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Aula 03
Engenharia Civil p/ FUNAI - (Cargo: Engenheiro Civil) - com videoaulas
Professor: Marcus Campiteli
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AULA 3: CONCRETO ARMADO 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2 
1. INTRODUÇÃO 3 
2. EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 5 
2.1 Formas 5 
2.2 Armaduras 6 
2.3 Concretagem 13 
2.4 Cura e Retirada de Formas e Escoramento 19 
3. PROJETO DE CONCRETO ARMADO 46 
3.1 Informações iniciais da NBR 6118/2014 46 
3.2 Características dos Materiais 49 
3.3 Comportamento conjunto dos Materiais 58 
3.4 Agressividade do Ambiente 59 
3.5 Ações a considerar no dimensionamento das estruturas 65 
3.6 Conceitos Adicionais 67 
3.7 Dimensões Limites 74 
3.8 Fissuração 77 
3.9 Demais Considerações 79 
4. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 87 
5. GABARITO 106 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 107 
 
 
 
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Olá pessoal, apresentamos para vocês nesta aula as 
informações normativas acerca de concreto armado. Afinal, a norma 
representa a fonte mais confiável de informações técnicas para a 
nossa prova. 
Vale a pena focar as partes negritadas. Apresentamos fotos e 
figuras, pois em um curso de engenharia funciona aquela ideia de que 
uma imagem vale mais do que mil palavras. 
As normas aqui compiladas foram a NBR 6118/2014 - Projeto 
de estruturas de concreto ± Procedimento e a NBR 14931/2004 ± 
Execução de estruturas de concreto ± Procedimento. Os textos estão 
baseados nas obras indicadas na Referência Bibliográfica. 
Nesta aula há uma mudança, que é trazer as questões 
comentadas junto à teoria, pois os comentários complementam-na. 
Dessa forma mantém-se a continuidade de cada assunto. 
Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os 
capítulos finais com as questões apresentadas e o gabarito. 
Bons estudos e boa sorte ! 
 
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CONCRETO ARMADO 
1 ± INTRODUÇÃO 
De acordo com a norma NBR 6118, os elementos de concreto 
armado são aqueles cujo comportamento estrutural depende da 
aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam 
alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa 
aderência. 
 
Fonte: Manual do Construtor ± Eng. Roberto Chaves (Notas de aula do Eng. Rafael Di Bello) 
 
Portanto, no concreto armado trabalham em conjunto o 
concreto e o aço por meio da aderência entre eles. 
 
Explicando melhor essa parte final da definição da norma, o 
concreto armado somente será submetido a carregamento, sejam 
cargas externas ou o seu peso próprio, após a pega (endurecimento) 
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do concreto, a partir do qual haverá aderência entre este e a 
armadura para que trabalhem em conjunto. 
A mais importante característica mecânica do concreto é a sua 
resistência à compressão. 
Nas regiões tracionadas, onde o concreto possui baixa 
resistência, as barras de aço absorvem os esforços de tração. 
Um bom exemplo para visualizarmos essa situação de uma 
peça de concreto armado resistindo a tensões de tração e 
compressão ao mesmo tempo é o da viga flexionada sob 
carregamento vertical, onde as tensões de tração ocorrem na parte 
inferior e as de compressão na parte superior. 
 
 
 
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<http://www.joinville.udesc.br> 
 
2 ± EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 
2.1 ± FORMAS 
No projeto do escoramento devem ser consideradas a 
deformação e a flambagem dos materiais e as vibrações a que o 
escoramento estará sujeito. 
 
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Fonte: Manual do Construtor do Eng. Roberto Chaves (Notas de Aula do Eng. Rafael Di Bello) 
Quando de sua construção, o escoramento deve ser apoiado 
sobre cunhas, caixas de areia ou outros dispositivos apropriados a 
facilitar a remoção das fôrmas, de maneira a não submeter a 
estrutura a impactos, sobrecargas ou outros danos. 
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar 
recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura 
que suporta o escoramento, pelas cargas por este transmitidas, 
prevendo-se o uso de lastro, piso de concreto ou pranchões 
para correção de irregularidades e melhor distribuição de cargas, 
assim como cunhas para ajuste de níveis. 
Quando agentes destinados a facilitar a desmoldagem forem 
necessários, devem ser aplicados exclusivamente na fôrma antes da 
colocação da armadura e de maneira a não prejudicar a superfície do 
concreto. 
2.2 ± ARMADURAS 
A superfície da armadura deve estar livre de ferrugem e 
substâncias deletérias que possam afetar de maneira adversa o aço, 
o concreto ou a aderência entre esses materiais. Armaduras que 
apresentem produtos destacáveis na sua superfície em função de 
processo de corrosão devem passar por limpeza superficial 
antes do lançamento do concreto. 
Armaduras levemente oxidadas por exposição ao tempo em 
ambientes de agressividade fraca a moderada, por períodos de até 
três meses, sem produtos destacáveis e sem redução de seção, 
podem ser empregadas em estruturas de concreto. 
Caso a armadura apresente nível de oxidação que implique 
redução da seção, deve ser feita uma limpeza enérgica e posterior 
avaliação das condições de utilização, de acordo com as normas de 
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especificação do produto, eventualmente considerando-a como de 
diâmetro nominal inferior. No caso de corrosão por ação e 
SUHVHQoD�GH�FORUHWRV��FRP�IRUPDomR�GH�³SLWHV´�RX�FDYLGDGHV, a 
armadura deve ser lavada com jato de água sob pressão para 
retirada do sal e dos cloretos dessas pequenas cavidades. 
A limpeza pode ser feita por qualquer processo mecânico 
como, por exemplo, jateamento de areia ou jato de água. 
As barras de aço devem ser sempre dobradas a frio. 
As emendas devem ser feitas de acordo com o previsto no 
projeto estrutural, podendo ser executadas emendas: 
- por traspasse; 
- por luva com preenchimento metálico, prensadas ou 
rosqueadas; 
- por solda; 
- por outros dispositivos devidamentejustificados. 
As luvas devem ter resistência maior que as barras emendadas. 
A barra emendada, no ensaio de qualificação, deve obter o 
alongamento mínimo de 2%. 
A montagem da armadura deve ser feita por amarração, 
utilizando arames. A distância entre pontos de amarração das 
barras das lajes deve ter afastamento máximo de 35 cm. 
O cobrimento (distância entre a face da armadura e a face do 
concreto ± proteção da armadura) deve ser mantido por dispositivos 
adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais 
exposta. 
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Segue abaixo uma figura para apresentar a posição do 
cobrimento (c) na seção transversal de uma laje. 
 
Fonte: < http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Lancamento/Pre-dimensionamento_EESC.pdf> 
É permitido o uso de espaçadores de concreto ou 
argamassa, desde que apresente relação água/cimento ”�0,5, e 
espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a 
fôrma revestidas com material plástico ou outro material similar. Não 
devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de 
lançado o concreto, tenha espessura menor do que o especificado no 
projeto. 
 
Fonte: <www. scpisos.com.br> 
Caso a concretagem seja interrompida por mais de 90 dias, as 
barras de espera devem ser pintadas com pasta de cimento para 
proteção contra a corrosão. 
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1) (66 ± MPU/2004 - ESAF) A NBR 6118 ± Projeto de 
estruturas de concreto ± procedimento, de março de 2003, 
estabelece critérios para utilização de estribos e grampos em 
armaduras. Sobre tais critérios, é incorreto afirmar que: 
 
a) as barras de estribos utilizadas em vigas devem apresentar 
diâmetro superior a 5 mm. 
 
