Buscar

HÉRNIA DE DISCO

Prévia do material em texto

Disciplina: Neurocirurgia - Clínica Integrada IV 
Docente: Hallison Yoshinari Ferreira da Cruz 
Discentes:Isadora Gonçalves, Laís Magnino e Sofia Moura
HÉRNIA DE DISCO
ANATOMIA
Mobilidade e ligamento
Absorção de impacto
Placa cartilaginosa (cart.hialina)
Anel Fibroso 
(tec.conj.denso+fibrocartilagem)
Núcleo pulposo
(fibras soltas em líquido viçoso 
rico em ác. hialurônico+colágeno)
DEFINIÇÃO
→Ruptura do anel fibroso com subsequente deslocamento de massa central
→Pode comprimir raízes nervosas ou medula
→ Protusa (fissuras das fibras internas)
 Extrusa (contida pelo lig.longitudinal post.)
 Sequestrada (dentro do canal)	
EPIDEMIOLOGIA
→ acomete entre 13 e 40% das pessoas ao longo da vida
→ ⅔ das hérnias tem reabsorção espontânea
→ pico de incidência → 50-60 anos de idade
→ predomina em lombar, 80% em L4/5 e L5/S1
→ principal motivo de recebimento de auxílio doença, além de 3ª causa de aposentadoria por invalidez no país
EPIDEMIOLOGIA
→ DADOS BASEADOS EM: estudo de caráter descritivo, transversal e observacional, de análise de RM de indivíduos encaminhados com provável diagnóstico de HD. ³
→ MÉDIA DE IDADE: 50,22
→ > PREVALÊNCIA SEXO MASCULINO
→ M. IMC: 27.5
→ 81,71% hérnia lombar, 18.28% hérnia cervical
→ PROFISSÃO: serviços gerais, jornada > 6h diárias, renda < 1 salário mínimo
→ Conclusão: idade >39, peso, homens mais acometidos, profissão.
QUADRO CLÍNICO
caráter multifatorial 
sintomas característicos dos locais específicos de compressão ou irritação nervosa
dor intensa com irradiação para o membro cuja raiz nervosa é afetada
dependem da localização, do tamanho, do tipo e do grau de envolvimento radicular
A compressão pode gerar hipoestesia, hiporreflexia e fraqueza muscular correspondente ao nível comprometido!
QUADRO CLÍNICO
HÉRNIA LOMBAR
entre L4 e L5 / L5 e S1
Lateral  raiz correspondente
Dorsal  raiz seguinte
LOMBALGIA → LOMBOCIATALGIA → CIATALGIA 
A dor radicular→ ataques repetitivos de dor localizada, aguda, súbita, podendo irradiar-se ao longo da distribuição inteira da raiz envolvida ou afetar somente uma parte desta raiz
Os sintomas acentuam-se com o esforço, aliviada por curtos períodos de repouso → posição semi-fowler 
HÉRNIA CERVICAL
cervicobraquialgia distribuída pelo dermátomo correspondente à raiz nervosa.
contratura da musculatura paravertebral. 
agravamento do quadro ao acordar
C7  parestesia segundo e terceiro dedos das mãos + fraqueza extensão do antebraço + hiporreflexia tricipital 
C5/C6  bicipital
Fatores predisponentes
a herança genética
 o envelhecimento natural dos discos vertebrais 
sedentarismo
Tabagismo
excesso de peso
má postura ao transportar cargas 
prática de movimentos incorretos
Prevenção 
manter a postura ereta
transportar carga junto ao corpo
evitar torções da coluna
corrigir a postura no trabalho
uso de sapatos confortáveis
perder peso
praticar atividades físicas
fazer alongamentos e aquecimento antes de fazer qualquer esforço com a coluna
DIAGNÓSTICO
→ CLÍNICO: sintomas característicos dos locais específicos de compressão ou irritação nervosa (dor, fraqueza muscular, parestesia e/ou paresia)
→ Anamnese e Exame Físico
→ IMC, ocupação, sedentarismo
→ Inspeção, palpação, reflexos, mobilidade, força, amplitude de movimentos
DIAGNÓSTICO
→ Manobra de Spurling→ flexão lateral da cabeça do paciente, onde o examinador força uma pressão sobre o topo da cabeça, sendo considerado positivo quando provoca aumento dos sintomas radiculares.
DIAGNÓSTICO
→ Teste de Elevação do Membro Inferior, realizado por meio de elevação passiva do membro inferior com o joelho em extensão, avalia a tensão do nervo ciático, que geralmente ocorre entre os 35º e 70º da flexão do quadril.
DIAGNÓSTICO
