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Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO O envelhecimento é a fase final do continuum que é a vida. Sucede a fase de maturidade e é caracterizado por declínio das funções orgânicas, acarretando um aumento da susceptibilidade à doenças que acabam por levar o idoso à morte. Esse declínio não é uniforme, podendo variar em ritmo e magnitude nos diferentes sistemas orgânicos e entre diferentes indivíduos. No envelhecimento há incapacidade de adaptação homeostática às situações de sobrecarga funcional É um processo dinâmico e progressivo, de modo que não existe um limite de transição com a fase que o precede. De maneira geral, no conjunto de sistemas orgânicos, ocorre uma perda funcional de 1% ao ano, a partir dos 30 anos de idade. Envelhecimento não é doença! Os distúrbios funcionais do envelhecimento são comuns à todas as pessoas, não induzidos por doenças e ocorrem simplesmente em decorrência do avançar da idade. Bom... em seguida será feita a descrição das principais alterações fisiológicas que ocorrem em cada um dos sistemas orgânicos do idoso. FORMA E COMPOSIÇÃO DO CORPO A estatura diminui 01 cm a cada década, a partir dos 40 anos: – Diminuição dos arcos dos pés; – Aumento da curvatura da coluna vertebral; – Alterações nos discos intervertebrais com consequente encurtamento da coluna vertebral; Mudanças na distribuição do tecido adiposo: – Aumento do tecido adiposo com deposição em omento, região perirrenal e substituição parenquimatosa de diversos órgãos; – Diminuição do tecido adiposo em membros, com deposição em tronco (distribuição centrípeta) Mudanças na distribuição de água corporal total: – Perda da água intracelular; – Diminuição do reflexo de sede; PELE E ANEXOS Alterações na pele: – Atrofia em grau variado, com adelgaçamento difuso, secura e pregueamento (aspecto de papel de seda); – Menor junção entre a derme e a epiderme; – Tonalidade se torna ligeiramente amarelada, com perda da elasticidade e turgor; – Ocorre diminuição das glândulas sudoríparas e sebáceas, tornando a pele seca e áspera; – Nº de melanócitos diminui de 8-20% por década, após os 30 anos (isso aumenta o risco de CA de pele no idoso); – Alterações funcionais dos melanócitos (principalmente em face e dorso da mão) provocam o aparecimento de máculas hiperpigmentadas, marrons, lisas e achatadas; – Diminuição das fibras elásticas e colágenas; – Decréscimo da atividade dos fibroblastos, tornando mais lenta a cicatrização; – Diminuição da vascularização, causando palidez e redução da temperatura; – Pálpebras se tornam mais flácidas (superiores e inferiores), com diminuição da secreção lacrimal, atrofia da fáscia palpebral (formando aquelas bolsas), atrofia do músculo elevador da pálpebra; Essa diminuição da água corporal total + aumento da fração do peso corporal total representado pelo tecido adiposo causa um aumento do volume de distribuição para fármacos lipossolúveis e uma diminuição para os hidrossolúveis. Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB Alterações nos pelos: – Redução geral em todo o corpo (exceto narinas, sobrancelhas e orelhas); – Em mulheres pode surgir pelos em mento e lábio superior em decorrência do hiperandrogenismo; – Perda da pigmentação, tornando os pelos e cabelos brancos; – Inativação de células do bulbo piloso, com consequente queda de pelos e calvície; – Cabelos se tornam brancos em cerca de 50% das pessoas, em torno dos 50 anos de idade SISTEMA LOCOMOTOR Alterações ósseas: – Perda óssea de 0,3% ao ano (homens) ou 1% ao ano (mulheres); – Diminuição do componente compacto, devido à reabsorção interna óssea (a parte compacta do osso se torna mais compacta e porosa, quase semelhante à esponjosa); – Na parte esponjosa ocorre perda das lâminas ósseas, formando-se cavidades maiores das trabéculas ósseas, isso causa uma redução da resistência e aumenta o risco de fraturas (mesmo no idoso que não tenha osteoporose); Alterações articulares: – A diminuição