Na norma NBR 6118/2014 consta que o diâmetro da barra que 
constitui o estribo deve ser maior ou igual a 5 mm, sem exceder 
1/10 da largura da alma da viga. 
 
b) o espaçamento mínimo entre estribos em vigas deve ser 
suficiente para permitir a passagem do vibrador para 
adensamento adequado do concreto. 
 
Está de acordo com a nova versão na NBR 6118, em que o 
espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo 
longitudinal do elemento estrutural, deve ser suficiente para permitir 
a passagem do vibrador, garantindo um bom adensamento da massa. 
 
c) os estribos devem ser distribuídos ao longo de toda a altura 
dos pilares, com exceção da região de cruzamento com vigas e 
lajes. 
 
De acordo com a NBR 6118/2007, a armadura transversal de 
pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por grampos 
suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo 
obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas 
e lajes. 
Portanto, este é o item errado. 
 
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d) o diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 
1/4 do diâmetro da barra isolada. 
 
Essa regra está mantida na nova versão da NBR 6118, de que o 
diâmetro dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem a 
1/4 do diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe 
que constitui a armadura longitudinal. 
 
e) o espaçamento de estribos em pilares não pode ser maior 
que 20 centímetros ou que a menor dimensão da seção do 
pilar. 
 
A NBR 6118/2014 prevê que o espaçamento longitudinal entre 
estribos, medido na direção do eixo do pilar, para garantir o 
posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e 
garantir a costura das emendas de barras longitudinais nos pilares 
usuais, deve ser igual ou inferior ao menor dos seguintes 
valores: 
- 200 mm; 
- menor dimensão da seção; 
- 24 ȭ para CA-25, 12 ȭ para CA-50. 
 
Gabarito: C 
 
2) (73 ± MPU/2004 - ESAF) A corrosão de armaduras em 
estruturas de concreto é um dos principais mecanismos de 
deterioração que afetam a sua durabilidade. Sobre a corrosão 
em armaduras, é incorreto afirmar que 
 
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a) o processo de corrosão estabelece uma expansão local no 
concreto, originando o surgimento de tensões de tração no 
material e sua fissuração. 
b) as estruturas expostas ao ambiente marítimo são 
altamente propensas a apresentarem problemas de corrosão, 
principalmente aquelas permanentemente submersas em água 
salgada. 
c) com relação ao concreto armado, o processo de corrosão 
eletroquímica é muito mais relevante que o de oxidação. 
d) a presença do hidróxido de cálcio liberado na hidratação do 
cimento Portland é extremamente importante para a proteção 
das armaduras contra a corrosão. 
e) a redução da permeabilidade a gases e água do concreto 
possibilita a redução da ação dos mecanismos de corrosão. 
O erro está na alínea B, ao dizer que as estruturas 
permanentemente submersas em água salgada são altamente 
propensas a apresentarem problemas de corrosão, pois a corrosão é 
favorecida pelo contato com os gases do ar. Caso a estrutura esteja 
permanentemente submersa, ela não estará sujeita à corrosão. 
O mesmo ocorre para a estrutura de aço permanentemente 
enterrada. 
O problema ocorre noV� WUHFKRV� DFLPD� GR� QtYHO� G¶iJXD� RX� GR�
terreno, pois combinam a umidade e os gases do ar pontecializando a 
corrosão. 
 
Gabarito: B 
 
3) (31 ± TRE-MA/2005 ± Cespe) Em estruturas de concreto 
armado, na ancoragem de armaduras passivas por aderência, 
os ganchos das extremidades das barras da armadura 
longitudinal de tração podem ser semicirculares, desde que 
possuam ponta reta de comprimento não-inferior a 
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A) dois diâmetros das barras. 
B) quatro diâmetros das barras. 
C) seis diâmetros das barras. 
D) oito diâmetros das barras. 
E) dez diâmetros das barras. 
 
Na norma NBR 6118 consta que os ganchos das extremidades 
das barras da armadura longitudinal de tração podem ser: 
 
a) VHPLFLUFXODUHV��FRP�SRQWD�UHWD�GH�FRPSULPHQWR�•���ȭ; 
b) em ângulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento 
•���ȭ; 
F��HP�kQJXOR�UHWR��FRP�SRQWD�UHWD�GH�FRPSULPHQWR�•���ȭ. 
 
Gabarito: A 
 
4) (49 ± TRE-MT/2005 - Cespe) O comportamento conjunto 
dos materiais empregados em estruturas de concreto armado 
é de fundamental importância para o bom desempenho dessas 
estruturas. No que se refere a ancoragem de armaduras 
passivas por aderência, os ganchos das extremidades das 
barras da armadura longitudinal de tração devem ser 
 
A) semi-elípticos, com ponta reta de comprimento não-inferior 
a um diâmetro da barra de aço. 
B) em ângulode 30º (interno), com ponta reta de 
comprimento não-inferior a 2 diâmetros da barra de aço. 
C) em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de 
comprimento não-inferior a 2 diâmetros da barra de aço. 
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D) em ângulo reto, com ponta reta de comprimento não-
inferior a 4 diâmetros da barra de aço. 
E) semicirculares, para as barras lisas. 
 
Na norma NBR 6118 consta que os ganchos das extremidades 
das barras da armadura longitudinal de tração podem ser: 
 
D��VHPLFLUFXODUHV��FRP�SRQWD�UHWD�GH�FRPSULPHQWR�•���ȭ; 
b) em ângulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento 
•���ȭ; 
F��HP�kQJXOR�UHWR��FRP�SRQWD�UHWD�GH�FRPSULPHQWR�•���ȭ. 
 
Para as barras lisas, os ganchos devem ser 
semicirculares. 
 
Gabarito: E 
 
2.3 - CONCRETAGEM 
Fôrmas construídas com materiais que absorvam umidade 
ou facilitem a evaporação devem ser molhadas até a saturação, 
para minimizar a perda de água do concreto, fazendo-se furos para 
escoamento da água em excesso, salvo especificação contrária em 
projeto. 
A equipe de trabalhadores devidamente treinados para a 
operação de concretagem deve estar dimensionada para realizar as 
etapas de preparo do concreto (se for o caso), lançamento e 
adensamento, no tempo estabelecido. 
A inspeção e liberação do sistema de fôrmas, das armaduras e 
de outros itens da estrutura deve ser realizada antes da 
concretagem. O método de documentação dessa inspeção deve ser 
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desenvolvido e aprovado pelas partes envolvidas antes do início 
dos trabalhos. Cada um desses aspectos deve ser cuidadosamente 
examinado, de modo a assegurar que está de acordo com o projeto, 
as especificações e as normas técnicas. 
$SyV� D� GHVFDUJD� GR� FRQFUHWR�� D� ³ELFD´� do caminhão betoneira 
de descarga deve ser lavada no canteiro de obras. 
A temperatura da massa de concreto, no momento do 
lançamento, não deve ser inferior a 5°C. Salvo disposições em 
contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável 
técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa sempre que 
estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0°C 
nas 48 h seguintes. 
Em nenhum caso devem ser usados produtos que possam 
atacar quimicamente as armaduras, em especial aditivos à base 
de cloreto de cálcio. 
Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente 
PXLWR�TXHQWH��•���ƒ&��H��HP�HVSHFLDO��TXDQGR a umidade relativa do 
DU�IRU�EDL[D��”������H�D�YHORFLGDGH�GR�YHQWR�DOWD��•����P�V���GHYHP�
ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de 
consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto. 
Imediatamente após as operações de lançamento e 
adensamento, devem ser tomadas providências para reduzir a perda 
de água do concreto (cura). 
Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou 
definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser 
suspensa se as condições ambientais forem adversas, com 
temperatura ambiente superior a 40°C ou vento acima de 60 m/s. 
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Recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o 
instante em que a água de amassamento entra em contato com 
o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2 h 30 
min. 
Quando a temperatura ambiente for elevada, ou sob condições 
que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse intervalo de 
tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas 
especiais, como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o 
tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto. 
No caso de concreto bombeado, o diâmetro interno do 
tubo de bombeamento deve ser no mínimo 4x o diâmetro 
máximo do agregado. 
 
