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Lei dos gases ideais

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CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
Primeiro Semestre 2017 
Segundo ano académico 
 
Fisico-Química EXPERIMENTAL 
Profº.Msc Kátia Gabriel 
 
RELATÓRIO 
Prática no.2º 
 Título: DETERMINAÇÃO DA ENTALPIA DE NEUTRALIZAÇÃO 
Turma_EQM5-M1 
Equipa nº4 
1. Dian Dasala-20151547 
2. Mariana da Cunha-20151402 
3. Giraúl Brito-20152351 
4. Kátia Gáspar-20154315 
 
Luanda, Abril, 2017 
 
 
 
 
Índice 
 
 
Resumo ................................................................................................................... 4 
Abstract ................................................................................................................... 5 
I- INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6 
I.1- Objectivos ...................................................................................................... 7 
II- MATERIAIS E METODO..................................................................................... 8 
II.1 Lei de Boyle-Mariotte (T=Const) .................................................................... 8 
II.2-Lei de Charles (P=Const.) ............................................................................. 8 
III- Resultados e Discussões ................................................................................. 10 
III.1-LEI DE BOYLE ........................................................................................... 10 
III.2-LEI DE CHARLES ...................................................................................... 17 
IV- Conclusão ..................................................................................................... 19 
V-Bibliografia ......................................................................................................... 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice de tabelas e figuras 
 
Fig.1. Esquema utilizado para ambas experiências. ............................................... 8 
Tab.1.Dados relativos a lei de Boyle -a expansão às temperaturas de 25 e 50ºC 10 
Tab.2. Dados relativos a lei de Boyle-à temperatura de 75ºC ............................... 10 
Fig.2. Isotermas durante a expansão .................................................................... 11 
Tab.3. Dados relativos a lei de Boyle-a expansão às temperaturas de 25,50 e 75ºC.2
 ...................................................................................................................................... 11 
Fig.3.Gráficos da P vs 1/V para a expansão ......................................................... 11 
Tab.4.Dados relativos a lei de Boyle-a compressão às temperaturas de 25 e 50ºC
 ...................................................................................................................................... 12 
Tab.5.Dados relativos a lei de Boyle -compressão à temperatura de 75ºC. ......... 12 
Fig.4. Isotermas durante a compressão ................................................................ 13 
Tab.6. Dados relativos a lei de Boyle-a compressão às temperaturas de 25, 50 e 
75ºC.2 ............................................................................................................................ 13 
Fig.5. Gráficos de P vs 1/V para a compressão. ................................................... 14 
Tab.7. Produtos PV e desvios padrão relacionados a cada temperatura na 
expansão. ...................................................................................................................... 16 
Tab.8. Produtos PV e desvios padrão relacionados a cada temperatura na 
compressão. .................................................................................................................. 16 
Tab.9. Dados relativos a lei de Charles, e desvios padrão calculados. ................ 17 
Fig.6. Gráfico de V vs T Fig.7. Gráfico de V vs T ................... 18 
durante o . arrefecimento. durante o aquecimento. ............... 18 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
Consideramos gás ideal ao gás cuja relação pressão-volume-temperatura pode ser 
completamente descrita pela equação dos gases perfeitos: 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 
• As moléculas de um gás perfeito não exercem qualquer tipo de força (atrativa ou 
repulsiva) umas sobre as outras; 
• O volume de um gás perfeito é desprezável face ao volume do recipiente. 
Neste trabalho pretende-se perceber como, a partir de uma série de observações 
feita com os gases, passou-se à comprovação de algumas leis experimentais para 
finalmente, chegar-se a uma teoria e a um modelo, que procuram explicar o 
comportamento dos gases. 
Verificando experimentalmente, que em condições de pressão baixa ou moderada, 
densidade baixa e temperatura alta (gás ideal), se as leis de Boyle (volume diretamente 
proporcional ao inverso da pressão num processo isotérmico) e Charles (volume 
diretamente proporcional a temperatura num processo isobárico) se cumprem. 
Maior parte dos gases quimicamente estáveis comportam-se como ideais se os 
seus átomos ou moléculas estiverem suficientemente afastados uns dos outros, tornando 
assim as suas interações desprezáveis. Em suma a temperatura ambiente (293,15K) e 
pressão atmosférica padrão (1,013x105 Pa) a maioria dos gases podem ser considerados 
ideais. Todos os métodos usados foram efetivos concernente ao cumprimento das leis 
(Boyle e Charles). 
Palavras chave : Lei de boyle , Lei de charles 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Abstract 
 
