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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Não foi possível postar a aula 7, na sexta-feira. Peço desculpas a todos e gostaria de ressaltar que faltam 3 aulas para o término do curso. Anteciparei as aulas, conforme prometido. Antes de 25 de Julho, todas as aulas estarão postadas. Vamos então, iniciar a nossa aula de hoje! Aula 7: Do FGTS. Da prescrição e decadência. Da segurança e medicina no trabalho: da CIPA; das atividades insalubres ou perigosas. 7.1. FGTS: O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é regulamentado pela Lei 8.036/90 e possui muitas Súmulas e Orientações Jurisprudências do TST. A primeira que iremos estudar é a Súmula 305 do TST, que já foi mencionada na aula sobre aviso prévio. Esta Súmula estabelece a incidência do valor referente ao aviso prévio no cálculo para o FGTS, ou seja, 8% do valor do aviso prévio, deverá ser depositado na conta vinculada do empregado. O cálculo de contribuição do FGTS incidirá sobre a remuneração, sobre as horas extraordinárias que forem prestadas e sob algum adicional que, porventura o empregado receba. A OJ 195 estabelece que não incidirá contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas. OJ 195 da SDI-1 do TST Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas. Súmula 305 do TST O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. Súmula 63 do TST A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 2 É importante lembrar que o empregado que for transferido para trabalhar no exterior terão o valor das parcelas de natureza salarial inseridas no cálculo do FGTS. Em relação aos saques ocorridos na vigência do contrato de trabalho haverá a incidência da indenização compensatória de 40%. OJ 42 da SDI-1 do TST I - É devida a multa do FGTS sobre os saques corrigidos monetariamente ocorridos na vigência do contrato de trabalho. Art. 18, § 1º, da Lei nº 8.036/90 e art. 9º, § 1º, do Decreto nº 99.684/90. II - O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por ausência de previsão legal. OJ 232 da SDI-1 do TST O FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial pagas ao empregado em virtude de prestação de serviços no exterior. OJ 301 da SDI-1 do TST Definido pelo reclamante o período no qual não houve depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela reclamada a inexistência de diferença nos recolhimentos de FGTS, atrai para si o ônus da prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as guias respectivas, a fim de demonstrar o fato extintivo do direito do autor (art. 818 da CLT c/c art. 333, II, do CPC). OJ 341 da SDI-1 do TST É de responsabilidade do empregador o pagamento da diferença da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, decorrente da atualização monetária em face dos expurgos inflacionários. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 3 ‘DICA: O art. 20 da Lei 8036/90 é muito cobrado em provas e concursos públicos e trata das hipóteses em que a conta vinculada do FGTS poderá ser levantada pelo trabalhador, são elas: ¾ despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; ¾ extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; ¾ aposentadoria concedida pela Previdência Social; ¾ falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento; ¾ pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que: ⇒ o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; ⇒ o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses; ⇒ o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação; OJ 302 da SDI -1 do TST Os créditos referentes ao FGTS, decorrentes de condenação judicial, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicáveis aos débitos trabalhistas. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 4 ¾ Liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação; ¾ Pagamento total ou parcial do preço da aquisição de moradia própria, observadas as seguintes condições: ⇒ O mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes; ⇒ Seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH: ¾ Quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta. ¾ Extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974; ¾ Suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovados por declaração do sindicato representativo da categoria profissional. ¾ Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna. ¾ Aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a opção. ¾ Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 5 ¾ Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento; ¾ Quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos. ¾ Necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorram de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições: ⇒ o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo GovernoFederal; ⇒ a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e ⇒ o valor máximo do saque da conta vincu- lada será definido na forma do regulamento. ¾ Integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do caput do art. 5o desta Lei, permitida a utilização máxima de 10% (dez por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção. ⇒ A lei 8036/90 estabelece que em caso de culpa recíproca e força maior o empregador deverá pagar indenização compensatória de 20% do valor dos depósitos e, no caso em tela tanto Ana quanto João poderão sacar o montante lá depositado. ⇒ O art. 16 da Lei 8036/90 estabelece que as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar os seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Para os efeitos da lei será considerado diretor aqueles que exerçam cargos de administração, previsto em lei, estatuto ou contrato social independente da denominação do cargo. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 6 7.2. Da Prescrição e da Decadência: Os institutos da prescrição e da decadência objetivam dar uma maior segurança jurídica à Sociedade e às relações jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser exercido em determinado tempo. A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia do seu titular, em exercitá-lo dentro do prazo previsto. Observem o dispositivo constitucional e as Súmulas do TST que tratam da prescrição: Art. 7º da CF/88 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Súmula 308 I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. A prescrição bienal do direito de propositura de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho conta-se da extinção do contrato de trabalho, equiparando-se, para tal efeito, segundo entendimento jurisprudencial dominante, a mudança do regime celetista para o estatutário, nos moldes da Lei no 8.112/1990. Súmula 382 do TST A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia conforme estabelece o art. 625-G da CLT, como exemplo de aplicação deste artigo temos a questão 9 que está inserida no item 12.6 desta aula. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 7 Art. 625-G da CLT O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. Exemplificando: (FCC/Técnico Administrativo – TRT 4ª Região/2006) Empregado dispensado em 18 de outubro de 2000, submeteu, em 20 de agosto de 2002, demanda de natureza trabalhista à Comissão de Conciliação Prévia constituída no âmbito do sindicato, não prosperando a conciliação. Fornecida declaração da tentativa de conciliação frustrada em 31 de agosto de 2002, o empregado Comentários: (Art. 625 – G da CLT). O prazo prescricional será suspenso quando a CCP for provocada, sendo assim, ele recomeçará a contar de onde parou em caso de tentativa frustrada de conciliação. Sendo assim, em 20/08/2002 o prazo prescricional de dois anos após a extinção do contrato de trabalho, que se extinguiria em 18 de Outubro de 2002, foi suspenso, recomeçando a fluir pelo tempo que faltar. Tipos de Prescrição: Prescrição Total, Parcial e Prescrição do FGTS ⇒ Prescrição Parcial: A prescrição parcial é a de cinco anos, tornando-se inexigíveis as parcelas devidas anteriormente aos cinco anos. O prazo de cinco anos deverá ser contado da data do ajuizamento da ação. Súmula 373 do TST Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. ⇒ Prescrição Total: A prescrição total aplica-se às lesões contratuais que se iniciaram há muito tempo e estancaram-se há mais de cinco anos do ajuizamento da ação. Terá o prazo de cinco anos contados da lesão. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 8 Súmula 294 do TST Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. ⇒ Prescrição FGTS: Súmula 362 do TST É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho. Súmula 268 do TST A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. A decadência é a perda do direito pelo decurso de prazo previsto em lei ou no contrato para o seu exercício. A parte poderá ter ainda o direito de ação por não estar prescrito, mas não terá o direito assegurado em virtude da decadência. Outras Súmulas do TST referentes à prescrição: Súmula 114 - É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. Súmula 153 - Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária. Súmula 156 - Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho. Súmula 350 - O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado. 7.3. Da segurança e Medicina do Trabalho: As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 9 As normas estabelecerão: ¾ Classificação das empresas segundo o número mínimo de empregados e a natureza do risco de suas atividades; ¾ A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho; ¾ As demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. Este tema é abordado seguindo a literalidade dos artigos da CLT, conforme vocês poderão observar: Art. 155 da CLT Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200; II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividadesrelacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. Art. 156 da CLT Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 10 III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201. Art. 157 da CLT Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art. 158 da CLT Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Art. 159 da CLT Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 11 7.3.1. CIPA: O art. 163 da CLT estabelece a obrigatoriedade de con- stituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) de acordo com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho. Art. 163 da CLT Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA -, de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regula- mentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAs. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) será composta de representantes da empresa e dos empregadores, os primeiros são designados pelo empregador e os representantes de empregados titulares e suplentes são eleitos em escrutínio secreto. O mandato dos membros eleitos da CIPA será de um ano, sendo permitida uma reeleição, o presidente da CIPA será escolhido pelo empregador e o vice-presidente eleito pelos empregados. Art. 164 da CLT Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão por eles designados. § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a dur- ação de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número da reuniões da CIPA. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 12 § 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA, e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. Os representantes dos empregados titulares ou suplentes terão estabilidade provisória prevista no art. 10, II, ”a”do ADCT. Ao passo que os representantes indicados pelos empregadores não farão jus a esta estabilidade. Art. 165 da CLT Os titulares da representação dos empregados nas ClPAs não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Súmula 339 do TST I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. 7.3.2. Das Atividades Insalubres: De acordo, com o art. 189 da CLT serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância, fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O trabalho exercido em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de: 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo (art.192 da CLT). CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 13 Em que pese o fato de o art. 193 da CLT dispor que o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário mínimo, o STF através da edição da Súmula vinculante 4 estabeleceu a impossibilidade de que tal cálculo seja calculado com base no salário mínimo. SÚMULA VINCULANTE Nº 4 STF Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Para que ocorra a classificação da atividade como insalubre não bastará a constatação da perícia de que o ambiente de trabalho seja insalubre, devendo a atividade estar classificada como insalubre pelo Ministério do Trabalho. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro de atividades ou operações insalubres, conforme estabelece o art. 190 da CLT. Art. 190 da CLT O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ouincômodos. O art. 191 da CLT e a Súmula 80 do TST tratam da eliminação ou neutralização das atividades e as respectivas conseqüências disto, observem: Art. 191 da CLT A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 14 Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. Súmula 80 INSALUBRIDADE A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado (Súmula 289 do TST). O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo empregador. O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Em relação ao lixo urbano, há a Orientação Jurisprudencial 4 da SDI-1 do TST que não considera a limpeza em residências e escritórios como atividades insalubres. OJ 4 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 15 São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se- ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. Quando for argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. A ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e a realização ex officio da perícia não serão prejudicadas, pela designação de perito pelo juízo e nem pela realização da perícia acima mencionada. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 16 Art. 196 da CLT Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 11. Art. 197 da CLT Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde. 7.3.3. Das Atividades Perigosas: São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. Os empregados que trabalhem com instalações e reparos de linhas de telefonia são chamados de “cabistas” e farão jus ao adicional de periculosidade. Súmula 39 do TST Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 17 Os empregados que trabalhem com radiação ionizante também farão jus ao adicional de insalubridade (OJ 345). O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. OJ 345 da SDI-1 do TST A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. OJ 279 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade dos eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto de parcelas de natureza salarial. Súmula 191 do O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais.Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. OJ 347 da SDI-1 do TST É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 18 Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Quando há pagamento habitual do adicional de periculosidade ele integrará o cálculo da indenização do art. 477 da CLT. O empregado quando está de sobreaviso está fora do local de trabalho sujeito às condições perigosas, portanto está afastado da área de risco e não fará jus ao recebimento do adicional de periculosidade. O empregado deverá estar permanentemente ou de forma intermitente exposto à área de risco para fazer jus ao adicional de periculosidade (Súmula 364 do TST). Quando a exposição do empregado ao risco ocorrer de forma intermitente será possível o recebimento do adicional de forma proporcional às horas de exposição ao risco, desde que tal fato esteja pactuado em norma coletiva. Súmula 70 do TST O adicional de periculosidade não incide sobre os triênios pagos pela Petrobras. Súmula 132 do TST I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras. II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 19 A princípio parece haver uma incongruência entre a Súmula 361 e 364 do TST, segundo o jurista Sérgio Pinto Martins. Observem: “A 7.4. Questões de Prova: 1. (UnB/CESPE - Analista Judiciário - TRT- 9ª Região/2007) Acerca da prescrição, decadência, renúncia e transação em Direito do Trabalho, julgue os itens subseqüentes. 