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HISTOLOGIA Aparelho urogenital feminino

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HISTOLOGIA- APARELHO REPRODUTOR FEMININO
É formado por dois ovários, duas tubas uterinas ou de Falópio, o útero, a vagina e a genitália externa. 
-Menarca: aparecimento da primeira menstruação.
- Menopausa: período de tempo variável, o qual as modificações cíclicas se tornam irregulares e desaparecem. 
OVÁRIO
O ovário tem a forma de amêndoa. Apresenta a região medular, contendo numerosos vasos sanguíneos e TCF, e a cortical, onde predominam os folículos ovarianos, contendo os ovócitos. 
O estroma da cortical é muito celular, constituído por fibroblastos fusiformes, nas qye diferem dos fibroblastos de outros órgãos em suas respostas a estímulos hormonais. A superfície do ovário é revestida por epitélio simples cubico (epitélio germinativo), com pequena pavimentação em certas áreas. Sob esse epitélio o estroma forma uma camada de tecido conjuntivo denso sem vasos, a albugínea do ovário. 
O inicio do crescimento dos folículos é um processo automático, independente de hormônio, que se inicia na vida fetal. Distinguem-se os folículos primordiais, os folículos em crescimento e os folículos maduros. O numero total de folículos nos dois ovários da recém-nascida é em 2 milhoes, porem a maioria sofre atresia, restando 300.000 para a puberdade. Essa apoptose folicular ocorre durante toda a vida, terminando após a menopausa.
- Folículos primordiais: consta de um óvocito primário, envolvido por uma única camada de células achatadas, denominadas células foliculares ou granulosas, unidas por desmossomos. 
* O ovócito, em todos os tipos de folículos, é uma célula volumosa, medindo cerca de 25 um de diâmetro. Seu núcleo é grande e claro, com a cromatina dispersa, com núcleo esférico e bem evidente. Existe uma lamina basal separando as células foliculares do estroma ovariano.
- Folículos em crescimento: na vida fetal, alguns folículos primordiais entram em crescimento e esta atividade continua após o nascimento. Mas até a puberdade, todos os folículos em crescimento sofrem atresia antes de atingir a maturidade. Independe da atividade hormonal. No entanto, a condição para que o crescimento continue e se torne maduro é que tenha quantidade suficiente de gonadotrofinas e de estrógenos. Ao se iniciar um ciclo menstrual, vários folículos estão em crescimento, porem apenas um atinge a maturação, ao passo que os outros se formam atréticos ou continuam seu crescimento no ciclo seguinte. O crescimento folicular evolve principalmente as células crescimento começa com o aumento do volume e a multiplicação das células foliculares. Estas células se tornam poligonais e o seu conjunto forma a camada granulosa do folículo. O ovócito também aumenta de volume e em sua volta surge uma camada acidófila, homogênea e acelular, contendo glicoproteínas, denominada zona pelúcida. Prolongamentos das células foliculares e microvilos do ovócito penetram na zona pelúcida e estabelecem contatos através de junções gap. A zona pelúcida é produzida pelos ovócitos, com provável ajuda das células foliculares. Enquanto essas modificações ocorrem, o estrome imediatamente em torno do folículo modifica-se para formar as tecas foliculares, com duas camadas – a teca interna e a teca externa. As células da teca interna, quando completamente diferenciadas, apresentam as características ultra-estruturais das células produtoras de esteroides. Estas células sintetizam estrógeno, e são ricamente vascularizadas. A teca externa apresenta células em tudo semelhantes às células do estroma ovariano, entre as quais existem numerosas fibras do conjuntivo e vasos sanguíneos que se dirigem para a teca interna. As células e fibras da teca interna e da parte profunda da teca externa tendem a se arrumar concentricamente em volta do folículo. O limite entre as duas tecas é pouco nítido, o mesmo ocorrendo com o limite entre a teca externa e o estroma ovariano. O limite entre a teca interna e a granulosa é bem evidente, devido á lâmina basal. À medida que o folículo cresce, pelo aumento das células granulosas, surgem acumulo de liquido entre essas células, o liquido folicular. As cavidades contendo liquido confluem e acabam formando uma cavidade única, o antro folicular. O liquido folicular contem proteoglicanos, diversas proteínas, que captam esteroides, e altos teores de hormônios progesterona, estrongeno e andrógeno. Em determinado ponto da parede folicular, há mais células da granulosa, formando um espessamento, o cumulus oophorus, onde está localizado o ovócito, que faz saliência para o interior do antro. 
