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DIREITO TRIBUTÁRIO I

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PROVA DIREITO TRIBUTÁRIO
Consulta à Constituição Federal e ao Código Tributário Nacional
Exemplo de prova aplicada pelo professor no semestre passado:
Defina Direito Tributário e o que seria Sistema Tributário Nacional.
Explique os tributos de competência tributária dos Municípios.
(Obs.1 Na prova não colocar a sigla do imposto, colocar o nome por extenso do imposto)
(Obs.2 Na prova pode cair quais são os impostos de competência tributária dos Estados ou da União Federal.)
- Taxas;
- Contribuições de Melhoria;
- Impostos (art. 156 – CF): (imposto de propriedade predial e territorial urbana - IPTU, imposto de transmissão inter vivos, de vens imóveis e de direitos reais sobre imóveis - ITBI, imposto sobre serviços - ISS);
- COSIP (contribuição para o custeio de serviço de iluminação pública) – art. 149 – A CF;
- Contribuições de seus servidores públicos, para custeio do regime previdenciário (art. 149, §1 CF).
Quais as hipóteses de incidência do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza?
Determinado Estado instituiu o imposto adicional sobre a renda. Tem fundamento Constitucional tal exigência tributária?
Determinada pessoa é proprietária de terras agricultáveis em diversos Estados do Brasil, no ambiente rural, e, em diversos municípios de seu Estado de origem, é proprietária de terras urbanas. Quais impostos incidirão sobre seus imóveis?
DICAS:
Ao estudar para a prova, utilizar doutrina, e acompanhar os artigos da CF e do CTN citados, consultando-os, simultaneamente, pois muitos artigos do CTN são auto-explicáveis, está melhor elaborado que muitas doutrinas.
É fundamental saber:
O que é competência tributária (até porque no modelo de prova dado pelo professor, as questões 2, 3 e 4 envolvem competência tributária).
É a outorga, delegação constitucional para instituir e legislar sobre tributos.
Quais as características da competência tributária?
Indelegável, privativa, incaducável, facultativa.
Uma peculiaridade do direito tributário brasileiro é que é o único direito tributário no mundo que está na Constituição Federal. Então, o que é sistema tributário nacional? Um capítulo na Constituição Federal que dispões sobre Direito Tributário, que dá um norte, estabelece os princípios.
O sistema tributário nacional começa no art. 145 da CF, que já começa falando de competência tributária e falando de espécies tributárias.
É fundamental saber competência tributária e as espécies tributárias.
Quais espécies tributárias nós temos?
Deve-se saber o que é tributo vinculado e o que é tributo não vinculado. (Espécie de classificação dos tributos).
Tributo vinculado é quando na hipótese de incidência do tributo e base de cálculo tem a presença de uma atividade estatal. A exigência do tributo está vinculada que o Estado esteja fazendo algo para o contribuinte. O dinheiro arrecadado está vinculado a alguma coisa. São as taxas e contribuições de melhorias. A taxa ou é para a prestação de um serviço público específico e indivisível. Ex.: taxa da coleta do lixo (é um serviço público), taxa do esgoto taxa de serviço público de transporte (que ninguém chama de taxa, mas é uma taxa, a passagem que pagamos do metrô é uma taxa), taxa do Poder Judiciário.
A taxa pode ser por serviço público ou por exercício do poder de fiscalização. Ex.: Taxa de publicidade, para verificar se o estabelecimento está cumprindo as leis de publicidade, taxa do IBAMA (para verificar se o contribuinte ou o cidadão está respeitando o meio ambiente no seu imóvel rural).
COSIP – CONTRUIBUIÇÃO DO SERVIÇÕ DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA foi criada, pois julgaram inconstitucional a taxa de iluminação pública. (Art. 149-A CF) (só os Municípios podem cobrar a COSIP)
Contribuição de melhoria só pode ser exigida pela União, Estados e Município, se realizarem obras pública que valorizem os imóveis da região. Ex.: asfaltamento, metrô, hospital. É vinculado porque na hipótese de incidência tem a presença de uma obra pública, é uma atividade estatal, e a consequência é a valorização do imóvel. 
Dentro da hipótese de incidência que é a realização de uma atividade estatal, e a valorização do imóvel, qual seria a base de cálculo? Como que é exigido esse tributo?
