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Poder Jucidário

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Poder Judiciário
Funções do Poder Judiciário. O poder judiciário tem por função própria a função jurisdicional, podendo, bem como os outros poderes, exercer funções atípicas, como execução de atos, por exemplo, ao abrir um concurso, ou criação de normas, por meio de confecção de um regimento interno.
A função jurisdicional do Estado envolve quatro elementos, a substituição das partes na solução do conflito, a solução do conflito, a aplicação da lei e dos princípios e a execução da solução. Dessa forma, tem-se que o Estado, ao substituir as partes, se mostra como o juiz imparcial, a quem cabe dizer o direito, ou analisar determinada relação jurídica e conceder a um ou a outro a razão de acordo com as leis e princípios jurídicos existentes, promovendo a solução do conflito de forma absoluta, isto é, manifestando não apenas quem está com a razão em determinado caso, mas também garantindo que as pretensões da pessoa com razão se realizem.
Jurisdição e Legislação. Autores como José Afonso da Silva questionam-se qual a diferença entre a legislação e a jurisdição. Não por essas serem figuras difíceis de separar, embora existam semelhanças, mas para destacar a peculiaridade de cada função de cada poder.
Dessa forma, explica o autor que a legislação é uma regra abstrata, dirigida a todos, a qual, por meio da elucidação de uma condição, declara um direito ou dever. Como o próprio autor exemplifica “Aquele que por vinte anos, independentemente de justo título ou boa-fé, possui o imóvel como seu, adquirir-lhe-á o domínio”.
Por outro lado, ao se analisar a jurisdição, percebe-se uma prescrição direta, endereçada a uma pessoa, declarando a existência de um direito, ao qual dever-se-á providenciar a tutela necessária para materialização, ou um dever, o qual deverá ser cumprido.
Jurisdição e administração. Seguindo na discussão acerca da peculiaridade das atribuições dos poderes, verifica-se o aparente embate entre jurisdição e administração. Diferentemente da comparação entre jurisdição entre legislação e jurisdição, que expõe diferenças sonoras, ao se comparar o ato do judiciário e o ato administrativo, não se percebem tantos motivos para diferenciá-los. Alguns autores chegam a dizer que tal diferença não existe do ponto de vista lógico, sendo fruto muito mais de um desenvolvimento histórico. Outros autores mais pragmáticos dizem que a diferença subsiste pelo fato de a Constituição estabelecer que alguns atos são próprios do judiciário e, portanto, são jurisdição, e alguns atos são próprios do executivo, logo são administração.
Para os autores que enxergam uma diferença, esta reside no fato de que a jurisdição é uma tarefa secundária, direcionada pela atividade de alguém. O legislador, portanto, cria a lei e direciona a atividade do julgador, que deve decidir de acordo com ela. Na Administração, embora o executivo deva agir dentro da lei, mas ele pode perseguir os próprios meios, com a expedição de atos, pode traçar os caminhos para promover a consecução dos objetivos, então, embora exista uma margem dentro da qual possa agir, é uma atividade até certo ponto discricionária, pois pode decidir como agir. O juiz, por outro lado, teoricamente, só pode agir de uma forma, a aplicação da lei.
Órgãos da função jurisdicional.
Estatuto da Magistratura. A atividade jurisdicional do Estado, ou melhor, a prestação dessa atividade é muito precária, mostrando-se extremamente ineficiente para a população em função da burocracia envolvida, da longa duração dos processos, do despreparo de alguns funcionários, dentre outros problemas diagnosticados.
Com base nisso, fala-se sempre em uma reforma no judiciário, a fim de se encontrar soluções para os problemas encontrados. A constituição federal entretanto, expõe quais são as regras básicas às quais o estatuto da Magistratura deve obedecer.
Disposições constitucionais que regem a magistratura. Segundo o artigo 93, inciso I da Constituição, o estatuto da magistratura será criado por lei complementar de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. À constituição resta ditar algumas normais gerais acerca de como a o estatuto deve tratar questões como carreira, remuneração, recorribilidade de decisões, garantias do judiciário, dentre outras. 
