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Tópico 12 - Uso de aditivos na alimentação de ruminantes [Modo de Compatibilidade]

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Uso de aditivos na alimentação 
de ruminantes
ZOO 613
Professor Jalison Lopes
Zootecnista-DSc
Aditivos
“Produtos adicionados em pequenas quantidades às 
dietas, capazes de controlar ou modificar o padrão de 
fermentação no rúmen, de modo a se obter maiores 
níveis de produção e/ou manter a saúde animal”
Principais aditivos usados para 
ruminantes 
� Antimicrobianos promotores de crescimento
� Monensina sódica
� Lasalocida
� Salinomicina
� Virginiamicina
� Probióticos 
� Tampões e alcalinizantes
� Enzimas
� Lipídeos
Ionóforos
Ionóforos
Termo de origem grega, que significa “carregador de íons”e
usado para se referir a moléculas com estrutura químicausado para se referir a moléculas com estrutura química
diferente, mas com o mesmo mecanismo de ação
antimicrobiano (capacidade de transportar cátions através de
membranas lipídicas).
produzidos
Produzida a partir da fermentação da 
bactéria Streptomyces cinnamonensis
Principais Ionóforos usados no Brasil
pela fermentação de Streptomyces lasaliensis
Produzida a partir da fermentação da 
bactéria Streptomyces lasaliensis
Produzida a partir da fermentação da 
bactéria Streptomyces albus
Ação dos Ionóforos ocorre em 
bactérias gram-positivas
� Pouca ou nenhuma atividade contra bactérias gram-negativas.
� Sistema enzimático que retira prótons das células + eficiente
�Possuem uma camada lipídica externa que contém porinas (canais de
proteínas) com um tamanho ≤ 600 Dalton.
�A maioria dos ionóforos é ≥ 600 Dalton, não passando através das
porinas
� Bactérias gram-positivas não possuem essa camada externa
(Ionóforo pode penetrar livremente na membrana celular).
produzidos
pela fermentação de
Representação esquemática da parede celular de bactérias Gram-negativas e
Gram-positivas
Fonte: Morais et al. (2006)
Mecanismo de ação dos ionóforos
Condições Normais:
“Bactérias mantêm a [ ] de K+ no seu interior muito maior que no seu
exterior e expelem prótons (H+) e Na+”
Importância deste mecanismo:
� Síntese de proteína microbiana (fluxo iônico normal garante a
entrada de aas, açúcares e íons na célula microbiana)
� Tamponamento do pH intracelular por meio do mecanismo de troca 
iônica de K+/H+
Mecanismo de ação dos ionóforos
O modo de ação básico dos ionóforos é a mudança no movimento
de íons através de membranas (desorganizando-o), alterando o
gradiente de prótons (H+) e, consequentemente, o pH dentro da
célula.
Mecanismo de ação dos ionóforos
Ex: A ação da Monensina sódica sobre o Streptococus bovis (gram-
positiva) provoca:
�Entrada de Na+ e saída de H+
�Saída do K+ e entrada de H+ (reação mais eficiente fazendo o H+ se
acumular dentro da célula)
�Na tentativa de manter pH adequado e balanço iônico celular a bactéria
exporta H+ e Na+ para fora da célula gastando energia neste processo (gasta
todo ATP intracelular).
�A maior concentração de cátions dentro da célula, provoca � da pressão
osmótica intracelular devido a maior entrada de H2O, podendo fazer a célula
se romper.
Mecanismo de ação dos ionóforos 
“Mecanismo de ação da Monensina”
“Ionóforos também são capazes de se ligarem a membrana celular de 
protozoários e fungos (não possuem membrana protetora externa).”
Efeitos benéficos do uso de 
Ionóforos 
Podem ser divididos:
a) Melhoria na eficiência energética (� propionato e � CH4)
b)Melhoria na utilização dos compostos nitrogenados
(� degradação protéica e deaminação de aa)
c) Diminuição das desordens ruminais (� lactato)
d) Controle da coccidiose Bergen e Bates (1984)
“Conjunto de fatores levam ao ���� do desempenho animal”
Melhoria do Perfil de AGV´s com 
uso de Ionóforos
Alteração na proporção molar dos ácidos graxos voláteis é o
principal efeito dos ionóforos nos ruminantes.
� Bactérias que produzem ácido lático, acético, butírico, fórmico e
hidrogênio são sensíveis aos ionóforos (gram-positivas).
� Bactérias produtoras de ácido propiônico, succínico e
fermentadoras de lactato são resistentes (gram-negativas).
� Geralmente Ionóforos não alteram a produção total de AGV’s
Melhoria do Perfil de AGV´s com 
uso de Ionóforos
Concentração de ácidos graxos voláteis com a 
utilização de Monensina sódica (Média de 15 
trabalhos publicados de 1976 a 2009)trabalhos publicados de 1976 a 2009)
AGV
Ác. Acetico, % Ác. Propiônico, % Ác. Butírico, %
-5,86 +16,85 -16,47
Fonte: Adaptado de SITTA (2011)
Produção de metano com uso de 
Ionóforos
“Ocorre ���� na produção de metano (4 a 31%) com consequente���� da 
retenção de energia pelo animal”
Motivos: 
� Efeitos na fermentação ruminal: (responsável por 45% da ���� CH4)
� Ionóforos pouco alteram população de organismos metanogênicos.
