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- - CARNES,AVES E PESCADOS- Definição. O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal- Riispoa ( decreto n.º 30.691 de 29 de março de 1952, com revisão em 1977) define carnes como “ massas musculares maturadas e demais tecidos que as acompanham, incluindo ou não a massa óssea correspondente, que procede de animais abatidos sob inspeção sanitária”; e as classifica como: ↓ CARNES VERMELHAS: Bovina , suína, ovina PESCADOS: pescado é a denominação genérica que compreende peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamíferos de água doce utilizados na alimentação humana ex: peixes, camarão, ostras, lagosta CARNES Carnes de AVES : ex.: frango, pato, peru, ganso,avestruz . Carnes de CAÇA: Animais não domésticos. Animais silvestres comestíveis, encontrados em seu habitat natural ; exs.: porco-do-mato, queixada, caititu, paca, tatu. Também são assim considerados, aqueles de criatórios que procuram reproduzir as condições naturais de cada espécie Obs: - A Lei n.º 5.197, de 03 de janeiro de 1967, complementada por instrumentos legais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama ), regulamenta o abate de animais para salvaguardar a época de sua reprodução e evita a consequente extinção da espécie, além de fixar diretrizes e estabelecer normas para a caça com fins científicos, para a implantação de criatórios e de jardins zoológicos e para a caça amadorística, estipulando condições relacionadas e cada região e tipo de animal. A caça profissional é proibida. A norma vigente permite ainda a caça em situações especiais: caça para subsistência, para proteger a lavoura de animais considerados nocivos, desde que caracterizados por órgão competente. CARNES Considera-se carne todas as partes comestíveis dos animais comíveis. Importante salientar que todos os animais são ALIMENTOS EM POTENCIAL para o homem, incluindo músculos, vísceras, sangue, gordura, cartilagens, ossos,e produtos cárneos. CARNES QUALIDADE E TIPIFICAÇÃO DAS CARNES A qualidade de um alimento pode ser definida a partir das características que diferenciam um produto do outro e determinam o grau de aceitabilidade pelo consumidor. No caso das carnes, a qualidade envolve as seguintes características: Raça e tipo do animal: diferentes raças produzem carnes com atributos diferenciados de sabor, cor, odor, textura, maciez, suculência. As características sensoriais são muito diversificadas em cada espécie e determinados por: tipo, família, idade, sexo, estágio de desenvolvimento, condições fisiológicas, fatores ambientais, período do abate e consumo. CARNES Sexo: hormônios sexuais influenciam na quantidade de gordura e no desenvolvimento, bem como o cheiro e no sabor das carnes, fêmeas produzem carnes mais macias que os machos. Idade e maturidade: animais jovens tem carne mais macia, e o grau de maturidade de um animal é determinante para a qualidade da carne. Manejo – Inclui local de produção, a alimentação e as condições sanitárias – essencial para a qualidade da carne. Posição dos músculos no corpo do animal. Higiene desde o abate – tratamento correto dado a carcaça e aos cortes, com higiene em todos os pontos de controle nos sistemas de armazenamento, transporte e distribuição . Frescor, tipo de corte e apresentação comercial: as qualidades sensoriais impressionam nossos sentidos e devem ser atraentes. Produtos bem apresentados tem preferência sobre aqueles com má aparência. CARNES CLASSIFICAÇÃO E TIPIFICAÇÃO DAS CARNES O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal ( Dispoa /Mapa) Oficializou a tipificação da carcaças bovinas por meio da Portaria Ministerial n.