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projetos e planejamento politico pedagógico

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1 
 
Disciplina: Projetos e Planejamento Político Pedagógico 
Autores: M.e Gílian Cristina Barros 
Revisão de Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
 
 
2 
 
Gílian Cristina Barros 
 
 
 
 
 
Projetos e Planejamento Político 
Pedagógico 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2016 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
BARROS, Gílian Cristina. 
Projetos e Planejamento Político Pedagógico / Gílian Cristina Barros. – 
Curitiba, 2016. 42 p. 
Revisão de Conteúdos: Marcelo Alvino da Silva. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Projetos e Planejamento Político 
Pedagógico – Faculdade São Braz (FSB), 2016. 
 ISBN: 978-85-5475-082-4 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 Nesta disciplina será abordado sobre o planejamento do Projeto Político 
Pedagógico, evidenciando os seus conceitos e a sua importância na instituição 
escolar. 
Os projetos educacionais precisam de uma atenção maior, por esse 
motivo, será tratado do processo de elaboração, principais características e suas 
etapas indispensáveis, para que se torne uma ferramenta de grande auxílio na 
atuação do profissional da educação em sala de aula. 
Será possível perceber que para o gestor escolar compreender o desenho 
do PPP é relevante, pois pelo conhecimento, amplia-se sua leitura dos processos 
políticos que envolvem sua construção. Será verificado que esse Projeto é uma 
ferramenta política construída coletivamente e deve ocorrer a busca do 
consenso entre as aspirações, as necessidades e as possibilidades dos vários 
atores da escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Aula 1 – Projetos de vida, Projetos de Sociedade, Projetos de Escola: 
Planejamento em Educação 
Apresentação da aula 1 
Nesta aula serão abordados conceitos a respeito de projetos de vida, o 
que são, pra que servem e quais as semelhanças com projetos em geral. Serão 
analisados alguns tipos de projetos de sociedade, com suas abordagens, 
partindo do princípio que a identidade de um grupo social é construída e também 
pode ser determinante. 
 
1. Projetos de vida, Projetos de Sociedade, Projetos de Escola: 
Planejamento em Educação 
A discussão sobre Planejamento e Projeto Político Pedagógico tem por 
objetivo compreender, a partir dos projetos de vida, de sociedade e de escola, 
como se constituem os projetos de educação. Essa discussão faz-se relevante, 
pois é a partir dela que compreenderemos as definições de projeto e 
planejamento e quais suas características. 
Veja alguns exemplos, se desejar iniciar a atuação nesse campo, a 
realização do curso é parte do planejamento para iniciar a atuação, se atua 
nesse campo o planejamento é para aperfeiçoamento na carreira, se é 
necessária complementação curricular para atuar com mais competência ou se 
necessita avançar em sua jornada profissional e seu projeto é ganhar mais 
monetariamente, todos esses aspectos fazem parte de um projeto com ações 
organizadas para cumpri-lo dentro de um espaço, de um tempo e sobre 
determinadas condições. Machado (2000, p.2), afirma que: 
 
O homem constitui-se em sua humanidade à medida que desenvolve 
sua capacidade de fazer escolhas e se lançar ao mundo, 
transformando-se e transformando-o, em busca de desenvolver 
projetos para atingir metas e satisfazer desejos pessoais e coletivos a 
partir de valores históricos, culturalmente situados e socialmente 
acordados. (MACHADO, 2000, P.2) 
 
Desejos individuais e coletivos que se originam em valores históricos que 
são situados e influenciados pela cultura, um dos aspectos que faz com que 
tenhamos projetos. Esses desejos quando transformados em objetivos a serem 
 
7 
 
alcançados oportunizam, pela ação, um rumo a seguir, um caminho, uma 
orientação de vida, de sociedade, de escola, de educação. 
Vocabula rio 
Cultura: conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e 
práticas sociais, aprendidos de geração em geração através 
da vida em sociedade. Seria a herança social da humanidade 
ou ainda de forma específica, uma determinada variante da 
herança social. 
 
O projeto vislumbra uma perspectiva futura, no entanto prima 
pela relação com o presente vivido e o passado experimentado, 
por isso o projeto se origina em valores históricos situados 
culturalmente e socialmente ancorados. 
 
 
Projetar é uma característica essencialmente humana e quanto mais 
projetamos, quanto mais planejamos mais humanos nos tornamos, pela leitura 
e compreensão da realidade que nos cerca, que nos leva a querer intervir e 
modificá-la, olhando para nós, olhando para outros. 
 
[...] o homem executa seu ciclo vital não apenas pela motivação animal 
de sobrevivência, mas subordina a sobrevivência a objetivos maiores, 
através da consciência do fazer/saber, isto é, faz porque está sabendo 
e sabe por estar fazendo. (D’AMBRÓSIO, 2005) 
 
O ciclo vital apresentado por Ubiratan D’ Ambrósio (2005) se estabelece 
a partir de três elementos, conforme esquema a seguir: 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 
REALIDADE INDIVÍDUO AÇÃO
 
8 
 
Carrano e Dayrel (2013), afirmam que: 
A elaboração de um projeto de vida é fruto de um processo de 
aprendizagem, no qual o maior desafio é aprender a escolher. Na 
sociedade contemporânea, somos chamados a escolher, a decidir 
continuamente, fazendo dessa ação uma condição para a 
sobrevivência social. 
A escolha também é objeto de aprendizagem: aprendemos a escolher 
e a nos responsabilizar pelas nossas escolhas. Um e outro se 
aprendem fazendo, errando, refletindo sobre os erros. Essas são 
condições para a formação de sujeitos autônomos. (CARRANO e 
DAYREL, 2013 p. 32-33) 
 
Contextualizando a afirmação, quanto mais escolhemos, projetamos (e 
planejamos), mais aprendemos. Sendo assim a ação oportuniza mais sabere 
quanto mais fazemos, mais sabemos e isso faz parte de nós como humanos, o 
agir na realidade e a partir dela seja por sobrevivência, seja pelo desejo. 
 
Para Refletir 
Já pensou sobre a relação que há entre responsabilidade e 
autonomia? Poderíamos afirmar que são elementos 
indissociáveis e necessários na elaboração de projetos? 
 
 
Cada escolha realizada traz consigo a responsabilidade de assumi-la, 
bem como faz como que as atitudes sejam pensadas antes de sua realização, 
atitudes que carregam leituras de mundo, elementos da cultura. Esses 
elementos não são neutros, eles representam opções filosóficas e políticas. 
Os atos de agir, de projetar, de planejar são intencionais, são 
comprometidos e revelam as opções filosóficas e política de quem age, de quem 
projeta, de quem planeja modificar uma situação, uma realidade. Ampliando o 
que diz Luckesi quanto ao planejamento, cabe salientar que o projeto, assim 
como o planejamento não será: 
 
[...] nem exclusivamente um ato político-filosófico, nem exclusivamente 
um ato técnico; será, sim, um ato ao mesmo tempo político-social, 
científico e técnico: político-social, na medida em que está 
comprometido com as finalidades sociais e políticas; científico, na 
medida em que não se pode planejar sem um conhecimento da 
realidade; técnico, na medida em que o planejamento exige uma 
definição de meios eficientes para se obter os resultados. (LUCKESI, 
online, p.119) 
 
9 
 
 
Técnico, político-social, político-filosófico e científico são essas as 
características das ações, dos projetos e dos planejamentos sejam eles de vida, 
de sociedade ou de escola. 
O planejamento é técnico, político-social, político-filosófico e 
científico, é o ato pelo qual decidimos o que construir. No 
planejamento delimitamos quais os caminhos, os meios para se 
chegar a um resultado almejado. O planejamento se estabelece 
a partir de ações a serem realizadas, em determinado tempo e 
espaço sobre certas condições para se chegar a um 
determinado fim. 
 