- Folículos maduros: o folículo maduro ou de Graaf pode ser visto como uma vesícula transparente fazendo saliência na superfície do ovário. Devido ao acumulo de liquido, aumenta muito a cavidade folicular, ficando o ovócito preso à parede do folículo por um pedículo constituído por células proporcionalmente ao liquido acumulado, a camada granulosa torna-se muito delgada. As células foliculares da primeira camada em volta do ovócito e em contato com a zona pelúcida tornam-se alongadas e formam a corona radiata, que acompanha o ovócito quando este deixa o ovário. 
-> Denomina-se ovulação à ruptura do folículo maduro, com liberação do ovócito que será colhido pela extremidade dilatada da tuba uterina. A ovulação ocorre no meio do ciclo menstrual, em torno do 14° dia. O estímulo é o aumento brusco no teor do LH secretado pela hipófise anterior. Em poucos minutos, há um aumento de fluxo sanguíneo no ovário e proteínas plasmáticas escapam dos capilares e vênulas, formando um edema. Há liberação de prostanglandinas, histamina, vasopressina e colagenase. A degradação do colágeno, a isquemia (devido à pressão do folículo) e a morte de algumas células causam enfraquecimento da parede externa do folículo, que faz saliência na superfície do ovário. O enfraquecimento, combinado com o aumento da pressão do liquido no antro do folículo, causam a ruptura da parede externa do folículo e a ovulação. Antes da ovulação, o ovócito, juntamente com as células da corona radiata, desprende-se da parede do folículo, passando a flutuar no liquido folicular. Uma indicação de que a ovulação está prestes a acontecer é o aparecimento do estigma, onde o fluxo sanguíneo é interrompido, resultando numa modificação da cor e da transparência da parede folicular, visível na superfície do ovário. A extremidade da tuba uterina voltada para o ovário tem a forma de um funil e é franjada (fímbria). No momento da ovulação, ela está próxima à superficia ovariana e recebe o ovócito, e o conduz para o interior da tuba, pela contração muscular, ajudada pela atividade ciliar do epitélio, que forma uma corrente de liquido. 
-Atresia folicular ocorre principalmente após o nascimento, quando cessam os efeitos hormonais maternos, e durante a puberdade e a gravidez, quando ocorrem grandes modificações hormonais qualitativas e quantitativas. Quando a atresia atinge um folículo primordial, o contorno do ovócito torna-se irregular e as células da granulosa reduzem seus volumes, separando-se uma das outras. Nos folículos em crescimento, o processo degenerativo é o mesmo, havendo ondulação da zona pelúcida e pregueação no inicio da atresia, devido ao colapso folicular, persistindo mais tempo que outras células d folículo. Quando atinge um folículo quase maduro, forma-se grande quantidade de material em degeneração, com aparecimento de macrófagos. Enquanto ocorre a remoção dos restos do folículo em atresia, células do tecido conjuntivo formam pequena quantidade de fibras colágenas, lembrando um processo cicatricial. Depois, há reabsorção do colágeno e substituição por estroma ovariano típico. Embora as células da granulosa e os ovócitos sofram degeneração durante a atresia, algumas células da teca interna persistem, tornam-se arredondadas e ativas na secreção de esteroides, formandocélulas intersticiais do ovário, liberando pequenas quantidades de estrógeno. 
