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Erisipela Suína Ruiva Mal Rubro DEFINIÇÃO o É uma doença infectocontagiosa do tipo hemorrágico que pode determinar lesões cutâneas (*lesões de pele em forma de losango*), articulares, cardíacas ou septicêmicas em suínos, bem como aborto em porcas em gestação. o Suídeos (a infecção já foi demonstrada em javali). Erisipela o Gênero: Erysipelothrix spp., Espécie: E. rhusiopathiae o Encapsulada, não esporula, Gram + , imóvel. o Anaeróbica facultativa. o Não produz toxina mas excreta hialuronidase e neuraminidase. No Brasil a Erisipela suína está contemplada na IN50/2013 constando na lista de doenças que requerem notificação mensal de qualquer caso confirmado. (Categoria IV) • Apesar de não esporular, é relativamente resistente as condições adversas, resiste várias semanas na água e no solo em pH alcalino até 90dd, • Até 6 meses nas fezes de suínos, em temperaturas frias. • sobrevive vários meses em matéria orgânica em putrefação. A sobrevivência é mais longa em temperatura ambiente mais baixa. Resistência Fatores de Virulência o Cápsula polissacarídeo (protege da fagocitose) o Aderência (principalmente a válvula cardíaca) o Neuraminidase (Disseminar, ácido acetilneuroamínico) o Hialuronidase (importância controversa) Hospedeiros o Suídeos, aves, peixes (não patogênica) e mamíferos o Poliartrite em ovino, caprino e alta mortalidade em perus. o Zoonose, contato (erisipelóide) Patogênia Atravessa a superfície mucosa e vai para a corrente sanguínea Disseminação para capilares na pele, válvula cardíaca e articulações Fêmeas prenhes podem abortar Hiperaguda – Morte súbita Vírus é ingerido água, alimento ou penetra por ferimentos na pele Aguda - Febre alta, prostração, anorexia, conjuntivite e andar cambaleante. Forma cutânea ( menos severa menor mortalidade) e septicemia (mais severa maior mortalidade). Machos podem apresentar esterilidade temporária Subaguda – Mais branda, apetite normal e lesões na pele pouco visíveis. Crônica – Forma mais comum. Causa dano no endotélio induzindo hemorragia, trombose e edema. Insuficiência cardíaca e artrite. Subclínica – Sem sinais aparentes mas pode levar a doença crônica. Período de Incubação 1 a 7dd Maioria dos suínos abriga a bactéria no epitélio tonsilar (portador), excreção oronasal Bactéria excretada pelas fezes, urina, secreções nasais ... MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM SUÍNOS o Aguda: Septicêmica (pode haver aborto, taxa de mortalidade maior) ou cutânea “diamante” (taxa de mortalidade menor) o Crônica: Artrite e endocardite PATOGNOMONICO CRÔNICA *Desvalorização da carcaça *Sinais cardíacos podem levar a morte Fatores que propiciam o aparecimento • Idade do suíno por ocasião da infecção; • Nível de anticorpos (pelo colostro ou vacinação); • Intensidade da contaminação ambiental; • Virulência da amostra da bactéria; • Existência de fatores imunodepressores. Estes fatores explicam porque em algumas granjas os suínos apresentam sinais brandos, enquanto outras de forma grave Fatores que propiciam o aparecimento • Estresse térmico (mudança de temperatura ambiente); • Mudança brusca de alimentação; • Ingestão de micotoxinas, especialmente aflatoxinas • Introdução de outras doenças no rebanho (por exemplo, circovirose). É sugerido que infecção com PCV2 ou PRRS pode suprimir a resposta imune à vacinação contra erisipela suína. Prevenção e Tratamento o Vacina inativada o Antibióticos - Aguda: responde bem, padrão Penicilina, 12 horas, 3 dias 30.000UI/Kg. Também podem ser usadas estreptomicina e tetraciclina. - Crônica ou severa: não responde bem ao tratamento antibiótico, usa-se corticoide para as lesões articulares. Doença de Aujeszky Pseudoraiva (PRV) Peste de Coçar “Mad-Itch” DEFINIÇÃO o É uma doença viral infecciosa altamente contagiosa que causa uma série de sinais clínicos em suínos, nervosos em animais jovens e perdas reprodutivas nas porcas, problemas respiratórios em adultos, acomete suídeos domésticos e selvagens. Suídeos são os hospedeiros naturais. o Casos clínicos