A base de cálculo é a valorização do imóvel e o teto é o valor da obra. Então não pode superar o valor da obra. Deve-se fazer uma proporção entre a base de cálculo e a valorização do imóvel e o teto do valor da obra.
Ex.: O imóvel valia R$100.000,00, vai para R$200.000,00, a base de cálculo é R$ 100.000,00 (que é o valor da valorização). O teto da valorização é o valor da obra. Se a obra custou R$ 1.000.000,00, não pode o Estado querer arrecadar sobre R$ 2.000.000,00, na contribuição de melhoria.
Então, tributo vinculado, são aqueles que na hipótese de incidência apresentam uma atividade estatal.
Classificação (colocar em grupos objetos, elementos semelhantes) - (Art. 145 – CF)
				taxas
Vinculado
				contribuição de melhoria
Não vinculado → a hipótese de incidência e base de cálculo não tem a presença de uma atividade estatal, é uma atividade livre, privada, é um ser, ter, agir, do contribuinte. Ex.: Impostos
(Existem outras classificações de tributos, como os diretos e indiretos, mas é menos útil que a classificação de tributos como vinculado e não vinculado.)
Além das taxas, contribuições de melhorias e impostos, temos ainda no nosso ordenamento jurídico os empréstimos compulsórios e as contribuições.
Empréstimo compulsório (Privativo da União, art. 148 CF) → Tem destinação específica.
Contribuições (Privativo da União, art. 149 CF) → Tem destinação específica.
			Sociais (contribuições previdenciárias – art. 195 CF – destinada 
				Para o custeio da seguridade social *)
Contribuições		Intervenção no domínio econômico
			Interesse de categorias profissionais e econômicas
*Para as contribuições previdenciárias somente se aplica o princípio da anterioridade nonagesinal.
Princípio da anterioridade nonagesinal →só entre em vigor após 90 (noventa) dias da edição da lei.
Não se aplica o princípio da anterioridade anual.
A classificação em impostos vinculados e não vinculados, não resolve o problema de classificação de tributos como Empréstimo compulsório e Contribuições, então estendeu-se a classificação. Deve-se entender se tem destinação específica e se o dinheiro arrecadado é devolvido.
O imposto é vedado ter sua receita vinculada a algum fundo ou despesa. O imposto não pode ter destinação específica. Isso difere o imposto das contribuições.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
Princípios Constitucionais Tributários são garantias do contribuinte para limitar o Poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Legalidade: somente pode cobrar tributo mediante lei.
Detalhe: A Constituição federal não institui tributo. Ela estabelece a competência tributária, bem como dá o arquétipo do tributo, que é o esqueleto, a regra matriz constitucional do tributo.
Quando a Constituição Federal estabelece a competência tributária ela não dá um cheque em branco para o legislador, pois nela há a regra matriz constitucional, os critérios que devem o legislador ordinário obedecer ao instituir o tributo. Ela delega o poder ao legislador infraconstitucional, dentro de determinados limites.
A Constituição Federal não somente outorga competência tributária, mas também o arquétipo dos tributos, a regra matriz constitucional dos tributos.
Uma boa pergunta para prova:
O Código Tributário Nacional institui tributos?
NÃO! O CTN não institui tributo, o que institui o tributo é a lei ordinária.
Quais os elementos necessários para se exigir um tributo?
É necessário a existência dos critérios:
Material
Temporal
Espacial
Critério quantitativo: base de cálculo e alíquota.
Critério pessoal: sujeito ativo / sujeito passivo
Todos esses critérios devem estar previstos em lei, em nenhum momento, no Código Tributário Nacional tem alíquota de algum tributo,ou os critérios matérias, temporais e espaciais (tem algumas passagens que só falam do critério temporal), portanto o CTI não institui tributo, o que institui tributo é a lei ordinária.
O CTN tem status de lei complementar. A lei complementar exigida pelo art. 146 da Constituição Federal.
O CTN dispõe sobre normas gerais do Direito Tributário, ele alinha o direito tributário, dá um norte para o direito tributário para diminuir ou limitar cada vez mais a competência do legislador ordinário.
Então, primeiro tem a Constituição Federal que não institui tributos, depois vem o CTN que dá as normas gerais do Direito Tributário, seguindo a CF e depois vem a lei ordinária que institui o tributo. Todos os critérios da regra matriz de incidência tributária têm que estar na lei ordinária. Aí o tributo é exigível.