We consider ideal gas to gas whose pressure-volume-temperature relationship can 
be completely described by the equation of the perfect gases: 
• The molecules of a perfect gas do not exert any kind of force (attractive or 
repulsive) on one another; 
• The volume of a perfect gas is negligible compared to the volume of the container. 
In this work we intend to understand how, from a series of observations made with 
the gases, we proceeded to prove some experimental laws to finally arrive at a theory and 
a model, which seek to explain the behavior of gases. 
Experimental checking that, under low or moderate pressure conditions, low density 
and high temperature (ideal gas), if Boyle's laws (volume directly proportional to the 
inverse of pressure in an isothermal process) and Charles (directly proportional volume 
The temperature in an isobaric process) are fulfilled. Most chemically stable gases behave 
as ideals if their atoms or molecules are far enough away from each other, thus making 
their interactions negligible. In short the ambient temperature (293,15K) and standard 
atmospheric pressure (1,013x105 Pa) most gases can be considered ideal. All methods 
used were effective in enforcing the laws (Boyle and Charles). 
Keywords: Boyle's Law, Charles's Law 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
I- INTRODUÇÃO 
 
Como sabemos um gás é um fluído que apresenta a característica de não ter forma 
própria e adquirindo a mesma através do recipiente que o contém por serem substâncias 
que quando contidas num recipiente tendem a ocupar todo o volume a ele disponível. 
Ao contrario dos líquidos os gases são fluidos cuja a sua densidade é fortemente 
afetada pela temperatura e pressão. No entanto no estudo dos gases devemos distinguir 
os conceitos do modelo ideal (gás ideal) da realidade (gás real). Pois um gás ideal é 
aquele que confirma a equação dos gases perfeitos ou ideais PV=nRT ou ainda que o 
seu fator de compressibilidade Z = 
𝑃𝑉𝑚
𝑅𝑇
 = 1 , isto já não acontece com gases reais, cuja a 
equação dos gases reais não representa os seus comportamentos, e que portanto 
apresentam(em outras condições) valores de coeficiente de compressibilidade ≠ 1, pelo 
facto de um gás real ser definido de uma maneira distinta do que conta no modelo da 
teoria cinética. 
Teoria cinética dos gases 
1. O gás consiste de moléculas de massa m em movimento incessante e aleatório ; 
2. O tamanho das moléculas é minúsculo no sentido de serem desprezíveis em 
relação a distancia média percorrida entre as colisões; 
3. As moléculas interagem breve e raramente não exercendo forças de atrações e 
repulsão, e casos de choque o mesmo será uma colisão perfeitamente elástica. 
 
A teoria cinética esta espelhada na equação PV=nRT, que é resultante da 
combinação de 3 leis limite na qual abordaremos apena sobre duas 
• Lei de Boyle 
PV=Const. , n,T-Const. 
A explicação molecular da lei de Boyle considera que, se uma amostra de gás for 
comprimida à metade do seu volume, atingirão as paredes, num certo intervalo de tempo, 
duas vezes mais moléculas do que antes da compressão. Consequentemente, a força 
média duas as paredes dobra. 
 
6 
 
 
 Assim, quando o volume for reduzido à metade, a pressão do gás fica duplicada, e 
p x V é uma constante . 
A lei dos gases se aplica a todos os gases, independente da sua natureza química, 
porque em pressões baixas as moléculas estão muito afastadas umas das outras e em 
média uma não exerce influencia sobre a outra. ( ATKINS, 2008 , p.8). 
• Lei de Charles-Gay Lussac 
V=T x Const. , P,n =Const. 
P=T x Const. , V,n = Const 
A explicação molecular da lei de charles reside no facto de que a elevação da 
temperatura de um gás aumenta a velocidade das suas moléculas. As moléculas então 
colidem com as paredes com mais frequência e também com maior impacto. Portanto, 
elas exercem uma maior pressão sobre as paredes do recipiente. ( ATKINS, 2008, p.9) 
Estas leis são leis limites que se verificam apenas no limite ou próximos do limite 
quando P→0 , e elas são razoavelmente válidas em pressões de 1bar. 
 
I.1- Objectivos 
1. Verificar experimentalmente as leis: 
Lei de Boyle-Mariotte (T=const.) 
 
Lei de Charles (P=const.) 
 