do conteúdo de água nos tendões e ligamentos, aumentando a rigidez; – Em cartilagens articulares ocorre processo degenerativo, com redução da resistência elástica e perda da capacidade de resistência à deformação; – Ocorre calcificação das cartilagens condroesternais; – O tecido fibroso das suturas cranianas é substituído por osso a partir dos 30 anos de idade, isso diminui a resistência a fraturas; – Na coluna vertebral, ocorre diminuição da espessura dos discos intervertebrais e acentuação das curvaturas; Alterações musculares: – Perda de massa muscular (quase 50% entre 20-90 anos); – Diminuição da força muscular em 15% por década, a partir dos 50 anos → se inicia já aos 30-40 anos evolui lentamente até os 60, quando passa a ser mais acentuada; – Aumento do tecido adiposo e conjuntivo no músculo (piora mais ainda a força muscular); – Existe associação entre baixos níveis de vitamina D e fraqueza muscular, por isso deve-se manter os níveis de vit. D >30ng/mL; SISTEMA NERVOSO As alterações mais importantes do envelhecimento ocorrem no cérebro. Alterações no cérebro: – Diminuição do peso e volume cerebral com a idade (5% aos 70 anos, até 20% aos 90 anos); – A maior perda ocorre nos lobos frontal e temporal (principalmente na substancia branca); – A aterosclerose leva à diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e deterioração dos mecanismos que o mantém; – Com a atrofia cortical, ocorre aumento dos ventrículos encefálicos; – Ocorre perda neuronal contínua, não uniforme, em todas as áreas corticais (mais evidente no cerebelo); – Há diminuição das sinapses; – Morte celular em células da medula espinal, apenas após os 60 anos; – O aumento de células da glia causa gliose; – Leucoaraiose, que é a perda dos axônios e redução da mielina; Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB – No hipocampo ocorre formação de placas senis/neuríticas (proteína amiloide) e emaranhados neurofibrilares (massas de neurofibrilas no interior do citoplasma dos neurônios) → o significado funcional disso ainda é desconhecido, mas sabe-se que nas doenças de Alzheimer e Parkinson esses emaranhados e placas estão em grande número; Alterações em neurotransmissores: – Redução da acetilcolina; – Redução da dopamina (nesses casos, a administração de L-dopa em cérebros normais pode levar à melhora da função cognitiva); – Diminuição da produção de catecolaminas (ex.: noradrenalina) e aumento da atividade da monoaminoxidase em diversas regiões do encéfalo → os níveis de noradrenalina caem cerca de 40% aos 70 anos de idade; – Quanto ao sistema serotoninérgico, ainda é controverso; Alterações na recepção e condução de impulsos nervosos: – Redução da sensibilidade a barorreceptores e quimiorreceptores (que são importantes para a regulação da PA, por exemplo); – Redução da sensibilidade em receptores cutâneos (importantes para percepção da temperatura ambiente, por exemplo); – Diminuição da velocidade de condução (tanto de vias aferentes quanto eferentes), com alterações de neurotransmissores simpáticos e parassimpáticos; Alterações cognitivas e comportamentais: – Prejuízo da memória episódica, de trabalho e da função executiva; – Diminuição da velocidade de processamento; – Redução da capacidade de atenção e concentração; Mudanças na marcha, postura e equilíbrio: – Tendência à instabilidade postural e quedas; – Hesitação ao andar, menor balanço dos braços e passos menores; – Postura típicado idoso (base alargada, coluna cervical retificada, hipercifose torácica, quadril e joelhos em flexão); Mudanças no sono: – O sono REM praticamente não se altera; – Aumento dos estágios 1 e 2 do sono não-REM → isso aumenta a facilidade de despertar; – Redução dos estágios 3 e 4 do sono não-REM → isso torna o sono mais profundo; – Há maior período de apneias (sono intercortado), com maior sonolência diurna; – É comum apresentarem roncos; – Ocorre diminuição da produção de melatonina pela pineal; SISTEMA CARDIOVASCULAR Alterações no miocárdio: – Perda