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Taylor Superstar

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Taylor Superstar
EXAME - 24/09/97 - Sua excelência - Taylor superstar Edição Clayton Netz
Por Júlio do Nascimento Buzatti
 O autor dá início ao artigo citando o livro “ The one Best Way: Frederick Winslow Taylor”, o qual foi lançado um ano antes da publicação deste artigo, em 1996, que foi cotado para o prêmio Pulitzer, a maior honraria da literatura americana. Trata-se de uma biografia de Taylor o primeiro americano a pensar em racionalização e eficiência no trabalho como forma de produzir bens em grande escala, o mais rápido possível. Ideário este que continuou a ser aplicado até ao final do século XX como uma ideia moderna, mesmo sendo inicialmente usado em 1911.
 Taylor é retratado como sendo uma pessoa comum, não era um grande intelectual, mas ao publicar suas ideias, se transformou em um grande homem, e de inestimável importância, o que lhe dava certa influência em aspectos sociais do século XX.
 O texto mostra que as teorias de Taylor foram utilizadas por muitos países, sendo notório sua grande influência no mundo, garantindo, por exemplo, a reconstrução da Alemanha e Rússia no pós-guerra. Tudo o que tem a ver com a maximização de recursos tem algo a aprender com Taylor. Ele acreditava que, através de suas observações in loco nas fábricas, era possível aplicar conhecimento ao trabalho, otimizando a produção ao descobrir a maneira certa de fazer as coisas para atingir o máximo de eficiência, de fato ele não estava errado, hoje em dia todos sabem que intrínseco a qualquer que seja o tipo de produção, há um estudo e pesquisa, a respeito da melhor maneira de se produzir bens de consumo de forma rápida e eficiente.
 Ainda, Taylor contribuiu muito para na maneira de produzir das fábricas e isso trouxe benefícios como os processos de automação que possibilitaram o rápido aperfeiçoamento das tecnologias. Mas ao se focar apenas na produtividade, Taylor limita os administradores a pensarem nas melhores formas de produzir, e o trabalhador em apenas seguir o sistema para benefício próprio. O autor explana que este seria o sistema ideal, e um sistema em que o trabalhador pensa seria apenas usado na teoria, pois na prática isto acaba por não acelerar o processo produtivo, e dando mais prejuízo do que lucro para a empresa. O que acredito ser uma visão rasa e empírica a respeito da aplicação teórica do trabalhador pensante e que ajuda nas tomadas de decisões da empresa, já que é sabido que hoje em dia a especialização é um fator determinante na contratação ou não de um trabalhador.
 Em suma, apesar da redundância e repetições de certos argumentos, por vez, desnecessárias, o texto consegue trazer de forma clara, porém não objetiva, os principais aspectos das ideias e teorias de Taylor, trazendo questões como o trabalhador obediente, e seus métodos aplicados in loco, mas é valido dizer que, apesar de a indústria ter evoluído, o sistema de Taylor ainda é aplicado, mesmo que modificado, em grandes indústrias, pois em uma sociedade consumista e capitalista, onde o importante é a qualidade aliada a um bom preço e onde as pessoas são qualificadas pelo que possuem e não pelo que são, este sistema irá perdurar e não mudará tão cedo.

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