69 A pretensão de anotação da carteira de trabalho é prescritível quando disso possam decorrer direitos pecuniários do eventual reconhecimento de vínculo de emprego. 70 A prescrição qüinqüenal do direito de reclamar o gozo de férias ou a respectiva indenização é contada do término do período concessivo, observado o biênio posterior à rescisão do contrato de trabalho. 71 A decadência, diversamente da prescrição, é suscetível de interrupção ou suspensão. Súmula 364 do TST I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos. Súmula 361 do TST O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 20 2. (FCC/Analista Judiciário/TRT 24ª Região) O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em a) dois anos para o trabalhador urbano e cinco anos para o trabalhador rural, após a extinção do contrato; b) dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um ano após a extinção do contrato; c) dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais,, após a extinção do contrato, sem prazo limite para a interposição da ação; d) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; e) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, após a extinção do contrato, sem prazo limite para a interposição da ação. 3. (CESPE/TST/ Analista Judiciário- Área judiciária /2007) Julgue os itens seguintes, relativos à prescrição. 149 A prescrição do direito de reclamar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não-recolhido é trintenária, observado o biênio a partir do término do contrato de trabalho. 4. (FCC/TRT-SP/Técnico Judic.-Área Adm./2008) No que tange à prescrição, analise: I. A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a pre- scrição somente em relação aos pedidos idênticos. II. Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. III. Nas prestações de pagamento sucessivo, a prescrição será par- cial e contada do vencimento de cada uma delas. IV. É vintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho. Está correto o que consta APENAS em (A) I, II e III. (B) II, III e IV. (C) I e II. (D) II e III. (E) I e IV. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 21 5. (FCC/Técnico Administrativo – TRT 4ª Região/2006) Empregado dispensado em 18 de outubro de 2000, submeteu, em 20 de agosto de 2002, demanda de natureza trabalhista à Comissão de Conciliação Prévia constituída no âmbito do sindicato, não prosperando a conciliação. Fornecida declaração da tentativa de conciliação frustrada em 31 de agosto de 2002, o empregado (A) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 17 de outubro de 2005, dentro do qüinqüênio prescricional. (B) não mais poderá ajuizar reclamação trabalhista porque já submeteu a questão à Comissão de Conciliação Prévia sem resultado. (C) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 17 de outubro de 2002, dentro do biênio prescricional. (D) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 28 de outubro de 2002, tendo em vista que a submissão da demanda à Comissão de Conciliação suspende o prazo prescricional que recomeça a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação. (E) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 30 de agosto de 2004, tendo em vista que a submissão de demanda à Comissão de Conciliação Prévia interrompe o prazo prescricional. 6. (FCC – Juiz do Trabalho TRT- 11ª Região/2007) Considere a afirmativa:(A) (B) (C) (D) (E) I. A prescrição bienal do direito de propositura de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho se conta da extinção do contrato de trabalho, equiparando-se, para tal efeito, segundo entendimento jurisprudencial dominante, a mudança do regime celetista para o estatutário, nos moldes da Lei no 8.112/1990. 7. (FCC– Analista Judic. – Execução de Mandados - TRT) De acordo com a jurisprudência pacificada no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho é possível afirmar: I. Tem validade a fixação de adicional de periculosidade em percentual inferior ao previsto em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco,quando levada a efeito em convenção ou acordo coletivo de trabalho. II. Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado que, de forma habitual, expõe-se a risco, ainda que por tempo extremamente reduzido. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 22 III. O empregador tem o dever de exigir a efetiva utilização dos equipamentos de proteção individual, não se eximindo do pagamento do adicional de insalubridade com o simples fornecimento desses equipamentos. 8. (ESAF - Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Analise as proposições transcritas, com base na CLT e assinale, a seguir a opção correta. I- O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, obra, máquina ou equipamento. II- O equipamento de proteção individual só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do certificado de Aprovação do Inmetro. III- O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário com os acréscimos resultantes de gratificações e prêmios. IV- Permitida uma reeleição, o mandato dos representantes designados da CIPA terá a duração de um ano. a) Todas as proposições estão erradas. b) Todas as proposições estão corretas. c) Apenas uma proposição está correta. d) Apenas duas proposições estão corretas. e) Apenas três proposições estão corretas. 