º612 de 05/10/89, que descreve as parâmetros de qualidade No momento da compra, a carne de boa qualidade pode ser avaliada pela - Aparência tenra, firme e fresca, - A cor vermelha intensa, uniforme e firme - Ausência de manchas - Odor característico Obs: e embalagem e o rótulo, assinalando a procedência e o tipo da carne, são indicativos do controle de qualidade. CARNES - A classificação que denominava as carnes de primeira, ou de segunda está hoje em desuso, porque considerava apenas a apresentação e a possibilidade da preparação de bifes. Foi abandonada porque cortes chamados de segunda possuem tanta maciez e suculência quanto os cortes de primeira. Atualmente é comum que a tipificação dos cortes- bovino por exemplo , sejam classificada comercialmente de acordo com sua posição na carcaça: dianteiro ou traseiro. Um animal bem cuidado proporcionará carne de boa qualidade , e o animal mal cuidado, proporcionará carne de má qualidade, independentemente do corte. Técnicas modernas de produção culinária e o desenvolvimento da gastronomia permitem usar praticamente todos os cortes de carne bovina em preparações especiais, aproximando os resultados de cortes menos apreciados dos resultados de cortes mais apreciados. CARNES ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E VALOR NUTRICIONAL A unidade fundamental é a fibra muscular, variável em dimensão. O conjunto de fibras e denominado feixe muscular. O conjunto de feixes é chamado músculo. Ambos envolvidos de tecido conectivo, que possui a função de unir e sustentar os demais tecidos. A principal fração desse tecido é o colágeno. As proteínas miofibrilares (actina e miosina especialmente ) correspondem a aproximadamente 55% das proteínas que compõem as miofibrilas. Sob o aspecto econômico, proteínas miofibrilares são muitos importantes porque a perda da capacidade de reter moléculas de água pode significar menor rendimento dos cortes. CARNES ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E VALOR NUTRICIONAL Na culinária , essa fração protéica , constituída pela actina e miosina,é importante por que está associada à capacidade de retenção de moléculas de água: 70% das moléculas de água presente nos músculos encontram-se associadas à estrutura das miofibrilas. Assim , influencia as características sensoriais e comerciais, devido a alta capacidade de retenção de água e de emulsificação que afetam a maciez e a suculência dos produtos. A espessura das fibras musculares , o tamanhos dos feixes das fibras, a quantidade de tecido conectivo definem a maciez dos cortes e determinam a seleção dos métodos e das técnicas se cocção capaz de torná-los macios. CARNES ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E VALOR NUTRICIONAL As diferenças na composição e na estrutura muscular influenciam na textura do alimento. Para animais terrestres e aves, as técnicas de sacrifício e de tratamento post-mortem são relevantes, pois a textura muscular é decorrente do nível de contração das proteínas miofibrilares, responsáveis pela contração dos músculos e pela mudança de acidez ( PH). Quanto ao pescado , estes fatores não influenciam tanto nas transformações , pois a espécie sofre menos com a bioquímica post mortem. CARNES ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E VALOR NUTRICIONAL Quimicamente o tecido muscular animal, contém importantes frações de proteínas e lipídeos que respondem pelamanutenção da estrutura do animal, pela textura e pela maciez dos cortes CORTES DIANTEIROS - Provenientes de músculos mais ricos em gordura e em proteínas do tecido conectivo, originariamente responsáveis pela sustentação do animal. - Fornecem carnes mais rígidas e requerem maior tempo para cocção. CORTES TRASEIROS - Os músculos traseiros fornecem carnes mais macias, como o filet mignom, que precisa de pouco aquecimento para apresentar suas características gastronômicas. CARNES CARNES A composição do tecido muscular - A composição do tecido muscular é relativamente constante em diferentes espécies e sua variação depende de fatores como a idade , sexo. - A variação do teor protéico das carnes magras e do pescado é relativamente pequena e encontra-se entre 18 e 23 %, enquanto o teor lipídico apresenta variações significativas entre 0,3 e 15% CARNES A COR DA CARNE As carnes vermelhas caracterizam-se pela cor , e como o próprio nome indica, tem a cor vermelha. Esta cor vermelha pode variar, dependendo de alguns fatores: - Da raça, - Da idade ( animas mais velhos tem a carne de cor mais escura ) - Da quantidade de exercício que a massa muscular desenvolve ( músculos mais solicitados para o trabalho, pela sua constituição, necessitam de mais oxigênio para os movimentos e portanto mais mioglobina , o que contribui para a cor vermelho mais escura ) - Da quantidade de mioglobina presente no tecido animal - Nível