Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
� PAGE \* MERGEFORMAT �6� INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE Campus Campos-Centro Curso Técnico de Química Microbiologia II EXAME BACTERIOLÓGICO DO LEITE Nome: Larissa Nogueira Rosa Viana da Silva Hemyle Laura Gonçalves Ferreira Turma: Módulo II Turno: Noite Profª: Cíntia Neves Barreto Carneiro Laboratório: II Data: 12/08/2013 SUMÁRIO PÁGINA 1. TÍTULO DA EXPERIENCIA 2. OBJETIVOS 3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4. MATERIAS, VIDRARIAS, UTENSÍLIOS 5. EQUIPAMENTOS 6. REAGENTES USADOS 7. MEIOS DE CULTIVO 8. AMOSTRA 9. PROCEDIMENTOS 10. REAÇÕES 11. CÁLCULOS E/OU RESULTADOS 12. CONCLUSÃO 13. ESQUEMA 14. ATIVIDADES DE VERIFICAÇÃO 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16. ASSINATURA DO AUTOR DO RELATÓRIO TÍTULO DA EXPERIÊNCIA Exame Bacteriológico do Leite OBJETIVOS - Dominar técnicas de exames bacteriológicos de leite; - Avaliar a qualidade microbiológica do leite pasteurizado tipo C; - Conceito de Unidade Formadora de Colônia (U.F.C.); - Metodologia das diluições seriadas para amostras de alimentos; - Metodologia de contagem em placas para a determinação da concentração de microrganismos aeróbios e anaeróbios facultativos mesófilos em alimentos. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 3.1. COLIFORMES Há muitos tipos diferentes de bactérias que estão distribuídos em muitos gêneros. Mas algumas merecem atenção especial: as do grupo dos coliformes. Essas bactérias são utilizadas em larga escala nas medições microbiológicas que testam a qualidade da água e de alimentos para que as pessoas os consumam sem riscos maiores. Então, considerando a relação diretamente proporcional, quanto maior o índice de presença de coliformes, mais a água ou o alimento está contaminada (o). O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que inclui os generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria. Todas as bactérias coliformes são gram-negativas manchadas, de hastes não esporuladas que estão associadas com as fezes de animais de sangue quente e com o solo. As bactérias coliformes fecais reproduzem-se ativamente a 4,5°C e são capazes de fermentar o açúcar. O uso da bactéria coliforme fecal para indicar poluição sanitária mostra-se mais significativo que o uso da bactéria coliforme "total", porque as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microrganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, desistiria bacilar e cólera. Existem dois tipos de coliformes: totais e fecais. Os coliformes totais compõem os grupos de bactérias gram-negativas que podem ser aeróbicas ou anaeróbicas (isto dependerá do ambiente e da bactéria), não originam esporos e fermentam a lactose, produzindo ácido e gás à 35/37°C. Já os coliformes fecais são também conhecidos como “termotolerantes” por suportarem uma temperatura superior à 40°C, convivem em simbiose com humanos, bois, gatos, porcos e outros animais de sangue quente. São excretados em grande quantidade nas fezes e normalmente não causam doenças (quando estão no trato digestivo). Neste grupo está presente a bactéria gram-negativa Escherichia coli, e ao se ingerir alimentos por ela contaminados, os resultados desagradáveis (como uma gastrenterite, por exemplo) podem ser brandos ou desastrosos, dependendo do grau de contaminação. 