 
Os projetos de vida, assim como os de sociedade parte do 
reconhecimento do ser humano de si mesmo como agente transformador de 
realidades. Esse reconhecimento é uma construção individual, mas também 
social assim como a identidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 
A identidade construída socialmente a partir da vivência em uma 
realidade, em um espaço social são elementos que determinam os projetos de 
vida, nos levando a afirmar que: 
Os projetos de sociedade também partem do mesmo princípio, no qual a 
identidade de um grupo social é construída historicamente e determinam 
intervenções planejadas na realidade, no espaço social. 
 
 
IdentidadeRealidade
Projetos de 
vida 
 
10 
 
Importante 
Os projetos podem ser individuais e/ou coletivos; mais amplos 
ou restritos, com elaborações em curto ou médio prazo. São 
dinâmicos e, de certa forma, “ziguezagueantes”. Podem mudar 
de acordo com as circunstâncias, os valores vigentes em 
determinados momentos da vida, as interações sociais, os 
contextos e até com os suportes materiais e simbólicos com os 
quais contam. (BRASIL, 2003). 
 
O Planejamento em Educação pode ser de três naturezas: 
Planejamento do Sistema Educacional, Planejamento Escolar e Planejamento 
do Ensino. 
O Planejamento do Sistema Educacional é realizado em âmbito 
Federal, Estadual e Municipal. Cada instância poderá organizar formas de 
planejar suas ações. Destaca-se em âmbito nacional o Plano Nacional da 
Educação (PNE), com metas a serem atingidas por todos os envolvidos no 
período de 10 anos. 
 
Saiba Mais 
O PNE é organizado a partir de Conferências municipais e 
estaduais, culminando com a Conferência Nacional de 
Educação (Conae). Nessas conferências elaboram-se 
Planos de Educação. A intenção do PNE é a instituição do 
Sistema Nacional de Educação (SNE) elemento central para 
assegurar maior organicidade da educação nacional. 
 
Visite: http://pne.mec.gov.br/ e conheça as metas do PNE 
para a próxima década (2014-2024). 
 
No âmbito da Escola é realizado o Planejamento Escolar. O 
planejamento integral da instituição de ensino considerando a cultura da escola. 
Como estudaremos na aula dois, o Projeto Político Pedagógico é o documento 
principal que orienta essa forma de planejamento. 
O Planejamento do Ensino, também realizado no âmbito da escola, mas 
com ações mais diretivas para a sala de aula vislumbrando o ensino e 
 
11 
 
aprendizagem. O Planejamento de Ensino está ligado ao cotidiano dos 
professores e alunos. São exemplos desse planejamento os planos de curso, 
plano de unidade e os planos de aula, que estudaremos detalhadamente na 
última aula. 
Portanto, cabe destacar o Planejamento em Educação conforme a 
imagem que segue: 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre planejamento leia o livro 
Planejamento e Avaliação na Escola: articulação e 
necessária determinação ideológica, de Carlos Cipriano 
Luckesi, a obra trata sobre o tema de avaliação e 
planejamento no ambiente escolar. 
 
Acesso disponível pelo endereço: 
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_15_p115-
125_c.pdf 
 
Planejamento 
em Educação
Planejamento do 
Sistema Educacional
•Exemplo: PNE
Planejamento Escolar
•Exemplo: Projeto 
Político Pedagógico
Planejamento de 
Ensino
•Exemplo: Plano de 
curso, Plano de aula
 
12 
 
Pode-se afirmar que os projetos nascem de necessidade e desejos e para 
que se efetivem é necessário planejar. Projetar e planejar são atividades 
inerentes aos seres humanos. 
Os planos, que apresentam as ações mais detalhadas, mais diretivas, 
estão contidos nos planejamentos. Vários planos podem compor um mesmo 
planejamento, assim como vários projetos. No entanto, compreende-se aqui que 
os projetos, dos quais foram tratados, são os idealizados, pensados, são aqueles 
que preveem uma ação na realidade, projetos que nascem nas mentes com uma 
intenção de intervir, de transformar realidades. 
Projetos idealizados podem se efetivar por meio de planejamentos, que 
são a materialização do projetar, do idealizar, por meio de planos e projetos 
escritos nos quais objetivos, tempos de ação, formas de organização, recursos 
humanos, financeiros e de infraestrutura são delineados, bem como outros 
elementos, como veremos com mais detalhes nas próximas aulas. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seu estudos lendo os livros: 
 
- Educação: projetos e valores, de autoria 
de Nilson José Machado apresenta uma 
discussão ampla sobre projetos. Destaca 
os principais elementos que permitem a 
compreensão apurada do tema. 
 
 
- Planejamento Como Prática Educativa, 
de autoria de Danilo Gandin, professor e 
pesquisador referência quanto ao estudo 
do planejamento. Com linguagem 
acessível a obra oportuniza a reflexão 
sobre a importância no planejamento na 
escola. 
 
 
 
 
13 
 
Importante 
O planejamento é técnico, político-social, político-filosófico e 
científico, é o ato pelo qual decidimos o que construir. No 
planejamento delimitamos quais os caminhos, os meios para se 
chegar a um resultado almejado. O planejamento se estabelece 
a partir de ações a serem realizadas, em determinado tempo e 
espaço sobre certas condições para se chegar a um 
determinado fim. 
 
Compreender, a partir dos projetos de vida, de sociedade e de escola, 
como se constituem os projetos de educação, esse foi o objetivo central dessa 
aula e pautados nos referenciais estudados pode-se concluir quanto aos 
projetos, esses: 
 podem ser individuais e/ou coletivos; mais amplos ou restritos; 
 idealizadospara diferentes prazos/tempos: curto, médio ou longo; 
 são dinâmicos e, de certa forma, “ziguezagueantes”; 
 podem mudar de acordo com as circunstâncias, os valores 
vigentes, as interações sociais, os contextos e até com os suportes 
materiais e simbólicos com os quais contam. 
 