de sangria no abate . CARNES A COR DA CARNE A cor da carne, pode ser alterada por agentes como: oxigênio, luz , calor, frio, a luz, a cura, defumação, cocção . CARNES MIOGLOBIA A cor da carne indica e concentração de mioglobina e a seu estado de oxigenação ou oxidação na superfície do músculo. CARNES - Quando não há praticamente oxigênio , como na carne empacotada a vácuo, ela mantém sua cor roxa da mioglobina. CARNES Na presença do oxigênio,os pigmentos reagem com o oxigênio molecular, formado o oximioglobina, pigmento relativamente estável vivo associado a carne fresca. A oximioglobina se forma após cerca de 35-40 minutos de exposição ao ar. Tanto a mioglobina como a oximioglobina podem sofrer oxidação formando a metamioglobina, que se associa a longo período de armazenamento. CARNES Na presença do oxigênio disponível apenas em pequenas quantidades para a carne, a metamioglobina é a forma favorecida quimicamente. E por isto que a superfície da carne exposta ao ar livre exibe o vermelho vivo da oximioglobina enquanto por baixo da carne, que é privada de oxigênio aos poucos vai ficando marrom. CARNES E por este motivo que na maioria dos mercados varejistas, a carne empacotada em bandejas de plástico rígido recobertas por um filme plástico especial, permeável ao oxigênio: - A superfície recebe bastante oxigênio e fica vermelha,com aspecto agradável. CARNES A COR DA CARNE Cocção: Quando na cocção, a cor das carnes vermelhas, varia de um rosa acinzentado ao vermelho escuro e marrom, dependendo da exposição ao calor, do tipo de cocção, armazenamento, e do processamento. Luminosidade do local onde as carnes estão expostas, influi na percepção da cor, podendo melhorar a aparência dos cortes mais velhos CARNES CARNES ABATE E MATURÇÃO O abate de bovinos é regulamentado em legislação federal e Inspecionado pelo Serviço de Inspeção Federal, do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SIF/Mapa.) Após o abate o bovino é sangrado, esfolado, eviscerado, desprovida da cabeça, das patas, da rabada, da glândula mamária( fêmeas) e dos testículos(macho). Seu corpo é dividido ao meio, fazendo-se um corte longitudinal que abrange a coluna vertebral, a sínfise isquiopubiana e o externo. Após essa divisão , são ainda retirados os rins, as gorduras em torno das vísceras, a medula espinhal, o diafragma. A PARTIR DE ENTÃO O ANIMAL É DENOMINADO CARCAÇA. CARNES Transformação do músculo em carne As transformações que ocorrem após o abate fazem a chamada conversão do músculo em carne , isto é, “carne”, como é chamada comercialmente. Rigor-mortis, também chamado rigidez cadavérica Este processo compreende uma série de reações químicas responsáveis por alterações nas características físico-químicas do tecido muscular, que dependem: Do tratamento dado ao animal no ante-mortem Do processo de abate Das técnicas de armazenamento da carne ↓ responsáveis pelas características sensoriais da carne CARNES Rigor mortis é o início da rigidez muscular , quando o pH atinge valores de 5,8 até 5,5 para carne bovina e de 6,2 a 6,8 para pescado. Rigor mortis ocorre algumas horas após o abate, dependendo do porte do animal e da temperatura da carcaça, inicialmente rígida, retoma a maciez depois de 5 a 29 horas pelo rompimento das fibras musculares e pelo aumento da acidez expressa em pH. CARNES Rigor mortis ,caracteriza-se pela interação permanente entre os filamentos de actina e miosina, provocando a perda de elasticidade e de extensibilidade, o encurtamento do músculo e a aumento da tensão. CARNES A carne torna-se rígida até que enzimas , como as catepsinas começam e ser liberadas , devido a perda da integridade das membranas e degradas e estrutura proteíca. - Além disto, o abaixamento do PH promove a desnaturação protéica . Esses dois processos associados promovem o amaciamento das carnes. CARNES Rigor mortis . Por breve período após a morte do animal, seus músculos permanecem relaxados. Se forem cortados e cozidos imediatamente: ↓ A CARNE SERÁ EXTREMAMENTE MACIA Contudo, em pouco tempo os músculo os músculos assumem um condição chamada rigor mortis ( rigidez da morte ). Se forem cozidos nesse estado: ↓ A CARNE SERÁ MUITO DURA CARNES O Rigor mortis ocorre quando as fibras musculares esgotam sua energia e