3.2. ESTERILIZAÇÃO DO LEITE DISPLAYNFC \l 0 �� DISPLAYNFC \l 0 Os leites classificados como esterilizados, são aqueles submetidos a processos tecnológicos de aquecimento superiores a pasteurização. O termo “esterilizado” supõe a destruição de todos os microrganismos vivos. Este tipo de produto apresenta uma vida de prateleira superior (em torno de 6 meses). O leite esterilizado é processado em sistemas de esterilização contínua e descontínua, sendo a diferença dada em função da variação entre tempo e temperatura. No sistema descontínuo geralmente são utilizadas autoclaves com temperatura entre 115 a 120ºC por 15 a 20 minutos, já nos sistemas contínuos, conhecido como UHT (Ultra High Temperature), a temperatura oscila entre 135 a 150ºC por 2 a 4 segundos. Após processados, devem ser imediatamente resfriados abaixo de 32ºC e envasados sob condições assépticas e hermeticamente fechados. Define-se como leite reconstituído, segundo o RIISPOA, o produto resultante da dissolução em água potável do leite em pó, adicionado ou não de gordura láctea, até atingir o teor gorduroso fixado para o respectivo tipo, seguido de homogeinização e pasteurização. Este produto apresenta certas perdas em seu teor de cálcio, fósforo e magnésio. Além dos tipos enumerados anteriormente, em função da tecnologia empregada, existem os leites saborizados, em pó, condensado, concentrado ou evaporado, e os leites enriquecidos. 3.3. PASTEURIZAÇÃO DO LEITE O leite in natura é um produto elevadamente perecível, especialmente em consequência do desenvolvimento de microrganismos que resultam em acidificação ou azedamento do leite, tornando este produto inadequado para o consumo. Levando estes problemas em consideração, são tomados alguns cuidados desde a obtenção do leite até o consumo. Entre estes cuidados destaca-se o processo de pasteurização, que é obrigatório no Brasil para todo o leite produzido no país. Esse procedimento foi criado em 864 por Louis Pasteur, químico francês. A pasteurização é um dos processos mais importantes no tratamento do leite. Quando realizado de forma correta, este processo confere ao leite uma validade muito mais longa. A temperatura e o tempo de pasteurização são fatores importantes que precisam ser especificados de forma precisa para garantir a qualidade do leite e suas exigências com relação ao período de validade. A temperatura de pasteurização para o leite de tipo regular, homogeneizado e pasteurizado HTST é normalmente 72-75 graus C por 15-20 segundos. O processo de pasteurização pode variar de país para país, de acordo com a legislação local. Uma exigência comum a todos os países é que o tratamento de calor deve garantir a destruição dos microrganismos indesejáveis e todas as bactérias patogênicas, sem danificar o produto. 3.4. TIPOS DE LEITE Os leites dos tipo A, B e C possuem praticamente a mesma composição nutricional. A diferença entre eles está no tipo de rebanho, ordenha, processo de obtenção e número de bactérias presentes após pasteurização. A Instrução Normativa no 51, de 18/09/2002, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, contém os regulamentos técnicos de produção, identidade e qualidade dos diferentes tipos de leites, descritas a seguir: O leite tipo A é obtido de um único rebanho e não há contato manual com o leite em nenhuma fase do processo, ou seja, a ordenha é mecânica e o leite segue por tubulações diretamente para o compartimento onde sofre pasteurização, homogeneização e envase. O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 500/ml. O leite tipo B é obtido de rebanhos diferentes e sua ordenha pode ser realizada mecânica ou manualmente. O leite deve ser refrigerado no próprio local da ordenha (propriedade rural) por até 48 horas em temperatura igual ou inferior a 4ºC e transportado em tanques até o local apropriado, onde será processado. O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 40.000/ml. O leite tipo C tem a mesma origem e tipo de ordenha do leite tipo B. Entretanto, não é refrigerado na fazenda leiteira. Após a ordenha, o leite é transportado em tanques até um local apropriado (estabelecimentoindustrial) até as 10:00 