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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA DE ODONTOGERIATRIA - ODT 7012 AIDS - OS DESAFIOS DA SÍNDROME NA TERCEIRA IDADE Álvaro Borges Jr. Corine P. Gonçalves Jennifer M. Mendes Sara Naomi Oshima Florianópolis, 2017 SUMÁRIO 1 . INTRODUÇÃO...................................................................... ……………………………….23 2 .AIDS- UM BREVE HISTÓRICO.....................................................................................27 3 ......................................................................... ……………………………………………….47 4. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 55 5 .REFERÊNCIAS................................................................................................................. 57 6. RESUMOS EM ANEXO…………………………………………………………………………. 1 1. INTRODUÇÃO Com as mudanças do perfil etário populacional brasileiro, evidencia-se um número de pessoas acima de 60 anos de idade inédito no panorama nacional, e que apresenta crescimento exponencial devido às melhorias tecnológicas do setor de saúde, assim como ao maior acesso a hábitos de alimentação saudável e estilo de vida desejáveis. Porém, esse crescimento converge com os padrões encontrados de aumento da incidência de AIDS na população acima dos 50 anos do país, fato que tem chamado a atenção de pesquisadores e delineadores de políticas públicas de saúde nacionais (SANTOS; ASSIS, 2011). O envelhecimento é definido como um processo de progressivas modificações biológicas, psicológicas e sociais ao longo da vida do ser humano e, segundo a organização mundial de saúde (OMS), é considerado idoso o indivíduo com idade maior ou igual a 60 anos para os países em desenvolvimento e 65 anos para os desenvolvidos (ZORNITA, 2008). A epidemia pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), desde seu início da década de 80, vem sofrendo mudanças importantes que nos permite dividi-las em momentos distintos. O primeiro se deu na descoberta da pandemia do HIV no início da década de 1980 causou grande impacto social, por ser construída como doença contraída somente por homens homossexuais, causando estigmas e preconceitos. O segundo marcado pelo incremento significativo da categoria usuário de droga injetável, juvenilização (20 a 29 anos de idade) e heterossexualização da epidemia. No terceiro momento, um avanço acentuado de transmissão heterossexual, principalmente entre as mulheres, e em conseqüência a transmissão vertical, aumentando o número de crianças nascidas portadoras do vírus HIV. No quarto e atual momento da epidemia, assiste-se um avanço da AIDS nas pessoas idosas, acima dos 50 anos de vida até o ano de 2025, conforme dados divulgados pelo ministério da saúde, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, o que corresponderá a 15% de sua população (SALDANHA,2009). A Odontogeriatria contempla o tratamento de idosos medicamente comprometidos durante o tratamento odontológico, abrangendo assim os idosos HIV positivos. Durante o tratamento, uma série de precauções devem ser tomadas a fim de preservar a saúde do paciente e do cirurgião dentista. O perfil de idosos comprometidos pelo HIV possui características distintas e peculiares, sendo necessária uma abordagem de tratamentos multidisciplinares. Sendo assim no decorrer deste trabalho iremos destrinchar a abordagem odontológica de idosos comprometidos pelo vírus HIV. Ressaltando as principais fatores de risco durante o tratamento odontológico, além das características do vírus e da síndrome que afeta a vida de muitos idosos no Brasil. 