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* * Alterações Fisiológicas e Anatômicas do Envelhecimento * * Composição e Forma do Corpo Estatura Redução de 1cm por década a partir dos 40 anos Etiologias: Redução dos arcos dos pés; Aumento da curvatura da coluna; Alteração dos discos intervertebrais; Não há alterações no tamanho dos ossos longos. Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio Aumento da pavilhão auditivo Aumento do nariz * * PELE Atrofia em grau variável, com adelgaçamento difuso, secura e pregueamento (aspecto de papel de seda); Tonalidade ligeiramente amarelada, com perda de elasticidade e do turgor. EPIDERME Redução da espessura por diminuição do nº de células; Células da camada basal e espinhosa com alterações do volume e forma, e por vezes com disposição desordenada; Redução do ¨turn-over celular¨: no tempo para substituição do estrato córneo e portanto no tempo de reepitelização; * * Perda da função da barreira por redução dos lipídios do estrato córneo (aspecto de pele seca, opaca e descamativa); Menores traumas causam equimoses, manchas vermelhas ou púrpuras; Manhas senis: hiperpigmentadas, marrons, lisas e achatadas. * * DERME Perda da elasticidade (elastina fica mais fina / ¨porosa¨); Redução da espessura: atrofia; Surgimento de rugas ( modificação de gorduras subcutâneas e a perda da elasticidade); Redução de glândulas sudoríparas e sebáceas: pele seca e áspera, mais sujeita a infecções e mais sensível a mudanças de temperatura; Redução do tecido subcutâneo: diminuição de fibroblastos e da vascularização. Consequências: redução da elasticidade, da resistência e do turgor da pele; enrugamento, pele frouxa e pendente; da sensibilidade; fluxo sanguíneo e termorregulação prejudicada. * * PÊLOS Redução geral em todo corpo, exceto: narinas, sobrancelhas e orelhas; Sexo feminino: surgimento de pêlos em mento e lábio superior: hiperandrogenismo; Perda da pigmentação dos pêlos (¨cabelos brancos¨); Inativação de células do bulbo capilar: queda de pêlos, calvície; Os pêlos do corpo são os primeiros que diminuem e a seguir os pubianos e axilares. * * UNHAS Tornam-se frágeis com perda de brilho e surgimento de estriações longitudinais e descolamento; Unhas dos pés com alterações de espessura e opacificação e/ou áreas de escurecimento da lâmina são frequentes por anormalidades ortopédicas que se agravam com a idade; O grau de crescimento das unhas diminui progressivamente e se torna igual em ambos os sexos. * * TEMPERATURA CORPORAL -Regulação homeostática da temperatura corporal e habilidade de adaptar a diferentes ambientes térmicos deterioram com a idade avançada; -Prejuízo de manter a temperatura corporal; -Sudorese é também prejudicada no idoso; -Aumento da temperatura em resposta a pirógenos é alterada. * * ALTERAÇÕES HÍDRICAS Redução dos reflexos de sede e fome; Redução da água corporal total; Perda de água intracelular; Importância da “HIDRATAÇÃO” do idoso. * * ALTERAÇÕES DO SISTEMA OSTEOMUSCULAR * * Massa óssea até o pico entre 25 – 30 anos A partir daí – perda tecidual AEN DO IDOSO Conceitos básicos OSSOS ENVELHECIMENTO DO OSSO SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO * * Sistema ósseo Tecido ósseo compacto – espessura diminuida devido à reabsorção interna óssea; Tecido ósseo esponjoso – perda nas lâminas ósseas, cavidades maiores entre as trabéculas óssea Perda de cálcio na matriz óssea - diminuição do número e atividade dos osteócitos. * * . O da reabsorção óssea dos maxilares e da mandíbula acentua-se com a queda dos dentes. Reduz-se a distância entre o queixo e o nariz e os dentes migram para trás, modificando com o tempo a fisionomia do idoso * * Osteopenia: ↓ Densidade óssea até 30% Osteoporose: ↓ Densidade óssea maior que 30% AEN DO IDOSO Perda óssea Mensuradas através da Densitometria SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO * * Déficit de estrogênio (climatério) Carência de vitamina D e pouca exposição ao sol Absorção intestinal de cálcio Fatores genéticos Estilo de vida AEN DO IDOSO Perda óssea CAUSAS A formação óssea adquirida na puberdade é decisiva no futuro SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO * * AEN DO IDOSO Perda óssea CONSEQÜÊNCIAS Fraturas Patológicas (micro traumas) Locais mais afetados Colo do fêmur Extremidade distal do rádio e da ulna SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO * * Coluna Colapsamento progressivo dos corpos vertebrais (região anterior) Vértebras em cunha Altura e desvios na coluna AEN DO IDOSO Perda óssea FRATURAS SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO * * Sistema articular Discos intervertebrais: Núcleo pulposo – perda de água e proteoglicanas e aumento no número e espessura de fibras colágenas. Anel fibroso – perda de células, acúmulo de cálcio e fibras de colágenos mais delgadas Resultado: Diminuição dos discos antuando as curvas