→ Patrick ou Fabere: paciente em posição supina, com o quadril e o joelho flexionados, e o pé apoiado sobre o joelho contralateral. O examinador fixa a pelve com uma das mãos e, ao mesmo tempo, com a outra mão, exerce pressão sobre o membro. Consideramos positivo causa ou intensifica a dor.
DIAGNÓSTICO
→ Exame de imagem somente para pacientes com sinais e sintomas de déficit neurológico severo, alguma doença de base, ou para quem realizou tratamento conservador e permaneceu sintomáticos. 
→A TC nos permite visualizar a coluna em mais de uma dimensão, e torna o canal medular mais visível, entretanto expõe o paciente a altos níveis de radiação. 
→ PADRÃO-OURO: RM é o melhor método para avaliar o disco intervertebral, e mais específico dentre os utilizados: nervos, vasos, ligamentos, medula espinhal → permite um estudo cirúrgico de compressões nervosas, níveis de desgastes e presença tumores.
TRATAMENTO
→Princípio: Proporcionar repouso ao disco e evitar sobrecarga mecânica
→Finalidade: alívio da dor
recuperação neurológica
aumento da capacidade funcional
→Conservador x cirúrgico
TRATAMENTO CONSERVADOR
→Primeira escolha
→Caráter benigno → 60-90% resolução espontânea em 6-12 semanas
→Medicamentoso: AINE’s (analgésico e anti-inflamatórios)
 Relaxantes musculares (manejos de espasmos e dor)
 Corticosteróides
 Opióides (curto prazo)
→Outros: repouso,fisioterapia, exercício físico, mudança de hábitos físicos
→Bloqueio da raiz com anestésico local e corticosteróide
TRATAMENTO CIRÚRGICO
→Pré-operatório: discutir riscos e benefícios com o paciente
→Cirurgia: 
Alívio rápido dos sintomas
 Remoção total ou parcial do disco herniado
HÉRNIA LOMBAR
→Indicações:
-Absolutas: síndrome da cauda equina ou parestesia importante
-Relativa: ciatalgia não responsiva ao tratamento conservador (pelo menos 6 semanas), déficit motor superior a grau 3, dor radicular associada a estenose óssea foraminal
→Abordagens:
-Microdiscectomia: incisão dorsal, hemilaminectomia, remoção do fragmento de disco
-Discectomia aberta tradicional
-Técnicas minimamente invasivas: nucleotomia manual percutânea, discectomia a laser, discectomia endoscópica, etc
HÉRNIA CERVICAL
*Benefício não comprovado
→Indicações: 
-Sinais e sintomas de radiculopatia cervical; 
-Evidência de compressão de raiz nervosa cervical em exame de imagem que explique os sinais e sintomas clínicos; 
-Persistência da dor radicular apesar de tratamento conservador por 6-12 semanas ou déficit motor progressivo com prejuízo funcional.
→Abordagens:
-Discectomia Cervical Anterior com Fusão
-Foraminotomia Cervical Posterior
PÓS-OPERATÓRIO
→Fisioterapia
→Não é necessário restringir atividades
→Segmento:
Tempo médio de 2 anos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fernandes RCP, Carvalho FM. Doença Do Disco Intervertebral Em Trabalhadores Da Perfuração De Petróleo. Cad. Saúde Publ. 2000; 16(3): 661- 669.
Nascimento PRC; Costa LOP. Prevalência da dor lombar no Brasil: uma revisão sistemática. Cad. Saúde Pública. 2015 Jun;31( 6 ): 1141-56.
Garcia DKM, Vasconcelos TB, Cardoso ARNR, Marcena RHM, Souza CAPB, , Bastos VPD. Análise Epidemiológica dos Indivíduos com Hérnias Discais Avaliadas pelo Método de Ressonância Magnética J Health Biol Sci. 2018 Jan-Mar; 6(1):23-27.
Tratado de técnica operatória em neurocirurgia / editores Paulo Henrique Pires de Aguiar [et al.] . – São Paulo : Editora Atheneu, 2009.
Helfenstein Júnior M, Goldenfum MA, Siena C. Lombalgia ocupacional. Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo. 2010;56(5). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lord MJ, Small JM, Dinsay JM, Watkins RG. Lumbar lordosis effects of sitting and standing. Spine. 1997;22(21):2571-4. 
Santos M. Hérnia de Disco: uma revisão clínica, fisiológica e preventiva. Revista digital. Buenos Aires. 2003;65.

Continue navegando