2 Histórico Os primeiros casos de HIV foram relatados no ano de 1981 publicado pelo U.S. Centers for Disease Control and Prevention, descrevendo casos de infecção pulmonar rara, pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP), em cinco homens jovens, previamente saudáveis, homossexuais em Los Angeles. Todos os homens também têm outras infecções incomuns, indicando que seu sistema imunológico não está funcionando; Dois já morreram quando o relatório foi publicado. Esta edição do MMWR marca o primeiro relatório oficial sobre o que será conhecido como a epidemia de AIDS ". No mesmo ano, outros casos de homens homosexuais com deficiencia imune severa foram reportados, com grande número de óbitos. Em setembro de 1982, CDC usa o termo "AIDS" (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) pela primeira vez, e libera a primeira definição de caso de AIDS: "uma doença pelo menos moderadamente preditiva de um defeito na imunidade mediada por células, ocorrendo em uma pessoa sem casos conhecidos para resistência diminuída a essa doença". Posteriormente foram descritos casos em mulheres, usuários de drogas endovenosas, receptores de hemoderivados e em crianças, evidenciando a transmissão perinatal. Em 1993, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos expandiram a definição de caso de Aids, incluindo as pessoas infectadas pelo HIV com contagem de células CD4+ menor que 200 células/ mm3 no sangue e ampliando a lista preexistente de doenças indicativas de Aids, com inclusão de tuberculose pulmonar, pneumonia bacteriana recorrente e câncer invasivo do colo uterino. (MARTINS et al, 2016) Neste mesmo contexto, artistas como Fred Mercury e Cazuza são diagnosticados com HIV/AIDS causando grande impacto social, logo esta doença ficou conhecida por muitos que viveram essa época como um doença restrita a esse "grupo de pessoas" ditas homossexuais e promíscuas, onde se estabeleceu um pré-conceito tanto na forma de transmissão como no grupo alvo, sendo que estes padecem em consequência da síndrome. O avanço da escolaridade, percepção, comportamento, dos sistemas de saúde e das redes de saneamento básico foram fundamentais para o aumento da esperança de vida. A esperança de vida ao nascer estimada para a população masculina em 2013 foi de 70,1 anos e para a feminina, de 77,5 anos (IBGE/PNAD, 2013; Ministério da Saúde). Atualmente, valores acima de 80 anos são observados em Japão, Itália, Suíça, Singapura, Islândia e Espanha, entre outros países. A esperança de vida da população masculina brasileira ao nascer aumentou para 70,1 anos em 2013, tendo aumentado 10,8 anos no período. Em 2013, um homem que chegou aos 60 anos poderia ainda esperar viver, em média, 19,3 anos, 3,9 a mais do que em 1980 (FREITAS, 2016). Outro fenômeno social associado é a aceitação do divórcio, uma vez que os padrões da sociedade estão em constante mudança, observação a quebra de convenções sociais, bem como da aceitação de ter outros parceiros e continuar a ter uma vida sexual ativa, assim influenciando a vida sexual do idoso. Observa-se também que com a evolução da tecnologia, muito idosos se capacitam e utilizam meios de comunicação, inclusive para relações interpessoais. Dentre essasmodificações, incluem-se as mudanças pertinentes à sexualidade, da desmistificação de que sexualidade não interessa aos idosos, aos conceitos atuais que definem sexualidade não só como o ato sexual em si, mas também contentamento, proximidade, satisfação ou sensação de calor humano. 3 Nas últimas décadas tem havido um crescente reconhecimento da importância dos problemas relacionados com a sexualidade humana. Embora haja diminuição da atividade sexual com o envelhecimento, o interesse por ela muitas vezes é mantido entre os idosos. Por causa da sua alta prevalência e das consequências sobre a qualidade de vida, a disfunção erétil é possivelmente o mais importante problema da sexualidade masculina. Ela é definida como a persistente incapacidade de manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Um grande aliado na propagação desses novos conceitos e na maior divulgação da sexualidade e da relação sexual tem sido a indústria farmacêutica, que há mais de três décadas vem interagindo como meio de suporte para manutenção da atividade sexual em grupos populacionais portadores de disfunções. Inicialmente propagaram-se a utilização de injeções intracavernosas de medicamentos vasoativos, como papaverina ou prostaglandina em homens, e a recomendação de supositórios intrauretrais e, atualmente, pode-se recorrer à administração de medicamentos pelas vias oral, sublingual ou transdérmica que auxiliam na ereção, proporcionando ao homem a continuidade de sua vida sexual ativa. Conceito/Classificação A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é a