já foram diagnosticados em bovinos, ovinos, caprinos, felinos e caninos, parece ser rara em cavalos. TÓPICOS o Ocorrência o Etiologia o Hospedeiros o Patogenia o Transmissão o Sinais Clínicos o Diagnóstico OCORRÊNCIA o Aladar Aujeszky reportou pela primeira vez na Hungria em 1902, uma entidade clínico patológica específica em bovinos, gatos e cães. o 1908 – Antônio Carini começou a trabalhar com a “peste de coçar”, em 1912 junto com Maciel era a Doença de Aujeszky. o Durante as décadas de 1910 a 1960, a doença foi sendo observada sucessivamente em mamíferos domésticos e em muitas espécies selvagens. PRV - O VÍRUS o Família: Herpesviridae, Gênero: varicellavirus , ENVELOPADO, apenas 1 sorotipo, herpesvirus suíno tipo 1 (SHV-1) o Genoma: dsDNA, não segmentado, 143.461pb, 150-200nm, icosaédrico No Brasil a PRV está contemplada na IN50/2013 constando na lista de doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito. (Categoria II) CICLO DO HERPESVIRIDAE TRANSMISSÃO o Contato direto entre animais (secreções orais,nasais, saliva, excretas, sangue, leite); o Água, ração, fômites, equipamentos e cama contaminados; o Via aerógena (aerossóis suspensos, vento até 3km); o Mucosa vaginal e prepucial (monta natural), sêmen (contaminação no momento da colheita), transplacentária (congênita), restos de partos e abortos; o Propagação por pessoas e veículos. PATOGENIA Disseminação centrípeta: nervos até SNC e depois centrífuga SNC para os demais órgãos. Neurônios replicação aguda causando a morte ou se protege do sistema imune - latência Morte ou latência Vírus penetra na mucosa nasal, oral... outras superfícies mucosa Febre, anorexia, apatia, coceira intensa, nervosos maternidade, respiratórios creche e engorda. Reprodutoras: agalaxia, aborto, eventualmente sinais nervosos e respiratórios Ativação se dá por imunodepressão, fatores como transporte, brigas, parto, estresse e terapias por corticosteróides Células epiteliais nasofaringe e das tonsilas Sítio primário de replicação Disseminação para demais partes do corpo Menos de seis dias LATÊNCIA SINAIS CLÍNICOS - Depende da virulência e idade do animal. Maternidade, 3 semanas: SNC e morte Mortalidade de lactentes próxima a 100%. Creche, 4 semanas: Principalmente sinais respiratórios, q(uando tem sinais nervosos morrem), caso contrário recuperação dentro de 5 a 10 dias. Mortalidade geralmente não excedendo 10%. - Adultos: Sinais respiratórios ou inaparente, aborto, mumificados ou nativivos.. Mortalidade baixa (1 - 2%). - Focos de necrose amarelados no baço e fígado; - Focos de necrose hemorrágica nos linfonodos e tonsilas; - Consolidação pulmonar com áreas disseminadas pelos diversos lobos; - Conjuntivite; - Placentite necrótica. LESÕES MACROSCÓPICAS DIAGNÓSTICO Identificação do agente: - Isolamento viral a partir de leitões doentes ou de órgãos e tecidos como cérebro, baço, tonsilas, pulmão e fetos abortados; - PCR Provas sorológicas: - Ensaio Imunoenzimático (ELISA triagem e ELISA diferencial para gE DIVA); - Teste de neutralização viral (VN). PCR VACINA • Inativadas ou atenuada deletada para a glicoproteína viral gE • Emergência sanitária sob controle do serviço veterinário oficial, e por um período de tempo determinado. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL o Primeiro tem que excluir Raiva o Nervosas: PSC, PSA, intoxicação( NaCl...), o Respiratórias: influenza suína, PRRS, Mycoplasma,o Genital : PRRS, PSC, PSA, parvovirus, leptospirose, brucelose , etc. Senecavirus A • Família: Picornaviridae, gênero: Senecavirus, espécie: Senecavirus A • Doença Vesicular Idiopática Porcina (PIVD) e Perdas Neonatais Transitórias Epidêmicas (ETNL) • Brasil (PIVD e ETNL) desde 2014, 80% da indústria, 8 estados (RS, SC, PR, SP, MG, MT, MS e GO) • EUA (2015 PIVD e ETNL) • PIVD indistinguível de FA, estomatite vesicular, exantema vesicular e doença vesicular do suíno (só acometeu suínos). • ETNL morte súbita em neonatos principalmente 1-4 dias (25-30%), os mais acometidos até 7dd. • Pode haver apatia, pele avermelhada, sinais nervosos e/ou diarreia líquida amarelada, sobreviventes podem apresentar vesículas (refugos). 