� Efeito principal é a � da população de bactérias que produzem hidrogênio e
ácido fórmico (que origina CO2 e H2).
� � Síntese de ácido propiônico: � hidrogênio livre no rúmen.
� ���� No consumo de MS (responsável por 55% da ���� CH4).
Alteração do metabolismo 
protéico com uso de ionóforos
“Os ionóforos inibem o crescimento de bactérias
ruminais proteolíticas, e a desaminação de aas eruminais proteolíticas, e a desaminação de aas e
peptídeos o que diminui as perdas de proteína na forma
de amônia e � sua passagem para o ID e posterior
absorção (� fluxo PNDR)”.
Representação esquemática da degradação da proteína no rúmen, onde: (a)
hidratação e solubilização, (b) proteólise, (c) assimilação ou transporte de
Principal efeito do
Ionóforo é a ���� de
bactérias que causam
desaminação de aas
peptídeos e aminoácidos para o interior da célula microbiana, (d)
fermentação e (e) síntese de proteína microbiana.
Representação esquemática da degradação da proteína no rúmen, onde: (a) hidratação e
solubilização, (b) proteólise, (c) assimilação ou transporte de peptídeos e aminoácidos para o
interior da célula microbiana, (d) fermentação e (e) síntese de proteína microbiana.
Ionóforos podem impedir
que a proteólise ocorra
Efeito dos ionóforos sobre 
distúrbios nutricionais 
� Acidose ruminal:
�Efeitos inibitórios sobre Streptococcus bovis, lactobacillus spp. e outras
bactérias que produzem lactato
�Ausência de efeito sobre bactérias utilizadoras de lactato
�Timpanismo espumoso:
� Streptococcus bovis � � mucopolissacarídeos (� viscosidade do
líquido ruminal facilitando a separação do gás do conteúdo ruminal)
� Cetose:
� Propionato � � glicose � � corpos cetônicos
Ionóforos x Uréia
“Os ionóforos podem possuir efeito benéfico sobre a utilização
da uréia pelos ruminantes, uma vez que as bactérias queda uréia pelos ruminantes, uma vez que as bactérias que
hidrolisam a uréia por meio da urease estão com menor
atividade, diminuindo a velocidade de produção de amônia,
promovendo, assim, sua maior assimilação pela microbiota
ruminal (Nagaraja et al. 1997)”.
Efeito dos Ionóforos sobre o 
consumo de alimentos
• A redução ou modulação do consumo de alimento tem sido
observada principalmente com monensina.
(Goodrich et al., 1984; Schelling, 1984; Oliveira et al., 2005), 
• Outros ionóforos geralmente não afetam ou podem � o consumo
de alimento.
• Mecanismos de redução do consumo com uso de monensina
ainda não estão completamente compreendidos.
Efeito da Monensina sobre o 
consumo de alimentos
Monensina para animais confinados (���� concentrado)
� � no CMS sem alterar o ganho de peso (� eficiência alimentar)
• � de energia disponível estimula controle quimiostático de CMS
Monensina para animais a pasto
� � no ganho de peso sem alterar CMS (� eficiência alimentar).
• � energia aproveitada da forragem para a mesma ingestão
(Van Soest, 1983).
(Lanna e Medeiros, 2007).Resultados in vivo não demonstram ���� na digestão da fibra:
Motivos:
Efeito da Monensina sobre a 
digestibilidade da fibra
� � CMS � � taxa de passagem de sólidos do rúmen � � tempo para
a fermentação.
� Manutenção de pH mais elevado, propicia melhores condições para o
desenvolvimento de bactérias celulolíticas.
(Russell e Strobel, 1989).
Efeito da monensina no 
desempenho de bovinos de corte.
Ingestão de matéria seca (IMS), ganho de peso diário 
(GPD) e eficiência alimentar (GPD/IMS) com a 
utilização de salinomicina
Possíveis efeitos dos Ionóforos na 
produção e composição do leite
� � propionato� � glicose� � Lactose (� produção)
� � Desaminação ruminal � � fluxo de aa para o ID � �� � Desaminação ruminal � � fluxo de aa para o ID � �
proteína no leite
� � acetato e butirato� � gordura no leite
� � Biohidrogenação ruminal � � trans-10 C18:1� � gordura
no leite
Potencial de produção de leite com 
uso de monensina e lasalocida
Lasalocida
� Seis experimentos, 180 animais 
� Sem efeito significativo
Monensina
� Onze experimentos, 2.092 animais
� ↑ Produção de leite (1,3 l/d); ↑ Proteína (26 g/d)
� ↓ % de gordura; ↓ ingestão de MS
(PERES & SIMAS, 2006)
Efeito da lasalocida no desempenho de 
vacas em lactação
Ionóforo N° de experimentos Controle Ionóforo
Lasalocida
Leite, L/d 6 28,7 28,3
Gordura, % 6 3,67 3,51
Gordura, kg/d 6 1,037 0,958
Proteína, % 6 3,02 2,99
Proteína, kg/d 6 0,858 0,837
Consumo de matéria 
seca, kg/d
6 19,4 18,6
Fonte: Adaptado de Peres & Simas (2006). 