manifestação clínica mais severa resultante da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que acomete células do sistema imunológico, provocando uma severa imunossupressão e favorecendo a ocorrência de inúmeras patologias, especialmente infecções oportunistas (IO) e neoplasias. Embora o vírus possa infectar ou lesionar macrófagos, células dendríticas e outros leucócitos e ainda comprometer o funcionamento da imunidade humoral, a imunodeficiência se deve principalmente à depleção dos linfócitos T CD4 pelo HIV (Dornelas et al.,2008; Onoet al.,2009; Abbaset al.,2015). O vírus da imunodeficiência humana (HIV) classifica-se entre os retrovírus, no gênero Lentivirus45. Duas variantes genômicas desse agente são atualmente conhecidas: HIV-1 e HIV-2. Ambas são capazes de infectar o hospedeiro humano e nele provocar doença, induzindo lenta e progressivamente uma síndrome da imunodeficiência e degeneração do sistema nervoso central (SNC). A análise filogenética das variantes virais demonstra que ambas são relacionadas a variantes do vírus da imunodeficiência dos símios, o SIV, das quais se acredita que tenham se originado. (MARTINS et al, 2016) Até recentemente questionava-se se a pura e simples infecção pelo HIV seria capaz de explicar a enorme diminuição dessa população linfocitária. Estudos recentes, entretanto, demonstraram que, desde o início da infecção pelo HIV, cerca de 1 bilhão de partículas virais são produzidas diariamente e a maior parte destruída. A infecção, a destruição e a recomposição diária dos linfócitos T chegam a números semelhantes. O HIV, por sua grande capacidade de mutação, acaba por desenvolver variantes mais patogênicas que o sistema imunológico não é capaz de controlar, levando consequentemente a maior destruição de linfócitos CD4. Dessa maneira, a replicação viral vem a ser realmente o principal mecanismo responsável pela disfunção imunológica, com consequente progressão para a AIDS. Diagnóstico 4 Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos (2017), a infecção pelo HIV, cursa com um amplo espectro de apresentações clínicas, desde a fase aguda até a fase avançada da doença. Em indivíduos não tratados, estima-se que o tempo médio entre o contágio e o aparecimento da doença esteja em torno de dez anos. A infecção aguda pelo HIV ocorre nas primeiras semanas da infecção pelo HIV quando o vírus está sendo replicado intensivamente nos tecidos linfóides. Durante essa fase, tem-se CV-HIV elevada e níveis decrescentes de linfócitos, em especial os LT-CD4+, uma vez que estes são recrutados para a reprodução viral. O indivíduo, nesse período, torna-se altamente infectante. Como em outras infecções virais agudas, a infecção pelo HIV é acompanhada por um conjunto de manifestações clínicas, denominado Síndrome Retroviral Aguda (SRA). Os principais achados clínicos de SRA incluem febre, cefaléia, astenia, adenopatia, faringite, exantema e mialgia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer raramente quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barre. A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses. A presença de manifestações clínicas mais intensas e prolongadas (por período superior a 14 dias) pode estar associada à progressão mais rápida da doença. Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente e frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. Enquanto a contagem de LT-CD4+ permanece acima de 350 cels/mm3, os episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo TB. Com a progressão da infecção, começam a ser observadas apresentações atípicas das infecções, resposta tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas. A medida que a infecção progride, sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além do herpes-zoster. Nesse período, já é possível encontrar diminuição na contagem de LT-CD4+, situada entre 200 e 300 cels/mm3. A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por Pneumocystisjiroveci. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, bem como a leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids. 5 O aparecimento de IO e neoplasias e definidor da aids. Entre as infecções oportunistas, destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovirus. As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi (SK), linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ situa-se abaixo de 200 cels/mm3, na maioria das vezes. Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias, que podem estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV. As manifestações clínicas da infecção pelo HIV em pacientes idosos são similares àquelas vistas em indivíduos jovens. Certos sintomas da infecção pelo HIV (p. ex., fadiga, anorexia, perda de peso, déficits de memória) são inespecíficos e podem ser atribuídos a outras doenças que são comuns no envelhecimento. Como resultado, o diagnóstico apropriado é frequentemente tardio (tipicamente posterior a 10 meses). No que se refere à perda de peso, é sabido que a regulação da ingesta alimentar muda com a idade. Esses mecanismos regulatórios são complexos e multifatoriais, levando a maior dificuldade diagnóstica nessa condição. A possibilidade de coexistência de outras causas de imunodeficiência, como desnutrição, diabetes mellitus e neoplasias, e o uso rotineiro de medicamentos, mais frequente em idosos, podem ser equivocadamente considerados como a etiologia da imunodeficiência, muitas vezes comprometendo a investigação ideal da síndrome imunocomprometedora. Diagnóstico laboratorial e exames complementares A testagem sorológica é claramente o primeiro passo para o diagnóstico da infecção pelo HIV. A solicitação de um teste anti-HIV deve ser sempre precedida do adequado esclarecimento do paciente e do seu consentimento. É importante ressaltar ao paciente que o achado de um teste anti-HIV positivo necessita de investigação e confirmação da imunodeficiência e a avaliação do sistema imune com a contagem de linfócitos T CD4. Os testes falso-negativos ocorrem no início do curso da infecção, durante o período de soroconversão, que dura em média 4 a 8 semanas. Outras situações que podem levar a testes falso-negativos incluem indivíduos hipogamaglobulinêmicos e imunossuprimidos graves. Nesse período, o ideal seria recorrermos à utilização da biologia molecular, na busca do DNA pró-viral ou RNA plasmático, por meio da reação em cadeia de polimerase (PCR), após 10 dias da infecção aguda pelo HIV. Atualmente, a sensibilidade dos testes de anticorpo anti-HIV tem tornado menos frequentes os resultados falso-positivos de antigamente. Dentre os testes sorológicos para triagem, o mais utilizado é o ensaio imunoenzimático ou ELISA, em razão de sua sensibilidade, especificidade, baixo custo, facilidade de automação e praticidade. Quando o teste é positivo, a diretriz do Ministério da Saúde impõe que a sorologia seja confirmada com novo teste de ELISA em nova amostra coletada, seguida de teste confirmatório, teste de Western blot ou imunofluorescência indireta. A necessidade de se confirmar a positividade é justificada principalmente em indivíduos que não apresentem histórico epidemiológico ou quadro clínico compatível com o diagnóstico. O ELISA oferece sensibilidade (99,5%) e especificidade (98%). O teste de 6 Western blot, usado para confirmação de um ELISA positivo, é menos sensível (98%) que esse último teste, porém muito específico (99,7%). Existem outros testes diagnósticos alternativos semelhantes ao ELISA, baseados na pesquisa da presença de anticorpos. Vale ressaltar o teste rápido, que pode ser executado em 10 a 20 min e tem elevada sensibilidade e especificidade. É recomendado quando a rapidez do resultado é fundamental para a tomada de decisões, por exemplo, se um profissional de saúde sofre um acidente ocupacional a partir de indivíduo com estado sorológico desconhecido, ou se uma gestante em trabalho de parto ainda não foi testada. Apesar de ainda não ser consenso, outra indicação pertinente se faz diante de pacientes idosos que apresentam, à emergência, critérios de imunossupressão importante, caracterizados, por exemplo, por um quadro de linfopenia (menos de 1.000 linfócitos totais) e insuficiência respiratória aguda decorrente de pneumopatia. A contagem de linfócitos T CD4 tem sido um teste utilizado para orientar decisões relativas à terapia antirretroviral e à profilaxia contra infecções