Fonte: <revista.construcaomercado.com.br> 
Em nenhuma hipótese deve ser realizado o lançamento do 
concreto após o início da pega. 
Deve-se ter maiores cuidados quanto maiores forem a altura de 
lançamento e a densidade de armadura. Estes cuidados devem ser 
majorados quando a altura de queda livre do concreto 
ultrapassar 2 m, no caso de peças estreitas e altas, de modo a 
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evitar a segregação e falta de argamassa (como nos pés de pilares 
e nas juntas de concretagem de paredes). 
As fôrmas devem ser preenchidas em camadas de altura 
compatível com o tipo de adensamento previsto (ou seja, em 
camadas de altura inferior à altura da agulha do vibrador 
mecânico) para se obter um adensamento adequado. 
Em peças verticais e esbeltas, tipo paredes e pilares, pode ser 
conveniente utilizar concretos de diferentes consistências, de modo e 
reduzir o risco de exsudação e segregação. 
Quando o lançamento for submerso, o estudo de dosagem 
deve prever um concreto auto-adensável, coeso e plástico. Na 
falta de um estudo de dosagem que garanta essas características, 
deve-se preparar o concreto com consumo mínimo de cimento 
3RUWODQG�•�����NJ�P3 e consistência plástica, de forma que possa 
ser levado ao local de lançamento por meio de uma tubulação 
submersa. A ponta do tubo de lançamento deve ser mantida 
dentro do concreto já lançado, a fim de evitar agitação prejudicial. 
Após o lançamento o concreto não deve ser manuseado para adquirir 
uma forma definitiva específica, devendo-se manter continuidade na 
concretagem. 
O lançamento de concreto submerso não deve ser realizado 
quando a temperatura da água for menor que 5°C, mesmo estando o 
concreto fresco com temperatura normal, nem quando a velocidade 
da água for maior que 2 m/s. 
Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deve 
ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com equipamento 
adequado à sua consistência. 
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Fonte: <http://files.construfacil.webnode.com> 
 
Fonte: <http://www.pisosindustriais.com.br> 
Deve-se evitar a vibração da armadura para que não se 
formem vazios ao seu redor, com prejuízos da aderência. 
No adensamento manual, a altura das camadas de concreto não 
deve ultrapassar 20 cm. Em todos os casos, a altura da camada de 
concreto a ser adensada deve ser menor que 50 cm, de modo a 
facilitar a saída de bolhas de ar. 
Quando forem utilizados vibradores de imersão, a espessura da 
camada deve ser aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da 
agulha. Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar 
cerca de 10 cm na camada anterior. 
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Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao 
concreto. 
Devem ser tomados os seguintes cuidados durante o 
adensamento com vibradores de imersão (ver figura 2): 
- preferencialmente aplicar o vibrador na posição 
vertical; 
- vibrar o maior número possível de pontos ao longo do 
elemento estrutural; 
- retirar o vibrador lentamente, mantendo-o sempre 
ligado, a fim de que a cavidade formada pela agulha se feche 
novamente; 
- não permitir que o vibrador entre em contato com a 
parede da fôrma, para evitar a formação de bolhas de ar 
na superfície da peça, mas promover um adensamento 
uniforme e adequado de toda a massa de concreto, observando 
cantos e arestas, de maneira que não se formem vazios; 
- mudar o vibrador de posição quando a superfície 
apresentar-se brilhante. 
O momento ORJR� DSyV� R� ILP� GH� SHJD� p� GHQRPLQDGR� ³FRUWH�
YHUGH´� 
As juntas de concretagem, sempre que possível, devem ser 
previstas no projeto estrutural e estar localizadas onde forem 
menores os esforços de cisalhamento, preferencialmente em 
posição normal aos esforços de compressão, salvo se demonstrado 
que a junta não provocará a diminuição da resistência do elemento 
estrutural. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares, ou paredes, 
o lançamento do concreto deve ser interrompido no plano horizontal. 
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Deve ser evitada a manipulação excessiva do concreto, como 
processos de vibração muito demorados ou repetidos em um 
mesmo local, que provoca a segregação do material e a migração 
do material fino e da água para a superfície (exsudação), 
prejudicando a qualidade da superfície final com o conseqüente 
aparecimento de efeitos indesejáveis. 
Os agentes deletérios mais comuns ao concreto em seu início 
de vida são: mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva 
forte, água torrencial, congelamento, agentes químicos, bem como 
choques e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuras 
na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura. 
2.4 ± Cura e retirada de formas e escoramentos 
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto 
deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: 
- evitar a perda de água pela superfície exposta; 
- assegurar uma superfície com resistência adequada; 
- assegurar a formação de uma capa superficial durável. 
O endurecimento do concreto pode ser acelerado por meio 
de tratamento térmico ou pelo uso de aditivos que não 
contenham cloreto de cálcio em sua composição e devidamente 
controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a 
secagem. 
 
5) (25 ± CGU/2008 ± ESAF) O padrão de acabamento das 
lajes de concreto armado tem assumido diferentes formas, 
evoluindo do processo convencional até os processos mais 
racionalizados, devido ao apelo pela busca de maior qualidade 
e produtividade dos processos na construção civil. 
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Atualmente, as lajes de concreto armado, em relação ao seu 
padrão de acabamento, podem ser classificadas em: 
convencional, nivelada e acabada. Nesse contexto, assinale a 
opção incorreta. 
 
Segundo SOUZA (1996), as lajes podem ser classificadas em: 
Laje convencional ± Necessita de camada de regularização 
antes da colocação do piso, pois não é executada com controle de 
nivelamento e rugosidade da superfície. 
Laje nivelada ± O contrapiso é definido pelo projeto e não 
tem função de regularização de nível, visam à redução de 
espessura dos contrapisos utilizados como elementos niveladores nas 
estruturas convencionais, reduzindo o consumo extra de concreto. 
Laje acabada ± Tem as adequadas características de planeza 
ou rugosidade superficial e nivelamento ou declividade, necessárias à 
fixação ou assentamento do piso final. Não necessita de contrapiso. 
a) Nas lajes convencionais não existe controle efetivo de seu 
nivelamento e rugosidade superficial. 
 
Exato. A laje convencional não é executada com controle de 
nivelamento e rugosidade da superfície. 
b) As lajes niveladas consistem em um avanço na 
racionalização da produção, pois existe, no momento da sua 
execução, um controle de seu nivelamento. 
Correto, devido ao controle de nivelamento da laje nivelada o 
contrapiso não precisa ter função de regularização de nível, tendo 
espessura reduzida. 
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c) As lajes niveladas oferecem um substrato com adequada 
rugosidade superficial, planeza e nivelamento, dispensando o 
contrapiso. 
Errado, pois na laje nivelada há previsão de contrapiso, mesmo 
que de espessura reduzida. 
d) Na laje acabada, para a aplicação direta do revestimento, 
recomenda-se utilizar uma diferença de nível em áreas que 
tenham captação de água. 
Exato, pois a ideia de laje acabada é não haver camada de 
regularização. Logo, a superfície da laje acabada já deve ter os 
caimentos necessários. 
e) A laje acabada, por eliminar a camada de regularização, 
vem sendo questionada em relação ao seu desempenho 
acústico. 
A ausência do contrapiso reduz a espessura de material entre 
um andar e outro, o que prejudica, por consequência, o isolamento 
acústico. 
Gabarito: C 
 
