arq. 05

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Classificação dos Crimes
Prof. Pedro Camilo
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Classificação ao Elemento Subjetivo
Crimes dolosos – o agente quer o resultado ou assumi o risco de produzi-lo;
Crimes culposos – o agente dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia;
Crimes preterdolosos – há dolo quanto à ação e culpa quanto ao resultado.
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Quanto ao Resultado
Crimes materiais – se consumam com produção de um resultado (art. 121 e 124);
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Exemplos:
Art. 121 - Matar alguém:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
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Quanto ao Resultado
Crimes materiais – se consumam com produção de um resultado (art. 121 e 124);
Crimes formais – se consumam com a ação, embora com resultado possível, que será exaurimento (art. 316 e 159)
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Exemplos:
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate:
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Quanto ao Resultado
Crimes materiais – se consumam com produção de um resultado (art. 121 e 124);
Crimes formais – se consumam com a ação, embora com resultado possível, que será exaurimento (art. 316 e 159)
Crimes de mera conduta – se consumam com uma ação e o tipo não descreve resultado (art. 150 e 151)
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Exemplos:
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem:
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Quanto à Conduta
Crimes comissivos – descrevem um comportamento positivo;
Crimes omissivos próprios – descrevem uma abstenção de conduta;
Crimes omissivos impróprios – abstenção de conduta que é considerada como comportamento positivo.
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Quanto às qualidades do sujeito
Crimes comuns – podem ser praticados por qualquer pessoa, sem necessidade de condições especiais;
Crimes próprios – só podem ser praticados por quem possua condições especiais expressas no tipo;
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Exemplos:
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
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Quanto às qualidades do sujeito
Crimes comuns – podem ser praticados por qualquer pessoa, sem necessidade de condições especiais;
Crimes próprios – só podem ser praticados por quem possua condições especiais expressas no tipo.
Crimes de mão própria – exigem realização pessoal do autor, não admitindo co-autoria.
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Exemplos:
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
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Quanto à autonomia
Crimes principais – crimes autônomos, sem remissão expressa ou tácita a outro delito (art. 121, 155, 129)
Crimes acessórios – pressupõem a ocorrência de outro crime.
Art. 180- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte59:
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Quanto à consumação
Crimes instantâneos – se realizam instantaneamente com a prática da ação prevista no tipo;
Crimes permanentes – consumação se prolonga no tempo
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:
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Quanto ao bem jurídico
Crime simples – é o que afetam a um só bem jurídico (art. 121, 138)
Crime complexo – provocam lesão a mais de um bem jurídico (roubo e latrocínio)
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Quanto à lesão ao bem jurídico
Crime dano – consuma-se com lesão real ou potencial ao bem jurídico;
Crime de perigo – se consuma com a criação de um perigo para o bem jurídico protegido, sem que haja efetiva lesão.
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Exemplos:
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
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Quanto à quantidade de sujeitos ativos
Crime unissubjetivo – realizáveis por uma única pessoa
Plurissubjetivo – ou de concurso necessário, quando há necessidade de mais de uma pessoa para sua configuração
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Exemplos:
Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes:
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
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Quanto à pluralidade de condutas
Crime ação única – quando o tipo possui apenas um verbo (núcleo do tipo);
Crime de ação múltipla – quando o tipo apresenta dois ou mais verbos incriminadores
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Quanto aos vestígios
Transeunte – é aquele que não deixa vestígios.
Não transeunte – é aquele que deixa vestígios