Efeito da monensina no desempenho de 
vacas em lactação
Ionóforo
N° de 
experimentos
Controle Ionóforo
Monensina premix
Leite, L/d 11 27,5 28,8 (+1,3)Leite, L/d 11 27,5 28,8 (+1,3)
Gordura, % 11 3,98 3,78
Gordura, kg/d 9 1,037 1,032
Proteína, % 11 3,25 3,20
Proteína, kg/d 9 0,846 0,872
Consumo de 
matéria seca, kg/d
6 21,7 21,2 (-0,5)
Fonte: Adaptado de Peres & Simas (2006). 
Efeito da monensina CRC* no desempenho de 
vacas em lactação
Ionóforo N° de experimentos Controle Ionóforo
Leite, L/d 4 16,7 17,8 (+1,1)Leite, L/d 4 16,7 17,8 (+1,1)
Gordura, kg/d 3 0,736 0,734 (-2g)
Proteína, kg/d 3 0,545 0,575 (+30g)
*CRC – controled release capsule 
1.891 animais avaliados
Fonte: Adaptado de Peres & Simas (2006). 
Respostas para bovinos a pasto
– Número de estudos muito inferior ao de estudos em 
confinamento (BERTIPAGLIA, 2008)
� Resultados variados e controversos 
– Resumo de 47 experimentos (LANA & RUSSEL, 2001)
– + 2 mil bovinos
– Melhoria de ganho em peso
� Média de 16% (90 g/dia)
� 1 @ a + por ano
Causas das maiores respostas 
para bovinos a pasto
� Maioria das bactérias fibrolíticas são gram-positivas (+ sensíveis aos
ionóforos) (LANA & RUSSEL, 2001).
� A fibrolítica Fibrocater succinogenes é gram-negativa
� Esta bactéria produz succinato que é convertido em propionato
� Sua população � na presença de ionóforos.
� Não ocorre � fermentação da fibra
Diferenças entre Ionóforos
Ionóforo Afinidade 
por íons
Palatabilidade Produto 
comercial
Concentração do 
princípio ativo
Rumensin®
Rumenpac®
(10 e 20%)
(20%)
Monesina Na+ > K+ Baixa
Rumenpac®
Bovensin® 
Rumefort@
(20%)
(20%)
(10%)
Salinomicina K+ > Na+ Alta Posistac® (12%)
Lasalocida
K+ > Na+ > 
Ca+2 > 
Mg+2
Alta Taurotec® (15%)
Dose recomendada de Ionóforos
As dosagens dos ionóforos de produtos comerciais variam de acordo
com a categoria animal e o sistema de alimentação utilizado.
�Bovinos a pasto: 50 a 200 mg/cab/dia
1ª semana usar metade da dose recomendada pelo fabricante (adaptação).
�Bovinos a pasto: 50 a 200 mg/cab/dia
�Bovinos em confinamento:100 a 300 mg/cab/dia
�Vacas em lactação: 150 a 450 mg/cab/dia (Elanco, 2008).
Dosagem média de ionóforos: 0,5 e 1 mg/kg de peso vivo
Toxicidade dos Ionóforos
Casos de intoxicação com ionóforos advém de uso incorreto e com
doses bem acima do preconizado.
Dose tóxica: 12 mg/kg de peso vivo em ovinos e mais de 20 mg/kg de
peso vivo em bovinos (Potter et al. 1984, Hulland 1993, Hall 2004).
Sinais clínicos: (dependem da quantidade ingerida): anorexia,
dispnéia, diarréia, tremores, ataxia, fraqueza muscular, desordens
locomotoras, taquicardia, mioglobinúria e morte.
Virginiamicina
� Antibiótico pertencente à classe das estreptograminas
� Produzido por uma cepa mutante de Streptomyces virginiae.
� Mistura natural de 2 componentes químicos distintos (fator M e fator S) na relação de
4:1.
� Estes fatores se ligam a subunidades dos ribossomos da célula microbiana, inibindo
a síntese protéica (� crescimento e morte).
� Atua principalmente em Gram-positivas (� efeito em Gram-negativas).
� Efeitos semelhantes aos ionóforos sobre a fermentação ruminal.
� � palatabilidade
Efeitos da Virginiamicina sobre o crescimento bacteriano
�Bacteriostase = � do crescimento
Virginiamicina
�Bactericida = morte da célula
�Bacteriopausa:
“ Quando pequenas concentrações de virginiamicina entram em
contato com a parede celular bacteriana por curtos períodos,
inibe seu crescimento continuamente após a retirada do
antibacteriano”
Efeito da Virginiamicina sobre a 
produção de lactato
“Maior inibição da produção de lactato em relação aos 
ionóforos (LANNA; MEDEIROS, 2007)”.
NAGARAJA et al., 1987
Desempenho animal com uso de 
virginiamicina 
� � de até 18% no ganho de peso de bovinos a pasto
(Fiems et al.,1992).(Fiems et al.,1992).
� � de 7,8% no ganho de peso e melhora de 7,3% na
conversão alimentar e dietas de � concentrado
(Andrighetto et al.,1997).