Quanto aos projetos de sociedade entende-se que esses partem do 
mesmo princípio dos projetos individuais nos quais a identidade de um grupo 
social é construída historicamente determinando intervenções no espaço social. 
Também se conclui que o projeto vislumbra o futuro considerando o 
presente vivido e o passado experimentado, pois se origina em valores históricos 
situados culturalmente e socialmente ancorados e que o planejamento é 
técnico, político-social, político-filosófico e científico, no qual delimitamos os 
caminhos para se chegar a um determinado fim. Os projetos são ferramentas 
importantes para a organização do trabalho do gestor. 
O Planejamento em Educação pode ser de três naturezas: 
Planejamento do Sistema Educacional, Planejamento Escolar e Planejamento 
do Ensino. 
 
 
 
14 
 
Resumo aula 1 
Nesta aula foi possível verificar semelhanças e diferenças entre tipo de 
projetos, suas particularidades e o processo de elaboração e aplicabilidade de 
cada um. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Você conhece a realidade de sua escola? 
Como gestor é imprescindível que conheça a realidade de sua 
escola e de seus atores, para tanto se propõe algumas 
atividades para intervenção. 
 
- Organize uma roda de conversa com os professores e 
verifique quem são, porque estão ali, o que almejam para a 
educação, o que fez com que se tornassem professores. 
Esse tipo de atividade o auxiliará a compreender quais são os 
desejos, os projetos pessoais dos profissionais que atuam em 
sua escola. 
 
- Organize com sua equipe uma pesquisa que abranja os 
alunos e a comunidade. Elaborem questionamentos que 
permitam saber o que a comunidade, os pais, os alunos 
esperam da escola. Quais os seus sonhos? Eles possuem 
sonhos? Como são suas histórias de vida? São histórias de 
vida que permitem sonhar? 
Dados socioeconômicos também poderão trazer elementos 
para que compreendam melhor o meio no qual a escola está 
inserida. 
 
A partir desses e de outros dados façam uma análise dos 
sujeitos que a escola quer formar e que formação esses 
sujeitos esperam da escola, elas coincidem? 
 
 
Aula 2 – Projeto Político Pedagógico 
Apresentação da aula 2 
Nesta aula o foco será sobre o Projeto Político Pedagógico (PPP), sua 
definição, as etapas de elaboração e suas características. 
 
 
 
15 
 
2. Projeto Político Pedagógico 
O Projeto Político Pedagógico (PPP) por ser projeto indica uma direção. 
É político, pois, resulta e representa as relações de força existentes na escola. 
O PPP é pedagógico, porque se compromete em definir o tipo de ser humano 
que se quer formar, sendo também técnico quando exige a utilização de meios 
eficientes para se obter os resultados esperados. 
A elaboração do PPP, responsabilidade de todas as escolas, conforme 
nos apresenta o Art. 12° e Art. 14º inciso I da Lei 9.394/96, “é a configuração da 
singularidade e da particularidade da instituição educativa. Ele possibilita que as 
potencialidades sejam equacionadas, deslegitimando as formas instituídas”. 
(VEIGA, 2001, p. 187) 
 
Todo projeto da escola é também um projeto político, pois está 
intimamente articulado ao compromisso sociopolítico e com os 
interesses reais e coletivos da população. (VEIGA, 2001). 
 
O Projeto Político Pedagógico, por constar elementos de ação também se 
constitui uma forma de Planejamento Escolar que deve ser retomado, 
reanalisado e reescrito sempre que necessário. 
 Em sua elaboração e reelaborações três perguntas básicas devem ser 
feitas, segundo lemos em Gandin (2000) quando descreve o processo de 
planejamento: 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 
O que queremos 
alcançar?
O que faremos 
concretamente (num 
prazo predeterminado) 
para diminuir essa 
distância?
A que distância 
estamos daquilo que 
queremos alcançar?
 
16 
 
As respostas a esses questionamentos perpassam: a realidade presente 
e conhecida, que “precisa” ser modificada; o passado vivenciado; e o futuro que 
se busca atingir. 
O PPP só se concretiza como um instrumento democrático, de gestão 
democrática da escola se estiver garantida a participação da comunidade 
escolar na sua construção. Essa construção envolve discussão, execução e 
avaliação. 
 
Importante 
Um projeto político pedagógico não nega o instituído da escola 
que é a sua história, que é o conjunto dos seus currículos, dos 
seus métodos, o conjunto dos seus atores internos e externos 
e o seu modo de vida. Um projeto sempre confronta esse 
instituído com o instituinte. Não se constrói um projeto sem uma 
direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto 
pedagógico da escola é também político. O projeto pedagógico 
da escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, 
uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como 
horizonte da escola (GADOTTI, 2001). 
 
 
 
2.1 Etapas para a construção do PPP 
Veiga (2001), Gandin (2000) e Vasconcelos (2000), apontam as três 
etapas para a construção de um Projeto Político Pedagógico, sendo elas: 
 Etapa I - Diagnóstico da realidade; 
 Etapa II - Discussão da proposta curricular; 
 Etapa III - Desenvolvimento e avaliação. 
 
 
2.1.1 Etapa I – Diagnóstico da realidade 
Nessa etapa de elaboração do PPP a busca é pelo reconhecimento de 
quem são os sujeitos da escola, a partir do reconhecimento de quem são os 
alunos, qual o contexto no qual estão inseridos (trabalho, família, comunidade) 
 
17 
 
com vistas a compreensão da realidade, do contexto político, econômico, social 
e educacional. 
As informações desse campo, dessa etapa, vão além de dados 
estatísticos, devem buscar quais são as dificuldades a serem enfrentadas, as 
experiências adquiridas, os recursos humanos existentes, os equipamentos 
disponíveis e que uso tem sido feito deles e a disposição para o trabalho 
pedagógico. 
 No entanto, dados referentes a taxas de evasão e abandono, índices de 
reprovação, aproveitamento dos alunos em avaliações internas e avaliações 
externas e disciplinas nas quais os alunos tenham dificuldades devem ser 
considerados e são pertinentes. 
 
Vocabula rio 
Avaliações internas: são as realizadas dentro da escola, 
como avaliação da aprendizagem dos alunos. 
Avaliações externas: são as que agentes externos a escola 
elaboraram e/ou aplicam para Prova Brasil, PISA, entre 
outras. 
 
Ví deo 
Para melhor entendimento de como fazer o PPP funcionar, 
assista ao vídeo indicado, pois ele trará subsídios para a 
compreensão do processo de elaboração do PPP. 
 
Link: http://www.youtube.com/watch?v=s_tnaiuAksM 
 
 
As principais perguntas a serem consideradas nessa etapa de escrita do 
PPP são: 
 quem participará da escrita? 
 quem define para onde a escola deve rumar? 
 que cidadãos queremos formar? 
 
18 
 
 qual direção seguir? 
 quais nossos objetivos? 
 que fundamentos teóricos amparam o tipo de cidadãos que 
queremos formar e a direção que queremos seguir? 
 
 
2.1.2 Etapa II – Discussão da proposta curricular 
É nesse campo do PPP que é contemplada, sem desconsiderar as 
exigências legais, a perspectiva da formação dos alunos da escola e as 
expectativas de formação dos alunos e suas famílias. 
Nessa etapa, também são discutidos e apresentados os conteúdos 
escolares, a metodologia de trabalho, elementos da avaliação da 
aprendizagem e avaliação institucional.Todos esses aspectos discutidos e 
apresentados respeitando as especificidades locais. 
 