oportunistas. Contagem de CD4 menor que 200 células/mm³ está associada a risco aumentado para pneumonia por P. jiroveci (PCP); quando for menor que 100 células/mm³ está associada a toxoplasmose cerebral e, se for menor que 50 células/mm³, com o complexo Mycobacterium avium-intracellulare e reativação de citomegalovírus. A contagem de linfócitos TCD4 acima de 500 células/mm³ indica sistema imunológico competente. Indivíduos com contagem de linfócitos T CD4 maior que 500 células/mm³ têm, em geral, níveis baixos de HIV-RNA no plasma (menos de 30 mil cópias por mm³); na maioria das vezes esses indivíduos são assintomáticos. Contagem de linfócitos T CD4 entre 200 e 500 células/mm³ indica maior suscetibilidade a infecções secundárias bacterianas e fúngicas. Se o resultado estiver abaixo de 200 células/mm³, a profilaxia contra infecções oportunistas, como para pneumonia por P. jiroveci, deve ser iniciada. Atualmente, o exame mais importante em termos prognósticos é a contagem de linfócitos T CD4. Embora essa contagem e a de HIV-RNA sejam em geral inversamente proporcionais, ambas são importantes para o controle da doença. A contagem de linfócitos T CD4 orientará quanto à profilaxia de infecções oportunistas e quanto ao início da terapia antirretroviral. Outros exames importantes para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes idosos com AIDS incluem hemograma completo, provas de função renal, glicemia, provas de função hepática, sorologia para sífilis, sorologia para hepatite (A, B e C), HTLV I e II, sorologia para doença de Chagas (para pacientes oriundos de áreas endêmicas), perfil lipídico (colesterol total e triglicerídios), Teste cutâneo para tuberculose (PPD), radiografia de tórax e exame de urina I para referência. Além destes, as sorologias para detecção de citomegalovírus, herpes-vírus simples e anticorpo antitoxoplasma IgG e testes microbiológicos, como a cultura de escarro e sangue para micobactérias, são solicitados de acordo com a evolução clínica e a contagem de linfócitos T CD4. O rastreamento para detecção de neoplasia deve ser realizado nos pacientes, conforme recomendação da American Cancer Society, com exceção do teste de Papanicolau, que deve ser aplicado a cada6 meses, devido ao alto risco de câncer cervical em mulheres infectadas pelo HIV. Formas de transmissão 7 Os principais modos de adquirir a infecção pelo HIV são: a transmissão sexual, incluindo contato heterossexual e homossexual; transmissão parenteral, predominantemente entre os usuários de drogas injetáveis (UDI); a transmissão perinatal. A importância relativa desses diferentes modos de transmissão na condução da epidemia de HIV varia geograficamente e tem evoluído ao longo do tempo. (FREITAS, 2016) A maior parte das transmissões é dada por via sexual, associada à não utilização de preservativo. Desde o momento da infecção pelo vírus, o portador do HIV é considerado transmissor, porém, os indivíduos recentemente infectados ou em estágio avançado da doença, apresentam maior carga viral na corrente sanguínea e nas secreções sexuais, sendo assim, os transmissores de maior impacto. A transmissão é dada por meio de contato direto e/ou troca de sangue, bem como de secreções corporais de uma pessoa já infectada, seja durante atividade sexual sem utilização de preservativo, do compartilhamento de agulhas, da transfusão de sangue contaminado ou congênita. Prognóstico Ao se considerarem as manifestações da imunodepressão no idoso, é importante que tenhamos em mente o conceito de imunossenescência. Imunossenescência pode ser definida como o declínio da função imune que ocorre em idosos de maneira fisiológica, sem decorrer de qualquer doença de base, desnutrição, exposição a agente tóxico ou distúrbio genético. Algumas consequências desse processo são aumento da incidência de doenças infecciosas, neoplasias, distúrbios autoimunes, gamopatias monoclonais e amiloidose. Alteração mais significativa, porém, não única da imunossenescência, é a progressiva disfunção dos linfócitos T, apesar de se saber que o envelhecimento per se não afeta de maneira uniforme todos os setores do sistema imunológico. O número de linfócitos diminui progressivamente