Desempenho de bovinos a pasto
com virginiamicina
+ 117 g/dia
Grandini, 2010
Desempenho de bovinos a pasto
com virginiamicina
700
644b
589ab
GMD (g/cab/dia)
Virginiamicina: 100 mg/cab/dia 
Salinomicina: 108 mg/cab/dia
Pasto: Capim Massai
0
100
200
300
400
500
600
700
Controle Virginiamicina Salinomicina
513a
589ab
(Ferreira et al.,2011)
520
518aGMD (g/cab/dia)
Desempenho de bovinos a pasto
com virginiamicina
Pastagem de Coast-cross - Caarapó - MS
440
450
460
470
480
490
500
510
520
Controle Salinomicina Salinomicina 
alto consumo
Virginiamicina
487ab
478b
466b
Dose do antimicrobiano: 30 mg/ 100 kg PV
Goulart, 2010
Desempenho de bovinos a pasto
com virginiamicina
Panicum sp e Xaraés – Piracicaba - SP 
675aGMD (g/cab/dia)
Dose do antimicrobiano: 30 mg/ 100 kg PV
520
540
560
580
600
620
640
660
680
Controle Salinomicina Salinomicina 
alto consumo
Virginiamicina
580b
620ab 614ab
Uso combinado 
Virginiamicina x Ionóforos
Item Controle Salinomicina Virginiamicina SL + VM
Ganho de peso (kg/dia) 1, 058 1, 043 1, 043 1, 232
Consumo (kg MS/dia) 11,42 10,93 10,94 12,37
Consumo (%PV) 2,33 2,24 2,25 2,46
Peso de carcaça (kg) 266 266 262 271,2
Conversão (kg MS/kg
PV)
10,3 9,6 9,4 9,3
Fonte: Adaptado de Silva et al. (2004).
Variáveis
Nível de Virginiamicina
0 mg/kg 15 mg/kg
Uso combinado 
Virginiamicina x Ionóforos
CMS, kg/dia 8,76a 7,98b
GPD, kg/dia 1,59a 1,63a
EA, g/kg 182,58b 206,00a
Fonte: Adaptado de Nuñez et al. (2008).
Ambos associados com 13 mg/kg de MS de Salinomicina
Uso combinado 
Virginiamicina x Ionóforos
Controle MON 30
MON 20 + 
VM 15
MON 30 + 
VM 15
VM 17
SL 13 +
VM 15
IMS (kg) 9,89f 9,20h 9,29hi 8,98i 9,76fgh 9,85fgIMS (kg) 9,89f 9,20h 9,29hi 8,98i 9,76fgh 9,85fg
GPDajc
(kg/dia)
1,33 1,33 1,39 1,45 1,45 1,49
EAajc
(GPDajc/
IMS)
0,134b 0,145ab 0,149ab 0,161a 0,148ab 0,151ab
C=controle, sem uso de aditivo; M30=monensina sódica 30 ppm; M20+V15=monensina sódica20
ppm + virginiamicina 15 ppm; M30+V15=monensina sódica 30 ppm + virginiamicina 15 ppm;
V17=virginiamicina 17 ppm; S13+V15=salinomicina 13 ppm + virginiamicina 15 ppm.
Fonte: Adaptado de Sitta (2011).
Uso combinado 
Virginiamicina x Ionóforos
200
185.62a
153.78ab
171.57ab
CH4 (L/dia)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Controle Monensina Virginiamicina M+V
153.78ab
137.7b
Fonseca et al., (2012) Monensina: 22ppm e Virginiamicina: 30ppm
Dosagens Recomendadas para animais confinados (ROGERS et al., 1995) 
Dados na literatura em relação a dosagem ideal ainda são escassos:
Doses recomendadas de 
Virginiamicina
�↑ Ganho de peso diário
�19,3 a 27,3 mg/kg de MS
�↑ Conversão alimentar
�13,2 a 19,3 mg/kg de MS
�↓ Abscessos hepáticos
�16,5 a 19,3 mg/kg de MS
Doses recomendadas de 
Virginiamicina
Dosagem para animais a pasto: 35 – 70 mg / 100 kg PV
Fiems (1992)
Doses recomendadas de 
Virginiamicina
Seguir recomendações do fabricante:
Produtos comerciais:
Eskalin® (20% de virginiamicina)
5 a 17g/cabeça/dia (100 a 340 mg de virginiamicina/cab/dia) 
Phigrow® (10% de virginiamicina)
10 a 24g/cabeça/dia (100 a 340 mg de virginiamicina/cab/dia)
Probióticos
Definição
“Cepas de microrganismos vivos e viáveis, que agem como auxiliares na
recomposição da microbiota do trato digestivo dos animais, diminuindo o
número dos microrganismos patogênicos ou indesejáveis”
(MAPA, 2011)
“Basicamente são bactérias, leveduras ou fungos”
� Não produzem resíduos nos produtos de origem animal.
Utilização de Probióticos no mundo é crescente
Probióticos
� Não produzem resíduos nos produtos de origem animal.
� Não desenvolvem resistência às drogas utilizadas em seres
humanos (essencialmente naturais).
� � simpatia por todos os segmentos da cadeia de produção e
consumo de proteína animal.
(SILVA & ANDREATI FILHO, 2000)”.
