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Fasciolose: Parasita de Animais e Zoonose

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FASCIOLOSE
Agente etiológico: Fasciola hepatica 
Hospedeiro intermediário: Lymnaea sp
É um parasito de canais biliares de ovinos, bovinos, suínos e do homem (acidentalmente).
Conhecido como “baratinha do fígado”. 
A fasciolose é uma zoonose, o homem é um hospedeiro acidental.
Comum em áreas úmidas, alagadiças ou sujeitas inundações periódicas. 
Morfologia
Verme adulto: aspecto foliáceo, cor pardo-acinzentada; parasito hermafrodita; seu tegumento apresenta-se coberto por espinhos 
 
Ovos → Miracídios → Esporocistos → Cercárias → Metacercárias
Ciclo biológico
É do tipo heteróxeno/heteroxênico, uma vez que necessita de hospedeiros intermediários, sendo esses, caramujos do gênero Lymnaea sp.
Os adultos põem ovos que, com a bile, passam para o intestino, de onde são eliminados com as fezes → os ovos dão origem a um miracídio que sai do ovo quando entra em contato com a água e é estimulado pela luz solar → miracídios penetram o caramujo Lymnaea → no interior do molusco, forma um esporocisto → dá origem a várias cercarias → saem do caramujo → libera uma substância cimentante que evita a desidratação → forma cistos e adere aos vegetais → passa a chamar metacercária (forma infectante)
 O homem (ou animal) infecta-se ao comer vegetais com metacercárias → desencistam-se no intestino delgado → perdem as carapaças passam a formas jovens → penetram a mucosa intestinal→ caem na cavidade peritonial perfurando o peritônio visceral do fígado → migram até os ductos biliares → adultos se alimentam de sangue e após 8 semanas da infecção já liberam os ovos 
*Ciclo semelhante a esquistossomose 
Transmissão: ocorre através da ingestão de água e verduras contaminadas com metacercárias.
Patogenia
Infecção inicial no fígado → a migração do verme jovem dentro do parênquima hepático pode levar a formação de lesões necróticas e fibrosas; 
Hipertrofia dos canalículos biliares com necrose dos lóbulos hepáticos; 
Inflamação
Cirrose
- Fase aguda: 
Febre
Aumento doloroso do fígado e diarreia
Vômito, icterícia, má digestão e absorção.
- Fase crônica:
Dor abdominal, diarreia
Hepatomegalia
Anemia, perda de peso e complicações da cirrose
Diagnóstico:
EPF (exame parasitológico de fezes) → produção de ovos no homem é pequena, podendo haver resultados negativos
Métodos sorológicos (intradermorreação, imunofluorescência, reação de fixação do complemento e ELISA)
Utilizar os dois métodos – padrão ouro 
Tratamento
Bithionol
Deidroemetina (uso oral e injetáveis parenteral)
Profilaxia
Evitar a disseminação
Destruição dos caramujos (uso de moluscocidas, drenagens de pastagens úmidas ou alagadiças)
Tratamento em massa dos animais
Isolamento de pastos úmidos
Vacinação dos animas
Educação em saúde
Higienização adequada de verduras
Consumo de água de boa qualidade
Não consumir agrião proveniente de zonas em que essa helmintose animal tiver prevalência alta

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