progressiva de miócitos, com substituição por tecido fibroso, isso diminui a capacidade contrátil do coração; – Com o avançar da idade, ocorre aumento do tamanho do coração e espessura do ventrículo esquerdo; – Embora atrófico em número celular, é hipertrófico morfologicamente; – Infiltração de tecido adiposo, fibras colágenas e elásticas, diminuição das células musculares; Alterações no sistema eletrogênico: Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB – Redução progressiva do número de células do nó sinusal (10% aos 75 anos) – Perda de fibras do feixe de His; – Predisposição à arritmias; Alterações nas valvas cardíacas: – Alterações mais intensas ocorrem nas valvas aórtica e mitral; – Formação de placas ateroscleróticas; – Espessamento das cordas tendíneas; Alterações vasculares: – Aumento da rigidez da parede arterial, isso aumenta a RVC e, consequentemente, a PAM; – Na aorta ocorre dilatação, redução de fibras elásticas, aumento de fibras colágenas, deposição de cálcio na parede. Essa rigidez da aorta diminui a PA diastólica (por isso, deve-se ter um cuidado em coronariopatias); Alterações em parâmetros funcionais: – Diminuição da resposta ao sistema B-adrenérgico e aos estímulos simpáticos e parassimpáticos, isso diminui a FC máxima (FCmáx = 220 - idade); – Ocorre piora do enchimento do VE, com maior compensação da sístole atrial (4ª bulha); – Idosos são mais propensos a IC diastólica; Em resumo, as funções cardíacas são suficientes em condições basais, mas em condições de sobrecarga (esforços excessivos, emoções, infecções, anemia, hipertireoidismo...) essa reduzida capacidade de reserva leva à descompensação. SISTEMA RESPIRATÓRIO Alterações respiratórias: – Aumento do espaço morto; – Diminuição da superfície de troca gasosa; – Perda do tecido de suporte das vias respiratórias periféricas, diminuindo a elasticidade alveolar; – Aumento do tecido fibroso; – Diminuição do surfactante pulmonar; – Calcificação das cartilagens da traqueia e brônquios, isso torna as vias aéreas mais rígidas; – Diminuição do número de células musculares lisas em traqueia e brônquios; – Diminuição de fibras musculares em músculos que auxiliam na respiração (devido à sarcopenia e atrofia muscular); – Calcificação das cartilagens condroesternais, tornando o tórax mais rígido. Como resultado final, ocorre diminuição da complacência pulmonar; – Modificação de mecanismos reguladores (quimiorreceptores, SNC e músculos efetores), com diminuição da resposta ventilatória às variações de PO2 e CO2 → assim, o idoso é mais propenso a ter alterações respiratórias sob ação de drogas depressoras do SNC (ex.: benzodiazepínicos); – Os mecanismos de defesa pulmonar ficam comprometidos: reflexo da tosse deficiente, redução da produção de muco e do movimento ciliar, diminuição de IgA, menor atividade de neutrófilos e macrófagos → isso predispõe o idoso a ter pneumonias; Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB SISTEMA DIGESTÓRIO Alterações no tubo digestivo: – Perda de dentes, tendência a cáries, periodontite e escurecimento; – Mucosa oral se torna mais fina, lisa e seca; – A língua se torna mais lisa, isso promove alterações no paladar e queimação; – É comum viscosidade na língua; – Atrofia de glândulas salivares, com menor secreção de saliva e mudança na composição (>50% dos pacientes se queixam de boca seca, porém isso é mais relacionado a efeitos colaterais de alguns medicamentos do que desse processo de alteração bucal) – Há maior dificuldade de deglutição devido a alterações na inervação intrínseca, musculatura esofágica e mecanismo de abertura do esfíncter superior do esôfago → mau prognostico devido ao risco de regurgitação e pneumonia aspirativa; – Disfagia orofaríngea ocorre devido ao comprometimento da função salivar, motricidade da língua, palato e faringe, além de perda do tônus do esfíncter esofágico superior; – Disfagia esofágica (prebiesôfago) pode ocorrer devido a menor amplitude das contrações peristálticas síncronas que