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Artigo - Marcos - previa av1 rascunho 2

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A TOMADA DE DECISÃO SOB A PERSPECTIVA DOS MÉTODOS DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO E DE CUSTEIO VARIÁVEL
Marcos Antonio Delfino�
Claudia Marchioti Reis�	
RESUMO
Os métodos de custeio são sistemas utilizados pela contabilidade de custos para obter-se um valor a ser atribuído a um bem ou serviço. Dentre as mais conhecidas técnicas contábeis estão o custeio por absorção e o custeio variável. A metodologia adotada constitui-se de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, onde foi realizada uma análise sobre os referidos métodos e suas aplicações. Concluiu-se que nas demonstrações baseadas no custeio variável, o lucro revela-se menor que o obtido com o custeio por absorção, visto que o primeiro método aloca os custos fixos a cada produto e o segundo, diretamente no resultado da empresa. Entretanto percebeu-se que ambos podem ser utilizados em conjunto para atender a finalidades fiscais e gerencias. 
Palavras-chave: Contabilidade de Custos. Custeio por Absorção. Custeio Variável.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, devido principalmente ao crescimento das atividades nas organizações, a Contabilidade de Custos passou a ser considerada uma eficiente ferramenta gerencial, útil ao controle e a tomada de decisão.
De acordo com Martins (2010), no que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão, de forma que estes valores sirvam como parâmetro para posterior comparação com os reais custos das operações nas empresas. Quanto à decisão, seu papel revela importância, pois serve como base para conclusão de que determinado produto deve ou não ser continuado, auxilia o processo de formação do preço de venda e indica se é melhor comprar ou fabricar um produto.
Desta maneira, pode-se afirmar que a Contabilidade de Custos passou de mera auxiliar na avaliação de estoques para um importante instrumento gerencial. �
Segundo afirma Crepaldi (2010, p.2) “Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, avaliar e informar os custos dos produtos ou serviços, sendo voltada para a análise dos gastos de uma entidade no decorrer de suas atividades”.
Percebe-se, portanto, que este ramo da contabilidade possui uma significativa influência sobre os resultados econômicos e financeiros nos negócios empresariais. 
Este artigo abordará o seguinte questionamento: Qual método de custeio tem um perfil gerencial para obter-se sucesso em um mercado competitivo? Para responder a esta pergunta, o objetivo da pesquisa será o de promover uma análise comparativa entre os métodos de Custeio Variável e de Custeio por Absorção, demonstrando as principais vantagens e desvantagens de ambos para a tomada de decisão.
Serão realizadas pesquisas bibliográficas em livros, artigos científicos disponibilizados em revistas e na Internet, reunindo e organizando um conjunto comprobatório de dados sobre a importância da qualidade e controle da informação e a evolução da profissão contábil, sendo a abordagem do problema qualitativa. A estrutura do trabalho será composta de fundamentação teórica de assuntos relacionados à Contabilidade de Custos, da metodologia utilizada e finalmente dos resultados obtidos nas análises.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Até a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, praticamente só existia a Contabilidade Financeira ou Contabilidade Geral, que foi desenvolvida na Era Mercantilista e estava bem estruturada para servir as empresas comerciais. A apuração do resultado de cada período era feita apenas com o levantamento dos estoques, sendo a sua mensuração relativamente simples, bastando ao contador verificar o montante pago por cada item em estoque e assim atribuir valor às mercadorias. 
	O objetivo da Contabilidade de custos é produzir informação operacional e financeira para funcionários e administradores. O processo deve ser direcionado pelas necessidades de informação dos indivíduos da entidade e orientar suas decisões operacionais e de investimentos.
Tomando como exemplo uma empresa industrial, o custo dos produtos fabricados é obtido, basicamente, pela composição de três grupos de elementos de custos (IUDÍCIBUS e MARION, 2000):
Custos dos Materiais Diretos
Custos da Mão-de-Obra Direta
Custos Indiretos de Fabricação
De acordo com MARTINS (2010), o custo dos materiais diretos refere-se a todo o material que se integra ao produto acabado, sendo incluído diretamente no cálculo do custo do produto, como por exemplo, a matéria-prima e material de embalagens. 
O custo da mão-de-obra direta é o gasto relativo a qualquer trabalho realizado em um produto em elaboração desde que haja a mensuração do tempo empregado e a identificação de quem trabalhou sem a necessidade de recorrer a nenhum critério de rateio.
Os custos Indiretos de Fabricação são todos os gastos necessários para a manutenção da fábrica, porém, genéricos demais para serem apropriados diretamente ao produto, como por exemplo, a depreciação de máquinas da linha de produção. 
2.1 Métodos de Custeio
A Contabilidade, Segundo Frezatti (2007) apresenta como proposta situar-se como um banco de dados que permite respostas a questionamentos ligados aos processos decisórios nos quais se encontra uma organização. 
Para responder as demandas de informações da área de custos, a Contabilidade de Custos aponta o melhor caminho a ser seguido por uma empresa na produção de um bem ou serviço através de métodos de custeio. Esses métodos são utilizados para determinar o valor dos objetos de custeio, melhorar os processos, reduzir custos, eliminar desperdícios, decidir entre produzir ou terceirizar, eliminar, criar, aumentar ou diminuir a linha de produção de determinados produtos, etc. 
Desta forma, cabe aos métodos de custeio definir quais os elementos devem ser incluídos como custos de um produto e o que deve ser deduzido como despesa no resultado de uma organização (MARTINS e ROCHA, 2010, p. 44).
