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Working Poor

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Os trabalhadores 
pobres em Portugal 
e nos países da 
União Europeia
Daniela Rodrigues nº 68619
Mariana Mourão nº 68804
EB1 
Prof. Helena Lopes
Economia do Trabalho e dos Recursos Humanos1
Introdução
A criação de novos postos de trabalho tem sido uma crescente preocupação 
e com ela surgiram outras, nomeadamente, a relação trabalho/qualidade.
Será que as políticas de criação de emprego estão em conformidade com as 
políticas do combate à pobreza?
Será que o emprego criado é de qualidade?
2
A temática dos Working Poor tem ganho cada vez mais relevância no 
debate político.
Ter um emprego não é salvaguarda da situação de pobreza.
A problemática dos Working Poor é muito relacionada com empregos precários, que 
exigem baixas qualificações académicas e são frequentemente mal pagos, e com 
empregos a tempo parcial.
Introdução
3
1. 
Enquadramento 
teórico
Working Poor
Os trabalhadores pobres são indivíduos que passam pelo menos 27 semanas na 
força de trabalho, a trabalhar ou à procura de trabalho, mas cujos rendimentos 
estão abaixo do nível oficial de pobreza.
Limiar de risco de pobreza
60% do rendimento nacional mediano por adulto equivalente após as transferências sociais.
Está empregado um indivíduo com idade mínima de 15 anos que trabalha para um empregador, tem um contrato 
de emprego e recebe remunerações sob a forma de rendimentos, salários, ordenados, gratificações, ou em 
géneros.
Conceito de empregado
4
2. 
Trabalhadores
pobres
São em grande número os indivíduos que possuem uma 
ocupação profissional mas, que apesar disso, se 
encontram abaixo do limiar de pobreza pois não 
possuem rendimentos que lhes permitam fazer face às 
necessidades básicas.
A percentagem de 
trabalhadores pobres 
situou-se nos 9.6%
em 2014
Fonte: EUROSTAT, EU SILC 5
2. 
Trabalhadores
pobres
GEO/TIME 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
European Union (27 
countries)
8,5 8,4 8,3 8,8 9,0 8,9 9,6
Belgium 4,7 4,5 4,4 4,1 4,5 4,4 4,8
Bulgaria 7,6 7,5 7,7 8,2 7,4 7,2 9,3
Czech Republic 3,6 3,2 3,7 4,1 4,6 4,1 3,6
Denmark 5,0 5,9 6,3 6,3 5,7 4,3 4,8
Germany 7,1 6,8 7,1 7,7 7,7 8,6 9,9
Estonia 7,4 8,3 6,7 8,2 8,5 7,7 :
Ireland 6,3 4,9 5,5 5,3 5,4 4,5 :
Greece 14,2 13,7 13,9 11,9 15,1 13,0 13,2
Spain 11,1 11,7 10,8 10,9 10,8 10,6 12,6
France 6,5 6,6 6,5 7,6 8,0 7,8 8,0
Croatia : : 6,2 6,5 6,1 6,2 5,7
Italy 9,0 10,2 9,5 10,8 11,1 10,7 11,0
Cyprus 6,3 6,8 7,4 7,3 8,0 9,0 7,8
Latvia 10,7 11,2 9,7 9,6 8,9 9,1 8,3
Lithuania 9,5 10,5 12,7 9,6 7,7 9,2 8,4
Luxembourg 9,4 10,1 10,6 9,8 10,3 11,2 11,1
Hungary 5,8 6,2 5,4 6,1 5,3 6,6 6,4
Malta 5,1 5,4 5,8 6,1 5,2 5,9 5,7
Netherlands 4,7 5,0 5,1 5,4 4,6 4,5 5,3
Austria 8,5 8,2 7,5 7,6 8,2 7,9 7,2
Poland 11,5 11,0 11,5 11,2 10,4 10,8 10,7
Portugal 11,3 10,3 9,6 10,2 9,9 10,4 10,7
Romania 16,8 17,3 17,0 18,6 18,9 17,7 19,5
Slovenia 5,1 4,8 5,3 6,0 6,5 7,1 6,4
Slovakia 5,8 5,2 5,7 6,3 6,2 5,8 5,7
Finland 5,1 3,7 3,7 3,9 3,8 3,8 3,7
Sweden 6,8 7,0 6,6 6,9 6,7 7,1 7,8
United Kingdom 8,0 6,3 6,7 7,8 8,7 8,2 8,7
Tabela 1
Fonte: EUROSTAT, EU SILC 6
2.1. Número de elementos do agregado familiar dependentes
A composição do agregado familiar e o número de dependentes do 
rendimento total do trabalhador, influenciam o facto de os seus membros (que 
trabalham) serem considerados trabalhadores pobres ou não.