Vocabula rio 
Avaliação da aprendizagem: é a realizada entre professor 
e aluno. No PPP apresentam-se de forma breve os critérios 
e as formas dessa avaliação, detalhamentos como fórmulas 
e similaridades são contemplados no regimento escolar. 
Avaliação institucional: é que ocorre dentro da escola, 
onde todos são avaliados. É a avaliação da instituição feita 
por ela mesma. 
 
Importante 
Em um planejamento participativo, comunidade escolar 
(professores, alunos, técnicos educacionais, comunidade e 
família) definem como deve ser a escola, sua organização, seus 
relacionamentos, suas disciplinas, estratégias de ensino, 
avaliação, ou seja, toda a organização do processo formativo 
dos alunos. 
 
 
 
19 
 
Perguntas a serem consideradas nessa etapa de escrita do PPP: 
 que atividades e disciplinas devem ser organizadas para se atingir os 
objetivos pretendidos? 
 como devem estar distribuídos os tempos e os espaços de ensino 
aprendizagem? 
 como avaliar com base nos objetivos e metodologias a serem 
empregadas? O que avaliar de acordo com os cidadãos que a escola 
quer formar? 
 
 
2.1.3 Etapa III – Desenvolvimento e avaliação 
O gestor escolar ao conduzir a organização do processo de 
desenvolvimento e avaliação do PPP deve fazê-lo de forma organizada e 
sistemática, buscando garantir o alinhamento e veracidade dos dados coletados 
e a realização de análises e interpretações confiáveis. 
O PPP adquire validade à medida que é a expressão dos desejos, 
entendimentos e proposições da comunidade escolar, sendo a expressão da 
vontade do coletivo escolar que assume a responsabilidade de fazê-lo efetivo, 
bem como avaliá-lo com parcimônia. 
Nessa etapa de avaliação dos objetivos e metas alcançadas faz-se 
imperativo flexibilidade, tanto no repensar de caminhos que não levaram ao 
alcance dos objetivos, na retomada de objetivos que não foram alcançados, 
quanto na avaliação dos sucessos alcançados. 
Para que a escola funcione bem faz-se necessário um Projeto Político 
Pedagógico bem elaborado com participação coletiva e efetiva. Para avaliar se 
as ações do mesmo estão sendo desenvolvidas, se suas metas estão sendo 
atingidas é preciso à implementação de uma proposta de avaliação das ações 
do PPP de forma séria e comprometida. 
 
Para Veiga (2003), as características fundamentais do PPP são: 
 
 é um movimento de luta em prol da democratização; 
 é voltado para a inclusão; 
 favorece o diálogo, a cooperação; 
 há vínculo entre autonomia e Projeto Político Pedagógico; 
 
20 
 
 legitimidade ligada ao grau de participação dos envolvidos e 
 configura unicidade e coerência ao processo educativo. 
 
Perguntas que poderão auxiliar na elaboração e realização dessa etapa: 
 
 os objetivos traçados foram alcançados? 
 houve envolvimentos dos atores da escola em todos as etapas, 
inclusive no momento de avaliação? 
 quais os aspectos de sucesso que devem ser ressaltados e 
retomados no desenvolvimento do PPP? 
 que aspectos precisam ser revistos e reelaborados? 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre o PPP leia reportagem 8 questões 
essenciais sobre o Projeto Político-Pedagógico, de autoria 
de Thais Gurgel na qual reforça que é papel do diretor gerir 
a equipe na condução do PPP e as respostas para as 
dúvidas mais frequentes que surgem nesse processo. 
 
Link: 
http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/questoes-
essenciais-projeto-pedagogico-427805.shtml. 
 
Para Refletir 
Existindo Projeto Pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil 
planejar o ano letivo, ou rever e aperfeiçoar a oferta curricular, 
aprimorar expedientes avaliativos, demonstrando a capacidade 
de evolução positiva crescente. É possível lançar desafios 
estratégicos, como: diminuir a repetência, introduzir, índices 
crescentes de melhoria qualitativa, experimentar didáticas 
alternativas, atingir posição de excelência. (Demo 1998, p. 248). 
 
Os professores de sua escola consulta com frequência o 
PPP? 
Na última (re)elaboração do PPP de sua escola, houve 
discussão com todos os professores? 
O PPP de sua escola é retomado no planejamento de cada 
ano letivo? 
 
21 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seus conhecimentos lendo os livros: 
 
- Autonomia da escola: princípios e propostas, 
de autoria de Moacir Gadotti e José Eustáquio 
Romão (orgs.), a obra não trata 
especificamente de Projeto Político 
Pedagógico, mas traz elementos que auxiliam 
na compreensão de seus processos de 
produção, tornando a escola uma espaço de 
autonomia. 
 
- Projeto Político-Pedagógico da escola, de 
autoria de Ilma Passos Alencastro Veiga, na 
qual propõe a discussão sobre à qualidade de 
ensino para todos. Abordam-se temas que 
tratam da construção coletiva do PPP, da 
gestão do PPP na escola, princípios básicos 
de planejamento participativo, entre outros. 
 
 
 
Resumo da aula 2 
 Nesta aula estudou-se sobre o Projeto Político Pedagógico, sua definição, 
a forma de elaboração e suas características. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Com base em Gandin (2000), a professora Andrea Cortelazzi 
apresenta duas experiências de Aplicação, nas quais discorre 
sobre possíveis caminhos para elaboração de planejamento. O 
qual está disponível no acesso: 
 
http://deacoordenacao.blogspot.com.br/2013/08/planejamento-
como-pratica-educativa.html 
 
Após leitura e a análise dessas experiências, discorra sobre os 
pontos que considere importantes para a prática em sua 
realidade. 
 
 
 
22 
 
Aula 3 – Planejamento Participativo 
Apresentação da aula 3 
 Nesta aula será apresentado o planejamento participativo, seus 
elementos, suas características e etapas. Primeiramente serão definidos os 
conceitos de planejamento participativo, suas formas de elaboração, processos 
e agentes colaborativos. 
 
3. Planejamento Participativo 
Projetar e planejar são condições primordiais para qualquer ação humana, 
ainda mais no que se refere a ação intencional de educar. No entanto, se 
considerarmos que o ensino e aprendizagem fazem-se no coletivo para o 
coletivo, é também essencial o planejamento participativo em uma escola que 
pretenda ser democrática. 
 
A escola democrática é, pois, aquela que permite a manifestação de 
várias contradições que perpassam a escola e que, na sua forma de 
organização, permite o aprendizado a respeito da natureza dos conflitos 
e das contradições existentes na sociedade de hoje (RODRIGUES, 
2003, p. 60) 
 
Nesse momento, sobre o Planejamento Participativo, seus elementos, 
suas características e etapas, tópico necessário à ação do gestor em educação 
que deseja atuar de forma colaborativa, com a participação de seus pares 
permitindo o aprendizado pautado no respeito dos conflitos e contradições de 
nossa sociedade. 
Saviani (1982) afirma que: 
[...] a democracia tem de ser perspectiva principal de uma escola; 
portanto, só é possível considerar o processo educativo em seu 
conjunto, sob a condição de se distinguir a democracia como 
possibilidade no ponto de partida e a democracia como realidade, no 
ponto de chegada. (SAVIANI, 1982 apud OLIVEIRA, 2005, p. 46). 
 