- As células precursoras das ovogônias chamam-se gonócitos ou células germinativas e originam-se do endoderma do saco vitelino primitivo. Os gonócitosmigram até os ovários em formação e neles penetram, originando as ovogônias, que são envolvidas pelas futuras células granulosas originárias do epitélio germinativo do esboço ovariano. Os folículos primordiais e os em crescimento possuem ovócitos primários, que estão na prófase I da meiose. A primeira divisão meiótica é reiniciada e completa-se pouco temo antes da ovulação, formando-se um ovócito secundário e o primeiro corpúsculo polar. Na cortical do ovário, o ovócito secundário inicia a segunda divisão de maturação, a qual para na metáfase II e só se completa quando ocorre a fertilização. Quando a fertilização não se realiza, o ovócito secundário morre e é reabsorvido na tuba, sem completar a segunda divisão de maturação.
- Após a ovulação, as células foliculares e as da teca interna dão origem a uma glândula endócrina temporária, denominada corpo luteo (amarelo). O corpo lúteo localiza-se na cortical do ovário e secreta estrógeno e progesterona, que estimulam a secreção das glândulas da mucosa uterina, e a progesterona impede o desenvolvimento de novos folículos ovarianos. A expulsão do liquido folicular causa o colapso do folículo, que se torna pregueada. Um pouco de sangue extravasa para a cavidade folicular, onde coagula e é penetrado por tecido conjuntivo originário do estroma ovariano, que permanece no interior do corpo lúteo. As células foliculares não se dividem depois da ovulação, mas aumento muito de volume e adquirem as características de células secretoras de esteroides, transformando-se nas células luteínicas. Essas células contem gotas de colesterol em seu citoplasma, com lipocromo, que é um pigmento solúvel em lipídios e responsável pela cor amarela do corpo luteo. As células da teca interna também contribuem para a formação do corpo amarelo, dando origem às células teca-luteínicsa ou paraluteínicas. Essas células são semelhantes às células luteinicas da granulosa, porem de menor tamanho, mais coradas e periféricas. Os capilares sanguíneos da teca interna crescem para o interior do corpo lúteo em formação e vão dar origem à rica rede vascular dessa estrutura. 
- O corpo lúteo é formado por estimulo do hormônio luteinizante (LH) sintetizado pela par distalis da hipófise, sob o controle do hipotálamo. Como a progesterona produzida pelo corpo lúteo tem um efeito inibidor sobre a produção de LH, o corpo luteo entrará em degeneração, salvo se receber estímulo de outra origem. Quando não ocorre a gravidade, o corpo tem uma existência de 10 a 14 dias apenas. Isto é, persiste durante a segunda metade do ciclo menstrual. Após esse período, devido à falta de LH, ele degenera e desaparece, formando o corpo lúteo menstrual. Ocorrendo a gravidez, as gonadotrofinas coriônicas produzidas pelo sinciciotrofoblasto da placenta estimularão o corpo luteo, que se manterá durante a gestação. Este é o corpo lúteo gravídico. O corpo lúteo da gravidez é maior e seu diâmetro atinge 5 cm. A partir do sexto mês, sofre regressão, mas não desaparece totalmente e secreta progesterona até o fim da gravidez, seu desaparecimento ocorre após o parto. Secreta relaxina, hormônio que amolece o tecido conjuntivo da sínfise pubiana, das articulações da pélvis e do colo uterino, facilitando o parto. As células do corpo lúteo gravídico ou menstrual sofrem degeneração por autólise, sendo os restos celulares fagocitados por macrófagos. O local é então ocupado por uma cicatriz de tecido conjuntivo denso, um corpo albicans, sendo pouco a pouco substituído pelo estroma ovariano. 
- A tuba uterina ou oviduto é um tubo musculomembranoso. Uma de suas extremidades abre-se na cavidade peritoneal, próximo ao ovário, e a outra atrevessa a parede do útero e abre-se no interior desse órgão. 
HOMERO R. TURMA LII UNICAMP

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