2. Desenvolver conhecimentos e habilidades no manuseio do equipamento e 
acessórios. 
3. Aplicar os nossos conhecimentos sobre a teoria dos gases ideias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
II- MATERIAIS E METODO 
 
II.1 Lei de Boyle-Mariotte (T=Const) 
 
Na primeira experiencia obtivemos os valores de pressão e volume a uma 
temperatura de 25°C, 50°C e 75°C, comprimindo o gás na seringa. Começamos por 
definir os parâmetros com auxilio do software, (Cobra3 DISPLAY UNIT), calibrando a 
temperatura e a pressão, logo após isso ajustamos o volume da seringa para 85mL e 
comprimimos até 35mL (a compressão foi feita num 
intervalo de 5mL, obtendo assim 10 pontos para 
cada experiencia) durante o processo de 
compressão fomos anotando o valor de Pressão 
para cada volume medido. 
Seguimos os mesmos procedimentos para o 
processo de expansão, tendo como volume inicial 
35 ml expandindo até 85 ml . 
 
Fig.1. Esquema utilizado 
para ambas experiências. 
II.2-Lei de Charles (P=Const.) 
 
Para a lei de Charles voltamos a definir os parâmetros do software, (Cobra3 
DISPLAY UNIT), calibramos a pressão atmosférica para 1024hPa . 
Aquecemos o cilindro até uma temperatura de 295 - 365 k para anotar a variação 
do volume a cada 10 k ,o mesmo foi feito no processo de arrefecimento .Verificando assim 
se cumpre a lei de charles. 
 
 
 
8 
 
 
 
Durante a nossa experiencia tivemos que ter em conta que as seringas não são 
herméticas ou seja não se comprimem completamente embora não tenha muita 
importância para a maioria das aplicações em caso de grandes diferenças de pressão 
para o ambiente isso resultaria em falsificação para os resultados experimentais devido 
a uma pequena passagem de gás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
III- Resultados e Discussões 
III.1-LEI DE BOYLE 
Vamos agora apresentar os dados obtidos, relativos a lei de Boyle. As primeiras 3 
tabelas dizem respeito a expansão do gás às 3 temperaturas selecionadas: 
Tab.1.Dados relativos a lei de Boyle -a expansão às temperaturas de 25 e 50ºC 
 
Volume (ml) Pressão (hPa) Produto PV 
40 2288 91520 
45 2034 91530 
50 1821 91050 
55 1662 91410 
60 1522 91320 
65 1413 91845 
70 1311 91770 
75 1232 92400 
80 1142 91360 
85 1076 91460 
Tab.2. Dados relativos a lei de Boyle-à temperatura de 75ºC 
 
 
 
 
10 
Volume 
(ml)-25ºC 
Pressão 
(hPa)-25ºC 
Produto PV 
(hPa*ml)-25ºC 
Volume 
(ml)-50ºC 
Pressão 
(Pa)-50ºC 
Produto PV 
(hPa*ml)50ºC 
40 1388 55520 40 1731 69240 
45 1241 55845 45 1558 70110 
50 1113 55650 50 1401 70050 
55 1013 55715 55 1281 70455 
60 922 55320 60 1154 69240 
65 853 55445 65 1075 69875 
70 793 55510 70 994 69580 
75 741 55575 75 921 69075 
80 701 56080 80 882 70560 
85 651 55335 85 828 70380 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.2. Isotermas durante a expansão 
Tab.3. Dados relativos a lei de Boyle-a expansão às temperaturas de 
25,50 e 75ºC.2 
 
 
 
 
 
 
Fig.3.Gráficos da P vs 1/V para a expansão 
11 
1/Volume 
(1/ml)-25ºC 
Pressão 
(hPa)-25ºC 
1/Volume 
(1/ml)-50ºC 
Pressão 
(hPa)-50ºC 
1/Volume 
(1/ml)-75ºC 
Pressão 
(Pa)-75ºC 
0,025 1388 0,025 1731 0,025 2288 
0,02222 1241 0,02222 1558 0,02222 2034 
0,02 1113 0,02 1401 0,02 1821 
0,01818 1013 0,01818 1281 0,01818 1662 
0,01667 922 0,01667 1154 0,01667 1522 
0,01538 853 0,01538 1075 0,01538 1413 
0,01429 793 0,01429 994 0,01429 1311 
0,01333 741 0,01333 921 0,01333 1232 
0,0125 701 0,0125 882 0,0125 1142 
0,01176 651 0,01176 828 0,01176 1076 
500
1000
1500
2000
2500
3000
35 45 55 65 75 85
P
R
ES
SÃ
O
 (
h
P
a)
VOLUME (ml)
Expansão (Isotermas) 
T=25ºC
T=50ºC
T=75ºC
y = 69331x + 8,5265
R² = 0,9994
y = 55695x - 1.4836
R² = 0.9998
y = 91070x + 8,0151
R² = 0,9981
500
1000
1500
2000
2500
0.01 0.015 0.02 0.025 0.03
P
re
ss
ão
 (
h
P
a)
Inverso do volume (1/ml)
Expansão (inverso dos volumes)
T=50ºC
T=25ºC
T=75ºC
 