2. 
Trabalhadores
pobres
13,6
20,0
6,1
10,6
8,0
11,2
Single person Single person
with dependent
children
Two or more
adults without
dependent
children
Two or more
adults with
dependent
children
Households
without
dependent
children
Households with
dependent
children
In Work at risk of poverty rate by type of Household 
for the EU-27, 2014
2014 (%)
Fonte: EUROSTAT, EU SILC
Gráfico 1 
7
2.2. Relação entre o número de trabalhadores pobres e o tipo e duração 
do Contrato de Trabalho
2. 
Trabalhadores
pobres
Se os trabalhadores trabalharem abaixo do seu nível de potencial
também se pode verificar um aumento do nível de pobreza no trabalho.
Fonte: EUROSTAT, EU SILC
Cerca de metade dos países da 
UE têm uma taxa de emprego 
temporário involuntário 
superior a 10%, em 2014. 
8
2. 
Trabalhadores
pobres
5,9
15,7 15,7
7,7
Employees with a
permanent job
Employees with a
temporary job
Employees in a part-
time job
Employees in a full-
time job
In work at risk of poverty rate by type of 
contract EU-28, 2014
2014 (%)
Gráfico 2 
Fonte: EUROSTAT, EU SILC
9
3. 
A influência da 
Grande Recessão
Dificuldades 
nas empresas
Controlo de 
custos
Despedimentos 
e lay-offs
Problema: 
 A maioria dos trabalhos criados não oferece níveis salariais elevados ou comparáveis aos 
anteriores;
 Os governos não tomam decisões específicas para evitar o impacto da crise nos Working Poor;
 Nas economias abundam mais trabalhos com baixas remunerações e menos trabalhos que 
requerem mais aptidões e que são relativamente melhor remunerados.
10
4. 
Respostas 
políticas
4.1. Políticas que contribuem para assegurar um rendimento adequado
O salário mínimo é uma das medidas que desempenha um papel 
importante quanto ao grau de incidência do baixo pagamento, conseguindo 
limitá-lo através da providência de um rendimento base que não pode ser 
ultrapassado.
Fonte: EUROSTAT, EU SILC
Gráfico 3 e 4 
11
Gráfico 5 
Fonte: EUROSTAT, EU SILC
4. 
Respostas 
políticas
12
4. 
Respostas 
políticas
Gráfico 6 e Tabela 2 
Fonte: EUROSTAT, EU SILC
13
4.2. Políticas encorajadoras da participação dos Working Poor no mercado 
de trabalho
4. 
Respostas 
políticas
São obstáculos à participação no mercado de trabalho a fraca educação ou 
qualificação dos trabalhadores e o emprego precário ou o part-time
involuntário.
Pessoas com 
baixos níveis educacionais 
têm 4x mais risco 
de serem 
trabalhadores 
pobres
É necessário…
 Melhorar o acesso à educação
 Prevenir o abandono escolar precoce
 Melhorar o acesso à formação ao longo 
da vida
14
4. 
Respostas 
políticas
Para contrariar os fatores negativos do trabalho temporário é necessário 
adotar políticas que:
 Permitam uma resposta fácil dos trabalhadores às variações da procura de 
trabalho
 Permitam segurança no rendimento quando o trabalhador se encontra entre 
trabalhos ou involuntariamente a trabalhar menos horas do que as que 
gostaria.
4.3. Políticas que permitem o acesso a serviços cruciais
São um forte auxílio para os agregados familiares com 
baixo rendimento: aliviam bastante a carga da despesa e 
constituem um incentivo ao aumento da participação no 
mercado de trabalho.
A preocupação 
com os cuidados 
das crianças é 
uma forte 
componente
15
5. 
Análise
crítica
Arranjar um trabalho ajuda as pessoas a saírem da situação de 
pobreza em maior parte dos casos, no entanto este facto não se verifica 
em todos eles.
A criação de emprego não é suficiente para reduzir a pobreza.
16

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