seus mecanismos de contração muscular entram em colapso ↓ DESENCADEANDO um movimento de contração e travamento dos filamentos protéicos Deste modo, as CARCAÇAS SÃO PENDURADAS de tal modo que : • A maioria de seus músculos sejam distendidos pela gravidade. • Os filamentos protéicos não possam contrair-se e se sobrepor em grande quantidade . CASO CONTRÁRIO: ↓ Eles se ligam com enorme força uns aos outros e a carne se torna excepcionalmente dura. CARNES Com o passar do tempo: A enzimas intramusculares que digerem proteínas começam a corroer a estrutura que mantêm no lugar os filamentos de actina e miosina. Os filamentos ainda estão travados e os músculos não podem ser distendidos , mas a textura da carne se amacia Obs: Este é o princípio do processo de maturação , que se evidenciadepois de cerca de um dia na carne bovina e de algumas horas na carne suína do frango. O endurecimento inevitável causado pelo rigor mortis pode ser acentuado pelo controle inadequado da temperatura e às vezes é responsável pela excessiva dureza das carnes vendidas no varejo. CARNES Se o pH atingir valores acima de 6 a 6,5 , há modificações na cor da carne, que passa de vermelho marrom para preto púrpura, e na textura que se torna pegajosa e pastosa. Esses fatores nem sempre representam perda de valor nutritivo e geralmente desaparecem com a cocção, mas são fatores de rejeição por causa da aparência. pH abaixo de 6 – carne boa para processamento e consumo pH entre 6 e 6,2 – carne para consumo imediato pH acima de 6, 4 -revela o início do processo de decomposição CARNES Após o rigor mortis, a capacidade de retenção de água aumenta devido à reorganização da estrutura das miofibrilas sem alteração do pH. Os manuais que ensinam o congelamento doméstico, sugerem que a carne ideal para congelar é que permaneceu de 24 a 48 horas no refrigerador antes de ir para o freezer, pois , caso contrário o músculo estará em rigor mortis e apresentará baixa retenção de água . A carne no congelamento perderá mais líquidos e sua textura será comprometida. CARNES O encurtamento pelo frio é outro fenômeno que compreende a textura da carne; é também conhecido como rigor de descongelamento. Este encurtamento ocorre no descongelamento de carnes congeladas em estado pré rigor mortis e provoca rigidez muscular e baixa capacidade de retenção de água, que causa perdas de até 25%do peso total do produto. O armazenamento durante 100 dias a -20°C da carne congelada em pré-rigor ainda produz o "rigor da descongelação". CARNES Maturação:Para que ocorra a maturação, a carne deve ficar em repouso por determinada período, sendo importante s nesta fase o tempo e a temperatura. A carne deve ser pendurada na posição vertical , para que os músculos sejam distendidos , e não se contraiam totalmente, pois quando a morte ocorre, os músculos ficam rigidos, duros e contraídos. O estado de maturação influi sobre a consistência da carne. O glicogênio, encontrado no músculo continua desdobrando-se e, mesmo depois e abatido , o animal produz glicose e ácido lático. Por não haver circulação, ambos se depositam , fazendo com que a carcaça se torne rígida.; uma condição conhecida como rigor mortis ou rigidez cadavérica. O ácido lático , porém, tem uma ação reversível, agindo depois sobre as proteínas, hidrolisando-as, fazendo com que o músculo volte a tornar-se macio, resultando em abrandamento da carne. CARNES CARNES Carne maturada é aquela resultante do processo que consiste em manter a carne refrigerada sob temperatura próximas de 0 °C por um período suficiente para torná-la não apenas amaciada, como também melhorar outras qualidades organolépticas inerentes, como por exemplo, o sabor. EFEITOS DO CALOR SOBRE A COCÇÃO DAS CARNES A COCÇÃO DAS CARNES É FEITA EM TEMPERATURA ADEQUADA PARA CADA TIPO DE CARNE E DE ACORDO COM O REASULTADO QUE SE DESEJA OBTER. A TRANSMISSÃO DE CALOR PODERÁ OCORRER PELO MÉTODO DE CALOR SECO, DE CALOR ÚMIDO OU DE CALOR MISTO. TEMPERATURA DE COCÇÃO CARNES CARACTERÍSTICAS TEMPERATURA ( ºC)* Ao ponto ( carne vermelha) 60 a 70 Bem passada ( carne vermelha) 70 a 80 Muito bem passada (carne vermelha) 80 a 90 Aves e pescados 50 a 60 CARNES CARNES,AVES E PESCADOS CARNES CARNES
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