conduzem o alimento e pela presença de contrações assíncronas que dificultam a progressão (se acontecer isso já é patológico); – 35% dos idosos têm incompetência do esfíncter esofágico inferior, causando DRGE; – Diminuição das células parietais e principais do estômago, que diminui a espessura da mucosa e diminui a secreção de HCl e pepsina, dificultando a digestão; – O esvaziamento gástrico se torna mais lento em 1/3 dos idosos por diminuição de sua motilidade normal (gastroparesia); – Gastrites e úlceras podem ocorrer, causando hemorragia digestiva alta; – No intestino, a superfície de absorção se torna menor, devido à atrofia da mucosa jejunal com alargamento e achatamento das vilosidades; – Vasos mesentéricos se tornam mais tortuosos, isso predispõe a isquemia e sangramentos; – Há perda acentuada de neurônios em todas as partes do tubo digestivo, podendo gerar úlceras indolores e diminuir a resposta visceral à perfuração ou isquemia intestinal; – Favorecimento de constipação intestinal, incontinência fecal e divertículos; Alterações no fígado: – O fígado passa a ter menos fluxo sanguíneo; – Redução do metabolismo hepático de substâncias extraídas da circulação já na sua primeira passagem pelo fígado, isso facilita intoxicações; – Redução do conteúdo do citocromo P450 no fígado; – Redução da síntese de fatores de coagulação vitamina K-dependentes; – As provas de função hepática não se alteram; Alterações no pâncreas: – Redução global do tamanho e peso, com substituição de parte do seu parênquima por colágeno; – A secreção exócrina basal não se altera, mas há diminuição da produção pancreática máxima, tanto hidroeletrolítica quanto enzimática; Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB SISTEMA URINÁRIO Alterações renais: – Perda do número total de células, com redução da massa renal (córtex → glomérulos); – Na medula renal os glomérulos se tornam fibrosados (glomérulos perdidos); – Deposição de tecido adiposo causa espessamento dos túbulos renais; – Deposição de placas ateroscleróticas causa espessamento da parede arteriolar; – O fluxo plasmático renal diminui para <50% e a taxa de filtração glomerular diminui para <35% entre os 30-80 anos; – Até os 85 anos, metade da função renal é perdida, fisiologicamente; – Vasodilatação compensatória na arteríola aferente (aumento prostaglandinas) cuidado AINES; – Diminuição da capacidade máxima de concentração e diluição do túbulo contorcido distal, assim como diminuição da capacidade de reter ou secretar sódio → por isso, em situações de sobrecarga ou de restrição de agua e sódio, o organismo do idoso demora mais para se adaptar, determinando quadros clínicos de retenção ou de espoliação hidrossalina; – É comum poliúria noturna; Esse conjunto de alterações causa dificuldade de adaptação a distúrbios hidroeletrolíticos, pois osmecanismos de correção são menos eficazes e se desenvolvem mais lentamente. Por esse motivo, é necessário ajuste de dose em medicamentos eliminados pelos rins (principalmente antibióticos): Alterações na bexiga e uretra: – A musculatura se torna mais fraca, o que diminui a força de contração; – O tecido conjuntivo da parede vesical se torna menos elástico; – A bexiga contrai menos durante a micção e se dilata menos; – Alterações no SN e nos receptores fazem com que o estímulo da micção só chegue quando a bexiga já está completamente cheia, isso provoca urgência miccional e até escape de urina situacional; SISTEMA REPRODUTOR Alterações no sexo feminino: – Queda na produção de estrógeno e progesterona; – Atrofia de órgãos genitais internos e externos; – Redução do comprimento e largura da vagina, que se torna menos elástica, atrófica e com menor umidade → favorece a ocorrência de infecções; – Aos 50 anos o útero pela metade do que pesava aos 30, pois o tecido muscular é substituído por tecido fibroso; – Atrofia do endométrio; – Fraqueza dos ligamentos que mantém o útero, bexiga e reto em posição, levando a queda desses órgãos; – Glândulas mamárias