Carreira. Segundo o art. 93, inciso I, o cargo inicial será o de Juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
Embora a doutrina discuta que a atividade jurídica possa sim ser adquirida ainda dentro do período da universidade, por meio, por exemplo, de estágios, o STF já definiu que os três anos de atividade jurídica devem se dar após a conclusão do curso de direito e ser comprovada até o momento da inscrição no concurso. O Conselho Nacional de Justiça, na resolução n.75 de 12/05/2009, definiu que a atividade jurídica é : aquela exercida com exclusividade por bacharel em direito; o efetivo exercício da advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual mínima em cinco atos privativos do advogado em causas e questões distintas; o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico; o exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo de 16 horas mensais durante um ano. O exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de litígios.
Portanto, a contagem do tempo de estágio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel em direito não conta para a comprovação de atividade jurídica.
O artigo 93, inciso II da CF estabelece que a “promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas, passa então a enumerar os critérios para promoção dos membros do judiciário.
Vale dizer que, em alguns Estados, segundo José Afonso da Silva, é feito um concurso para saber que será promovido para uma nova comarca. Em outros, todos estão aptos a serem promovidos, devendo manifestar o interesse caso não queiram. Segundo o autor, o concurso evita o constrangimento de declarar a contra vontade à promoção.[1: Pela garantia da inamovibilidade, o juiz não pode ser removido da comarca onde atua a não ser com anuência própria.]
Acesso aos tribunais de segundo grau. Art. 93, inciso II. Ainda tratando de progressão na carreira, a constituição trata de como os juízes deixarão de ser juízes singulares e passarão a compor o corpo dos tribunais de segunda instância. Quando abre uma vaga em um desses tribunais, o cargo deve ser preenchido por um juiz de carreira da última instância ou da única instância. Assim, se vaga um cargo de juiz no TRE/PA, o cargo deverá ser preenchido por um juiz da comarca de Belém, ou seja, da 1ª entrância. Por consequência, o cargo que ele deixou deverá ser assumido por um juiz de segunda entrância e assim por diante.
Subsídios. A remuneração dos juízes se dá em subsídios. Essa prescrição pode ser encontrada nos artigos arts. 48, XV, 93, V, 95, III e 96 II, b.
Garantias do Judiciário. As garantias do judiciário existem, em teoria, para impedir que esse poder sofra pressão dos demais, garantindo a prestação de uma atividade jurisdicional idônea e isenta de vícios. Servem para garantir a independência do poder judiciário.
Tais garantias podem ser colocadas em dois grandes grupos, as garantias institucionais, que protegem o judiciário como um todo e podem ser subdivididas em a) garantias de autonomia orgânico-administrativa e b) garantias de autonomia financeira; existem também as garantias funcionais ou de órgãos, as quais asseguram a independência (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios) e a imparcialidade dos membros do Poder Judiciário.
Inatividade do Magistrado. Existem dois tiposde inatividade do magistrados, a aposentadoria e a disponibilidade. A aposentadoria obedece à regra do artigo 40, podendo ser por invalidez (art. 40, §1, inciso I), compulsória (art.40, §1, inciso II) e voluntária (art.40, §1, inciso III).[2: A famosa aposentadoria compulsória é declarada por votação do tribunal ou de Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa, só podendo recair em magistrado que já completara o tempo para aposentar-se e não o fizera, pois antes disso a inatividade compulsória há de ser a disponibilidade.]
Publicidade e motivação das decisões. Art. 93, inciso IX. Declara que todos os julgamentos serão públicos e todas as decisões fundamentadas, sob pena de nulidade, cabendo a lei, em alguns casos, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
Garantias institucionais. As garantias institucionais podem ser tanto orgânico-administrativas como garantias de autonomia financeira. Estão elencadas no artigo 96 da CF e se traduzem na possibilidade dos tribunais elegerem os próprios órgãos diretivos, na possibilidade dos tribunais elaborarem seus regimentos internos e de organizar a estrutura administrativa interna (concessão de férias, licença, dentre outras atribuições).