 
 
3.1 Conceitualização do processo 
O que é participar? Essa indagação faz-se primeira quando se trata do 
estudo sobre Planejamento Participativo. 
 
O que se precisa entender é que participar é fazer política e esta 
depende das relações de poder percebidas. Que participar é uma 
prática social na qual os interlocutores detêm conhecimentos que, 
 
23 
 
apesar de diferentes, devem ser integrados. Que o conhecimento não 
pertencesomente a quem passou pelo processo de educação formal, 
ele é inerente a todo ser humano. Que se uma pessoa é capaz de 
pensar sua experiência, ela também é capaz de produzir 
conhecimento. Que participar é repensar o seu saber em confronto 
com outros saberes. Participar é fazer com e não para. (Tenório, 2002 
p. 77) 
 
 
Tomar parte de um processo e não apenas estar presente em 
determinado espaço é o que significa participar. Manifestar-se diante de 
questões, temas, emitindo opinião, concordando, discordando, propondo, 
decidindo, avaliando. Para tanto, destacam-se três elementos do planejamento 
participativo que se encontram em Gandin (2001). 
 
 Participação, elemento fundamental para sustentabilidade do processo 
de planejamento é necessário o envolvimento de todos e não somente 
de uma equipe de planejadores, de especialistas. 
 Pensar o cenário futuro, de longo prazo. Trabalhar não apenas sob o 
cenário atual e o de curto prazo, mas fundamentar-se em orientações 
mais amplas e duráveis, duráveis, de médio ou longo prazo. 
 Continuidade do processo. Estabelecer um sistema de monitoramento 
e avaliação é fundamental para a consolidação de um processo de 
planejamento: 
- monitoramento das ações realizadas como forma de verificar se 
estão compatíveis com os objetivos e metas propostos; 
- avaliação constante e progressiva em todas as etapas 
significativas. 
 
 
Para Gandin (2001), a participação, pensar o cenário futuro e a 
continuidade do processo são elementos do Planejamento 
Participativo que referem-se a continuidade do processo 
(monitoramento e avaliação). 
 
 
 
 
 
24 
 
Cada escola possui cultura e identidade próprias sendo necessário 
auscultar e conhecer a sua realidade, realidade que suporta demandas 
específicas e forma de organização também únicas e oriundas da sociedade, da 
comunidade escolar. 
Vocabula rio 
Auscultar: identificar (e diagnosticar); procurar saber; 
inquirir; investigar. 
 
 
 
 
A organização do planejamento de forma participativa, organizada, 
colegiada é uma das formas de respeitar as especificidades de cada escola sem 
desconsiderar suas singularidades. 
 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre o Conselho Escolar lendo Conselho 
Escolar e o financiamento da educação no Brasil, no qual a 
partir da página 74 é possível encontrar o que são e qual o 
papel dos Conselhos Escolares. Conselhos entendidos 
como um possível espaço para comunicação na escola. 
Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/cad%20
7.pdf 
 
 
Corroborando com o estudado na aula anterior, é salutar a participação 
da comunidade escolar na execução do planejamento para que esse se constitua 
legítimo. 
Participação no Planejamento Participativo inclui distribuição do poder, 
inclui possibilidade de decidir na construção não apenas do “como” ou do “com 
que” fazer, mas também do “o que” e do “para que” fazer; além disto, o 
 
25 
 
Planejamento Participativo contêm técnicas e instrumentos para realizar essa 
participação. 
 
 
A comunidade escolar como um todo possui o direito e o dever 
de tornar públicas as informações relevantes de interesse 
coletivo. Neste sentido, para tornar comum, informações, 
problemas, soluções, projetos, necessitamos intensificar 
processos de comunicação no ambiente escolar. Por exemplo, o 
Projeto Político Pedagógico (PPP), como instrumento de 
participação e de gestão democrática, precisa ser entendido 
como um documento público, comum a todos que compõem a 
comunidade escolar, e, para tanto, a sua comunicação é 
imprescindível nesse processo. Tornar comum tanto a 
construção do documento quanto a sua operacionalização e 
avaliação. (OLIVEIRA, 2009, p.5). 
 
 
A escrita do PPP de forma participativa, considerando as necessidades e 
expectativas dos entes da escola, busca o alcance dos objetivos propostos 
conjuntamente, numa perspectiva de tornar legítimo não apenas o momento do 
planejamento, mas de sua execução e avaliação. 
O debruçar-se sobre a realidade escolar é conhecer e reconhecer os 
desafios que a escola deve enfrentar de forma coletiva. O conselho escolar é 
uma das instâncias colegiadas da escola que poderá ser relevante nessa forma 
de planejamento. 
Ainda em Gandin (2001), compreende-se quanto ao Planejamento 
Participativo, que: 
a) Ele foi desenvolvido para instituições, grupos e movimentos que não 
têm como primeira tarefa ou missão aumentar o lucro, competir e 
sobreviver, mas contribuir para construção da realidade social. Tais 
entidades, incluindo aqui governos e seus diversos órgãos, não 
dispunham de ferramenta adequada para organizar seus processos de 
intervenção na realidade e vão, aos poucos, aproveitando-se do que o 
Planejamento Participativo lhes oferece para isto. Na América do Sul 
têm sido as escolas as instituições que mais utilizaram esta ferramenta 
para organizar seus processos de construção da prática escolar com 
um sentido de contribuir para a construção das pessoas e das 
estruturas sociais. Também redes de ensino oficial, sobretudo as 
ligadas aos municípios foram beneficiadas com a aplicação de 
conceitos, modelos, técnicas e instrumentos gestados dentro do 
Planejamento Participativo. 
b) Ele parte da verificação de que não existe participação real em 
nossas sociedades, isto é, de que há pessoas e grupos dentro delas 
 
26 
 
que não podem dispor dos recursos necessários ao seu mínimo bem-
estar. Mais do que isto: parte da clareza de que isto é consequência da 
organização estrutural injusta destas mesmas sociedades. 
c) Propõe-se, por isto, como ferramenta para que as instituições, 
grupos e movimentos que para isto existirem, e, obviamente, para os 
governos e seus órgãos, porque para isto existem, possam ter uma 
ação e um ser direcionados a influir na construção externa da 
realidade, ou seja, a serem, eles mesmos, apenas meios para a busca 
de fins sociais maiores. 
d) Como consequência, constrói um conjunto de conceitos, de 
modelos, de técnicas e de instrumentos que permitam utilizar 
processos científicos e ideológicos e organizar a participação para 
intervir na realidade, na direção conjuntamente estabelecida. 
(GANDIN, 2001, p.82 e 83) 
 
 Segundo Oliveira (2009): 
É importante que os profissionais envolvidos com a escola estejam 
atentos aos processos de comunicação que ocorrem nas unidades de 
ensino nas quais trabalham, preocupando-se não apenas com os 
meios, mas com a comunicação de forma mais ampla, o que implica 
pensar os processos de comunicação dentro e fora das salas de aula. 
É crucial prestar atenção a comunicação entre a equipe de gestão, os 
alunos, os professores, os funcionários, os pais, a comunidade que 
circunda a escola. Tudo isso na busca pela constituição e consolidação 
de processos democráticos e de cunho participativo em práticas de 
comunicação na escola. (OLIVEIRA, 2009, p.4). 
 