9. (FCC –Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT/MG – 2009) O enquadramento de determinada atividade como insalubre ou penosa, para pagamento dos respectivos adicionais, depende, respectivamente, de (A) emenda constitucional e de lei complementar. (B) previsão nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e de lei ordinária. (C) decreto regulamentador e de emenda constitucional. (D) perícia médica e de perícia por engenheiro do trabalho. (E) previsão em leis extravagantes e de lei complementar. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 23 10. (FCC- Analista Judiciário - TRT/MG – 2009) A garantia de emprego do empregado integrante da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é (A) exclusiva do representante do empregador. (B) abrangente de todos os membros da comissão, eleitos e indicados. (C) inclusiva do suplente do representante do empregador. (D) do representante dos empregados e seu suplente, eleitos. (E) do representante dos empregados e seu suplente, indicados pelo empregador. 11. ( FCC – Analista Judiciário – TRT/GO -2008) Faz um ano que Tício teve rescindido o seu contrato de trabalho com a empresa GUKO. Considerando que Tício laborava para a empresa há dez anos, em regra, ele terá mais (A) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos cinco anos de seu contrato de trabalho. (B) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos quatro anos de seu contrato de trabalho. (C) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos quatro anos de seu contrato de trabalho. (D) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos cinco anos de seu contrato de trabalho. (E) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os dez anos de seu contrato de trabalho. 12. (FCC – Técnico MPU/2006) Um empregado trabalhou de 15 de janeiro de 1966 a 28 de outubro de 2005. Considerando a prescrição, poderá ajuizar reclamação trabalhista até 28 de outubro de a) 2010, reclamando verbas do biênio anterior à data da propos- itura da ação. b) 2010, reclamando verbas do quinquênio anterior à data da propositura da ação. c) 2010, reclamando verbas de todo o contrato de trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 24 d) 2007, reclamando verbas do biênio anterior à data da propos- itura da ação. e) 2007, reclamando verbas do quinquênio anterior à data da propositura da ação. ............................................................................................................... Gabarito: 1. 4. 7. 10. 2. 5. 8. 11. 3. 6. 9. 12. ............................................................................................................... 7.5. Questões de Prova comentadas: 1. (UnB/CESPE - Analista Judiciário - TRT- 9ª Região/2007) Acerca da prescrição, decadência, renúncia e transação em Direito do Trabalho, julgue os itens subseqüentes. 69 A pretensão de anotação da carteira de trabalho é prescritível quando disso possam decorrer direitos pecuniários do eventual reconhecimento de vínculo de emprego. 70 A prescrição qüinqüenal do direito de reclamar o gozo de férias ou a respectiva indenização é contada do término do período concessivo, observado o biênio posterior à rescisão do contrato de trabalho. 71 A decadência, diversamente da prescrição, é suscetível de interrupção ou suspensão. Comentários: 69. Errada. A anotação na CTPS do empregado do con- trato de trabalho é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, ainda que de caráter temporário. Não há que se falar em prescrição do direito de ação para reclamar contra a não anotação da CTPS, pois as normas que estabelecem apenas anotações sem repercussão nas verbas trabalhistas são imprescritíveis, sendo declaratória a ação in- tentada para a anotação da CTPS, podendo a demanda ser ajuizada a qualquer tempo. Já quanto a pretensão de receber os créditos resultantes da relação de trabalho, há que se respeitar o prazo prescricional estabelecido no art. 7º da CF/88. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 25 Assim, na questão da prova, o que será prescritível serão os direitos pecuniários, mas não a pretensão de anotação da CTPS. 70. Certa. O prazo prescricional das férias está regulamentado no art. 149 da CLT. 71. Errada. Diz o art. 207 do Código Civil, aplicado subsidiariamente ao Direito do Trabalho, que salvo disposição legal em contrário não se aplicam à decadência as normas que interrompem ou suspendem a prescrição. A prescrição poderá ser interrompida ou suspensa, conforme o arts. 197 ao 204 do Código Civil. 2. (FCC/Analista Judiciário/TRT 24ª Região) O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em a) dois anos para o trabalhador urbano e cinco anos para o trabalhador rural, após a extinção do contrato; b) dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um ano após a extinção do contrato; c) dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais,, após a extinção do contrato, sem prazo limite para a interposição da ação; d) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; e) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, após a extinção do contrato, sem prazo limite para a interposição da ação. Comentários: Correta a letra D. Art. 7º da CF/88 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 3. (CESPE/TST/ Analista Judiciário- Área judiciária /2007) Julgue os itens seguintes, relativos à prescrição. 