As garantias de autonomia financeira, por sua vez, encontram-se elencadas no artigo 99 da CF. O maior exemplo é a possibilidade de o judiciário oferecer sua própria proposta orçamentária ao poder executivo.
Garantias funcionais do judiciário. Tais garantias podem ser garantias de independência dos órgãos judiciários, as quais estão descritas no artigo 95, incisos I, II e III; ou podem ser garantias de imparcialidade, prevista no artigo 95, parágrafo único.
Existem três garantias de independência do Judiciário, a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídios.
Vitaliciedade. Tal garantia significa que o magistrado só perderá o cargo se houver contra si sentença judicial transitada em julgado. Os demais funcionários públicos não são vitalícios, são apenas estáveis, portanto, podem perder o cargo em função de decisão judicial transitada em julgado, em função de sentença proferida em processo administrativo disciplinar ou em função de insuficiência de desempenho no caso de avaliação periódica de desempenho.
A vitaliciedade é concedida para os magistrados, em primeiro grau de jurisdição, que permanecer 2 anos no exercício efetivo do cargo. No caso dos juízes de tribunais, independentemente de como a pessoa é nomeada, se por promoção ou pelo quinto constitucional, a pessoa adquire vitaliciedade no dia em que é empossada.
Inamovibilidade. Garante ao juiz a impossibilidade de remoção, sem seu consentimento, de um local para o outro, de uma comarca para outra, ou mesmo sede, cargo, tribunal câmara ou grau de jurisdição.
Essa regra, entretanto, não é absoluta, pois, como estabelece o artigo 93, VIII, o magistrado poderá ser removido, colocada à disponibilidade ou aposentado de acordo com o interesse público.
Irredutibilidade de subsídios. Garante que o subsídio dos magistrados não poderá ser reduzido. O que não significa que, caso a inflação cresça acima do normal, os magistrados receberam a mais por isso, pelo contrário, a corrosão do salário da inflação não encontra subterfúgio jurídico para ser evitada.
As garantias de imparcialidade do judiciário, por sua vez são as chamadas vedações. As vedações estão elencadas de forma taxativa no parágrafo único do artigo 95 da Constituição Federal, são elas:
Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério
Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo
Dedicar-se à atividade político-partidária
Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
Exercer advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Estrutura do Judiciário. Existem, na estrutura judiciária brasileira, órgãos ou centros de convergência e órgãos ou centros de superposição. Diz-se de convergência aqueles tribunais o tribunal superior de cada uma das justiças, portanto, na justiça do trabalho, há o tribunal regional do trabalho no Estado e o tribunal superior do trabalho, que é o órgão de convergência. No caso do Brasil, os órgãos de convergência se localizam em Brasília e exercem jurisdição sobre todo território nacional. Elencando-os, entende-se como órgãos de convergência o STF, o STJ, o TST, o TSE e o STM.
Pois bem, como dito, há também os órgãos de superposição. No Brasil considera-se que são órgãos de superposição o STF e o STF, por não possuírem uma justiça específica sobre a qual atuem (apenas a justiça comum, por assim dizer), de sorte que suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos tribunais e juízes inferiores.
Justiças: comum e especial. Os órgãos de justiça no Brasil podem pertencer à justiça comum ou à justiça especial. 
Fazem parte da justiça comum :
Justiça Federal (TRF’s e Juízes federais)
a Justiça do Distrito Federal e Territórios 
Justiça Estadual Comum (Juízes de primeiro grau de Jurisdição, incluídos juizados especiais e a Justiça de Paz, bem como os Tribunais de Justiça)
Fazem parte da Justiça Especial:
Justiça do Trabalho ( Tribunal Superior do Trabalho- TST- Tribunais Regionais do Trabalho – TRT’s- e pelos Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho)
Justiça Eleitoral ( TSE, TRE, Juízes eleitorais e Juntas Eleitorais)
Justiça Militar da União (STM e Conselhos de Justiça, Especial e Permanente, nas sedes das auditorias militares)
Justiça Militar dos Estados, do Distrito Federal e Territórios (STJ, TJ ou TJM, onde houver, e pelos juízes togados e pelos Conselhos de Justiça)
	Estruturação de competências e estruturação fática
Supremo Tribunal Federal. É o órgão hierarquicamente mais alto da organização judiciária brasileira. Sua função primária é ser o guarda da Constituição, guarda essa que deve ser exercida não apenas com base no texto constitucional, mas também nos princípios e intenções que o diploma busca resguardar.