01) O nome vulgar da doença de Aujeszky é: a. ( ) raiva. b. ( ) febre aftosa. c. ( ) pseudo-raiva. d. ( ) gripe aviária. e. ( ) mormo. 02) Principais animais reservatórios do Vírus da Doença de Aujeszky: a. ( ) bovídeos b. ( ) suínos. c. ( ) bovinos. d. ( ) bubalinos. e. ( ) caprinos e ovinos. 03) _____________________ é uma enfermidade infectocontagiosa que acomete os suínos. Mesmo sendo os porcos os hospedeiros primários do vírus, ele pode infectar outras espécies de mamíferos domésticos, como cães, gatos e bovinos. A doença é fatal nessas espécies, sendo os suínos os únicos que têm chances de sobreviver ao contágio. Em leitões jovens, que não possuem o sistema imunológico desenvolvido, as taxas de mortalidade são próximas a 100 %. Já nos suínos adultos, os principais sintomas são abortos, febres, tremores, dificuldades respiratórias, pneumonias e, certas vezes, vômitos. A desinfecção das baias auxilia na prevenção da Doença. Assinale a alternativa correta. a. ( ) Síndrome da refugagem multissistêmica b. ( ) Peste Suína Clássica c. ( ) Doença de Aujeszky. d. ( ) Síndrome multissêmica dos suínos 04) A notificação obrigatória de algumas doenças dos animais objetiva evitar a grande disseminação delas. São doenças de notificação obrigatória em bovinos, equinos, suínos e aves, respectivamente: a. ( ) raiva, mormo, peste suína clássica e brucelose. b. ( ) febre aftosa, anemia infecciosa equina, peste suína clássica e gripe aviária. c. ( ) mastite, anemia infecciosa equina, doença de Aujeszki e doença de Gumboro. d. ( ) febre aftosa, mormo, peste suína clássica e febre catarral maligna. 05) A vacinação constitui um método eficiente de prevenção de enfermidades. Nas espécies bovina, equina, caprina, ovina e nas aves, as vacinas específicas são: a. ( ) febre aftosa, anemia infecciosa equina, linfadenite caseosa, grangrena gasosa e doença de Newcastle. b. ( ) febre aftosa, anemia infecciosa equina, linfadenite caseosa, grangrena gasosa e bronquite infecciosa. c. ( ) brucelose, tétano, grangrena gasosa, enterotoxemia e doença de Newcastle. d. ( ) tuberculose, mormo, grangrena gasosa, enterotoxemia e bronquite infecciosa. 06) Doença de Aujeszky (DA), ou pseudo-raiva, é uma enfermidade infecto-contagiosa de etiologia viral de grande importância para a suinocultura comercial em todo o mundo. A infecção causa perdas econômicas diretas e indiretas, pela restrição do comércio internacional de produtos suínos. Embora a DA venha sendo notificada em várias estados do Brasil desde o início do século XX, o Rio Grande do Sul (RS) permanecia “provisoriamente livre” com base em critérios da Organização Internacional de Epizootias (OIE). Mas, ocorreram dois focos da enfermidade em municípios do norte do RS, limítrofes com Santa Catarina, Estado que tem registrado vários focos nos últimos anos. Como estratégia de combate foram determinados o rastreamento da movimentação de suínos, a interdição da área e a erradicação dos focos através de abate sanitário em matadouros sob Inspeção Federal. Sobre a DA, podemos afirmar: a. ( ) Todas as suspeitas de ocorrência da DA deverão ser investigadas pelo médico veterinário oficial, decorridos no máximo 24(vinte e quatro) horas da notificação, observados os procedimentos de biossegurança. b. ( ) Para o diagnóstico da DA em suídeos, serão utilizadas as provas sorológicas de Ensaio Imunoenzimático (ELISA triagem ou ELISA diferencial para a glicoproteína viral gE, naqueles estabelecimentos onde a vacinação é praticada) e o Teste de Neutralização, realizados exclusivamente em laboratório oficial ou credenciado. c. ( ) É proibido o trânsito de suídeos vacinados contra a DA para qualquer finalidade, inclusive o abate imediato em abatedouro reconhecido pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal. d. ( ) O transito de suídeos entre zonas de mesma condição sanitária para a DA, por meio de zonas de condição sanitária superior, poderá ser realizado em qualquer veículo. exceto lacrado