da coluna * * Sistema articular Suturas do crânio: tecido fibroso substituído por osso = diminuição na resistência a fraturas. Articulações sinoviais: cartilagem articular alterada pela perda no número de células, água e as proteoglicanas e por aumento do número e espessura das fibras de colágeno * * Características Dor e capacidade funcional Degradação da cartilagem articular Prevalência crescente com a idade Principal causa estresse mecânico AEN DO IDOSO Cartilagens SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO Cartilagem articular – recobre as extremidades ósseas das articulações OSTEOARTROSE * * Sistema muscular Peso do músculo diminui; Perda de massa muscular; Substituição de fibras musculares por tecido adiposo e conjuntivo Atrofia relacionada ao “uso”do músculo; Degeneração tanto das fibras do tipo I quanto do tipo II. * * ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS DO ENVELHECIMENTO DO SNC * * ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS DO ENVELHECIMENTO DO SNC Capacidade reparadora do SNC SNC não dispõe de capacidade reparadora (neurônios não podem se reproduzir, não se remielinizam-se e os vasos sanguíneos cerebrais apresentam capacidade limitada para recuperação estrutural). Alterações anatômicas do SNC Atrofia cerebral (com redução de 5% à 10% do peso cerebral). Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros. * * Aspectos clínicos - Atrofia cerebral e redução do volume encefálico. - Maior risco de hemorragias subdurais em traumas encefálicos direto ou indiretos. Alterações estruturais do SNC -Depósito de lipofuscina (lipocromo ou pigmento de desgaste); * * Alterações Morfofuncionais - Redução de neurônio; Retração do corpo celular dos grandes neurônios. Sensibilidade - Alteram sensibilidade tátil e dolorosa; - Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade dolorosa cutânea e visceral diminui; - Perda de sensação vibratória. * * Memória: Campo de controvérsia; Aquisição e retenção de novas informações em indivíduos 60 anos, tornam-se mais difíceis??? O fluxo de informação é dificultado, principalmente a transferência de novas informações para a memória secundária; Alterações das conexões do hipocampo com as áreas de aprendizagem; Esquecimento senescente benigno X fase inicial de Alzheimer (Alteração patológica ou fisiológica????) * * . Diagnóstico diferencial das queixas da memória Quadros demenciais Delirium Quadros depressivos Desatenção Esquecimento senil benigno ou fisiológico . Alterações Fisiológicas do sono Alteração da qualidade e quantidade Maior fragmentação Latência prolongada Redução do sono REM Sono mais superficial * * . Causas mais frequentes de insônia no idoso Ambientais DepressãoDelirium Demências Apnéia do sono Dor crônica DPOC ICC Noctúria Drogas Fecaloma Distúrbios do ritmo circadiano * * ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULARES . Alterações valvulares: Tecido valvar é predominantemente colágeno; Com o envelhecimento ocorre: degenerações, espessamento, calcificações. Alterações da valva aórtica: Mais frequentes: calcificação; Menos frequente: acúmulo de lípideos, fibrose e degeneração colágena. * * .. Alterações vasculares Aorta Arteriosclerose; Atrofia, descontinuidade e desorganização das fibras elásticas; Deposição do cálcio; Redução de elasticidade, rigidez na parede aórtica. * * Alterações de artérias coronárias Arteriosclerose; Perda de tecido elástico; Depósitos de lípides com espessamento de camada média; Tortuosidade dos vasos; Calcificações. . Alterações funcionais -Limitação da performance durante atividades físicas; -Redução do débito cardíaco em repouso e esforço; -Redução do aumento da frequência cardíaca; -Maior risco de hipotensão ortostática. * * Hipotensão ortostática Importância em geriatria -Causa frequente de tonteiras e quedas no idoso; Prevalência em torno de 6% nos idosos saudáveis e de 11% a 33% em pacientes com múltiplas doenças e/ou medicações; Associação a perda funcional, redução da reabilitação e da qualidade de vida. Etiologia Medicamentos (hipotensores, levodopa, fenotiazinas, álcool, sedativos, antidepressivos, vasodilatadores.......); Desidratação; Anemia; Desnutrição; Distúrbios hidroeletrolíticos; Descondicionamento físico. * * ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO .. Principais alterações fisiológicas Redução da elasticidade pulmonar; Enrijecimento da parede torácica; Redução da potência motora e muscular; Redução do peso pulmonar em cerca de 21%; Estreitamento dos bronquíolos; Achatamento de sacos alveolares. * * . Alterações estruturais da parede torácica Enrijecimento do gradeado costal; Redução da complacência e distensibilidade pulmonar (pior nos idosos acamados, com alterações posturais e inatividade física); Hipercifose torácica pode estar associada. . Alterações estruturais musculares -Substituição adiposa do tecido