 
Tab.4.Dados relativos a lei de Boyle-a compressão às temperaturas de 
25 e 50ºC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tab.5.Dados relativos a lei de Boyle -compressão à temperatura de 
75ºC. 
 
 
 
 
 
 
12 
Volume 
( ml )-25ºC 
Pressão 
(hPa)-25ºC 
ProdutoPV 
(hPa*ml)-25ºC 
Volume 
(ml)-50ºC 
Pressão 
(hPa)-50ºC 
ProdutoPV 
(hPa*ml)-50ºC 
85 629 53465 85 821 69785 
80 663 53040 80 861 68880 
75 711 53325 75 919 68925 
70 764 53480 70 995 69650 
65 818 53170 65 1063 69095 
60 882 52920 60 1155 69300 
55 973 53515 55 1263 69465 
50 1073 53650 50 1387 69350 
45 1194,5 53752,5 45 1543 69435 
40 1337 53480 40 1762 70480 
Volume 
(ml) 
Pressão (hPa) 
75ºC 
Produto PV 
(hPa*ml) 
85 1063 90355 
80 1132 90560 
75 1195 89625 
70 1297,2 90804 
65 1396 90740 
60 1486 89160 
55 1638 90090 
50 1811 90550 
45 2014,9 90670,5 
40 2254 90160 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.4. Isotermas durante a compressão 
Tab.6. Dados relativos a lei de Boyle-a compressão às temperaturas de 
25, 50 e 75ºC.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
1/Volume 
(1/ml)-25ºC 
Pressão 
(hPa)-25ºC 
1/Volume 
(1/ml)*50ºC 
Pressão 
(hPa)-50ºC 
1/Volume 
(1/ml)75ºC 
Pressão 
(hPa)-
75ºC 
0,01176 629 0,01176 821 0,01176 1063 
0,0125663 0,0125 861 0,0125 1132 
0,01333 711 0,01333 919 0,01333 1195 
0,01429 764 0,01429 995 0,01429 1297,2 
0,01538 818 0,01538 1063 0,01538 1396 
0,01667 882 0,01667 1155 0,01667 1486 
0,01818 973 0,01818 1263 0,01818 1638 
0,02 1073 0,02 1387 0,02 1811 
0,02222 1194,5 0,02222 1543 0,02222 2014,9 
0,025 1337 0,025 1762 0,025 2254 
500
1000
1500
2000
2500
30 40 50 60 70 80 90
P
re
ss
ão
 (
h
P
a)
Volume (ml)
Compressão (Isotermas) 
T=25ºC
T=50ºC
T=75ºC
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.5. Gráficos de P vs 1/V para a compressão. 
 
Como foi esperado, pelos dados obtidos conseguimos comprovar a inversa 
proporcionalidade entre a pressão e o volume em condições de temperatura constante, 
visivelmente observado pelo gráfico acima que representa uma isoterma (hipérbole). 
Notamos também que o produto PV que pela teoria dos gases perfeitos deveria ser 
constante, não o foi, como o esperado uma vez que esta lei se aproxima mais a realidade 
quando a pressão tende a zero. 
Ao se observarem os gráficos é visível que os pontos de uma isoterma não se 
encontram equidistantes em relação aos de uma outra das duas isotermas, visto que as 
pressões tanto durante a compressão como para a expansão foram próximas para as 
temperaturas testadas, portanto portanto como já mencionamos estas leis por serem 
empíricas e restritas apenas apresentam resultados não exactos mas razoáveis quando 
se trabalha com pressões aproximadas a 1 Bar, como foi o caso. Assim as interações 
desprezadas pelo modelo cinético como as forças de coesão, repulsão, entre outras, 
criam os desvios que apenas outras equações mais elaboradas como as equações de 
Vaan der Walls e Virial. Em ambos os casos (compressão e expansão) fez-se uma 
representação gráfica das temperaturas na forma linear. Estes gráficos de pressão contra 
o inverso do volume permitem analisar com mais facilidade os desvios a realidade na leis 
dos gases ideais e neste caso na lei de Boyle. Durante o processo de expansão a recta 
com melhor ajuste foi a relativa a temperatura de 25 ºC. Durante o processo de 
compressão a recta com melhor ajuste foi a respectiva à temperatura de 25ºC. 
 