 
 
Para Refletir 
 
Reflita: 
Como são as práticas de comunicação em sua escola? 
Como são tornados públicos os atos e as decisões da 
escola? 
 
 
Ao considerar a produção de forma coletiva do PPP, ou seja, o 
Planejamento Participativo do PPP os mesmos aspectos devem ser 
considerados e discutidos no espaço escolar. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (GANDIN, 2001, p.94). 
 
Visando contribuir para a construção de novos horizontes, entre esses, 
valores que constituirão a sociedade, o Planejamento Participativo 
 
[...] pretende ser mais do que uma ferramenta para a administração; 
parte da ideia que não basta uma ferramenta para “fazer bem as coisas” 
dentro deum paradigma instituído, mas é preciso desenvolver conceitos, 
modelos, técnicas, instrumentos para definir “as coisas certas” a fazer, 
não apenas para o crescimento e a sobrevivência da entidade planejada, 
mas para a construção da sociedade. (GANDIN, 2001, p.87) 
 
No entanto, há de se considerar que o planejamento sozinho não realiza 
aquilo que teríamos que fazer e vivenciar; no entanto ele possui os elementos 
 
28 
 
que auxiliam na efetivação da vontade da maioria, por meio do consenso, 
desembocando no crescimento do grupo, tanto em ideias como em paixão pelas 
ações desenvolvidas em prol de um mesmo objetivo, o de oportunizar o acesso 
à educação formal aos alunos da comunidade. (GANDIN, 2001, p.92) 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seus conhecimentos lendo: 
 
- Gestão Democrática da Escola Pública, de 
autoria de Vitor Henrique Paro, a qual destaca 
elementos essenciais para a discussão da 
Gestão democrática da Escola, trazendo 
subsídios para a organização escola. 
 
 
 
- Planejamento Participativo na Escola: o que 
é e como se faz, de coautoria de Danilo 
Gandin e Maristela P. Gemerasca. Nesse livro 
são apresentados todos os elementos que 
colaborarão com a construção e efetivação de 
processos de planejamento participativo em 
sua escola. 
 
 
 
O contato, a interação da escola com a comunidade é algo que ocorre 
constantemente, no entanto, de forma aparente, superficial. A escola precisa ser 
considerada como extensão da sociedade numa gestão que se pretenda 
democrática, pois a escola tem sua origem na sociedade, embora possua 
características próprias, a cultura da escola. O Planejamento Participativo é uma 
ferramenta que auxilia o desenvolvimento de práticas de interação da escola com 
a comunidade de forma mais profícua, é um instrumento que oportuniza práticas 
democráticas no espaço escolar. 
O objetivo da educação é formar seres humanos melhores, com intuito de 
termos uma sociedade melhor. Contudo isso se efetivará concretamente se a 
gestão da escola atuar democraticamente, aliando os interesses e necessidades 
 
29 
 
da comunidade com os interesses e necessidades da escola, pois ambas são 
aliadas nesse processo. 
Com o Planejamento Participativo a missão da escola é mais abrangente, 
situa-se no contexto da globalidade social, com a perspectiva não apenas de 
ajudá-la a sobreviver, mas de intervir na realidade estrutural da sociedade. Assim 
o ciclo que se estabelece desde as proposições até a avaliação das ações da 
escola deve ser planejado e executado pela escola e pela comunidade que a 
cerca. (GANDIN, 2001, p.90). 
 
Resumo da aula 3 
Nesta aula estudamos sobre o que é participar, compreendendo que 
todos os membros da comunidade escolar podem ser participes no processo de 
planejamento escolar; verificamos alguns elementos primordiais para o 
Planejamento Participativo que são a participação, o pensar sobre o cenário 
futuro e a continuidade do processo. 
Também pode-se elencar alguns aspectos dessa ferramenta importante 
para o processo de gestão democrática, o Planejamento Participativo, que 
perpassam por verificar coisas certas a fazer (novos horizontes e valores), onde 
todos possam sejam considerados (distribuição de poder), onde a missão da 
escola atenda a necessidade de uma globalidade social sem desconsiderar a 
paixão e o crescimento do grupo. 
Atividade de Aprendizagem 
 
Assista os trechos de vídeos indicados abaixo, os quais 
tratam de gestão democrática, PPP, trabalho coletivo e temas 
afins com a temática que estamos tratando nessa disciplina, 
Planejamento e Projeto Político Pedagógico. 
Link 1: 
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraFor
m.do?select_action=&co_obra=48120 
Link 2: 
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraFor
m.do?select_action=&co_obra=48121 
Link 3: 
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraFor
m.do?select_action=&co_obra=50671 
 
 
30 
 
Após assistir os trechos de vídeo responda: 
- Quais os aspectos do PPP e da Gestão Democrática são 
apresentados nos vídeos? Discorra sobre os mais revantes. 
- Existem outros elementos apresentados nos vídeos? Quais 
elementos conseguiram verificar? Compartilhe com seus 
colegas. 
- De que forma esses vídeos podem auxiliar para a discussão 
e reflexão sobre o PPP? 
 
 
 
 
Aula 4 – Planejamento com Intervenção no Processo Educacional 
Apresentação da aula 4 
Nesta aula será discutido sobre o Planejamento como ferramenta de 
intervenção no processo educacional, para tanto, pondera-se sobre proposições 
a serem realizadas em sala de aula. A compreensão das formas de organização 
dos planos em sala de aula auxilia o gestor na efetivação das ações do PPP e 
dos professores com os alunos em sala de aula. É por meio desses planos que 
a intervenção em sala de aula auxilia no processo de intervenção educacional. 
 
 
4. Planejamento com Intervenção no Processo Educacional 
O planejamento na escola, por muito tempo, foi uma ação meramente 
técnica e por isso, como lê-se em (Cruz, 1995): 
 muitos dos professores não acreditam que o plano global vá ser 
colocado em prática concretamente. Muitos pensam que ficará só no 
discurso; 
 muitas instituições querem o Planejamento Participativo para 
organizar a escola e não como instrumento de transformação social; 
 não há clareza teórico-conceitual e metodológica de certos conceitos 
utilizados com frequência nos marcos referenciais como: 
democracia, participação, justiça, liberdade, solidariedade, 
igualdade, consciência crítica; 
 
31 
 
 por outro lado, há desconhecimento da forma camuflada como a 
escola e as instituições reproduzem mecanismos de discriminação e 
controle social, de injustiça, de consumismo, de tutela e outros mais, 
através das práticas educativas que realizam. 
 
