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SAÚDE DA CRIANÇA: POLITICAS E PROGRAMAS Profª Sâmya Lobo Profaª Kelanne Lima 1 OBJETIVO Conhecer a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) e o Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC) Descrever as ações que podem ser realizadas para melhorar a assistência a saúde da criança 2 DEFINIÇÃO 1984: Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança “Voltando-se para atender suas necessidades através de meios técnicos e insumos, com intenção de estabelecer um elo de ligação entre este grupo populacional e os serviços, através do acompanhamento sistemático do seu crescimento e desenvolvimento” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1984). 3 Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança Programas prioritários: Rede de Atenção à Saúde Materna, Neonatal e Infantil (Rede Cegonha) - 2011 Programa Intersetorial Brasil Carinhoso - 2012 Programa Criança Feliz – 2016 Programa Primeira Infância – 2016 Programa Saúde na Escola - 2007 4 PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA 5 PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA 6 PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA 7 PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA 8 Objetivo de apoiar e acompanhar o desenvolvimento infantil integral na primeira infância (crianças de 0 a 6 anos de idade) e facilitar o acesso da gestante, das crianças na primeira infância e de suas famílias às políticas e aos serviços públicos que necessitam. O Programa se desenvolve por meio de visitas domiciliares que buscam envolver ações de saúde, educação, assistência social, cultura e direitos humanos Estimula a responsabilidade dos adultos que são referência para a criança no seu dia-a-dia, que relacionam-se diretamente com ela, estabelecendo os vínculos afetivos mais próximos durante os seus primeiros anos de vida. O Programa promove também o fortalecimento do papel das famílias no cuidado, na proteção e na educação das crianças na primeira infância e encoraja o desenvolvimento de atividades lúdicas envolvendo outros membros da família. PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA A importância da PRIMEIRA INFÂNCIA Para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento? Para instituir a puericultura em sua prática? Qual razão? Para enfermeiros avaliarem além do peso? 9 PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA A importância da PRIMEIRA INFÂNCIA Vivências são fundamentais para o pleno desenvolvimento do ser humano A arquitetura do cérebro começa a se formar e segue evoluindo na velocidade das experiências vividas A neurociência tem sólidas evidências para afirmar que NA PRIMEIRA INFÂNCIA: 10 PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA 90% das sinapses formadas.* *Relatório SIB, UNICEF, 2006 Cerca de 700 novas conexões neurais por segundo.* Five Numbers to Remember about Early Childhood Development. Center on the Developing Child at Harvard University. metade do potencial mental que terá quando adulto.* mais da Boosting Poor Children’s Chances: Early Development Services for PoorChildren. Banco Mundial 1999. NA PRIMEIRA INFÂNCIA 11 Cerebrais CONEXÕES 12 -6 -3 0 3 6 9 1 4 8 12 16 anos idade C. Nelson. In From Neurons to neighborhoods, 2000 Vias (sensoriais, visão, audição) Linguagem Funções cognitivas Períodos sensíveis do DESENVOLVIMENTO CEREBRAL 13 Por Problemas enfrentados nessa fase da vida podem prejudicar o desenvolvimento saudável e, conforme a criança vai amadurecendo, torna-se mais difícil modificar a arquitetura do cérebro e reverter determinados comportamentos OUTRO LADO... 14 INVESTIR NA PRIMEIRA INFÂNCIA É http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=41685 "Três Conceitos Fundamentais sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância” 1. As experiências moldam a arquitetura do cérebro 2. O jogo de ação e reação modela os circuitos do cérebro 3. O stress tóxico prejudica o desenvolvimento saudável 15 INVESTIR NA PRIMEIRA INFÂNCIA É Melhorar a qualidade da educação e da saúde Elevar a renda das famílias Ajudar a diminuir os índices de criminalidade Incrementar os níveis de qualidade de vida da população Construir políticas intersetoriais com alcance para atender as necessidades das famílias 16 PROGRAMAS DE SAÚDE INTEGRAL À CRIANÇA 17 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) foi instituída pela Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, após 4 anos de construção coletiva do Ministério da Saúde com as Coordenações de Saúde da Criança das Secretarias Estaduais de Saúde e Municipais das capitais, com o apoio metodológico da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis EBBS/IFF/FIOCRUZ. 18 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) A Pnaisc está estruturada em princípios, diretrizes e eixos estratégicos. Objetivo: promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. 19 CONQUISTAS....... Diminuição nas taxas de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e de mortalidade na infância (menores de 5 anos) Controle da morbimortalidade por doenças imunopreveníveis e diarreia Diminuição dos índices de desnutrição Melhora crescente nos indicadores de aleitamento materno. Aumento da esperança de vida ao nascer Diminuição da taxa de fecundidade que passou de 6,1 filhos por mulher para 1,9. 20 NOVOS DESAFIOS....... Identificação de novos agentes infecciosos e o ressurgimento de doenças, até então consideradas sob controle, ao lado dos efeitos do envelhecimento populacional e da violência urbana As altas taxas de parto cesáreo e da prematuridade Crescem a prevalência da obesidade na infância Aumenta os óbitos evitáveis por causas externas (acidentes e violências) Prevalência de doenças em razão das más condições sanitárias, apontam a complexidade sociocultural e de fenômenos da sociedade contemporânea que afetam a vida das crianças. 21 NOVOS DESAFIOS....... Identificação de novos agentes infecciosos e o ressurgimento de doenças, até então consideradas sob controle, ao lado dos efeitos do envelhecimento populacional e da violência urbana As altas taxas de parto cesáreo e da prematuridade Crescem a prevalência da obesidade na infância Aumenta os óbitos evitáveis por causas externas (acidentes e violências) Prevalência de doenças em razão das más condições sanitárias, apontam a complexidade sociocultural e de fenômenos da sociedade contemporânea que afetam a vida das crianças. 