h do dia de sua obtenção, onde só então é processado, seguindo os prazos estipulados por lei. Este processo eleva bastante o número de bactérias presentes no leite, que pode chegar, por determinação da lei, a 100.000/ml. MATERIAIS, VIDRARIAS, UTENSÍLIOS 06 tubos de ensaio (10x100 mm) com boca roqueada 06 tampas (para tubos de ensaio 10x100 mm) 30 Tubos de ensaio 10x150mm com boca rosqueada 30 tampas (para tubos de ensaio 10x150 mm) 30 tubos de Duhran 09 placas de Petri (D= 12cm) 01 Becker de vidro 250 mL 01 tela de amianto 01 tripé 03 Beckers de alumínio Papel de filtro Papel de pão Barbante Pissete Bico de Bunsen Caixa de fósforos 04 Bastões de vidro Frasco receptor de meio de cultivo de polietileno 250 mL Fita zebrada 03 espátulas metálicas tipo canaleta 01 Becker de vidro 600 mL 03 Beckers de vidro 100 mL Rack com 20 ponteiras para micropipetador de 0,1mL (100ul)/ 1mL (10ul) Micropipetador de 1mL (10ul) Micropipetador de 0,1mL (100ul) Rack com 10 ponteiras para micropipetador de 0,01mL (100ul) Micropipetador de 0,01mL (1000ul) Estante para tubos de ensaio Dispensador (0 a 10 mL) Alça de nichrome Lápis Etiquetas Papel absorvente Pinça metálica Proveta de vidro de 50mL EQUIPAMENTOS Autoclave regulada a 121°C - 1,1atm - 15 minutos – 220V 02 Balanças digitais semi-analítica – 220V Forno de Pasteur 170°C – 90 minutos – 220V Estufa bacteriológica regulada a 37°C Contador de colônias – 220V REAGENTES USADOS Água deionizada (H20) Solução salina de cloreto de sódio (NaCl) 0,5% m/v Álcool etílico em gel 70% MEIOS DE CULTIVO Caldo Verde Brilhante (composição g/L) pH=7,2 Peptona caseína 10g Fonte de nitrogênio e aminoácido Lactose 10g Fonte de carbono e energia Sais biliares 20g Agente seletivo Verde brilhante 0,0133g Funcionam como inibidor Caldo EC - Escherichia Coli (composição g/L) pH = 6,9 Lactose 5g Fonte de carbono e ATP (energia) Peptona Caseína 20g Fonte de nitrogênio e aminoácido Sais Biliares 1,5g Agente seletivo Fosfato monobásico de Potássio 1,5g Tampão: controle de pH Fosfato dibásico de Potássio 4g Tampão: controle de pH Cloreto de Sódio 5g Controle de Pressão osmótica Agar para Contagem de Microrganismos (A.P.C.) pH: 7 (composição g/L) Peptona de Caseína 5g Fonte de aminoácido e nitrogênio Extrato de levedura 2,5g Enriquecimento do meio Dextrose 1g Fonte de açúcar, carbono e ATP Agar 15g Solidificar o meio AMOSTRAS - Amostra de leite pasteurizado Super Milk CONCLUSÕES Sendo o leite pasteurizado um produto muito consumido pela população em geral, não deveria constatar-se a presença de microrganismos patogênicos e/ou deteriorantes em sua análise microbiológica. Entretanto, foram encontrados na amostra de leite pasteurizado microrganismos que pertencem ao grupo dos coliformes fecais (enterobacter, klebsiella e/ou citrobacter), somente encontrados em fezes animais e na natureza, essa presença foi constatada a partir do meio de cultivo caldo verde brilhante. E apesar de não ter havido a presença de Esherichia Coli também do grupo dos coliformes fecais, constatadas a partir do Caldo E.C. esse lote de leite deveria ser rejeitado. A presença desses microrganismos no leite pasteurizado indica precárias condições higiênicosanitárias e uma grande deficiência no controle de qualidade microbiológico do leite comercializado. http://www.infoescola.com/reino-monera/coliformes/ http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA63IAB/determinacao-coliformes http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/17508/leite-esterilizado http://www.tetrapak.com/br/produtos_e_servicos/processamento/lacteos/pasteurizacao/Pages/default.aspx http://www.infoescola.com/microbiologia/pasteurizacao/ http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&categoria=1&id=548
Compartilhar