durante ou após a meia-idade. Aos 60 anos, a quantidade de linfócitos está em torno de 70% quando comparada à dos jovens. A diminuição deve-se basicamente ao número de linfócitos T circulantes, e o número de linfócitos B permanece essencialmente o mesmo (FREITAS, 2016). Assim, percebe-se prognóstico não favorável de pacientes com AIDS em função da idade de acometimento. Pacientes idosos, sujeitos aos efeitos da imunossenescência, da sarcopenia, da alteração metabólica de substituição de grande parte da massa magra corpórea por gordura e da diminuição do volume de proteínas plasmáticas na corrente, apresentam resposta modificada à terapia medicamentosa (efeitos colaterais agravados), assim como a associação de fármacos devido às diversas comorbidades acumuladas com o envelhecimento natural ou secundário do idoso. Complicações Os pacientes idosos acometidos pela AIDS, geralmente, apresentam comorbidades, agravos cujo tratamento é realizado concomitantemente à terapia antirretroviral. Assim, as 8 interações medicamentosas são as principais complicações a serem observadas, acompanhadas e evitadas. Atenção especial, na visão da odontogeriatria, deve ser dada ao diagnóstico de quadros infecciosos agudos na cavidade oral, cujo tratamento é mandatório e imediato. Dentre as complicações da aderência crônica ao uso do coquetel antirretroviral para HIV, encontram-se as alterações do metabolismo lipídico (consequências estéticas e fator de risco para cardiopatias, efeitos hepatotóxicos e danosos aos rins, além da deficiência imunológica e dos tecidos neuroconectivos. Tratamento Até o momento, não há relatos na literatura de cura da AIDS, por mais que fundações e órgãos não-governamentais divulguem experiências sem respaldo científico ou alimentando esperanças para o futuro. O que os pacientes soropositivos para HIV podem usufruir, no momento, são aparatos médicos e tecnológicos que buscam amenizar os sinais e sintomas da síndrome, a partir da diminuição da carga viral por meio de medicamentos selecionados para inibição da replicação dos vírus, os antirretrovirais. O estudo do ciclo replicativo do HIV, proporcionou o desenvolvimento de fármacos atuantes na inibição das seguintes enzimas (BRITO, 2011): a) Transcriptase reversa: zidovudina (AZT), abacavir, entricitabina, nevirapina, delavirdina e efavirenz; b) Protease: saquinavir, nelfinavir e indinavir. Tais fármacos nem sempre são ministrados isoladamente, compondo, quando associados, o que chama-se de coquetel de fármarcos antirretroviral HAART (Highly Active Anti-Retroviral Therapy). Desde 2003, o órgão norte-americano de controle sobre produtos alimentícios e farmacêuticos (Food and Drug Administration, FDA) liberou a utilização de mais quatro fármacos para tratamento antirretroviral: enfuvirtida, maraviroc, raltegravir e etravirina (BRITO, 2011). A monitoração da resposta ao tratamento segue protocolo do Ministério da Saúde: consulta após uma semana para verificar os efeitos e reações dos medicamentos junto da contagem da carga viral e de linfócitos CD4-, e posterior verificação mensal dos efeitos, até a estabilização da contagem de linfócitos CD4+. É imprescindível reforçar a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento de um paciente idoso com HIV, seja envolvendo profissionais da medicina, geriatria, odontogeriatria, psicologia, nutrição, fisioterapia, enfermagem, serviço social, entre outros; principalmente com o objetivo de garantir a adesão do paciente ao tratamento, portanto, devendo-se primar por prescrições impressas, com cópia ao cuidador, além de quaisquer ferramentas disponíveis para recordação dos períodos e horários exatos de administração dos medicamentos. Fatores de risco 9 A pandemia gerada pelo HIV é de natureza complexa, pois não há cura para a doença, a propagação é persistente, atinge especialmente populações mais pobres e indivíduos que se expõem a comportamento de risco, neste estudo considerado como atividades praticadas por indivíduos, com frequência e intensidade tal, que conduzam ao aumento de risco de adquirir doença ou acidentar-se, e neste caso práticas que levam o indivíduo à menor ou maior grau de exposição ao HIV, como: sexo desprotegido, com