se atrofiam e são substituídas por tecido adiposo; – Redução dos pelos púbicos; – LH e FSH aumentam em resposta à diminuição do estrógeno; – A resposta ovariana ao LH e FSH diminui; Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB Alterações no sexo masculino: – Alterações são menos evidentes do que na mulher; – Células da parede dos túbulos seminíferos (que produzem espermatozoide) se tornam menos ativas; – Redução gradual da produção de testosterona, sem ultrapassar limites da normalidade, mas isso já pode diminuir a força muscular; – O número de espermatozoides cai pela metade, mas a fertilidade perdura até o extremo da vida; – A partir dos 50 anos ocorre atrofia da próstata, com substituição das fibras musculares por tecido fibroso (entretanto a região da próstata que fica em torno da uretra expande e o peso aumenta aos 70 anos); – No pênis, o tecido erétil se torna menos elástico, a parede das arteríolas dos corpos cavernosos se torna mais rígida, isso causa uma dificuldade de ereção; SISTEMA ENDÓCRINO Alterações na hipófise: – Redução da vascularização; – Aumento do tecido conjuntivo; – Maior incidência de microadenomas; – A partir dos 30 anos, a produção de GH diminui 14% a cada década; – Queda da pulsatilidade noturna da prolactina; – Menor produção de melatonina pela glândula pineal; – Aumento da secreção de ADH (ou potencialização de sua ação) → esse aumento do ADH é um dos fatores responsáveis pela hiponatremia, não raramente observada em idosos; Alterações nas adrenais: – A resposta ao ACTH permanece inalterada, mas o feedback é mais lento; – Diminuição dos hormônios androgênicos adrenais (DHEA, S-DHEA); – Redução do ritmo e níveis plasmáticos de aldosterona, devido a redução de renina (provavelmente por provável alteração do receptor justaglomerular); Alterações no pâncreas: – Glicemia de jejum aumenta 1 mg/dL a cada década após os 20 anos; – Glicose pós-prandial aumenta 9-10 mg/dL a cada década, gerando uma intolerância à glicose com o envelhecimento; – Há menor liberação de insulina, mas seus níveis plasmáticos encontram-se aumentados (possivelmente pela sua menor eliminação); Alterações na tireoide: – Redução da massa tireoidiana; – Aumento da incidência de nódulos; – Menor ritmo de produção de T4 e T3 em 25-33%, sem grandes alterações nos níveis de hormônios circulantes (por conta do decréscimo do aproveitamento de T4 nos tecidos periféricos); – Declínio da conversão de T4 em T3; – T4 e T3 em níveis normalmente baixos, TSH normalmente mais alto; Alterações nas paratireoides: – Não ocorre atrofia, apenas deposição de tecido adiposo; – Há aumento do paratormônio em mulheres, o que aumenta a reabsorção de Ca2+ nos ossos; VALORES DE TSH NO IDOSO: <60 anos: 0.5-4.5 60-70 anos: 0.5-6.0 70-85 anos: 0.5-8.0 >85 anos: 0.5-10.0 Geriatria Thomás R. Campos | Medicina – UFOB SISTEMA HEMATOPOIÉTICO Alterações no sistema hematopoético: – É um processo mais lento; – Redução da massa celular da medula óssea, com substituição por tecido gorduroso; – Em condições basais a MO mantém níveis celulares e função adequados para as necessidades orgânicas; – Diminuição da Hb (mas sempre acima de 12.0), do Ht e do número de hemácias; – Resposta à flebotomia e hipóxia é mais lenta e menos intensa; – O envelhecimento se associa a um estado pró-coagulante; ÓRGÃOS DOS SENTIDOS Alterações na visão: – Achatamento da superfície córnea; – Alterações no cristalino; – Perda de elementos da retina e sistema de processamento neural; – Degeneração da mácula; – Glaucoma; Alterações na audição: – Perda da elasticidade da membrana basilar; – Perda de receptores sensoriais; – Perda de neurônios do 8º par; – Surdez = isolamento + depressão; Alterações na gustação: – Aumento da viscosidade e pH da saliva; Alterações no olfato: – Perda crescente de receptores do epitélio nasal; Alterações no tato: – Perda dos corpúsculos de Meissner; – Redução dos terminais nervosos; – Pele menos deformável;
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