14 
y = 53971x - 9.4453
R² = 0.9997
y = 70821x - 22.312
R² = 0.9994
y = 90384x - 1,7539
R² = 0,9985
500
1000
1500
2000
2500
0.01 0.015 0.02 0.025 0.03
P
re
ss
ão
 (
h
P
a)
Inverso do volume (1/ml)
Compressão (inverso do volume)
T=25ºC
T=50ºC
T=75ºC
 
 
 
Estes valores de ajuste foram os esperados uma vez que o ajuste nos dois casos 
foi diminuindo quando passamos para rectas de temperaturas mais elevadas. Este 
fenómeno é justificado pela restrição desta lei que como já abordamos está relacionada 
com pressões próximas das nulas, e como já conhecemos a proporcionalidade directa 
entre a pressão e a temperatura (que abordaremos logo a seguir) implica que menores 
temperaturas corresponderam a menores desvios a lei dos gases perfeitos. 
 
A representação dos valores obtidos e a elaboração dos gráficos de P vs1/V são 
fundamentais e segundo Atkins “para se testar a validade de uma relação entre duas 
grandezas, é melhor fazer o gráfico entre elas de tal modo que o resultado seja uma linha 
reta, pois desvios em relação a uma linha reta , pois desvios em relação a uma linha reta 
são muito mais fáceis de detectar do que desvios em relação a uma curva”. 
 
Comparando os gráficos das temperaturas em forma de isotermas com os gráficos 
das temperaturas na forma linear podemos comprovar que as temperaturas mais 
externas nos gráficos das isotermas correspondem as retas com maior coeficiente 
ângular. Pois pela lei dos gases perfeitos sabemos que : 
 
𝑃 = 𝑛𝑅𝑇 ∗
1
𝑉
 ; e visto que o contributo de nR no coeficiente angular é constante em 
todas 
medições apenas o incremento da temperatura irá elevar o valor deste coeficiente. 
 
As tabelas abaixo apresenta os Produtos PV de cada uma das temperaturas durante 
a compressão e expansão e bem como os respectivos desvios apadrão: 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Tab.7. Produtos PV e desvios padrão relacionados a cada temperatura 
na expansão. 
 
Produto 
PV(hPa*ml) 
25ºC 
Desvio 
padrão 
Produto PV 
(hPa*ml) Desvio 
padrão 
Produto 
PV(hPa*ml) Desvio 
padrão 
50ºC 75ºC 
53465 N/A 69785 N/A 90355 N/A 
53040 N/A 68880 N/A 90560 N/A 
53325 N/A 68925 N/A 89625 N/A 
53480 N/A 69650 N/A 90804 N/A 
53170 N/A 69095 N/A 90740 N/A 
52920 N/A 69300 N/A 89160 N/A 
53515 N/A 69465 N/A 90090 N/A 
53650 N/A 69350 N/A 90550 N/A 
53752,5 N/A 69435 N/A 90670,5 N/A 
53480 264,8753638 70480 467,9509115 90160 530,0718217 
Tab.8. Produtos PV e desvios padrão relacionados a cada temperatura na compressão. 
 
 
 
 
 
 
16 
Produto 
PV(hPa*ml) 
25ºC 
Desvio 
padrão 
Produto PV 
(hPa*ml)50ºC 
Desvio 
padrão 
Produto 
PV(hPa*ml) 
75ºC 
Desvio 
padrão 
55520 N/A 69240 N/A 91520 N/A 
55845 N/A 70110 N/A 91530 N/A 
55650 N/A 70050 N/A 91050 N/A 
55715 N/A 70455 N/A 91410 N/A 
55320 N/A 69240 N/A 91320 N/A 
55445 N/A 69875 N/A 91845 N/A 
55510 N/A 69580 N/A 91770 N/A 
55575 N/A 69075 N/A 92400 N/A 
56080 N/A 70560 N/A 91360 N/A 
55335 234,2654 70380 545,3390892 91460 368,6616184 
 
 
 