Tratando de termos práticos, o STF é composto por 11 ministros indicados pelo presidente da República que, ao passarem pela sabatina do Senado Federal, isto é, ao serem aprovados pelo Senado Federal por maioria absoluta, são vitaliciados. (art.101 e § único)
Para ocupar o cargo é preciso preencher alguns requisitos: ser brasileiro nato, ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade, estar em pleno gozo dos direitos políticos, ter notável saber jurídico e reputação ilibada. ( Art.101).[3: Embora originalmente não fosse assim, atualmente já se entende que notável saber jurídico pressupõe graduação no curso de direito, pelo menos !]
A Constituição elenca as competências do STF no art. 102 e alíneas subsequentes, bem como no art. 103, §2. Assim, constitucionalmente, possui o STF uma competência originária, uma competência recursal ordinária e uma competência recursal extraordinária.
José Afonso da Silva classificas as competências do Pretório Excelso de outra forma. Em primeiro lugar, há a jurisdição com controle de constitucionalidade. Essa pode ser evocada a partir de ação direita, interventiva ou genérica ou por via de exceção. O controle de constitucionalidade direto está prevista no artigo 102, alíneas a e p (julgamento de ADIn. e ADC). A jurisdição constitucional genérica ou interventiva é prescrita no artigo 102, III.
Em segundo lugar, há a jurisdição constitucional de liberdade, relativa ao exercício de jurisdição provocado por remédios constitucionais destinados à defesa de direitos fundamentais. Vem dispostos nos dispositivos 102, I, d, i, g, q e 102, II, a e b).
Por fim a jurisdição constitucional sem controle de constitucionalidade. Aqui fala-seda competência do STF para julgar litígios de interesse constitucional mas diverso do controle de constitucionalidade. Em suma, é art.102, inciso I, alíneas b a o.
Importante prática do Supremo Tribunal Federal é a edição de Súmulas vinculantes. O assunto é tratado no art. 103-A, segundo o qual o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre a matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário. No parágrafo primeiro do mesmo dispositivo, o qual trata do objeto das súmulas, consta que o enunciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja, entre órgãos judiciários, ou entre esses e a Administração pública, controvérsia atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão.
Entretanto, assim como as leis, as súmulas se tornam obsoletas com o tempo, isto é, podem vir a se tornar obsoletas. Algumas figuras são, portanto, legitimadas a propor revisão de uma determinada súmula, são elas: o presidente da república, a mesa do Senado Federal, a mesa da Câmara dos Deputados, o Procurador Geral da República, o Conselho Federal da OAB, o Defensor Público da União, partidos políticos com representação no Congresso Nacional, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional, a mesa de assembleia legislativa ou câmara legislativo, o governador dos estados ou do DF, tribunais superiores, tribunais de justiça dos estados ou do distrito federal e dos territórios, os tribunais regionais eleitorais, os tribunais regionais do trabalho, os tribunais regionais federais e os tribunais regionais militares.
As súmulas afetam não só os órgãos do poder judiciário mas também os órgãos do poder executivo da União, dos estados e dos Municípios. Dessa forma, acabam por tolher uma correta apreciação de lesão ou ameaça a direito- ora, se a matéria já foi tratada na súmula, assume o judiciário ou o executivo que a solução para todo e qualquer problema se encontra na leitura da súmula, sendo desnecessária uma análise do caso concreto, deixando passar em branco as minúcias de cada caso-, não havendo também uma redução nos recursos já que, caso seja expedido ato contrariando a súmula ou decisão contrária a ela, o Supremo Tribunal Federal deverá ser informado e, julgando procedente, anulará o ato ou cassará a sentença.