Conclui-se que computar ou não elementos na mensuração de custos torna tais métodos diferentes entre si, possibilitando com isso, diversas alternativas que irão auxiliar a tomada de decisão. Dentre esses métodos, estão o custeio por absorção e o custeio variável.
Megliorini (2012) menciona que o método de custeio por absorção, o método das seções homogêneas e o método de custeio variável são considerados tradicionais, pois neles os produtos são geradores de custos e estão mais adequados a ambientes onde exista a predominância de custos com materiais diretos e mão-de-obra direta.
Ainda Megliorini (2012, p.2), evidencia que esses métodos “têm relação com o conceito de que o comportamento dos custos varia de acordo com quantidade fabricada, ou seja, variam de acordo com a produção”. Além disso, o autor destaca que o custeio baseado em atividades é considerado um método contemporâneo em resposta a um ambiente competitivo mais intenso, onde há a preocupação com a gestão de custos.
Também para Kaplan e Cooper (1998) o método de absorção e o método variável são tradicionais, sendo que, enquanto o primeiro é obrigatório pela legislação do imposto de renda e atende aos Princípios de Contabilidade, principalmente no que tange à Competência, o segundo é utilizado para fins gerências, sendo mais apropriado à tomada de decisão.
2.1.1 Método de Custeio por Absorção 
Segundo Santos (2009), o método de custeio por absorção é básico para a avaliação de estoques para fins de levantamento de balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício. No custeio por absorção todos os custos de produção, sejam eles diretos ou indiretos, farão parte do custo do bem ou serviço e as despesas serão lançadas diretamente contra o resultado.
Para obter o custo dos bens e serviços a partir do custeio por absorção, a empresa deve proceder de duas formas (MARTINS, 2010): 
Alocar os custos diretos (materiais diretos e mão-de-obra direta) pela efetiva utilização, uma vez que são custos relacionados diretamente com a produção, sendo possívelverificar seu real consumo nos bens e serviços e rateio dos custos indiretos, que são itens que não estão diretamente ligados com a produção, utilizando de sistemas de rateio.
Departamentalização, ou seja, dividir a empresa em departamentos de serviços em departamentos produtivos, sendo os custos indiretos rateados entre os departamentos. 
2.2.2 Método de Custeio Variável
Segundo Megliorini (2012), enquanto no custeio por absorção os custos fixos serão rateados aos produtos, no método de custeio variável apenas os custos variáveis (custos que variam de acordo com o volume de produção) farão parte do objeto de custeio. 
Leone (1997, p.322) defende que: 
Os custos e as despesas que devem ser inventariáveis são somente aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a uma medida desta atividade. Os demais gastos de produção, definidos como periódicos, repetitivos ou fixos serão debitados diretamente no resultado do período. 
Percebe-se que pelo sistema de custeio variável, somente é apropriado ao produto os custos que variam de acordo com a produção ou venda. Desta forma, os custos fixos são considerados despesas e não entram no valor do estoque. 
Para Martins (2010), a inclusão dos custos fixos na composição de produto ou serviço não é de grande utilidade no que se refere à gestão de uma organização, visto que esses custos existem independentemente do volume de produção. Portanto, considerá-los como parte dos estoques, passando a custos somente quando ocorrer a venda do produto ou do serviço poderá causar distorções nas informações quando o objetivo for uma análise de ordem gerencial.
Sendo assim, o custeio variável mostra que é fundamental para o desempenho da empresa observar cuidadosamente os custos fixos, uma vez que os mesmos não são alterados ainda que a empresa diminua ou até mesmo paralise suas atividades. Assim sendo a partir do momento em que a estrutura fixa estiver bem delineada, a decisão relevante estará relacionada com os custos varáveis. 
Outra característica do custeio variável está na inclusão de uma ferramenta gerencial denominada Margem de Contribuição que, segundo Coronado (2012), trata-se da resultante do valor das receitas menos o valor dos custos variáveis, servindo esta informação para avaliar o quanto cada produto fabricado contribui para o pagamento dos gastos fixos, o que irá determinar se empresa está ou não gerando lucro.
REFERÊNCIAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos, 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
 
CORONADO, Osmar. Contabilidade Gerencial Básica, 2ª edição. São Paulo: Saraiva, 2012.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2000.
FREZATTI, Fábio. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial, 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2007.
	
KAPLAN R; ANDERSON S.R. Custeio baseado em atividade e tempo. Rio de Janeiro: Campus, 2007.
KAPLAN R; COOPER. Custo e desempenho: administre seus custos para ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 1998.
LEONE, G.S.G. Custos: planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1997.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos, 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, Eliseu; ROCHA, Wellington. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados sob diferentes perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010. 
MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão, 3ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
SANTOS, J.J. Contabilidade e análise de custos, 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2009.
� Acadêmico do curso de Ciências Contábeis na Universidade Estácio de Sá (UNESA) – Assistente Contábil na empresa Planejar Assessoria Contábil. E-mail: marcosfenix7079@hotmail.com 
� Professora Orientadora do curso de Ciências Contábeis na Universidade Estácio de Sá. E- mail: � HYPERLINK "mailto:claudia.marchioti.reis@gmail.com" �claudia.marchioti.reis@gmail.com�

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