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dissertacao orientada paulo freire

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Disciplina de Prática de Ensino Licenciatura em Química Profa. Rosana Giacomini
Leitura recomendada (pdf disponível na plataforma):
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia – Saberes necessários à prática educativa, Editora Paz e Terra, 39ª Edição, São Paulo, 2009.
Dissertação orientada.
Prezado aluno, você deve fazer a leitura de todo o livro e, após a leitura, escrever de 80 a 100 palavras sobre cada um dos seguintes itens:
Ensinar exige pesquisa:
Não há como ensinar sem pesquisa, pois para ensinar é necessário pesquisar, como para aprender o que não se sabe, lembrar do que havia esquecido e se atualizar sobre o que já havia sido assimilado. Fica evidente uma conexão entre pesquisa, que gera como consequência a aprendizagem e que leva ao ensino.
A pesquisa deve ser cobiçada por professores e alunos, pois juntos ambas as partes acabam desenvolvendo seus conhecimentos e ampliando conceitos. O educador deve sempre buscar saber mais e trazer conhecimento mais lógico e crítico para os educandos, e nunca se limitar a um mero plano de ensino passado por uma determinada instituição, para que assim os alunos aprendam a criar conhecimento através da pesquisa.
Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos
Ao ensinar é importante levar em consideração os conhecimentos que são carregados pelos alunos do meio externo à escola, pois estes conhecimentos adquiridos fazem parte da construção do ‘eu’ e podem ser utilizados como gatilho para captar o interesse dos alunos, além de transmitir segurança e fortalecer o vínculo entre professor-aluno.
É importante também a troca de conhecimentos entre alunos e professores, pois só assim é possível promover a discussão entre as diferenças de realidade e especificidade de cada indivíduo.
Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática
Ao praticar a docência, vai-se aperfeiçoando a técnica a cada prática, portanto para que o processo de aperfeiçoamento seja cada vez mais eficaz o professor deve estar sempre atento aos métodos utilizados e observar os melhores resultados na prática, com olhos atentos e reflexivos sobre os pontos que devem ser melhorados na prática de hoje para que seja modificado na prática de amanhã. Portanto, a autocrítica tem um papel fundamental nesta análise.
Porém somente a autocrítica não melhora nada por si só, deve-se pensar e colocar em prática soluções que possam resolver a prática da melhor forma possível.
Ensinar exige bom senso:
É fundamental o bom senso para guiar o educador entre decisões conflituosas, para conseguir identificar os momentos em que se deve agir de forma mais sensibilizada e humana ou de forma mais rígida para com o aluno.
Faz parte da prática pedagógica se comover e identificar os limites individuais e imprevisibilidade da vida humana; da mesma forma que deve haver um respeito do próprio educador pelas regras e critérios que ele mesmo enunciou, para isso utiliza-se do bom senso do professor como ferramenta para distinguir o momento ideal de tomar cada decisão considerada como “exceção”.
Ensinar exige apreensão da realidade:
Ao ensinar é importante que fique esclarecido a ligação entre o conteúdo e as práticas do dia a dia, pois só assim é possível que o aluno realmente aprenda e entenda a importância do que está sendo ensinado a ele. Conteúdo que é passado sem conexão com a realidade do aluno, fica sem assimilação ocasionando um momentâneo conhecimento do assunto por meio da memorização, que sem a prática logo será esquecido. E não é este método arcaico que é o objetivo da prática pedagógica, pois entende-se que o conteúdo só é realmente guardado quando assimilado. 
Além disso um conteúdo sem assimilação não gera fundamentação crítica sobre o que foi aprendido.
Ensinar exige curiosidade:
A curiosidade gera indagações que ativam a avidez do aluno para procurar por resposta, atravez dela o sujeito é levado a estudar, criticar os conhecimentos já obtidos, formular novas perguntas e avançar.
O conhecimento escolar não deve ser visto como um limite. Ao contrário, é uma busca. Conhecimento não é uma cerca. É um horizonte. 
Ensinar exige que não só o educador tenha curiosidade, mas que tambem tenha a capacidade de ativar a curiosidade do educando, de forma a buscarem, ambos, a resposta pelas indagações feitas.
Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade
A segurança no ensino está intimamente ligada com a capacidade de conseguir trabalhar em conjunto com os alunos na construção do conhecimento, estimulando perguntas e mediando conflitos. A competência profissional não significa ser dono do saber, mas deve-se buscar experimentar e ter um conhecimento prévio de alguns recursos antes de apresentar os mesmos aos alunos, como os recursos tecnológicos: é importante a inserção deste tipo de recurso em sala de aula para encorajar as devidas competências dos alunos. A generosidade é responsável pela característica de prazer ao repassar e propagar o ensino a todas as pessoas, de todas as classes, gêneros e ideologias.
Ensinar exige comprometimento
A maneira como os alunos me percebem tem grande importância para o meu desempenho. Não há como sendo professor não revelar minha maneira de ser, de pensar politicamente, diante de meus alunos. Assim, devo preocupar-me em aproximar cada vez mais o que digo do que faço e o que pareço ser do que realmente estou sendo.