Probióticos
Próbioticos + usados na dieta de ruminantes:
� Levedura � Levedura 
� Saccharomyces cerevisiae
� Fungo filamentoso
� Aspergillus oryzae
Nome comercial Componente ativo
Probióticos
Produtos probióticos utilizados na dieta de bovinos
Nome comercial Componente ativo
Biosprint Saccharomyces cerevisiae
Biosaf SC 47 Saccharomyces cerevisiae
Levucell SC 20 Saccharomyces cerevisiae
Amaferm Aspergillus oryzae
Adaptado de Gorrachategui-Garcia, 2001
Leveduras
� Produtos comerciais contendo leveduras são compostos de leveduras
vivas ou então mistura de leveduras vivas e mortas na presença de meio
de cultivo (denominadas de cultura de leveduras).
� Causam alterações na fermentação ruminal que podem resultar em:
� � Produção e na
� � [ ] de gordura no leite
� Estabilização do pH
� � digestão da fibra
� � ingestão de MS (pouco)
� � fluxo de proteína microbiana (pouco)
� � diarréias em animais jovens e � GPD
Santos & Greco (2012)
Por que as leveduras melhoram a 
fermentação ruminal?
Estimulam crescimento total de bactérias no rúmen, principalmente
celulolíticas e consumidoras de lactato (Selenomonas ruminantium e a
Megasphaera eldesnii ).
� Fornecimento de fatores de crescimento (vitaminas do complexo B, ácidos
orgânicos e aas)
� Consomem O2 do rúmen (tóxico para os microrganismos que são estritamente
anaeróbicos e estimulam crescimento de populações no rúmen capazes de usar
O2 )
� Remoção do O2 do alimento que chega no rúmen pode contribuir para uma
melhor colonização do substrato e � da digestibilidade (O2 prejudica a
aderência bacteriana ao substrato) (Roger et al., 1990)
Efeitos das leveduras na 
digestibilidade da fibra
Ocorre ���� na digestibilidade da fibra
� Bactérias celulolíticas são extremamente sensíveis
ao O2
� Manutenção do pH ruminal mais alto estimula
crescimento de celulolíticas.
Efeito da suplementação com S.cerevisiae (1 x 1010 
UFC/dia) no pH ruminal de vacas leiteiras
Tratamento
Controle S.cerevisiae P
pHpH
médio 5,49 6,05 0,01
máximo 6,22 6,77 <0,01
mínimo 5,11 5,44 0,04
Área
pH<5,6 (horas/dia) 4,0 1,3 0,02
pH<6,0 (horas/dia) 9,5 4,1 <0,01
Bach et al., (2007)
Efeito das leveduras na produção 
de metano
Produção de CH4 pode ser ����
�Podem estimular bactérias acetogênicas
� Usam o H2 livre para produzir acetato (� a produção de metano)
� Ausência de levedura = 19% do H2 usado para síntese de metano
� Presença de leveduras = 70% do H2 usado para síntese de metano
� Resultados ainda são conflitantes e dependem de + trabalhos para
confirmar real efeito da levedura sobre produção de CH4
Sobrevivência das leveduras no 
ambiente ruminal 
�Não conseguem se multiplicar nas condições ruminais
(Temperatura de 39º e composição química do líquido
ruminal são responsáveis).ruminal são responsáveis).
�Doses freqüentes são necessárias para manter sua
atividade.
�Níveis de inclusão na dieta variam de 4 a 100 gramas por
dia ou 1 a 2 x 1010 UFC/dia.
2ª semana do pré-parto até a 4ª semana pós-parto parece ser o
período ótimo para se suplementar os animais com levedura
Suplementação de bovinos com 
leveduras 
Objetivo: estabilizar o ambiente ruminal durante a transição da dieta da fase
vaca seca para o � nível de energia na dieta.
Outros momentos de transição importantes:
�Mudança da alimentação líquida para sólida em bezerros
�Bovinos em adaptação de dietas de confinamento.
Desempenho animal com uso de 
leveduras 
� Maior parte dos experimentos conduzida com gado leiteiro
confinado, (MARTIN & NISBET, 1992; OLSON et al., 1994).
� Notória ausência de estudos com bovinos de corte mantidos em� Notória ausência de estudos com bovinos de corte mantidos em
pastagens.
� Resultados ainda não são conclusivos (� nº de trabalhados publicados).
� Divergência dos resultados estão relacionados a
� Diferenças na dieta
� Características da cepa de levedura utilizada
� Estado fisiológico do animal.
Ganho de peso de novilhos em pastagens cultivadas de inverno 
e de novilhas em pastagem de Brachiaria Brizantha cv. Marandu, 
suplementados ou não, com ou sem levedura no verão 
Tratamento GPD (kg/cab/dia)
Phroman et al. (2004)
Controle (pastagem de inverno) 0,610B
Levedura 0,599B
Suplemento 0,809A
Suplemento + levedura 0,818A
Bertipaglia (2008)
Controle (pastagem Marandu 0,327B
Suplemento + levedura 0,419A
Suplemento 0,476A
Desempenho de bovinos de corte 
confinados recebendo leveduras 
Levedura (g/cab/dia)
699 novilhas ( peso vivo médio: 316 kg) e 97% de 
concentrado na dieta
Levedura (g/cab/dia)
Parâmetro 0 5 20
GMD (kg/cab/dia) 1,125 1,184 1,266
CMS (kg/dia) 7,5 7,8 7,6
Greene (2002)