profissional do sexo, com parceiro do mesmo sexo, uso de drogas ilícitas e transfusão sanguínea (PEREIRA, 2010). O comportamento sexual de risco como o sexo desprotegido e o uso de drogas ilícitas, muitas vezes atribuídos aos adolescentes e adultos jovens, também pode refletir o comportamento dos adultos mais velhos e idosos. Dessa forma, os idosos devem ser incluídos nas campanhas de prevenção da AIDS. Os riscos de transmissão do HIV variam ainda de acordo com o nível viral do indivíduo de origem, o modo de transmissão e outros cofatores. Como exemplo, o risco de transmissão sexual do HIV também é afetado pelo tipo de comportamento sexual e a presença de infecções sexualmente transmissíveis (DST) concomitantes. (FREITAS, 2016) Saúde bucal no idoso A manutenção dasaúde bucal é de grande importância para dar suporte à boa nutrição, à comunicação e às relações sociais durante o envelhecimento, especialmente entre idosos frágeis, com incapacidades cognitivas, físicas e/ou vivendo em instituições de longa permanência. Segundo Cambruzzi e Lara (2012), as mudanças fisiológicas do envelhecimento, problemas de saúde e medicações, associado às melhores condições de vida, tratamentos hormonais, o avanço das indústrias farmacêuticas e dos sistemas de saúde permitem que o idoso continue tendo impulso à vida sexual. Devido a essas significativas mudanças o idoso apresenta características próprias quando acometidos pelo vírus da aids. O diagnóstico da AIDS nessa faixa etária fica mais trabalhoso devido a quantidade de manifestações clínicas de variadas infecções, portanto, existe a possibilidade de outras doenças mascararem a infecção pelo HIV (LEMOS, 2012). Os índices mostram que na maioria dos idosos acometidos pelo HIV apresentam manifestações bucais. O objetivo principal do tratamento odontológico neste grupo de pacientes é melhorar a sua qualidade de vida e para isso é fundamental revisar sua história médica. Além disso, é importante conversar com o paciente para avaliar sua expectativa com relação ao tratamento (remoção de dor, melhoria da estética), suas condições emocionais e financeiras (Hastreiter e Jiang, 2002) 10 Cuidados e Manejo Odontológico As principais manifestações na cavidade oral de um idoso portador do vírus HIV são: Candidíase, Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN), Periodontite Ulcerativa Necrosante (PUN), Leucoplasia Pilosa e Sarcoma de Kaposi (SILVA et al., 2010). Candidíase: é uma infecção fúngica oportunista causada mais frequentemente pela C. albicans. Existem 4 tipos: pseudomembranosa, eritematosa, hiperplásica e queilite angular (PRABHU, 2007). Trata-se da micose mais comum que acomete pacientes infectados pelo HIV e é um dos principais diagnósticos da doença, no idoso o uso de próteses está frequentemente relacionado à presença da candidíase. (LEMOS, 2012). GUN: Segundo Neville (2012) ela é uma inflamação da gengiva caracterizada por lesões necróticas na margem papilar, epitélio necrosante pseudomembranoso, gosto metálico, odor fétido, sangramento espontâneo, aumento da salivação e extrema sensibilidade dolorosa. Com a imunossupressão ocorrem alterações na microbiota normal da boca, notando-se um aumento das bactérias anaeróbias gram-negativas subgengivais, com consequentes distúrbios nos componentes salivares, como, por exemplo, enzimas antimicrobianas e imunoglobulinas. No caso do paciente idoso isso é mais preocupante devido ao fato de alguns já fazerem uso de medicamentos que diminuem a produção salivar. Portanto, há uma diminuição da capacidade da saliva em controlar a microbiota e placa bacteriana, propiciando lesões gengivais e periodontais (SOUZA, 2000). PUN: Diferencia-se da GUN pela perda óssea alveolar e de inserção clínica, apresentando ulceração local e necrose do tecido gengival, expondo o osso subjacente e destruindo-o rapidamente, ocorrendo também sangramento espontâneo e dor grave (CARRANZA e NEWMAN, 2007). Leucoplasia Pilosa: Causada pelo vírus Epstein-Barr é uma infecção oportunista que se apresenta de modo especial em pacientes infectados pelo HIV. Manifesta-se como uma lesão branca nos prolongamentos papilares ou filiformes e situa-se bilateralmente nas margens