22 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) PRINCÍPIOS: Garantia do direito à vida e à saúde Acesso universal de todas as crianças à saúde Equidade Integralidade do cuidado Humanização da atenção Gestão participativa 23 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) DIRETRIZES NORTEADORAS Gestão interfederativa Organização de ações e os serviços de saúde ofertados pelos diversos níveis e redes temáticas de atenção à saúde; Promoção da saúde, qualificação de gestores e trabalhadores; Autonomia do cuidado e corresponsabilização de trabalhadores e familiares; Intersetorialidade; Pesquisa e produção de conhecimento Monitoramento e avaliação das ações implementadas. 24 25 26 Eixo I: Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido A prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis. A atenção humanizada e qualificada ao parto e ao recém-nascido no momento do nascimento. A atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso, com a utilização do “Método Canguru”. A qualificação da atenção neonatal na rede de saúde materna, neonatal e infantil, com especial atenção aos recém-nascidos graves ou potencialmente graves, internados em Unidade Neonatal A alta qualificada do recém-nascido da maternidade, com vinculação da dupla mãe-bebê à Atenção Básica, de forma precoce, para continuidade do cuidado, a exemplo da estratégia do “5º Dia de Saúde Integral”. O seguimento do recém-nascido de risco, após a alta da maternidade, de forma compartilhada entre a Atenção Especializada e a Atenção Básica. Realização das triagens neonatais. 27 Eixo II:Aleitamento materno e alimentação complementar saudável A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac). Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS – Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB). A ação de apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta (MTA). A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH). A implementação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, para Crianças de Primeira Infância, Bicos Chupetas e Mamadeiras (Nbcal). A mobilização social em aleitamento materno. 28 Eixo III:Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral A disponibilização da Caderneta de Saúde da Criança, com atualização periódica de seu conteúdo. A qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da primeira infância pela Atenção Básica à Saúde. O Comitê de Especialistas e de Mobilização Social para o Desenvolvimento Integral da Primeira Infância, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O apoio à implementação do Plano Nacional pela Primeira Infância. 29 Eixo IV: Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (Aidpi). A construção de diretrizes de atenção e linhas de cuidado. O incentivo da atenção e internação domiciliar 30 Eixo V:Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz Organização e qualificação dos serviços especializados Implementação da “Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências”. Articulação de ações intrassetoriais e intersetoriais O apoio à implementação de protocolos, planos e outros compromissos sobre o enfrentamento às violações de direitos da criança pactuados com instituições governamentais e não governamentais, que compõem o sistema de garantia de direitos. Realização de campanhas informativas e educativas sobre a prevenção de violências contra crianças e estímulo à cultura de paz, articuladas de forma intra e intersetorial, direcionadas às famílias, mas também para a comunidade escolar. Capacitação permanente dos profissionais das políticas sociais básicas (educação e assistência) para o desenvolvimento de competências necessárias para a prevenção, a identificação de sinais e sintomas de violências e para o cuidado dessas situações. 31 Eixo VI: Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade O apoio à implementação do protocolo nacional para a proteção integral de crianças e adolescentes em situação de risco e desastres. O apoio à implementação das diretrizes para atenção integral à saúde de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Eixo VII: Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno Identificação, levantamento dos dados da atenção ambulatorial, urgência e hospitalar, entrevista domiciliar e análise dos óbitos de mulheres em idade fértil e óbitos maternos, fetais e infantis da área de abrangência da unidade/município/regional/estado; utilização dos instrumentos recomendados pelo MS. Análise da evitabilidade dos óbitos maternos fetais e infantis, em reuniões locais, e identificação das medidas necessárias para prevenção de novas ocorrências. 32 Articulação Intrassetor Saúde: estimular a grupalidade entre profissionais e pontos de atenção envolvidos com a saúde da criança em cada serviço, no município, na Região de Saúde, no estado − Comitê de Saúde da Criança. Articulação Intersetorial: articular os profissionais da ABS com aqueles dos serviços das Políticas Públicas Sociais, no território: Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Creche, Pré-Escola, Escola (Educação) etc. − Comitê Intersetorial Local. Elaboração de Projetos Terapêuticos Singulares para os casos mais complexos de crianças/famílias, pelas equipes de saúde, em todos os pontos de atenção, em especial na ABS, sempre que possível de forma intersetorial. Realização de diagnóstico da situação da atenção integral à saúde da criança no respectivo território 33 “Dez passos para a implementação da Pnaisc” Formulação de um Plano de Ação com estratégias para ofertar as ações e os serviços necessários para garantia do acesso e atenção integral às crianças Articulação na Região de Atenção à Saúde, com demais municípios e serviços de referência regionais, para complementação do Plano de Ação, com pactuação de referenciamentos Definição de indicadores para monitoramento do Plano de Ação. Monitoramento e Avaliação periódicos do Plano de Ação Oferta de educação permanente, Oferta de Apoio Institucional às equipes e aos coletivos envolvidos com a implementação da Pnaisc nos territórios. 34 “Dez passos para a implementação da Pnaisc”
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