Ganho de peso médio diário (GMD), em kg/dia, de 
novilhos ½ Red Angus ½ Nelore suplementados 
com cultura de levedura em confinamento
1 Médias seguidas por letras diferentes na mesma linha diferem pelo teste t (P<0,05).
CV (%) – coeficiente de variação
Gattass et al. (2008)
Desempenho de novilhos Nelore com 24 meses de 
idade em confinamento suplementados com 
diferentes aditivos
Item
Tratamento1
C M30 LEV LEV+BACT
CMS (kg) 9,35a 8,25b 9,33a 9,20abCMS (kg) 9,35a 8,25b 9,33a 9,20ab
GPD 1,5 1,41 1,53 1,46
EA (GPD/IMS) 0,160 0,170 0,163 0,159
1Tratamentos: C=controle, sem uso de aditivo; M30=monensina sódica (Rumenfort®) na dosagem
de 30 ppm; LEV=levedura Saccharomyces cerevisiae (BIOSAF SC 47 termoestável®) na
dosagem de 10 g/ animal/ dia – 109 UFC/g; LEV+BACT=combinação dos microorganismos
probióticos Bifidobacterium bifidum (3,33 x 106 UFC/g), Lactabacillus acidophilus (3,33 x 106
UFC/g), Lactobacillus plantarum (1,66 x 106 UFC/g), Enterococcus faecium (1,66 x 106 UFC/g) e
Saccharomyces cerevisiae (3,33 x 105 UFC/g) - FLORAFORT®, na dosagem de3g/animal/dia.
Adaptado de Sitta, (2011)
Desempenho de vacas leiteiras 
recebendo leveduras
Respostas variando de 0,9 a 1,2 kg/dia de ���� na produção de
leite (PL) são consistentes na literatura.
� � de 0,93 kg/dia na produção de leite (Rabiee et al. 2009, meta-análise).
� � de 1,2 kg na produção de leite, tendência de � na % de gordura de 0,05%
e ausência de efeito na proteína (Desnoyer et al. 2009, meta-análise).
Desempenho de bovinos leiteiros 
recebendo leveduras 
Tratamento
Desempenho de vacas holandesas em lactação recebendo 10g de 
levedura por dia 
Parâmetro
Tratamento
Controle Levedura
CMS (kg/dia) 21,8b 23,2a
Produção (kg/vaca/dia) 18,9 20,1
Ácido lático máx (mM) 1,93a 1,73b
Fluxo duodenal de N mic (g/dia) 255 293
Metionina (g/100g de aa) 2,0b 2,6a
Adaptado de Erasmus et al. (1992)
Desempenho de Vacas leiteiras suplementadas com 
leveduras em condições de estresse calórico
1,2 kg/d+ 
Bruno et al. (2009)
Efeito de leveduras na saúde e 
desempenho de bezerros
Leveduras podem ���� diarréia em bezerros nos primeiros 60
dias de vida (Magalhães et al. 2008)
� Patógenos se ligam a oligossacarídeos de leveduras ao invés de
se ligarem a parede intestinal do Bezerro (White et al. 2002)
� S. cerevisiae produz metabólitos capazes de � crescimento de
patógenos (Jensen et al. 2007)
Efeito de leveduras na saúde e 
desempenho de bezerros
“Apesar dos benefícios as respostas ao uso de leveduras na
resistência imunológica ainda são inconsistentes
(Perdomo, 2011; Narciso et al.; 2012), não se justificando o
uso de leveduras em rebanhos com bom programa de
colostragem e com morbidade aceitável”.
Efeito de leveduras na saúde e 
desempenho de bezerros
Leveduras podem favorecer o estabelecimento de bactérias fibrolíticas
no trato digestivo de pré-ruminantes:
Acelerando o processo de maturação do epitélio ruminal� Acelerando o processo de maturação do epitélio ruminal
� Favorecendo a transição de dieta líquida para dieta sólida
� Favorecendo � no desempenho dos bezerros.
“Porém na maioria dos estudos o ganho de peso de bezerros e CMS não 
foram alterados pelo fornecimento de leveduras (Santos & Greco, 2012)”
Aspergillus oryzae
A utilização de Aspergillus orizae na dieta tem gerado muito interesse, mas 
existem poucas informações sobre o seu modo de ação.
Possíveis efeitos:Possíveis efeitos:
�Presença de enzimas celulase e xilanase nos extratos dos fungos podem
afetar a degradação da parede celular (Newbold et al., 1992).
�Enzimas atuam dentro de poucas horas após sua introdução no rúmen e
em alguns casos observou-se inativação destas por outros
microrganismos ruminais.
Aspergillus oryzae
Possíveis efeitos:
�Facilitação da aderência de bactérias celulolíticas à fibra, por meio da atração
quimiostática provocada pela liberação de açúcares solúveis ou por alteração da
superfície da fibra (Newbold, 1997)
�� taxa (ou extensão) de degradação da fibra por meio do estímulo aos fungos
ruminais.
� Estabilização do pH ruminal (estímulo ao crescimento de bactérias que usam
lactato)
Desempenho de animais 
recebendo Aspergillus oryzae
�Compilação de dados de literatura mostram que a suplementação teve efeito
variável na produção de leite (-9% a +12%), com valores médios em torno de
5% de acréscimo (Williams & Newbold, 1990).
�Resposta parece ser maior no início da lactação do que no meio ou fim
(Wallentine et al., 1986; Kellems et al., 1987; Denigan et al., 1992).