Portanto os pordutos PV foram menos precisos para temperaturas mais elevadas o 
que ocorreu conforme esperado uma vez que esta variação nos produtos calculados 
provocou um aumento nos valores do desvio padrão. Portanto como um aumento de 
temperatura é um sinónimo de aumento de pressão pelo que com as moléculas mais 
agitadas com aumento da sua energia cinética, a intenidade e o número de colisões que 
traduzem a pressão entre as moléculas e as paredes da seringa aumentam, e portanto 
nestas condições vão se verificando mais desvios do que quando analisados os devios à 
temperatura de 25ºC. 
III.2-LEI DE CHARLES 
Como já afirmamos para a comparação da lei de Charles realizamos medições de 
volume contra com variações de 10 `a 10 K durante o aquecimento e de forma igual 
durante o arrefecimento. Desta forma após organizarmos os dados em tabelas, e 
traçamos os gráficos de volume contra Temperatura que tiveram o seguinte aspecto: 
Tab.9. Dados relativos a lei de Charles, e desvios padrão calculados. 
 
 
 
 
 
17 
Resfriamento Aquecimento 
TEMPERATURA 
(K) 
VOLUME 
(ml) 
Razão (V/T) 
ml/K 
TEMPERATURA 
(K) 
VOLUME 
(ml) 
Razão (V/T) 
ml/K 
365 37 9,864864865 295,6 30 9,853333333 
355 36 9,861111111 305,6 30,6 9,986928105 
345 35 9,857142857 315,1 31 10,16451613 
335 34 9,852941176 325,8 32 10,18125 
325 33 9,848484848 335,6 33 10,16969697 
315 32 9,84375 345,6 34 10,16470588 
305 31 9,838709677 355 35 10,14285714 
295 30 9,833333333 365 36 10,13888889 
Desvio Padrão 0,011023903 Desvio Padrão 0,117586806 
 
 
 
 
Fig.6. Gráfico de V vs T Fig.7. Gráfico de V vs T 
durante o . arrefecimento. durante o aquecimento. 
 
Estes dados representam processos de compressão e expansão isobáricos. 
Confirma-se desta forma a proporcionalidade directa entre o volume e a 
temperatura, portanto um incremento da temperatura em 10K é traduzido num aumento 
de volume em aproximadamente de 1ml neste caso. 
 Nota-se que a recta obtida durante o arrefecimento teve o melhor ajuste. Podemos 
justificar tal fenómeno pelo facto da subida de temperatura durante o aquecimento ser 
um processo mais rápido pelo que a subida de temperatura aumente mais rapidamente 
de formas que logo no início o volume expandido de 30 -30,6ml tenha sidomenor do que 
durante a compressão que ocorreu com uma queda de temperatura natural 31-30ml. Para 
além disso, o processo pode também não ter ocorrido a pressão constante, porque se 
analisarmos a força de atrito entre o embolo da seringa e a seringa, e tendo em conta 
que o coeficiente de atrito provavelmente não seja constante em toda superfície lateral 
do embolo, esta força de atrito pode então dificultar a exansão do gás. 
 
 
 
 
18 
y = 0.1x + 0.5
R² = 1
25
30
35
40
285 305 325 345 365 385
…
TEMPERATURA (K)
LEI DE CHARLES
ARREFECIMENTO
y = 0.0887x + 3.3941
R² = 0.9861
25
30
35
40
270 320 370
V
O
LU
M
E 
(m
l)
 
TEMPERATURA (K)
LEI DE CHARLES 
AQUECIMENTO
 
 
IV- Conclusão 
 
Com o trabalho realizado concluimos que estas as leis embora restritas para 
condições apenas em que a pressão tende a 0, são bastante razoáveis para pressões na 
ordem dos 1 bar e são bastante aplicadas na química, e incluindo na resolução de 
problemas. 
 
Estas leis foram fundamentais para a formulação da lei dos gases ideais bem como 
serviram também de base para a formulação de equações de estados mais completas e 
que levem em causa as interações existentes entre moléculas para além das colisões 
perfeitas como sugere o modelo cinético. 
 
Em suma os resultados obtidos foram satisfatórios, e conseguimos aplicar os 
conceitos aprendidos a fisico-quimica relativos a lei dos gases, e comprovar as leis de 
Boyle e Charles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
V-Bibliografia 
 
 
• ATKINS, P. Físico-Química. 8 ed. ed. Rio de Janeiro: v. I, 2008. 
• ATKINS, P.; JONNES, L. Princípio de Química. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 
2012. 
• BATISTA, A. Química-Formulário. I. ed. Lisboa: Sílabo,Lda, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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