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB23 f(25) = - (25)² +25(25) = 0 vemos que o valor máximo absoluto da função f é 156,25.Da equação (II) vemos que quando x = 12,5 , o valor de y é dado por y = 12,5. Logo , o jardim teria área máxima (156, 25 m²) se tivesse a forma de um quadrado com lados de 12,5 m de comprimento. Exemplo 2: Cortando quadrados idênticos de cada canto de um pedaço retangular de papelão e dobrando as abas resultantes, o papelão pode ser transformado numa caixa aberta. Se o papelão tem 16 polegadas de comprimento e 10 polegadas de largura, encontre as dimensões da caixa com o máximo de volume. Solução: Seja x o comprimento (em polegadas) de um lado de cada um dos quadrados idênticos a serem cortados do papelão( conforme figura abaixo) e seja V o lume da caixa resultante. As dimensões da caixa são ( 16 – 2x) polegadas de comprimentos, (10 – 2x) polegadas de largura e x polegada de altura.. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB24 Logo, seu volume (em polegadas cúbicas) é dado por: V = (16 – 2x)(10 – 2x)x V = 4(x³ - 13x² + 40x), que a quantidade a ser maximizada. Uma vez que cada lado da caixa deve ser não-negativo, x deve satisfazer as desigualdades x 0, 16 – 2x 0 e 10 – 2x 0. Este conjunto de desigualdades é satisfeito se 0 x 5. Logo o problema é reduzido à encontrar o máximo absoluto de V = f(x) = 4(x³ - 13x² + 40x) No intervalo fechado [0, 5]. Observe que f é contínua em [0, 5] e, portanto, o valor máximo absoluto de f deve ocorrer nos extremos ou nos pontos críticos de f. Calculando a derivada de f(x), obtemos: f(x) = 4(x³ - 13x² + 40x) f’(x) = 4(3x² - 26x + 40) f’(x) = 4(3x – 20)(x – 2) fazendo f”(x) = 0 e resolvendo a equação resultante de x, obtemos x = 20/3 ou x = 2, como 20/3 está fora do intervalo [0, 5] é desconsiderado, estamos apenas interessado no ponto crítico x = 2 de f. em seguida, calculando f(x) em x = 0, x = 5 ( os extremos do intervalo[0, 5] ), e x = 2, obtemos: f(x) = 4(x³ - 13x² + 40x) f(0) = 4[0³ - 13(0)² + 40(0)] = 0 f(5) = 4[5³ - 13(5)² + 40(5)] = 0 f(2) = 4[2³ - 13(2)² + 40(2)] = 144 Logo, o volume da caixa é maximizada tomando x = 2. As dimensões da caixa são 12x6x2 polegadas, e o volume é 144 pés cúbicos. Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB25 Exemplo 3: A taxa de operação (expressa em porcentagem) de fábricas, minas e empresas de serviços em uma certa região do país no t-ésimo dia do ano de 2000 é dada pela função Em que dia dos primeiros 250 dias de 2000 a taxa de operação da capacidade de produção foi máxima. Solução: O problema é resolvido encontrando o máximo absoluto da função f em [ 0 , 250]. Diferenciando f (x), obtemos Fazendo f ‘(t) = 0 e resolvendo a equação resultante, obtemos t = -200 ou 200. Uma vez que –200 está fora do intervalo [0 , 250], estamos apenas interessados no ponto crítico t = 200 de f. Calculando f (t) em t = 0, t = 200 e t = 250, encontramos: f(0) = 80, f(200) = 83, f(250) = 82,93 Concluímos que a taxa de operação da capacidade de produção era máxima no ducentésimo dia ( t = 200) de 200 – isto é , um pouco depois da metade de julho de 2000. Exemplo 4: A Companhia Dixie de Importação e Exportação é o único revendedor da motocicleta Excalibur 250 cc. A direção estima que a demanda dessas motocicletas é de 10.000 por ano e que elas serão vendidas a uma taxa uniforme ao longo do ano. O custo de encomenda de cada carregamento de motocicletas é de $ 10.000 e o custo anual de cada Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB26 motocicleta é de $ 200. A direção da Dixie enfrenta o seguinte problema: Encomendar muitas motocicletas de uma só vez ocupa valioso espaço de armazenagem e aumenta o custo de estoque. Por outro lado, fazer encomendas com muita freqüência aumenta o custo de encomendas. Qual a quantidade que deve ser encomendada e com que com freqüência, para minimizar os custos de encomenda e estoque? Solução: Sejax o número de motocicletas em cada encomenda (tamanho do lote). Então, assumindo que cada carregamento chega quando o lote anterior foi totalmente vendido, o número médio de motocicletas estocadas é de x/2. Logo, o custo de armazenagem da Dixie por ano é dado por 200(x/2), ou 100x dólares. Em seguida, uma vez que a companhia requer 10.000 motocicletas por ano e cada encomenda é de x motocicletas, o número de encomendas requerido é. Isto resulta num custo de encomenda de dólares por ano. Logo, o custo total anual incorrido pela Dixie, que inclui o custo de encomenda e estoque atribuídos à venda dessas motocicletas, é dado por Matemática Superior - UVB Faculdade On-line UVB27 O problema reduz-se a encontrar o mínimo absoluto da função C no intervalo (0 , 10.000). Para isso, calculamos Fazendo C’(x) = 0 e resolvendo a equação resultante, obtemos x = 1000. Como o número –1000 está fora do domínio da função C, ele é rejeitado, deixando x = 1000 como único ponto crítico de C. Em seguida, determinamos Uma vez que C’’(1000) > 0, o teste da segunda derivada indica que o ponto crítico x = 1000 é um mínimo relativo da função C. Além disso, C’’(x) > 0 para todo x em (0 , 10.000), a função é côncava para cima em toda a parte e, portanto, o ponto x = 1000 também é o mínimo absoluto de C. Assim, para minimizar os custos de encomenda e estoque, a Dixie deve fazer 10.000/1000, ou 10, encomendas por ano, cada uma de 1000 motocicletas. Referências Bilbliográficas TAN, S.T. Matemática Aplicada à Administração e Economia. São Paulo: Thomson, 2001. LEITHOLD, L. O Matemática Aplicada à Economia e Administração. São Paulo: Harbra, 1988. STEWART JAMES, Cálculo Vol. I. 4ª Ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
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