6) (57 ± MPU/2004 - ESAF) Com relação a aditivos 
utilizados para a modificação das propriedades de concretos e 
argamassas, é incorreto afirmar que 
 
a) os aditivos incorporadores de ar melhoram a 
trabalhabilidade e reduzem as resistências mecânicas de 
concretos e argamassas. 
 
b) o cloreto de cálcio não deve ser empregado como aditivo 
acelerador em estruturas com aço protendido. 
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De acordo com a norma NBR 14931, em nenhum caso devem 
ser usados produtos que possam atacar quimicamente as 
armaduras, em especial aditivos à base de cloreto de cálcio. 
Gabarito: Correta 
c) os aditivos plastificantes permitem a redução da relação 
água/cimento, acarretando o aumento da resistência e da 
permeabilidade dos concretos e argamassas. 
 Na verdade ocorre a redução da permeabilidade. 
Gabarito: Errada 
d) um dos problemas no uso de aditivos superfluidificantes é a 
rápida perda da consistência fluída inicial estabelecida para o 
concreto. 
e) o uso de aditivos retardadores permite a realização de 
concretagens em dias com temperatura elevada. 
Gabarito: C 
 
7) (28 ± SEAD/PA ± 2005 - Cespe) No que se refere à 
execução de obras de concreto, assinale a opção incorreta. 
 
A) Para condições usuais de construções civis, recomenda-se 
que a altura de queda do concreto seja inferior a 2,5 m. 
 
Segundoa norma NBR 14931/2004, o concreto deve ser 
lançado com técnica que elimine ou reduza significativamente a 
segregação entre seus componentes, observando-se maiores 
cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade 
de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura 
de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças 
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estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de argamassa 
(como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de paredes). 
O lançamento do concreto não poderá ser de alturas 
excessivas. Quando a altura da queda for superior a 2,5 m, medidas 
especiais terão de ser tomadas para evitar a segregação dos 
materiais. Dentre elas, destaca-se a abertura de janelas nas fôrmas, 
que permitem diminuir a altura de lançamento e facilitam o 
adensamento. (Yazigi, 2009) 
 
Gabarito: Correta 
 
B) O vibrador de superfície é usado em lajes e pavimentação. 
 
Exato, esse tipo de vibrador é usado em lajes e pavimentação. 
 
O tipo mais comum adotado nas estruturas de concreto é o 
vibrador tipo mangote ou de imersão. 
 
Há também o vibrador externo, que transmite vibrações para as 
formas e é utilizado quando, por qualquer razão, não se puder 
introduzir um vibrador do tipo mangote; seções estreitas ou peças 
em que a ferragem seja muito densa são alguns exemplos desse 
caso. 
 
Gabarito: Correta 
 
C) Os aditivos para concreto podem ser utilizados para o 
retardo ou para a aceleração do endurecimento do concreto ou 
ainda para o aumento da sua plasticidade. 
 
Os aditivos são produtos que adicionados em pequenas 
quantidades a concretos de cimento portland modificam algumas de 
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suas propriedades para melhor adequá-las a determinadas condições. 
(Yazigi, 2009) 
Tipos de aditivos: 
- Aditivo plastificante: produto que melhora a 
trabalhabilidade reduzindo o consumo de água para a consistência 
exigida, contribuindo para o aumento da resistência à compressão. 
- Aditivo retardador: produto que retarda o início e fim da 
pega do concreto. 
- Aditivo acelerador: produto que acelera o endurecimento e 
a pega. 
- Aditivo incorporador de ar: produto que incorpora pequenas 
bolhas de ar ao concreto. 
 
Gabarito: Correta 
 
D) A graute é especialmente recomendada na concretagem de 
peças de grandes dimensões, devido à sua baixa fluidez. 
 
Fonte:<http://www.allquimica.com.br/arquivos/websites/artigos/A-000122006526123748.pdf> 
 
Na literatura técnica em inglês utiliza-se o termo grout para 
definir uma argamassa ou um microconcreto fluido, utilizado para o 
preenchimento de um vazio. No Brasil, os engenheiros e o mercado 
da construção reconhecem diferenças muito claras entre qualquer 
argamassa ou microconcreto fluido e um graute. 
 
Para que uma argamassa ou concreto sejam considerados um 
graute é necessário que: 
 
· Apresente consistência fluida, dispensando o adensamento 
· Atinja altas resistências iniciais e finais 
· Apresente expansão controlada. 
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Os grautes são materiais destinados ao preenchimento de 
vazios confinados ou semiconfinados em locais de difícil acesso, seja 
por se tratarem de cavidades muito estreitas ou locais com elevada 
densidade de obstáculos tais como armaduras, tubulações, entre 
outros. 
 
A fluidez do graute permite que haja um preenchimento total 
da seção, sem a necessidade de adensamento. 
 
A alta resistência inicial permite a rápida liberação das fôrmas e 
da estrutura grauteada, possibilitando maior agilidade no processo de 
fixação de equipamentos, e rápida colocação da estrutura reparada 
ou reforçada em carga. A elevada resistência final e a apresentação 
de módulo de deformação compatível com o do concreto garantem o 
bom desempenho frente a esforços elevados, mesmo para reforço de 
concretos de alta resistência. 
 
A expansão controlada ou, conforme o produto, a simples 
compensação da retração, garante a estabilidade volumétrica e 
impede a existência de vazios, propiciando perfeita aderência e 
compacidade. 
 
Os dois campos principais de utilização dos grautes são as 
obras novas e as de recuperação estrutural. Os grautes para reparo 
são, em geral, denominados argamassas ou micro-concretos fluidos 
ou simplesmente grautes de reparo. 
 
Portanto, ao contrário do que diz a questão, os grautes 
apresentam alta fluidez. 
 
Gabarito: Errada 
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E) Garantidas as condições apropriadas, o concreto pode ser 
transportado por bombeamento. 
 
O concreto deve ser transportado do local de amassamento 
para o de lançamento tão rapidamente quanto possível e de tal modo 
que mantenha sua homogeneidade, evitando-se a possível 
segregação dos materiais, transporte este que poderá ser na direção 
horizontal, vertical ou oblíqua. Os principais meios de transporte, 
desde o misturador, são (Azeredo, 2001): 
 
- carrinhos de mão 
- carrinhos motorizados 
- guinchos e calhas 
- correias 
- caminhões-betoneira 
- caminhões basculantes 
- sistema monorail 
- bombas de concreto 
 
O melhor concreto para bombeamento necessita de uma 
mistura razoável; para misturas muito plásticas ou muito secas esse 
processo torna-se impróprio. 
 
Gabarito: Correta 
 
Gabarito: D 
 
 
8) (23 ± SEAD/PA ± 2005 - Cespe) Na confecção de peças 
de concreto, entende-se por exsudação 
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A) o processo de embarrigamento de formas de madeira 
durante o lançamento de concretos frescos. 
B) as trincas que surgem devido à retração do concreto após a 
sua cura. 
C) a tendência de a água de amassamento vir à superfície do 
concreto recém-lançado. 
D) a quebra dos componentes agregados do concreto. 
E) o processo de cura acelerada do concreto decorrente da 
utilização de aditivos apropriados. 
A exsudação é um fenômeno de segregação de água que ocorre 
na pasta de cimento. Os grãos de cimento, sendo mais pesados que a 
água que os envolve, são forçados, por gravidade, a sedimentar. 
Essa tendência de movimentação dos grãos para baixo resulta 
no afloramento do excesso de água expulsa das partes inferiores. 
Esse fenômeno ocorre antes do início da pega. A água que se 
acumula superficialmente é chamada exsudação e é 
quantitativamente expressa como percentagem do volume inicial dela 
na mistura. É uma forma desegregação que prejudica a 
uniformidade, a resistência e a durabilidade do concreto (Yazigi, 
2009). 
Segundo a norma NBR 14931/2004, deve ser evitada a 
manipulação excessiva do concreto, como processos de vibração 
muito demorados ou repetidos em um mesmo local, que provoca a 
segregação do material e a migração do material fino e da água 
para a superfície (exsudação), prejudicando a qualidade da 
superfície final com o conseqüente aparecimento de efeitos 
indesejáveis. 
 