 
4.1 Intervenção educacional 
A intervenção educacional compreende um campo mais amplo do que o da 
sala de aula, ela compreende todas as ações que corroboram para a educação 
que ocorre na escola como um todo. A organização da escola realizada pelos 
técnicos educacionais, como pedagogos, secretários, profissionais de serviços 
gerais, monitores, profissionais que auxiliam no andamento da escola e são 
colaboradores indispensáveis da gestão da escola. 
No entanto, opta-se por, nesse momento, dar ênfase a intervenção que o 
professor realiza em sala de aula de forma direta com os alunos, visto que todas 
as ações da escola são realizadas no intuito de que ensino e aprendizagem 
ocorram com qualidade. Entenda-se qualidade nesse contexto como todos os 
alunos aprendendo todos os conteúdos planejados pela comunidade escolar 
como relevantes para a vida acadêmica, profissional, cidadã, enfim, da vida em 
sociedade dos alunos. 
 
Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às 
necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para 
quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a 
primeira etapa do processo de planejamento. É preciso saber quais as 
aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos. 
(PILETTI, 1989 p. 63) 
 
O plano de aula como Planejamento de Ensino deve prever quatro 
aspectos primordiais, que são, como apresenta Lopes (1992): 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Definir objetivos 
Em função dos três níveis de aprendizagem: aquisição, reelaboração e 
produção de conhecimentos. 
 
Prever conteúdos 
Tendo como critérios de seleção a finalidade de que eles atuem como 
instrumento de compreensão crítica da realidade e como elo propiciador da 
autonomia. 
 
Selecionar procedimentos metodológicos 
Considerando os diferentesníveis de aprendizagem e a natureza da área do 
conhecimento. 
 
Estabelecer critérios e procedimentos de avaliação 
Considerando a finalidade de intervenção e retomada no processo de ensino 
e aprendizagem, sempre que necessário. 
Fonte: (LOPES, 1992) 
 
 
Para Lopes (1992) entende-se que processo vem da prática de produzir 
conhecimentos, por meio da reflexão constante a respeito dos conteúdos 
aprendidos, buscando analisá-los sob diferentes pontos de vista; isso acontece 
porque procura-se estimular a curiosidade científica, fazendo com que os 
conteúdos perfeitos e acabados transmitidos pela escola passem a ser 
repensados. 
 
Saiba Mais 
Outra ferramenta que pertence a natureza do Planejamento 
de Ensino são os Projetos Didáticos, aqueles que são 
realizados em sala de aula, com os alunos. Para que 
conheça essa categoria de Planejamento, leia 14 perguntas 
e respostas sobre projetos didáticos. 
Disponível no acesso: 
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-
continuada/14-perguntas-respostas-projetos-didaticos-
626646.shtml 
 
 
Os planos de aula e os projetos didáticos são Planejamentos de Ensino. 
Os planejamentos de ensino são aqueles que se efetivam em sala de aula, nas 
 
33 
 
aulas. Para uma maior compreensão faz-se necessário o entendimento do que 
é a “aula”. 
A aula é o momento no qual os professores organizam estratégias para 
ensino, é a forma predominante de organização didática do processo de ensino. 
É na aula que os alunos apropriam-se dos conhecimentos, por esse 
motivo é que são organizadas situações de ensino que levem a aprendizagem 
(os planos de aula são uma forma de organizar essas situações). 
Segundo Nérici (1986), o plano e aula deverá ser pautado e desenvolvido 
em uma perspectiva tecnicista, esse plano contempla 7 etapas, sendo elas: 
 Cabeçalho; 
 Objetivos; 
 Motivação; 
 Desenvolvimento da Aula; 
 Procedimento Didáticos; 
 Notas Complementares; 
 Crítica da Aula. 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre o plano de aula leia O plano de aula 
sob a ótica dos profissionais de Educação Física no ensino 
não-formal, de autoria de Andreia Cristina Metzner e 
Vanessa Rocha Mathias, no qual evidenciam-se as 
características da perspectiva tecnicista, nesse plano 
contemplam-se sete etapas que são: Cabeçalho, Objetivos, 
Motivação, Desenvolvimento da Aula, Procedimento 
Didáticos, Notas Complementares e Crítica da Aula. 
 
Disponível no acesso: 
http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafa
fibeonline/sumario/11/19042010103244.pdf 
 
Segundo Gasparin (2003), um plano de aula pauta-se na perspectiva 
histórico crítica com 5 etapas, sendo elas: 
 Prática Social Inicial; 
 Problematização; 
 Instrumentalização; 
 
34 
 
 Catarse; 
 Prática Social Final. 
 
Dodge (1995), afirma que pauta-se em 5 etapas, as quais são: 
 Introdução; 
 Tarefas; 
 Processo; 
 Avaliação; 
 Conclusão. 
 
Para Bernie Dodge (1995), esse plano de aula faz uso preferencial de 
recursos de tecnologia na Educação. Ele é organizado pelo professor e 
disponibilizado aos alunos como página da internet. É um plano de aula que 
prima pela atividade de pesquisa orientada. 
No plano de aula é realizada a especificação das unidades que foram 
planejadas para o ensino. Essas unidades e subunidades, ou tópicos e seus 
subtópicos, são detalhadas, sistematizadas para o ensino visando 
aprendizagens. 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Leia o livro Computadores em Sala de Aula, 
de autoria de Carme Barba e Sebastiá 
Capella, o qual poderá auxiliar nessa prática. 
Ele apresenta métodos e usos de tecnologias 
em sala de aula com ênfase ao uso da 
Metodologia WebQuest. Obra necessária 
para você que deseja aprofundar sobre o 
tema. 
 
 
Esse plano deve resultar num documento escrito que orientará as ações do 
professor, bem como poderá ser um dos dados analisados para reorganização 
das ações maiores da escola no PPP e também para revisão a ser realizada pelo 
próprio professor em anos posteriores. 
 
35 
 
Cabe salientar, que a aula sobre um determinado tópico ou unidade se 
realizada por meio da organização de vários planos de aula, sendo assim, não 
prepara-se apenas uma aula, mas um conjunto de aulas que poderão/deverão 
ser diferenciadas de acordo com os objetivos a serem alcançados. 
Os planos de ensino são também considerados ferramentas de avaliação 
que podem reorientar o trabalho do professor e do gestor. 
Sendo assim, é pertinente que conheçamos dois outros modelos de plano 
de ensino que poderão auxiliar aos professores em suas intervenções em sala 
de aula e a você, gestor, em sua intervenção educacional. 
 
Segundo Piletti (2003) o plano de aula proposto possui seis etapas: 
 
 tema central refere-se a temática que será trabalhada na aula, 
seria o tópico ou unidade; 
 objetivos são apresentados os objetivos do conteúdo a ser 
trabalhado; 
 conteúdo, o subtópico ou subunidade deverá ser tratado de 
acordo com os procedimentos de ensino, os recursos e os 
procedimentos de avaliação; 
 procedimentos de ensino correspondem a forma que a aula será 
conduzida, com que estratégias, tipo: exposição oral, trabalho em 
grupos, jogos, etc.; 
 recursos são os materiais necessários para realização da aula, 
como: projetor multimídia, computador, microscópio, etc.; 
 procedimentos de avaliação são os que se referem as formas e 
instrumentos de avaliação. 
 