Conselho Nacional de Justiça. É o órgão de controle do Poder Judiciário. Suas atribuições contribuem para a eficácia da prestação da função jurisdicional. Uma importante decisão do CNJ foi a proibição do nepotismo.[4: Toda a matéria constitucional acerca do CNJ está presente no artigo 103-B da Constituição Federal, dispositivo criado por emenda constitucional.]
A maior discussão em torno do órgão é sua definição como órgão de controle externo. Muitos autores discordam do adjetivo, pois o entendem ser de controle interno, já que a maioria dos membros os quais compõem o conselho são magistrados.
O conselho é composto por 15 membros com mandatos de 2 anos, admitida uma recondução. Os membros são: I- Presidente do STF, II-um Ministro do STJ indicado pelo tribunal, III- um Ministro do TST indicado pelo tribunal, IV- desembargador de Tribunal de justiça, indicado pelo STF, V- um juiz estadual indicado pelo STF, VI- um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo STJ, VII- um juiz federal indicado pelo STJ, VIII- um juiz de TRT indicado pelo TST, IX- um juiz do trabalho indicado pelo TST, X- um membro do MPU indicado pelo PGR, XI- um Membro do MPE, escolhido pelo PGR, XII- dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB, XIII- dois cidadãos de notável saber jurídico, reputação ilibada, indicados pela Câmara dos deputados e outro pelo Senado federal.
A competência genérica do CNJ é exercer o controle da autonomia administrativa e financeira do poder judiciário, cabendo-lhe outras atribuições que lhe forem conferidas pelo estatuto da magistratura. As demais competências do CNJ estão elencadas no art. 103, §4 e incisos subsequentes da Constituição Federal.
Superior Tribunal de Justiça. O STJ tem sua matéria disciplinada nos artigos 104 e 106 da Constituição Federal. É composto por, no mínimo, 33 ministros nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada escolha pelo Senado Federal. Desses 33 juízes 1/3 deve ser dos TRFs, um 1/3 dos desembargadores dos TJs e 1/3, em partes iguais, dentre membros do MPF, do MPE e do MP do DF e dos territórios e advogados.
Os membros da magistratura são escolhidos a partir de lista tríplice elaborada pelo próprio tribunal. (art. 104, I). Os membros do MP e os advogados fazem parte do quinto constitucional, escolhidos nos moldes do art.94 da CF.[5: O art. 94 é o responsável por definir o quinto constitucional. A partir desse dispositivo fica estabelecido que um quinto dos lugares dos TRFs, dos TREs e do Distrito Federal e territórios será composto de Membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. § único, recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder executivo que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.]
As competências do STJ estão elencadas no arto. 105 da Cf.
Conselho de Justiça Federal. Previsto no art. 105, §2 da Constituição como órgão anexo ao STJ, o CJF tem a responsabilizada de supervisionar as questões administrativas e orçamentárias da JF.
Justiça Federal. É composta pelos Tribunais Regionais Federais e pelos Juízes Federais. A matéria é debatida constitucionalmente entre os artigos 106 e 110 da CF.
Tribunais Regionais Federais. São compostos de, no mínimo, 7 juízes, nomeados pelo presidente da república entre brasileiros entre 30 e 65 anos, devendo um quinto obedecer à regra do art. 94 da Cf, ou seja, obedecer à regra do quinto constitucional.[6: A própria constituição chama de juízes, entretanto, em emenda regimental, foi atribuído aos juízes federais dos tribunais regionais federais o nome de desembargadores regionais.]
As competências dos Tribunais federais estão distribuídas no art. 108 da Constituição Federal.
Juízes Federais. São chamados juízes federais os membros que compõe a primeira instância da Justiça Federal no Brasil. Ingressam, por concurso público, na carreira no cargo de Juiz substituto. Precisam ter no mínimo 25 anos de idade, reconhecida idoneidade moral, aprovados em concurso público de provas e títulos, além de satisfação de requisitos específicos em lei.