�Maior produção de leite ocorreu quando a suplementação esteve associada a
dieta com � concentrado (Huber et al., 1985).
� Dados de GPD de animais suplementos com Aspergillus oryzae também não
são conclusivos (� nº pesquisas)
Ganho de peso de bovinos confinados suplementados com 
Aspergillus oryzae ou leveduras 
Desempenho de animais 
recebendo Aspergillus oryzae
Parâmetro Controle Levedura A. oryzae PParâmetro Controle Levedura A. oryzae P
CMS (kg/dia) 8,4 8,3 8,2 0,30
GPD (kg/dia) 1,71 1,71 1,71 0,99
EA (GPD/CMS) 0,205 0,206 0,209 0,61
Levedura = LEVUCELL 0,5g/cab/dia
A. Oryzae = AMFERM 3g/cab/dia
Zerby, et al. (2011)
Ganho de peso de cordeiros confinados suplementados 
com Aspergillus oryzae
Desempenho de animais 
recebendo Aspergillus oryzae
Parâmetro Controle A. oryzae PParâmetro Controle A. oryzae P
CMS (kg/dia) 1,41 1,41 0,82
GPD (kg/dia) 0,34 0,37 0,12
EA (GPD/CMS) 0,245 0,257 0,07
A. Oryzae = AMFERM 1g/cab/dia
Zerby, et al. (2011)
Tampões e alcalinizantes
� Tamponantes: 
�Compostos formados pela combinação de um ácido fraco e sua base�Compostos formados pela combinação de um ácido fraco e sua base
correspondente.
�Resistem às mudanças na concentração de íons H+ (pH).
�Para funcionar adequadamente precisam ser solúveis em H2O e seu
pKa ser próximo ao pH fisiológico do rúmen (entre 6,2 e 6,8).
Tampões e alcalinizantes
� Tamponantes: 
Atuam na fermentação ruminal de 2 formas:
� Estão associados à resistência nas mudanças do pH ruminal;
� � a taxa de diluição ruminal;
Permite estabilizar o pH ruminal, gerando ambiente adequado para o 
crescimento da população de bactérias celulolíticas em situações de 
fornecimento de ���� concentrado ou ���� fibra na dieta, 
Tampões e alcalinizantes
� Tamponantes x alcalinizantes
�Os verdadeiros tamponantes neutralizam os ácidos com
pequena ou nenhuma mudança no pH.
�Os agentes alcalinizantes neutralizam os ácidos, mas
também� o pH.
Tampões e alcalinizantes
Bicarbonato do sódio
�É um dos agentes tamponantes + usados no mundo
�É considerado o tampão verdadeiro (pk 6,25) apresentando
grande capacidade tamponante
�Níveis de inclusão na dieta
�0,75-1% na MS total da dieta ou
�2% no concentrado ou
�110 a 225 g/dia
Tampões e alcalinizantes
Níveis de utilização de outros tamponantes e alcalinizantes
Produto Níveis (gramas/dia)
Sesquicarbonato de sódio 160-300
Óxido de magnésio 50-90
Bentonita de sódio 110-454
Carbonato de cálcio 115-180
Carbonato de potássio 270-410
Situações onde se espera resposta 
positiva ao uso de tamponantes
� Vacas no início da lactação; 
� Dieta com � concentrado;
� Fornecimento separado dos alimentos concentrados (> 3,0 kg /refeição) e volumoso
� Dietas tendo a silagem de milho como volumoso único ou predominante. 
• Estas dietas são bastante úmidas (60 a 70 %) 
• � teor de carboidratos rapidamente fermentáveis.(≥ 30 %) 
• � pH baixo (3,9 a 4,2); 
� Forragem finamente moída (<1mm), exceto cana.
� Produção de leite com baixo teor de gordura (< 3,2 %) 
� Ingestão de FDN efetivo ≤ 21 % na MS total.
� Situações de stress calórico
Enzimas fibrolíticas
Suplementação com enzimas fibrolíticas exógenas
� Visa � a digestibilidade de alimentos fibrosos� Visa � a digestibilidade de alimentos fibrosos
� São obtidas basicamente de fungos das espécies Trichoderma e
Aspergillus e de bactérias (Bacillus spp.)
� Principais enzimas de interesse na atualidade são:
celulases, hemicelulases B-glucanase, xilanase e pectinase.
Mecanismo de ação:
Enzimas fibrolíticas podem agir iniciando a degradação de
Enzimas fibrolíticas
polissacarídeos estruturais da planta antes da ingestão e digestão
ruminal, ou complementando as enzimas fibrolíticas produzidas por
microrganismos ruminais.
D. HOWES, J. M. et al (2007)
“O resultado global é o ���� na digestibilidade da dieta”
Enzimas fibrolíticas
Furos na parede celular de palha de cevada causados por enzimas fibrolíticas (B) 
McAllister, et al. (2001)
Efeito das enzimas na 
digestão da fibra
Crescimento de bactérias ruminais incubadas com FDN de cana-de-açúcar com ou
sem enzimas fibrolíticas exógenas.
Ibáñez, et al. (2010)
Efeitodas enzimas na 
digestão da fibra
Crescimento de bactérias ruminais incubadas com FDA de cana-de-açúcar com ou
sem enzimas fibrolíticas exógenas. Ibáñez, et al. (2010)
Desempenho de bovinos com o 
uso de enzimas 
�Em geral os resultados indicam uma resposta positiva ao uso de
enzimas em dietas para bovinos de corte e leite, porém são
inconsistentes.