 
 
Tema central: 
Objetivos: 
Conteúdo: 
Procedimentos 
de ensino 
Recursos Procedimentos de 
avaliação 
 
Fonte: (PILETTI, 2003). 
 
 
 
36 
 
Para Vasconcelos (1999): São dez as etapas apresentadas que deverão 
compor uma aula: assunto, necessidade, objetivo, conteúdo, metodologia, 
tempo, recursos, avaliação, tarefa e observação. 
 assunto é a indicação temática a ser trabalhada; 
 necessidade trata da explicitação das necessidades percebidas 
no grupo e que justificam a proposta de ensino; 
 objetivo é o ser alcançado pelos alunos; 
 conteúdo refere-se ao subunidade da temática; 
 metodologia é a explicitação dos procedimentos de ensino, 
técnicas, estratégias, a serem utilizadas no desenvolvimento do 
assunto; 
 tempo refere-se a duração da aula; 
 recursos são os instrumentos materiais a serem utilizados; 
 avaliação, similar ao modelo de Piletti (2003) contempla as formas 
e instrumentos de avaliação; 
 tarefa corresponde ao momento de aprofundamento e síntese do 
estudado em sala de aula, bem como trazer elementos para serem 
retomados ou aprofundados nas próximas aulas; 
 observações são os registros, as anotações, as reflexões sobre a 
vivencia da aula, uma espécie de diário de bordo que possibilita 
reflexão futura. 
 
Para Refletir 
O aperfeiçoamento profissional depende, entre outros 
aspectos, do acúmulo de experiências combinadas com a 
prática e a reflexão crítica e criteriosa sobre a ação e na ação. 
Você já discutiu um plano de aula com um parceiro de 
trabalho? 
Essa releitura e o repensar conjuntamente seria uma ação 
pertinente para o aperfeiçoamento do trabalho do professor? 
E do gestor? 
 
 
 
37 
 
O planejamento de ensino, realizado para sala de aula por meio dos planos 
de aula é a materialização dos ideais maiores da escola, por isso se torna 
importante ferramenta de desenvolvimento das ações e também de avaliação. 
Avaliação que pode ser realizada pelo professor que organiza esse plano, bem 
como pelo gestor que coordena as ações gerais da escola. 
 
É a partir dos resultados do plano de aula que o sucesso da escola se 
efetiva na ação, na prática. Por meio dessaferramenta de planejamento o êxito 
do processo de ensinar e aprender se materializa nas aprendizagens dos alunos. 
 
A síntese dessa aula, bem como das aulas anteriores ocorre em resposta 
a três questionamentos. Questionamentos orientadores da ação do gestor da 
escola que pretende realizar planejamentos participativos, vislumbrando uma 
gestão democrática. 
 
Segundo Piletti (2003), estes questionamentos deveriam orientar a escrita 
de Planejamentos. 
 Por que planejamos? 
 Para quem planejamos? 
 E o que devemos considerar nos planejamentos? 
 
Faz-se necessário o entendimento de que os planejamentos sejam eles de 
sistema, escolar ou de ensino são realizados com o intuito de organizar as ações 
da escola que visam a qualidade do ensino e da aprendizagem. São a 
materialização, pela escrita organizada, das aspirações da comunidade escolar, 
são também, as ferramentas que orientam a intervenção no processo 
educacional em todos os âmbitos. 
Deve-se estar claro que se planeja-se para os alunos. É para eles que todas 
as ações da escola se organizam, são eles o alvo do trabalho de gestores, 
professores e técnicos educacionais. E, sendo os alunos, o foco de trabalho na 
escola esses precisam ser conhecidos, ouvidos em todos os processos de 
planejamento, pois além de sujeitos das aprendizagens também devem ser 
sujeitos de seus projetos de vida que podem ser repensados e reorganizados 
com apoio da escola. 
 
38 
 
Nesse contexto deve-se considerar em linhas gerais que nos 
planejamentos de sistema, escolar ou de ensino quatro são os elementos que 
devem compô-los, que devemos considerar. A definição dos objetivos, a 
previsão dos conteúdos, a seleção dos procedimentos metodológicos e o 
estabelecimento de critérios (e procedimentos de avaliação). 
Os objetivos devem permear a aprendizagem que compreende a 
aquisição, a reelaboração e a produção de conhecimentos; os conteúdos 
previstos são instrumentos auxiliadores da compreensão crítica da realidade e 
potencializadores de autonomia; os diferentes níveis de aprendizagem e a 
natureza da área do conhecimento necessitam ser considerados nos 
procedimentos metodológicos; e os critérios e procedimentos de avaliação 
auxiliam na intervenção e na retomada, sempre necessária, de todos os 
processos que culminam na efetivação do ensino e da aprendizagem. 
 
Resumo da aula 4 
 Nesta aula discutiu-se sobre o planejamento como ferramenta de 
intervenção no processo educacional. Ponderou-se sobre proposições 
realizadas em sala de aula. 
 Foi possível compreender as formas de organização dos planos de aula 
como auxiliares do gestor na efetivação das ações do PPP e dos professores 
com os alunos, reforçando que o plano de aula e o projeto didático, são 
importantes instrumentos de planejamento de ensino. Percebeu-se que é por 
meio desses planos que a intervenção em sala de aula auxilia no processo de 
intervenção educacional. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Nos planejamentos de sistema, escolar ou de ensino quatro 
são os elementos que devem compô-los. Escolha um deles e 
discorra sobre o seu papel e importância dentro desse 
processo. 
 
 
 
39 
 
Resumo da disciplina 
 Nesta disciplina focou-se nas características e a importância do PPP, o 
qual é o documento orientador das ações da escola sendo em síntese: 
- Projeto  indica uma direção; 
- Político  resulta das relações de força existentes na escola; 
- Pedagógico  define o tipo de ser humano que se quer formar; 
- Técnico  meios para se obter os resultados esperados. 
 
Percebeu-se também que as principais características do PPP enquanto 
documento coletivo e que revela as necessidades e finalidades da escola, são: 
democratização, inclusão, diálogo, cooperação e autonomia. Na elaboração do 
PPP que deve ser revisitado e reelaborado de forma participativa consideram-se 
as etapas I, II e III apresentadas. 
Verificou-se também que é primordial o estudo do PPP, como uma 
ferramenta de planejamento das ações da escola. Ele auxilia o gestor escolar na 
condução e organização da escola de sua idealização e desenvolvimento, a 
avaliação que, deve se pautar em análises e interpretações confiáveis. 
Para finalizar evidenciaram-se os 4 elementos (definição dos objetivos, 
previsão dos conteúdos, seleção dos procedimentos metodológicos e o 
estabelecimento de critérios e procedimentos de avaliação), os quais são de 
grande importância nesse processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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