Gabarito: C 
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9) (41 ± TRE-MA/2005 - Cespe) Considere que, em um 
procedimento de fiscalização de uma obra, o fiscal constate 
que, na concretagem de uma viga, a água de amassamento 
aflorava na superfície da massa de concreto. Nessa situação, a 
ocorrência pode ser devida a 
 
A) cura prematura do concreto. 
B) agregados do concreto com dimensões exageradas. 
C) quantidade excessiva de cimento. 
D) trincamento por retração durante a concretagem. 
E) segregação dos componentes do concreto. 
 
De acordo com Yazigi (1994), a exsudação é um fenômeno de 
segregação de água (transpiração) que ocorre na pasta de cimento. 
Os grãos de cimento, sendo mais pesados que a água que os 
envolve, são forçados, por gravidade, a uma sedimentação, quando 
possível. Resulta, dessa tendência da movimentação dos grãos para 
baixo, o afloramento do excesso de água expulso das partes 
inferiores. 
Esse fenômeno ocorre antes do início da pega. A água que se 
acumula superficialmente é chamada exsudação e é 
quantitativamente expressa como percentagem do volume inicial 
dela, na mistura. É uma forma de segregação que prejudica a 
uniformidade, a resistência e a durabilidade do concreto. 
 
Gabarito: E 
 
10) (31 ± PMSP-2008 ± FCC) O concreto deve ser lançado nas 
fôrmas com técnicas que eliminem ou reduzam 
significativamente a segregação entre seus componentes. 
Deve-se utilizar 
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(A) sistema de injeção ascendente dentro das fôrmas, em 
armaduras pouco densas, onde a possibilidade de impacto 
pela ação de energia cinética for grande. 
(B) malha de aço complementar que servirá de elemento 
inibidor de segregação e dissipador da energia potencial, em 
alturas de lançamento iguais ou maiores que 1,60 m. 
(C) dispositivos redutores de segregação, como funis e calhas 
intermediárias, em alturas de lançamento iguais ou superiores 
a 2,00 m. 
(D) agregados leves em substituição aos pesados, como a 
argila expandida, em proporção máxima de 30%, em 
situações de grande impacto ou de valor energético potencial 
elevado. 
(E) a adição de agregados leves e composição de armaduras 
dissipadoras de impacto exclusivamente em sistemas 
ascendentes de concretagem dentro das fôrmas. 
De acordo com a norma NBR 14931, deve-se ter maiores 
cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade 
de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura 
de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças 
estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de 
argamassa (como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de 
paredes). 
Gabarito: C 
 
11) (36 ± Infraero/2011 ± FCC) A cura é o processo pelo qual 
se consegue manter no concreto o teor de água e a 
temperatura mais convenientes durante um fenômeno 
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fundamental no concreto, que condiciona fortemente a 
geração das propriedades do concreto endurecido, como 
resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade 
e estabilidade de volume. 
Este fenômeno é denominado de 
(A) hidratação dos materiais cimentantes. 
De acordo com Mehta (1994), a hidratação é o processo de 
reações químicas entre os minerais do cimento e a água. 
Um cimento é chamado hidráulico quando os produtos de 
hidratação são estáveis em meio aquoso. O cimento hidráulico mais 
utilizado para fazer concreto é o cimento Portland, que consiste 
essencialmente de silicatos de cálcio hidráulicos. Os silicatos de cálcio 
hidratados, formados pela hidratação do cimento Portland, são os 
principais responsáveis por sua característica adesiva e são estáveis 
em meios aquosos. 
A hidratação dos silicatos confere resistência mecânica à 
pasta e a hidratação dos aluminatos é responsável pela pega 
(endurecimento). 
'H�DFRUGR�FRP�R�DUWLJR�³&XUD�GH�SDYLPHQWRV�GH�FRQFUHWR´��GD�
Revista Téchne, da Pini, a hidratação do cimento é, obviamente, o 
fenômeno fundamental na geração das propriedades do concreto 
endurecido - resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, 
durabilidade e estabilidade de volume. 
Para que a hidratação se processe convenientemente é 
essencial manter a massa em condições ótimas de umidade e de 
temperatura, o que se consegue pela adoção de sistemas e produtos 
de cura que mantenham essas condições o maior tempo possível 
após o adensamento do concreto. 
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Altas temperaturas durante o período crítico de hidratação do 
cimento aumentam a resistência mecânica do concreto nas primeiras 
idades mas, por outro lado, resultam em queda nas idades 
posteriores. 
(B) reação álcalis-agregado. 
Segundo Mehta (1994), a reação álcali-agregado trata-se de 
reações químicas envolvendo íons alcalinos do cimento Portland, íons 
hidroxila e certos constituintes silicosos que podem estar presentes 
no agregado, resultando em expansão e fissuração do concreto, 
levando-o à perda de resistência, elasticidade e durabilidade. 
(C) evaporação da água da mistura. 
De acordo com R�DUWLJR�³&XUD�GH�SDYLPHQWRV�GH�FRQFUHWR´��GD�
Revista Téchne, da Pini, quando o meio ambiente propicia 
temperaturas elevadas durante a pega do concreto, a perda rápida 
de água poderá causar danos à resistência da massa endurecida, 
assim como produzir fissuração, em um primeiro momento, de 
natureza plástica - fissuras superficiais que trarão, em longo prazo, 
desgaste e quebra de suas bordas - o esborcinamento. 
(...) 
A evaporação, no entanto, exige uma proteção que somente 
será bem-sucedida se forem adequados os tipos de agentes de cura, 
a duração do processo, a eficácia do material em minimizar as 
variações de temperatura da massa e o tempo decorrido entre as 
operações de acabamento superficial e a aplicação da cura. 
O pavimento de concreto tem uma característica peculiar: a 
área exposta é muito mais significativa do que o volume da placa, o 
que aumenta a velocidade de evaporação, com a conseqüência já 
mencionada de aparição de fissuras de retração plástica. O 
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mecanismo de geração destas está intimamente ligado à acomodação 
do concreto recém-adensado, à conseqüente exsudação da água de 
mistura e à velocidade de evaporação resultante (figura abaixo), 
função da velocidade do vento, das temperaturas do ar e do concreto 
e da umidade relativa do ar. Quando a velocidade ou taxa de 
evaporação excede a velocidade de exsudação, instala-se a fissuração 
plástica. 
 