�Esta variabilidade pode ser atribuída a fatores tais como:
� Afinidade da enzima com o substrato;
� Dose adotada;
�Método de aplicação da enzima;
� Balanço energético dos animais testados;
Beauchemin et al. (2003)
Desempenho de bovinos com o 
uso de enzimas 
Resultados da adição de enzimas fibrolíticas para dietas de �
concentrado foram surpreendentemente mais consistentes do que
aqueles para dietas de � forragem:aqueles para dietas de � forragem:
Motivos:
�pH ótimo para enzimas fibrolíticas produzidas por microrganismos do
rúmen atuarem é > 6,2
�Já para as enzimas fibrolíticas exógenas produzidas a partir de fungos
é de 4 a 6.
McAllister, et al. (2001)
Desempenho de bovinos de corte 
confinados suplementados com enzimas
Dose de enzima
Item Controle 1x 2x Variação
Beauchemin et al. (1997)
CMS (kg/dia) 9,99 9,53 -5%
GPD (kg/dia) 1,43 1,52 +6%GPD (kg/dia) 1,43 1,52 +6%
CA (CMS/GPD) 7,11e 6,33d -11%
Iwaasa et al (1997)
CMS (kg/dia) 10,6 10,6 9,8 -8%
GPD (kg/dia) 2,0 2,1 2,2 +1%
CA (CMS/GPD) 5,2g 4,9g 4,6f -6 a 12%
Beauchemin et al. (1999)
CMS (kg/dia) 10,73 10,62 -1%
GPD (kg/dia) 1,40e 1,53d +9%
CA (CMS/GPD) 7,72 6,95 -11%
Desempenho de bovinos de leite 
suplementados com enzimas
Obs: vacas no início da lactação
a,bMeans within a study differ (P < 0.05).
c,dMeans within a study differ (P < 0.10).
f,gMeans within a study differ (P = 0.11).
zConc = concentrate, TMR = total mixed ration, NA = not available.
Desempenho de bovinos de leite 
suplementados com enzimas
Enzimas (litros/ton)
Controle 1,25 2,5 5,5
CMS (kg/dia) 24,3a 26,2b 26,1b 26,6b
Leite (kg/dia) 42,1b 42,1b 48,1a 41,9b
Sanchez et al. (1996)
Níveis de inclusão de enzimas nas 
dietas
�Dose de enzima: 0,01 a 1% da MS total
�Deve ser aplicada em uma grande quantidade de
dieta (ex. volumoso picado) para possibilitar seu
maior tempo de permanência no rúmen e � sua
eficiência (Beauchemin et al.,1999)
Motivos da pequena utilização atual de 
enzimas fibrolíticas para ruminantes
Apesar dos benefícios potenciais, a adoção da tecnologia de
enzimas na produção de ruminantes tem sido lenta devido à:enzimas na produção de ruminantes tem sido lenta devido à:
� � custo dos produtos de enzima em relação a outros aditivos
� � nº de produtos disponíveis no mercado;
� � nº de avaliações em diferentes condições alimentares
Lipídeos
Lipídeos além de ���� densidade energética da dieta pode ser usados
para manipular a fermentação ruminal:
�Conseqüências diretas da fornecimento de lipídeos podem ser�Conseqüências diretas da fornecimento de lipídeos podem ser
associadas a:
�� digestibilidade da fibra (pequena)
�� população de protozoários, 
�� NH3 livre no rúmen
�� propionato e � Acetato:propionato 
�� CH4 no rúmen
� � fluxo de proteína microbiana
Efeito do perfil de ácidos graxos dos 
lipídeos sobre a fermentação ruminal
�Ácidos graxos insaturados e os de cadeia curta a média
apresentam maiores efeitos na fermentação ruminal doapresentam maiores efeitos na fermentação ruminal do
que os saturados e os ácidos graxos de cadeia longa,
respectivamente.
�Sabões de cálcio apresentam mínimos efeitos sobre a
fermentação ruminal.
(Nagaraja et al., 1997).
Mecanismo de ação dos lipídeos sobre 
a fermentação ruminal
� Os ácidos graxos livres revestem a partícula de alimento inibindo o contato
direto das células microbianas ao substrato ou a atuação de suas enzimas
sobre o substrato
� � captação de aas e a produção de ATP pela bactéria
� Ácidos graxos insaturados são tóxicos aos microrganismos do rúmen
� Alteram composição lipídica e propriedades físico-químicas das membranas
celulares dos microrganismos.
� Especialmente de bactérias gram (+) e metanogênicas e aos protozoários.
� Biohidrogenação capta H2 livre no rúmen (� CH4)
Efeito da adição de monensina e óleo de girassol na 
produção de ácidos graxos voláteis e metano em 
novilhos alimentados com dieta volumosa.
Fontes de ácidos graxos mais utilizadas
�Como fonte de ácidos graxos insaturados para manipular a
fermentação ruminal tem sido explorados os óleos de
canola, soja, linhaça, coco, palma, milho, girassol, etc...
�Recomendação geral de lipídeos ≤ 6 a 7% da MS da dieta
(Jenkins, 1993; Doreau et al., 1997; NRC, 2001).

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