149 A prescrição do direito de reclamar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço(FGTS) não-recolhido é trintenária, observado o biênio a partir do término do contrato de trabalho. Comentários: 149. Correta. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 26 Súmula 362 do TST É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho. 4. (FCC/TRT-SP/Técnico Judic.-Área Adm./2008) No que tange à prescrição, analise: I. A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a pre- scrição somente em relação aos pedidos idênticos. II. Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. III. Nas prestações de pagamento sucessivo, a prescrição será par- cial e contada do vencimento de cada uma delas. IV. É vintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho. Está correto o que consta APENAS em (A) I, II e III. (B) II, III e IV. (C) I e II. (D) II e III. (E) I e IV. Comentários: I- Correta. Súmula 268 do TST A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. II- Correta Súmula 373 do TST Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. III- Incorreta. Súmula 294 do TST Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. IV- Incorreta. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 27 Súmula 362 do TST É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho. 5. (FCC/Técnico Administrativo – TRT 4ª Região/2006) Empregado dispensado em 18 de outubro de 2000, submeteu, em 20 de agosto de 2002, demanda de natureza trabalhista à Comissão de Conciliação Prévia constituída no âmbito do sindicato, não prosperando a conciliação. Fornecida declaração da tentativa de conciliação frustrada em 31 de agosto de 2002, o empregado (A) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 17 de outubro de 2005, dentro do qüinqüênio prescricional. (B) não mais poderá ajuizar reclamação trabalhista porque já submeteu a questão à Comissão de Conciliação Prévia sem resultado. (C) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 17 de outubro de 2002, dentro do biênio prescricional. (D) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 28 de outubro de 2002, tendo em vista que a submissão da demanda à Comissão de Conciliação suspende o prazo prescricional que recomeça a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação. (E) poderá ajuizar reclamação trabalhista até 30 de agosto de 2004, tendo em vista que a submissão de demanda à Comissão de Conciliação Prévia interrompe o prazo prescricional. Comentários: (Art. 625 – G da CLT). O prazo prescricional será suspenso quando a CCP for provocada, sendo assim, ele recomeçará a contar de onde parou em caso de tentativa frustrada de conciliação. Sendo assim, em 20/08/2002 o prazo prescricional de dois anos após a extinção do contrato de trabalho, que se extinguiria em 18 de Outubro de 2002, foi suspenso, recomeçando a fluir pelo tempo que faltar. Art. 625-G da CLT O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 28 6. (FCC – Juiz do Trabalho TRT- 11ª Região/2007) Considere a afirmativa:(A) (B) (C) (D) (E) I. A prescrição bienal do direito de propositura de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho se conta da extinção do contrato de trabalho, equiparando-se, para tal efeito, segundo entendimento jurisprudencial dominante, a mudança do regime celetista para o estatutário, nos moldes da Lei no 8.112/1990. Comentários: (Correta) Súmula 382 do TST A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime. 7. (FCC– Analista Judiciário – Execução de Mandados - TRT) De acordo com a jurisprudência pacificada no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho é possível afirmar: I. Tem validade a fixação de adicional de periculosidade em percentual inferior ao previsto em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, quando levada a efeito em convenção ou acordo coletivo de trabalho. II. Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado que, de forma habitual, expõe-se a risco, ainda que por tempo extremamente reduzido. III. O empregador tem o dever de exigir a efetiva utilização dos equipamentos de proteção individual, não se eximindo do pagamento do adicional de insalubridade com o simples fornecimento desses equipamentos. Comentários: I- Correta. II- Incorreta, pois o adicional de periculosidade será indevido quando o contato se dê por tempo extremamente reduzido. Súmula 364 do TST I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 29 proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeit- ada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos. III- Correta. OJ 289 da SDI-1 do TST O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. 