A evaporação rápida também poderá reduzir a resistência 
mecânica, aumentar o desgaste superficial ao longo do tempo 
e, finalmente, comprometer a durabilidade da estrutura. 
Afirma Rhodes que a cura será bem-sucedida desde que, 
medida após sete dias, a perda de água seja de até 20%. 
(D) retração volumétrica. 
Retração é o encurtamento do concreto devido à evaporação da 
água desnecessária à hidratação do cimento. A retração depende da 
umidade relativa do ambiente, da consistência do concreto no 
lançamento e da espessura fictícia da peça. 
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Conforme Leonhardt (1977), o concreto experimenta alterações 
de volume com o tempo, devido a influências do meio ambiente (ar, 
água), isto é, do clima. A retração (shrinkage) é a diminuição de 
volume devido à evaporação da água não consumida na reação 
química de pega do concreto. 
A retração ocorre durante a contração da massa do gel de 
cimento, por ocasião da evaporação da água não fixada 
quimicamente do gel. Isso ocorre nas peças de concreto, 
independentemente do estado de tensões existente, dependendo 
somente das tensões capilares, do tempo ou da idade do concreto e 
especialmente do clima, isto é, temperatura e umidade relativa do 
meio ambiente. 
O teor de cimento e o fator água-cimento influenciam o valor da 
retração: um teor mais elevado de cimento e/ou um fator água-
cimento maior aumentam as deformações de retração. 
A retração começa sempre nas superfícies externas das peças 
estruturais, sendo impedida pelas zonas internas. Consequentemente 
aparecem tensões internas, especialmente em peças espessas. Essas 
tensões podem produzir fissuras porque os maiores encurtamentos 
devidos à retração aparecem no lado externo do concreto novo que 
possui ainda pequena resistência à tração. 
Como efeitos indesejáveis citam-se: 
- aumento das flechas da zona comprimida; 
- redistribuição de tensões, em uma peça estrutural, nos 
trechos de ligação rígida com outras peças estruturais (p.e. 
revestimento de paredes); 
- fissuras nas superfícies externas devidas às tensões de 
retração. 
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(E) abatimento do concreto. 
De acordo com Leonhardt (1977), a propriedade mais 
importante do concreto fresco é, juntamente com a massa específica, 
a consistência, que é decisiva para a trabalhabilidade. 
Segundo Mehta (1994), a consistência pode ser medida pelo 
ensaio do abatimento do tronco de cone. Ela é usada como um 
simples índice de mobilidade ou da fluidez do concreto fresco. 
Uma variação fora do normal no resultado do abatimento pode 
significar uma mudança imprevista nas proporções da mistura 
(traço), granulometria do agregado ou teor de água do concreto. 
Para uma dada dimensão máxima do agregado graúdo, o 
abatimento ou consistência do concreto é uma função direta da 
quantidade de água na mistura. 
As misturas fluidas de concreto com elevada consistência 
tendem a segregar e exsudar, afetando desfavoravelmente o 
acabamento. Misturas com consistência seca podem ser difíceis de 
lançar e de adensar, e o agregado graúdo poderá segregar no 
lançamento. 
 
Portanto, a hidratação do cimento é o fenômeno fundamental 
na geração das propriedades do concreto endurecido - resistência aos 
esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de 
volume. 
Gabarito: A 
 
12) (45 ± TRE-AM ± 2003 ± FCC) A cura do concreto, durante 
o processo de hidratação do cimento, é 
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(A) o ato de adicionar água ao cimento. 
(B) o início do endurecimento, que ocorre uma hora, 
aproximadamente, após a adição de água. 
(C) o fenômeno de transformação de compostos mais solúveis 
em menos solúveis do cimento. 
(D) o endurecimento, quando atinge a resistência 
especificada. 
(E) a medida que evita a evaporação precoce da água 
necessária à hidratação do cimento. 
A cura é o conjunto de providências tomadas para reduzir a 
perda de água do concreto. 
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto 
deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: 
- evitar a perda de água pela superfície exposta; 
- assegurar uma superfície com resistência adequada; 
- assegurar a formação de uma capa superficial durável. 
Por fim, podemos adotar o comando da questão anterior, que 
define cura como o processo pelo qual se consegue manter no 
concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante a 
hidratação do cimento, que condiciona fortemente a geração das 
propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços 
mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. 
Gabarito: E 
 
13) (53 ± TRE-MS ± 2007 ± FCC) A alteração do grau de 
hidratação (relação a/c) é conseguida através de alguns 
recursos. É prejudicial à resistência do concreto: 
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(A) diminuir o tempo de cura. 
(B) empregar aditivos aceleradores ou retardadores. 
(C) diminuir a quantidade do agregado miúdo. 
(D) empregar aditivos de água ou superplastificantes. 
(E) mudança do tipo de cimento (composição química). 
De acordo com Helene e Tutikian (2011), a alteração do grau 
de hidratação é conseguida por meio de: 
- mudança do tipo de cimento (composição química e/ou 
características físicas); 
- alteração nas condições de cura (idade, pressão, umidade e 
temperatura); 
- emprego de aditivos aceleradores ou retardadores. 
E a alteração da relação água/cimento pode ser alcançada por 
meio de: 
- mudança do tipo de cimento (finura ou composição química); 
- mudança dos agregados (textura, dimensão, granulometria, 
DEVRUomR�G¶iJXD�� 
- emprego de aditivos redutores de água ou superplastificantes. 
Conforme vimos nas questões anteriores, a cura é o processo 
pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a 
temperatura mais convenientes durante a hidratação do cimento, que 
condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto 
endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, 
durabilidade e estabilidade de volume. 
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Portanto, a redução do tempo de cura prejudica a hidratação do 
cimento, assim como permite a ocorrência de retração que gera 
fissuras adicionais, prejudicando a resistência à compressão do 
concreto. 
Gabarito: A 
 
14) (32 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Utilizar cimento com 
granulometria menor na produção do concreto provoca 
(A) a necessidade de ajustes na dosagem dos agregados, 
caracterizados pela determinação da plasticidade e moldagem 
do concreto nas fôrmas de compensado de madeira, fato que 
não ocorre quando da aplicação de fôrmas metálicas. 
(B) equalização de potenciais entre todas as malhas da 
estrutura cristalina do concreto, provocando a estabilização de 
todas as massas metálicas da estrutura da armadura. 
(C) segregações localizadas, sobretudo em locais onde estão 
locadas as juntas de dilatação, tendo em vista a ocorrência de 
adensamentos nos decantadores primários e digestores 
secundários. 
(D) hidratação das partículas deste de forma mais rápida, com 
liberação de calor de hidratação em menor intervalo de tempo 
e choque térmico do concreto mais elevado, após a retirada 
das fôrmas, o que favorece a fissuração do concreto. 
(E) ocorrência de anomalias extremamente prejudiciais na 
estrutura, uma vez que nem sempre é possível evitar a coação 
de microcimentos na superfície das lajes quando do emprego 
de resina de poliuretano. 
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A finura (ou superfície específica) de um cimento influencia sua 
velocidade de hidratação. 
De acordo com Thomaz (2011), quanto mais fino o cimento 
mais rapidamente ele se hidrata e libera calor. 
O aumento da finura e o aumento do teor de C3S do cimento 
Portland comum permitiram altas resistências nas primeiras idades 
do concreto. 
Contudo, existe uma relação inversa entre uma alta resistência 
à compressão nas primeiras idades e a resistência à fissuração. 
 
Gabarito: D 
 
15) (35 ± PMSP-2008 ± FCC) Em um concreto dosado a partir 
de um cimento CP-II-E-32, 
I. quanto mais próxima de 0,35 L/kg for a relação 
água/cimento, maior será a resistência do concreto final. 
Primeiramente, a relação água cimento é adimensional, pois 
compara-se massa de água com massa de cimento. Ademais, em 
tese, quanto menor o fator a:c maior é a resistência obtida, desde 
que haja água suficiente para a completa hidratação do cimento. E 
pode-se conseguir fatores a:c inferiores a 0,35. 
Gabarito: Errada 
II. um traço em volume 1:2:4 garantirá uma resistência à 
compressão a 7 dias certamente maior que 28 MPa. 
A garantia da resistência à compressão a ser atingida a 7 dias 
depende do tipo de cimento utilizado, da granulometria da areia e do 
agregado, assim como o tipo deste último. Portanto, não há como 
garantir uma determinada resistência somente com base no traço em 
volume. 
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Gabarito: Errada 
III. um traço em massa que contenha mais que 420 kg de 
cimento por m3 de concreto é considerado de alto consumo de 
aglomerante. 
Segue abaixo uma composição do SINAPI, sistema referencial 
de preços elaborado pela CEF e IBGE, com as composições de preços 
unitários dos serviços de edificações, conforme será apresentado a 
vocês na aula de Análise Orçamentária. 
 