Quando que o tributo é exigível do contribuinte?
Quando realiza a hipótese de incidência.
Prazo de recolhimento não precisa estar em lei, pois não está na regra matriz de incidência tributária. A jurisprudência já decidiu que o prazo pode ser instituído por decreto.
Ótima pergunta para prova:
Qual a competência tributária da União quanto a impostos?
Constituição Federal – Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais e nacionalizados;
III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI – propriedade territorial rural;
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
 - A União Federal tem a competência residual quanto a impostos, que é a competência do que sobrou, tirando os impostos já previstos na Constituição Federal, poderá criar mais, porém com determinados requisitos (lei complementar, os outros impostos podem ser criados por lei ordinária; não pode ter hipótese de incidência e base de cálculo dos impostos já previstos na Constituição Federal e tem que ser não cumulativo):
Constituição Federal – Art. 154. A união poderá instituir:
(COMPETÊNCIA RESIDUAL)
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
(COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA – nas palavras do professor, ótima pergunta para “f*#%& quem não estudou “Explique o art. 154, II da CF) – pode invadir as competências dos Estados e do Município
II – na iminência ou no caso de guerra externa impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Ex.: União pode criar um novo ICMS, ela não vai tirar o ICMS do Estado, que já existe, ela vai criar um novo, ou seja, o contribuinte pagará 2 ICMS’s. Portanto, terá o ICMS do Estado e o ICMS da União Federal. Pode criar um novo IPTU, existirá o IPTU do Município e o IPTU da União.
Ótima pergunta para a prova:
Explique o que é competência residual da União e o que ela precisa fazer para exercê-la.
Art. 154, I – CF: “I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;”
É a competência do que sobrou, tirando os impostos já previstos na Constituição Federal, poderá criar mais, porém com determinados requisitos (lei complementar, os outros impostos podem ser criados por lei ordinária; não pode ter hipótese de incidência e base de cálculo dos impostos já previstos na Constituição Federal e tem que ser não cumulativo)
Código Tributário Nacional define o que é tributo em seu artigo 3º:
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Ex. de tributo: Cartão zona azul (pois é uma obrigação pecuniária compulsória).
Multa de trânsito não é tributo, pois tem caráter de sanção por ato ilícito.
Exigir imposto sobre a riqueza auferida pelo tráfico é tributo, pois a riqueza auferida é ato lícito, porém, exigir ICMS sobre a venda de drogas não é pois é um ato ilícito.
Quando o artigo 3º do CTN dispõe que não pode constituir sanção de ato ilícito, existem duas interpretações:
1º - Não pode ser uma sanção, para penalizar, multar.
2º - Na hipótese de incidência da norma tributária não pode ter a presença de um ato ilícito.
Pergunta interessante para prova:
A denominação utilizada pelo legislador ao criar um tributo é importante para definir a natureza tributária, ou a espécie tributária?
Art. 4º CTN: “A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualifica-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
O art. 4º do CTN diz que pouco importa a denominação que foi utilizada para o tributo ou se sequer foi utilizada uma denominação. Se foi verificado que tem hipótese de incidência, base de cálculo. Se verificou que está nos termos do artigo 3º é tributo, pouco importa sua denominação.
O art. 4º dispõe que pouco importa a destinação da receita, para verificar a natureza tributária. Porém, isso não está certo. Pois para algumas espécies tributárias importa a destinação para saber qual a natureza jurídica, e o imposto não pode ter sua receita vinculada à nada. Portanto, se não tiver vinculação a nada, é imposto. Se tiver vinculação à guerra, é empréstimo compulsório. Se tiver uma vinculação social, é uma contribuição social. Portanto, para a legislação é importante saber a natureza do tributo.
Atenção: Não ater-se ao artigo 4º do CTN.
Em suma, na pergunta: A destinação da receita arrecadada é importante para definir a natureza do tributo?
Sim, apesar do que é prelacionado no artigo 4º do CTN, pois o imposto não pode ter destinação específica. Empréstimo compulsório deve ter destinação específica. Contribuições sociais devem ter destinação específica. Portanto é importante a destinação para se definir a natureza jurídica do tributo.
Dos impostos instituídos pela União Federal, quais são os tributos de caráter extra fiscal?
Caráter fiscal do tributo é arrecadação.