muscular; -Redução da massa e potência muscular (sobretudo no idoso inativo ou imóvel); -Atrofia muscular e redução da força muscular; -Rigidez do gradeado costal determina maior participação do diafragma e musculatura abdominal; -Fatores de risco piora da função respiratória e risco de infecção: imobilidade, desnutrição ou obesidade, doenças pulmonares associadas, doenças cardiovasculares associadas, doenças neuromusculares. * * Alterações estruturais musculares Substituição adiposa do tecido muscular; Redução da massa e potência muscular (sobretudo no idoso inativo ou imóvel); Atrofia muscular e redução da força muscular; Rigidez do gradeado costal determina maior participação do diafragma e musculatura abdominal; Fatores de risco piora da função respiratória e risco de infecção: imobilidade, desnutrição ou obesidade, doenças pulmonares associadas, doenças cardiovasculares associadas, doenças neuromusculares. * * Importância de medidas de reabilitação: fisioterapia respiratória, programas de atividades físicas e mobilização no leito, nutrição adequada. . Atividades físicas Redução da capacidade para atividades físicas: aumento do consumo de oxigênio, redução da capacidade ventilatória, redução do débito cardíaco. * * . Alterações fisiológicas ao exame físico -Redução da expansão torácica, levando a aumento do volume residual e da pressão intratorácica; -Aumenta a cifose torácica; -Pode haver redução do murmúrio vesicular; -Aumento de frequência respiratória (taquipnéia) é um grande sinal no idoso. * * ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO . Envelhecimento do sistema digestório De maneira geral: redução da motilidade, na secreção e capacidade de absorção; Felizmente, a reserva destes órgãos é tão grande que as reduções nos parâmetros fisiológicos não costumam resultar em deficiência real da função. * * Alterações fisiológicas da cavidade oral Mucosa oral: atrófica (tênue), lisa e ressecada, menos elástica e mais suscetível a lesões. Língua: redução das papilas, redução do paladar; Dentes: a perda dos dentes depende, além do envelhecimento, de fatores extrínsecos: hábitos, dieta, oclusão dentária e composição dos dentes. * * . Aspectos clínicos Cavidade Oral Redução da massa muscular: pode comprometer a mastigação e deglutição; Redução do paladar: pode reduzir a ingestão de alimentos e contribuir para perda de peso e desnutrição; Estomatites Carcinoma.faríngea Sinais: regurgitação nasal de alimentos, engasgos frequentes, aspirações; Sintomas mais severos com líquidos; * * . Aspectos clínicos Alterações do estômago Discreta a moderada redução do esvaziamento gástrico; Pode haver prejuízo e efeitos de drogas, que permanecem mais tempo no meio ácido; Redução da secreção de ácido clorídrico (hipo ou acloridria), provavelmente por redução de células parietais; Redução da secreção da pepsina; prevalência de colonização pelo Helicobacter Pylori (H.pylori) de 75%. * * Alterações do Intestino Delgado Estudos escassos e controversos; Redução da altura das vilosidades da mucosa. Alterações do cólon -Atrofia da mucosa; Anormalidades morfológicas das glândulas Redução da distensibilidade (redução de colágeno e elastina). * * Alterações do reto e ânus Redução da força muscular e esfincter anal externo; Redução da elasticidade e sensibilidade retal. Redução da capacidade de retenção fecal (risco de incontinência fecal) * * ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO APARELHO GENITO-URINÁRIO . Alterações ureterais: - Alterações da motilidade; Alterações vesicais: -Redução da capacidade de armazenar urina. Aspectos clínicos das alterações vesicais: Maior risco de infecções urinárias (que aumentam também no sexo masculino); Risco de incontinência urinária No homem: aumento de próstata eleva riscos de infecção e incontinência. * * Aspectos uretrais: Homens: compressão extrínseca pela próstata aumentada; Mulheres: atrofia uretral, ITU. * * . Alterações sexuais: Sexo masculino Maior tempo para atingir ereção completa; Maior necessidade de estimulação direta do pênis; Retardo da ejaculação; Perda rápida da ereção após a ejaculação; Maior dificuldade em manter a ereção durante a relação; Redução da libido; Redução da frequência sexual. Aspectos clínicos: Arterosclerose é a principal causa obstrutiva vascular no idoso; Redução da elasticidade do tecido dos corpos cavernosos; * * . Alterações sexuais: Sexo feminino Redução da lubrificação vaginal; Redução da libido; Atrofia vaginal e uretral; Pode haver dor, desconforto e sangramento nas relações; Redução da frequência sexual. Aspectos clínicos: Reposição hormonal; Lufrificação artificial; Comorbidades levam a maior limitação da sexualidade; Aspectos psicológicos, dependência e submissão marital, herança familiar e criação; grandes repercussões na sexualidade feminina. * * FIM!!! *
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