As competências da Justiça federal estão elencadas no art. 109 da CF.
O foro, isto é, o lugar onde vão ser julgadas as querelas que envolvem a União, ou, melhor dizendo, de interesse da União, serão sempre na comarca onde for domiciliada a outra parte. No caso de não haver sede da Justiça Federal no município, a justiça estadual julgará o mérito, cabendo, nesse caso, recurso ao TRF na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. (art. 109,§§1,2,3 e 4)
Em cada estado, bem como no DF há uma sede da Justiça Federal localizada na capital do respectivo estado, assim cada Estado é uma seção judiciária que terá por sede a respectiva capital.
Justiça do Trabalho. É formada pelo Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e os Juízes do Trabalho. Sua função é solucionar os conflitos de interesse decorrentes das relações de trabalho.
A matéria esta disciplinada dos artigos 11 até o 117 da Cf.
Tribunal Superior do Trabalho. O órgão é composto por 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros maiores de 35 e com menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Repúblicae após aprovação absoluta do Senado Federal. Um quinto desses membros deve ser ocupado por membros do Ministério Público e da advocacia, seguindo a regra do quinto constitucional, e os demais devem ser escolhidos dentre os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio tribunal superior.
Tribunais Regionais do Trabalho. Compõe o segundo grau de jurisdição da justiça do trabalho. Serão compostos de no mínimo 7 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94, os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
O artigo 112 da Cf atribui à lei a possibilidade de criar varas do trabalho, sendo que, nas comarcas onde não existirem tais varas, poderão ser atribuídas aos juízes de direito, cabendo recurso ao tribunal regional da respectiva região.
As competências da Justiça do Trabalho estão expostas no artigo 114 da Cf.
José Afonso da Silva destaca a irrecorribilidade das decisões do TST. Segundo o autor, a não ser que as decisões proferidas pelos juízes se tratem de Mandado de Segurança e Mandado de injunção denegados ou contrariem a CF ou declarem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, casos em que caberá recurso extraordinário para o STF, as decisões são irrecorríveis. [7: ]
Justiça Eleitoral. É composta pelo Tribunal Superior Eleitoral, órgão de cúpula, pelos Tribunais Regionais Eleitorais, pelos juízes eleitorais e pelas juntas eleitorais. A matéria é legislada na Constituição dos artigos 118 até o 121.
Vale dizer que a organização da Justiça eleitoral segundo a Constituição, foi delegada para a lei (art.121), restam ainda assim algumas prescrições constitucionais para serem analisadas.
Tribunal Superior Eleitoral. É composto por, no mínimo, 7 ministros, sendo três juízes dentre os Ministros do STF e 2 juízes dentre os ministros do STJ escolhidos mediante eleição por voto secreto; e 2 juízes, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo Supremo Tribunal Federal, escolhidos pelo Presidente da República.
 Tribunais Regionais Eleitorais. Segundo o artigo 120 da Constituição Federal, haverá um tribunal regional eleitoral na Capital de cada estado. Ainda nesse artigo, nos incisos subsequentes, é possível ver a composição dos membros dos tribunais regionais.
Juízes Eleitorais e Juntas eleitorais. A constituição trata deles no art. 121, mas nada muito especificamente.
José Afonso da Silva trata novamente da recorribilidade das decisões. Segundo a Constituição Federal, artigo 121,§4, apenas nesses casos se poderá recorrer das decisões dos TREs. As condições de recorribilidade das decisões do STE para o STF são as mesmas do TST para o STF.
Justiça Militar. É formada pelo Superior Tribunal Militar, pelo Tribunal Regional Militar e os juízes militares. A competência da justiça militar é bem simples: processar e julgar os crimes militares, ou seja, aqueles que não possuem paralelo comum com a legislação civil.
A matéria vem tratada na Constituição no artigo 125.
Juizados Especiais. São tutelados no artigo 98 da Constituição, inciso I, são juizados providos juízes togados ou juízes togados e leigos, competentes para conciliação e julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.
Justiça de Paz. Art. 98, §2.

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