Um tributo de caráter extra fiscal é o de ser utilizado para outros fins, como por exemplo, instrumento político (regularizar a economia, proteger o mercado interno, incentivar a exportação).
Constituição Federal, art. 153: Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
Por serem de caráter extra fiscal, são exceção à regra do princípio da legalidade quanto à alíquota (art. 153, § 1º CF) – “É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.”
Pergunta de prova: Defina princípio da legalidade e diga se existem exceções.
São exceção à regra da anterioridade anual, conforme art. 150, § 1º CF – O que seria isso? Aumentou o imposto de importação, pode cobrar o imposto no mesmo exercício financeiro. Se o imposto aumentou em maio de 2015, pode cobrar e, junho 2015, pois também são exceções ao princípio da anterioridade nonagesimal, exceto o IPI. O IPI é exceção à anterioridade anual, mas não é exceção à anterioridade nonagesimal. Portanto, se o IPI aumentou em maio de 2015, sua cobrança só poderá ocorrer a partir de setembro de 2015.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. 
Revisando, como é a regra geral:
Principio da anterioridade anual, respeitando o mínimo de 90 (noventa) dias que é a anterioridade nonagesimal. (art. 150, III, b e c da CF).
Ou seja, é vedada a cobrança de tributo no exercício financeiro que o instituiu ou majorou.
Ex.; imposto sobre grandes fortunas. Não pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro que foi instituído, suponha-se que o imposto tenha sido criado em agosto de 2015. E janeiro de 2016 já pode ser cobrado. Pois já é outro exercício financeiro e já decorreu mais de 90 dias. No entanto, se o imposto foi criado em novembro de 2015, só poderá ser cobrado a partir de março de 2015, pois além do exercício financeiro, deve-se respeitar a anterioridade nonagesimal, ou seja, tem que esperar-se no mínimo 90 dias.
O Imposto de Renda é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal. Não pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro, mas não precisa respeitar o prazo nonagesimal.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Princípios constitucionais que devem ser estudados:
Universalidade 
			 Aplicam-se ao IR - art. 153, §2º, I - CF
Generalidade
O princípio da generalidade determina que o Imposto de Renda se aplica a todas as pessoas.
 O princípio da universalidade determina que o Imposto de Renda é auferido sobre qualquer renda, qualquer acréscimo financeiro, independente da sua origem.
 Outro princípio importante, é o da capacidade contributiva, no qual conforme a capacidade econômica do contribuinte, o imposto será progressivo. Art. 145, §1º da CF.
Outro importante princípio, que é uma boa pergunta que sempre cai, é quanto ao princípio da seletividade.
O que é o princípio da seletividade e quais hipóteses que se aplica? 
É também conhecido como princípio da essencialidade, e determina que quanto mais essencial é um produto, menos imposto incide sobre ele; quanto mais supérfluo, mais imposto incide sobre ele. Aplica-se ao IPI e ICMS. Art. 153, § 3º, I; art. 155, § 2º, I (sobre ICMS).
Outro princípio que é essencial saber é o princípio da não cumulatividade, que determina que o imposto não pode incidir sobre ele mesmo. Aplica-se ao IPI, ICMS e PODE ser utilizado nas contribuições previdenciárias.
A finalidade é não onerar a cadeia produtiva.
É regra do IPI e ICMS, eles devem obedecer o princípio da não cumulatividade.
Compensa-se o tributo cobrado, que incidiu sobre a operação anterior, com o devido na posterior.
Pergunta de prova:
Qual a diferença do princípio da não cumulatividade aplicado no IPI e no ICMS? Existe diferença no princípio da não cumulatividade ao princípio da diferença aplicado no IPI e no ICMS?
Art. 155, §2º, II, a e b.
A constituição disse de forma expressa que quando a saída for isenta ou não incidir ICMS acarreta anulação do crédito da entrada. O IPI não tem essa previsão.
Se lei posterior disser que estão isentos de ICMS determinado produto, a consequência é que ele tem que anular o valor da entrada, acarreta a anulação, ele não pode descontar o crédito.
O IPI não fala que a saída é isenta, não obriga a empresa a anular a entrada do crédito, se lei posterior isenta o IPI, o crédito não precisa ser anulado, o crédito é mantido, guardado. Caso a isenção acabe, ele pode usar. Pode-se inclusive compensar dos demais tributos federais. Por exemplo, pode-se usar o IPI para compensar do Imposto de Renda.

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