Minha presença é uma presença em si política, e assim sendo, não posso ser uma omissão, mas um sujeito de opções. Devo revelar aos alunos, minha capacidade de analisar, comparar, avaliar; de fazer justiça, de não falhar à verdade. Meu testemunho tem que ser ético. O espaço pedagógico neutro prepara os alunos para práticas apolíticas. A maneira humana de se estar no mundo não é, nem pode ser neutra.
Ensinar exige tomada consciente de decisões
Diante da impossibilidade da neutralidade da educação, é importante que o educador saiba que se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental ela pode. O educador crítico pode demonstrar que é possível mudar o país. E isto reforça nele a importância de sua tarefa político-pedagógica. Ele sabe o valor que tem para a modificação da realidade, a maneira consistente com que vive sua presença no mundo. Sabe que sua experiência na escola é um momento importante que precisa ser autenticamente vivido.
Ensinar exige saber escutar:
É preciso que o educador consiga aprender a escutar os alunos, de forma a compreender a situação-problema para que possa esclarecer qualquer confusão de forma imediata. 
Não há troca de conhecimentos se não há espaço para diálogo e esclarecimentos sobre os conteúdos trabalhados. É fundamental o silêncio no espaço da comunicação.
Quando escuto eu me permito entender e refletir de forma lógica sobre o que está sendo falado, discordando ou concordando. A habilidade de escutar pode ser como uma avaliação formativa contínua em uma sala de aula, pois ao perguntar aos alunos e fazerem uma aula conjunta com eles, consegue-se a oportunidade de percepção do que está sendo assimilado pelos alunos e qual conteúdo deve ser mais trabalhado.
Ensinar exige disponibilidade para o diálogo
É através do diálogo que se faz possível conhecer a cultura, local, situação política, social e econômica. Portanto, é importante que o professor mantenha um vínculo com os alunos de forma a conhecerem suas condições de vida, conpartilhando experiências e trabalhando com as dificuldades.
Não se deve ter vergonha de perguntar o que não se sabe, pois não há ninguem que saiba tudo, que não tenha algo mais para aprender. Nem se deve querer achar que é melhor que o outro, pois em algum momento anterior, antes de adquirirmos o conhecimento, não sabíamos de nada.
Ensinar exige querer bem aos educandos.
Querer o bem dos educandos não quer dizer que deve deixar que a afinidade interfira no cumprimento do dever do professor. Querer bem, diz respeito a ter alegria ao ensinar, e ao perceber que os alunos estão compreendendo.
Deve-se ter em mente que o ensino com boas intenções é que tem
a capacidade de formar cidadãos integrados e evoluídos para uma sociedade melhor. Além disso, o querer bem propicia um vínculo mais íntimo entre professor-aluno fazendo com que o aluno esteja mais receptivo em debater novos conteúdos.
Na segunda tarefa você deverá, baseado na leitura de todo o livro PEDAGOGIA DA AUTONOMIA de Paulo Freire, dissertar (300 a 400 palavras) sobre como a leitura deste livro modificou seu pensamento como educador. Nesta tarefa, você pode enfatizar as outras partes do livro que não foram focalizadas na primeira tarefa.
Paulo Freire frisa a importância do ensino e que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar meios para que haja a construção conjunta do conhecimento mediado pelo professor. Ele ressalva também a importância de respeitar à dignidade e identidade do aluno, pois é impossível separar os conteúdos e conhecimentos aprendidos pelo educando fora da sala de aula, pois fazem parte da construção do indivíduo e permite que fique explícito a relevância de se aprender o que está no conteúdo programático, e a relação com o conteúdo e a rotina dos alunos. Assim como não é possível desvincular o ensino dos conteúdos com a formação ética que é transpassado pelos educadores com a finalidade de estimular a capacidade crítica e conduzir o aluno a pensar certo.
É significante o vínculo criado entre professor-aluno, que provoca um equilíbrio entre amorosidade, competência, autoridade e bem estar entre os envolvidos. É valorizado discussões sobre realidades e contextos diferentes vividos pelos próprios alunos, para que eles possam refletir sobre os motivos que levam à essas diferenças na sociedade e como lidar com isso da melhor forma possível. Este tipo de relacionamento oportuniza a troca de saberes e uma realidade em que o aluno e o professor se sentem mais à vontade para discutir os conteúdos, questionando e buscando repostas.
Por fim, vale ressaltar que o relacionamento e ambiente sereno criado em sala de aula com o aluno tem direta influência sobre como o aluno receberá as ideias novas e como a criação de vínculos positivos pode facilitar uma abordagem e entendimento de certos assuntos. Assim, como pode ocorrer o contrário, caso o professor não consiga cativar o educando. 
Também é relevante que haja motivação para criação do pensamento crítico e que haja um despertar de curiosidade, fazendo com que a construção do ensino seja feita de forma contínua.

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