da língua. Essa lesão atraiu, precocemente, atenção na epidemia de AIDS, considerando seu sinal como prognóstico da infecção por HIV (LEMOS, 2012). Sarcoma de Kaposi: É a neoplasia maligna mais frequente associada ao vírus HIV. Representa uma mácula ou uma tumoração, vermelha ou roxa, única ou múltipla, que cresce com rapidez. Sua localização mais habitual é o palato, seguido pela língua e a orofaringe (LEMOS, 2012). O protocolo de atendimento do idoso portadora do HIV ou com AIDS deve ser realizado sem preconceitos, seguindo procedimentos de rotina odontológica. O acometido 11 deve se sentir acolhido, independente de sua orientação sexual ou estilo de vida. Alguns sinais e sintomas são típicos como: emagrecimento não compatível com atividade física ou dieta, sudorese noturna, fadiga crônica, diarréia, linfadenopatia generalizada, febre persistente, tosse, embranquecimentos ou perda de cabelo e xerostomia. Sinais e sintomas esses que se tornam ainda mais complexos no idoso já que o mesmo já apresenta um metabolismo basal menos acelerado e algumas vezes baixa imunidade por fatores alimentares entre outros. Em idoso que apresentam suspeita diagnóstica de infecção pelo HIV/AIDS o cirurgião- dentista deve encaminhá-lo para avaliação médica e atuar de forma integrada, realizando acompanhamento conjunto com os outros profissionais de saúde. O papel do cirurgião dentista no atendimento ao portador de HIV se concentra em tratá-lo de forma íntegra sem comprometimento da sua saúde geral. Realizando quando necessário encaminhamento para exames de lesões de tecidos moles, realização tratamento de doença periodontal grave e outras necessidades tais como endodontia, prótese etc. As manifestações bucais pelo HIV são comuns e podem representar os primeiros sinais clínicos da doença. As lesões bucais, quando detectadas, podem ajudar tanto no diagnóstico precoce quanto na instituição de medidas profiláticas e terapêuticas que podem aumentar a sobrevida dos usuários. Como protocolo devemos solicitar ao paciente exames de carga viral e caso necessário encaminhamento para outras especialidades. O exame de carga viral irá determinar o nível imunológico do paciente o que determinará também a conduta clínica do dentista diante das situações clínicas. Exemplo seria a doença periodontal já que portadores do Vírus HIV apresentam risco elevado para o aparecimento de doença periodontal de evolução rápida e nem sempre há uma boa resposta ao tratamento de rotina (raspagens e polimentos) dependendo de resultados dos exames o protocolo de atendimento será estabelecido. Enxágue com solução anti-bacteriana (clorexidina) pode reduzir o risco de complicações sistêmicas se realizado antes e após estes procedimentos. Riscos no tratamento odontológico Durante o tratamento odontológico, como em todo paciente, cuidados de biossegurança devem ser tomados para conservar a saúde tanto do paciente quanto do cirurgião-dentista. Cuidados esses como uso de equipamentos de proteção individual (luvas, óculos de proteção, luvas, jaleco e máscara). Além de máxima prudência durante a manipulação de instrumentos perfuro-cortante, evitando reencapar agulhas ou 12 desorganização da mesa clínica situações que podem levar a um possível acidente. Mesmo que as chances de uma possível infecção durante o atendimento sejam baixas os cuidados devem ser redobrados. O tempo de meia-vida do vírus do HIV é pequeno se limitando há alguns minutos ou horas em raras exceções. Outro aspecto que concerne à comunidade odontológica é a necessidade de realização de profilaxiaantibiótica pré-cirúrgica. O que se recomenda é a solicitação de exame contendo dados da linhagem de células brancas para verificação do nível de granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos). Se menor que 1000 células/ mm3, a profilaxia é necessária. 13 Referências : BRITO, Monique Araújo de. Fármacos recentes usados para o tratamento da infecção pelo HIV-1: enfuvirtida, maraviroc, raltegravir e etravirina. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. Niterói, p. 159-168. set. 2011. Dornelas SKL, Bertazzoli RCB, Medeiros MB, Biase RCCG, Rosa MRD. 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