8. (ESAF - Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Analise as proposições transcritas, com base na CLT e assinale, a seguir a opção correta. I- O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, obra, máquina ou equipamento. II- O equipamento de proteção individual só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do certificado de Aprovação do Inmetro. III- O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário com os acréscimos resultantes de gratificações e prêmios. IV- Permitida uma reeleição, o mandato dos represent- antes designados da CIPA terá a duração de um ano. a) Todas as proposições estão erradas. b) Todas as proposições estão corretas. c) Apenas uma proposição está correta. d) Apenas duas proposições estão corretas. e) Apenas três proposições estão corretas. Comentários: Letra A I- (art. 161 da CLT) II-(art. 167 da CLT) III-(art. 193 da CLT) IV-(art. 164 da CLT) CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 30 9. (FCC –AnalistaJudiciário – Execução de Mandados TRT/MG – 2009) O enquadramento de determinada atividade como insalubre ou penosa, para pagamento dos respectivos adicionais, depende, respectivamente, de (A) emenda constitucional e de lei complementar. (B) previsão nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e de lei ordinária. (C) decreto regulamentador e de emenda constitucional. (D) perícia médica e de perícia por engenheiro do trabalho. (E) previsão em leis extravagantes e de lei complementar. Comentários: Letra B Art. 193 da CLT São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. OJ 4 da SDI-1 do TST 4 I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 31 10. (FCC- Analista Judiciário - TRT/MG – 2009) A garantia de emprego do empregado integrante da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é (A) exclusiva do representante do empregador. (B) abrangente de todos os membros da comissão, eleitos e indicados. (C) inclusiva do suplente do representante do empregador. (D) do representante dos empregados e seu suplente, eleitos. (E) do representante dos empregados e seu suplente, indicados pelo empregador. Comentários: Letra D Súmula 339 do TST I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. 11. ( FCC – Analista Judiciário – TRT/GO -2008) Faz um ano que Tício teve rescindido o seu contrato de trabalho com a empresa GUKO. Considerando que Tício laborava para a empresa há dez anos, em regra, ele terá mais (A) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos cinco anos de seu contrato de trabalho. (B) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos quatro anos de seu contrato de trabalho. (C) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos quatro anos de seu contrato de trabalho. (D) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos cinco anos de seu contrato de trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 32 (E) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os dez anos de seu contrato de trabalho. Comentários: Os institutos da prescrição e da decadência objetivam dar uma maior segurança jurídica à Sociedade e às relações jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser exercido em determinado tempo. A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia do seu titular em exercitá-lo dentro do prazo previsto. Observem o dispositivo constitucional e a Súmula 308 do TST que tratam da prescrição: Art. 7º da CF/88 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Súmula 308 I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. No caso em tela, como Tício deixou passar um ano da cessação contratual, ele terá apenas mais um ano para ingressar com a ação, cujo prazo prescricional é de dois anos, após a extinção do contrato de trabalho. O prazo de cinco anos será contado da data do ajuizamento da reclamação. Acontece que Tício ajuizou a reclamação um ano após a extinção de seu contrato de trabalho, ele terá direito aos 4 anos de seu contrato de trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 33 12. (FCC – Técnico MPU/2006) Um empregado trabalhou de 15 de janeiro de 1966 a 28 de outubro de 2005. Considerando a prescrição, poderá ajuizar reclamação trabalhista até 28 de outubro de a) 2010, reclamando verbas do biênio anterior à data da propos- itura da ação. b) 2010, reclamando verbas do quinquênio anterior à data da propositura da ação. c) 2010, reclamando verbas de todo o contrato de trabalho. d) 2007, reclamando verbas do biênio anterior à data da propos- itura da ação. e) 2007, reclamando verbas do quinquênio anterior à data da propositura da ação. Comentários: A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia do seu titular, em exercitá-lo dentro do prazo previsto. Observem o dispositivo constitucional e as Súmulas do TST que tratam da prescrição: Art. 7º da CF/88 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Súmula 308 I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. Portanto, o empregado poderá entrar com a ação até 2007 e reclamar verbas dos cinco anos anteriores à data da propositura da ação. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 34 ............................................................................................................... Gabarito: 1. 69 errada 70 Certa 71 Certa 4. C 7. I certa II Errada III Certa 10. D 2. D 5. D 8. A 11. B 3. Certa 6. Certa 9. B 12. E ...............................................................................................................A nossa aula de hoje chegou ao final. Faltam 3 aulas para o término do curso e uma revisão. Ap- resentarei na última aula, uma Revisão Geral de nosso curso. Até lá! Abraços a todos, Déborah Paiva
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