Verifica-se que o consumo de cimento é de 349 kg/m3 de 
concreto com fck = 25 Mpa. 
Consumo de cimento superior a 400 kg/m3 é considerado 
elevado. 
Gabarito: Correta 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
Gabarito: C 
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16) (31 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) A proporção de 1:2:4 
utilizada para o preparo de um traço de concreto simples 
significa uma medida de 
(A) cimento para duas de brita e quatro de areia. 
(B) brita para duas de cimento e quatro de areia. 
(C) cimento para duas de areia e quatro de brita. 
(D) areia para duas de brita e quatro de cimento. 
(E) brita para duas de areia e quatro de cimento. 
O traço traz a proporção entre o cimento : areia : brita em peso 
ou em volume, nessa ordem. 
Portanto, a proporção 1:2:4 significa uma medida de 1 de 
cimento para 2 de areia para 4 de brita. 
Gabarito: C 
 
(TCE-PI ± 2005 ± FCC) Instruções: Para responder às questões 
de números 79 e 80 considere os dados a seguir. 
Numa mistura de concreto foram consumidos: 
2 sacos de cimento 
141 litros de areia seca 
176 litros de pedra seca 
massas específicas: 
cimento = 1,42kgf/litro 
areia seca = 1,54kgf/litro 
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pedra seca = 1,39kgf/litro 
 
17) 79. O traço em volume é, aproximadamente, 
(A) 1 : 3,5 : 5 
(B) 1 : 3 : 4 
(C) 1 : 2, 5 : 3,5 
(D) 1 : 2 : 2,5 
(E) 1 : 2 : 3 
 2 sacos de cimento = 100 kg 
 Vcimento = 100 kg/1,42 kg/L = 70,42 L 
 Com isso, teremos o seguinte traço, em volume: 
 70,42 L : 141 L : 176 L = 1:2:2,5 
Gabarito: D 
 
18) 80. O traço em peso é, aproximadamente, 
(A) 1: 1,41: 1,76 
(B) 1: 2,17: 2,45 
(C) 1: 2,77: 2,95 
(D) 1: 2,82: 3,52 
(E) 1: 3,25: 5,87 
 Peso da areia = 141 L x 1,54 kg/L = 217,14 kg 
 Peso da pedra = 176 L x 1,39 kg/L = 244,64 kg 
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 Com isso, teremos o seguinte traço, em peso: 
 100 kg : 217,14 kg : 244,64 kg = 1:2,17:2,45 
Gabarito: B 
 
19) (60 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Um traço de concreto 1:2:3, 
executado de maneira normalizada, sob cura ideal, teve sua 
característica de resistência à compressão identificada acima 
de 25 MPa. O cimento utilizado foi o CP-II-E32. Outros três 
traços foram produzidos: 
I. 1:2:2,5 
II. 1:2,5:3,5 
III. 1:3:5. 
Em comparação ao primeiro traço, a resistência de cada 
concreto feito com os traços I a III, será, respectivamente, 
(A) menor, menor, menor. 
(B) maior, menor, maior. 
(C) maior, maior, maior. 
(D) menor, maior, maior. 
(E) maior, menor, menor. 
O concreto de traço I terá maior resistência, pois contém maior 
proporção de cimento (1/5,5) > (1/6), que é a principal característica 
a influenciar a resistência à compressão. 
Já o concreto de traço II terá menor resistência, pois contém 
menor proporção de cimento (1/7) < (1/6). 
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E o concreto de traço III terá menor resistência pelo mesmo 
motivo: (1/9) < (1/6). 
Gabarito: E 
 
20) (33 ± TRE-PB ± 2007 ± FCC) Numa mistura de concreto 
feito na obra, o traço é 1:2,5:3,5 em volume e o consumo de 
cimento é de 300 Kg/m3. A quantidade aproximada em litros 
de areia e de pedra, respectivamente, para um saco de 
cimento é: 
(A) 175 e 125 
(B) 126 e 90 
(C) 125 e 175 
(D) 100 e 150 
(E) 90 e 126 
Dados: 
1 saco de cimento = 36 litros 
Vareia = 2,5 x Vcimento = 2,5 x 36 L = 90 L de areia 
Vpedra = 3,5 x Vcimento = 3,5 x 36 L = 126 L de pedra 
Gabarito: E 
 
21) (46 ± MPE-MA/2013 ± FCC) O traço em massa do 
concreto a ser executado em obra é 1,2:2:3:0,3 (cimento, 
areia, brita e água) com agregados secos. O volume de brita 
necessário para a produção de 1 m3 de concreto é, em m3, 
Dados: 
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í Desprezar o volume de vazios com ar do concreto fresco 
adensado; 
í Cimento: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; 
í Areia: massa específica dos sólidos =2,5 g/cm3; 
í Brita: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; 
í Índice de vazios da brita fornecida seca =0,80 
í Massa específica aparente da areia seca =1.550 kg/m3. 
(A) 0,72 (B) 1,20 (C) 2,00 (D) 2,40 (E) 3,00 
 Massa de cimento: 
 Adota-se a seguinte fórmula: 
 C = 
ଵ଴଴଴ሺ೘೎ᦿ೎ ା೘ೌᦿೌ ା೘್ᦿ್ ା೘ೌ೒ᦿೌ೒ ሻ 
Onde: 
 mc, ma, mb e mag: massa de cimento, areia, brita e água 
 ᦿc, a, b e ag: massa específica dos sólidos do cimento, areia, brita 
e água. 
 Para a massa, adota-se a proporção do traço em massa: 
 C = 1000/[(1,2/3)+(2/2,5)+(3/3)+0,3] 
 C = 1000/[(12+24+30+9)/30]=30000/75=400 kg 
 Massa de areia = 400.2 = 800 kg 
 Massa de brita = 400.3 = 1.200 kg 
 Volume dos sólidos de brita = 1.200/3 = 0,4 m3 
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 Índice de vazios = e = Vv/Vg = (Vt ± Vg)/Vg, Vg.e = Vt - Vg 
 Vt = Vg.(1+e), Vt = 0,4.1,8 = 0,72 m3 
Gabarito: A 
 
22) (51 ± TRE-BA ± 2003 ± FCC) Os incorporadores de ar são 
usados no concreto com a finalidade de 
(A) aumentar sua resistência à compressão. 
(B) melhorar sua trabalhabilidade. 
(C) acelerar a pega. 
(D) eliminar o efeito de deformação lenta. 
(E) retardar a pega. 
Os aditivos são produtos que adicionados em pequenas 
quantidades a concretos de cimento portland modificam algumas de 
suas propriedades para melhor adequá-las a determinadas condições. 
(Yazigi, 2009). 
O aditivo incorporador de ar trata-se de um produto que 
incorpora pequenas bolhas de ar ao concreto. Ele melhora a 
trabalhabilidade, contudo, reduz as resistências mecânicas de 
concretos e argamassas. 
Os aditivos plastificantes permitem a redução da relação 
água/cimento, acarretando o aumento da resistência e da 
permeabilidade dos concretos e argamassas. 
Para acelerar a pega , adota-se aditivo acelerador de pega. 
A fluência ou deformação lenta do concreto é o encurtamento 
do mesmo devido à ação de forças permanentemente aplicadas. Para 
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eliminar os seus efeitos, calcula-se e aplica-se armadura 
complementar na peça de concreto. 
Para retardar a pega adota-se o aditivo retardador de pega, 
o que permite, por exemplo, a realização de concretagens em dias 
com temperatura elevada. 
Gabarito: B 
 
3 ± PROJETO DE CONCRETO ARMADO 
3.1 ± Informações iniciais da NBR 6118/2014 
Pessoal, um dos enfoques da norma NBR 6118 está na 
durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse aspecto, os 
mecanismos preponderantes de envelhecimento e deterioração do 
concreto são: 
- lixiviação: é o mecanismo responsável por dissolver e 
carrear os compostos hidratados da pasta de cimento por ação 
de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. Para 
prevenir sua ocorrência, recomenda-se restringir a fissuração, de 
forma a minimizar a infiltração de água, e proteger as superfícies 
expostas com produtos específicos, como os hidrófugos; 
- expansão por sulfato: é a expansão por ação de águas 
ou solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, 
dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de 
cimento hidratado. A prevenção pode ser feita pelo uso de cimento 
resistente a sulfatos; 
- reações álcali-agregado: é a expansão por ação das 
reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. 
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Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à 
armadura são: 
- despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do 
gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura. As medidas 
preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes 
agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o 
controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável 
o uso de um concreto de pequena porosidade; e 
- despassivação por ação de cloretos: consiste na ruptura 
local da camada de passivação, causada por elevado teor de 
íon-cloro. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso 
dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das 
armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo 
recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade. O 
uso de cimento composto com adição de escória ou material 
pozolânico é também recomendável nestes casos. 
E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente 
dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, 
movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, 
retração, fluência e relaxação. 
Alguns exemplos de medidas preventivas: 
- barreiras protetoras em pilares (de viadutos, pontes e outros) 
sujeitos a choques mecânicos; 
- período de cura após a concretagem; 
- juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações 
volumétricas; 
- isolamentos térmicos, em casos específicos, para evitar 
patologias devidas a variações térmicas. 
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23) (52 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) Um dos mecanismos de 
deterioração da vida útil das estruturas de concreto é a 
OL[LYLDomR��D�TXDO�p�GHILQLGD�SHOD�1%5�����������í�3URMHWR�GH�
estruturas de concreto como 
(A) a ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas 
que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta 
de cimento. 
(B) despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás 
carbônico da atmosfera. 
(C) reações deletérias superficiais de certos agregados 
decorrentes de transformações de produtos ferruginosospresentes na sua constituição mineralógica. 
(D) a expansão por ação das reações entre os álcalis do 
cimento e certos agregados reativos. 
(E) a expansão por ação de águas e solos que contenham ou 
estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações 
expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. 
Conforme vimos na aula, um dos enfoques da norma NBR 6118 
está na durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse 
aspecto, os mecanismos preponderantes de envelhecimento e 
deterioração do concreto são: 
- lixiviação: ocorre por ação de águas puras, carbônicas 
agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos 
hidratados da pasta de cimento; 
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- expansão por ação de águas e solos que contenham ou 
estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações 
expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado; 
- expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e 
certos agregados reativos; 
- reações deletérias superficiais de certos agregados 
decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na 
sua constituição mineralógica. 
Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à 
armadura são: 
- despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás 
carbônico da atmosfera; e 
- despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto). 
E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente 
dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, 
movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, 
fluência e relaxação. 
Gabarito: A 
 
3.2 - Características dos materiais 
a) Concreto: 
São considerados concretos de massa específica normal, que 
são aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica 
compreendida entre 2.000 kg/m3 e .2.800 kg/m3. 
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Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de 
cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2.400 kg/m3 
e para o concreto armado 2.500 kg/m3. 
Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, 
pode-se considerar para valor da massa específica do concreto 
armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 
kg/m3. 
Para efeito de análise estrutural, o coeficiente de dilatação 
térmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/°C. 
Primeiramente, vale trazer a classificação do concreto para fins 
estruturais, da NBR 8953: 
 
 
De acordo com NBR 6118, a classe C20, ou superior, se aplica a 
concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, a 
concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas 
em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. 
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Portanto, pessoal, de acordo com a norma, o pré-requisito do 
concreto destinado ao concreto armado é que ele deve ter 
resistência característica à compressão •����03D, aos 28 dias. 
A resistência característica do concreto corresponde à 
resistência que tem 5% de probabilidade de não ser alcançada, ou 
seja, possui 95% de probabilidade de ser superada, a partir da 
distribuição normal de Gauss, a seguir: 
 
A norma NBR 12655 apresenta a seguinte fórmula para lotes 
com número de exemplares n > 20: 
fck est = fcm - 1,65 Sd 
onde: 
fcm é a resistência média dos exemplares do lote, em 
megapascals; 
Sd é o desvio-padrão do lote para n-1 resultados, em 
megapascals. 
 Para uso em concreto protendido o concreto deve apresentar 
resistência característica à compressão •����03a. 
E concretos com resistência característica à compressão inferior 
a 20 MPa, até o limite de 15 MPa, somente podem ser usados em 
obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. 
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A resistência à tração do concreto de classe até C50 pode ser 
estimada a partir da sua resistência à compressão, pelas seguintes 
fórmulas: 
 
Onde: 
fct,m - Resistência média à tração do concreto 
fck - Resistência característica à compressão do concreto 
Por exemplo, pode-se estimar a resistência média à tração de 
um concreto com resistência característica à compressão de 25 MPa 
como 0,3 x (25)2/3 = 2,56 MPa. 
Percebam como a resistência à tração do concreto é bem menor 
que a sua resistência à compressão. Nesse caso específico, ele 
corresponde a quase 10% da resistência à compressão. 
O módulo de Elasticidade também pode ser estimado a partir da 
resistência característica à compressão do concreto, conforme a 
seguir: 
Eci = ĮE.5600.(fck)1/2, para fck de 20 MPa a 50 MPa; 
Eci =21,5.103��ĮE .((fck/10) + 1,25)1/3, para fck de 55 MPa a 90 MPa. 
Sendo: 
 ĮE = 1,2 para basalto e diabásio 
 ĮE = 1,0 para granito e gnaisse 
 ĮE = 0,9 para calcário 
 ĮE = 0,7 para arenito 
 
24) (36 ± TRT-15/2013 ± FCC) Nos projetos de estruturas de 
concreto armado com 25 MPa de resistência característica à 
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compressão, quando não forem feitos ensaios e não existirem 
dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 
dias, o módulo de elasticidade ou módulo de deformação 
tangente inicial do concreto (Eci), em MPa, pode ser estimado 
em 
(A) 140 000. 
(B) 28 000. 
(C) 25 000. 
(D) 119 000. 
(E) 23 800. 
 De acordo com a NBR 6118/2014, quando não forem realizados 
ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial, 
para fck de 20 MPa a 50 MPa, pela expressão 
 Eci = Į E . 5600 . (fck)1/2 
 Sendo: 
 Į E = 1,2 para basalto e diabásio 
 Į E = 1,0 para granito e gnaisse 
 Į E = 0,9 para calcário 
 Į E = 0,7 para arenito 
 Podemos considerar Į E = 1,0, por representar a maior parte 
dos agregados utilizados no Brasil. 
 Com isso, teremos: 
 Eci = 5600.(25)1/2 = 28.000 MPa 
Gabarito: B 
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25) (54 ± Defensoria-SP/2013 - FCC) O ensaio realizado para 
a determinação da resistência característica do concreto, ou 
seja, a resistência à compressão é determinada por um ensaio 
padronizado empregando-se corpos de prova cilíndricos. As 
dimensões dos corpos de prova são: 
(A) 30 cm de diâmetro e 45 cm de altura. 
(B) 15 cm de diâmetro e 45 cm de altura. 
(C) 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura. 
(D) 10 cm de diâmetro e

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