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Unidade I GERENCIAMENTO DE WEB MARKETING Profa. Cláudia Palladino Apresentação A disciplina Gerenciamento de Web Marketing visa: capacitar para a administração de operações empresariais baseadas na internet; trazer o entendimento de como o uso das tecnologias baseadas na internet colaboraram com o ganho de vantagem competitiva para as empresas, qualquer que seja o tamanho ou segmento. Introdução Para os nascidos após os anos 1990, a internet é um meio tão comum de comunicação como é o telefone para a geração anterior. Hoje, praticamente todas as operações da vida moderna dependem, de algum modo, de equipamentos e redes digitais: ver o saldo bancário; fazer uma ligação telefônica; declarar o imposto de renda; ver suas notas neste curso etc. Introdução A chegada da internet é um marco: imprimiu definitivamente grandes transformações no ambiente empresarial e na sociedade; Drucker (2000) diz que a locomotiva a vapor da Revolução Industrial do século XVIII está para o computador pessoal da Revolução da Informação, ocorrida no começo deste milênio. Introdução Tecnologia: é a personagem principal destas transformações; em conjunto com a internet, disponibiliza para as organizações diferentes aplicações para a administração de vendas, produção, comunicação etc. A internet e o ambiente de negócios eletrônicos Internet Rede internacional de computadores conectados a distância que executam a troca de informações de maneira independente. Criada pela ARPA – Advanced Research Projects Agency, em 1957. Objetivo: fomentar a liderança norte-americana em ciência e tecnologia. 1969 – implementação da ARPANet, a pedra fundamental da atual internet. Objetivo: descentralizar a rede e garantir a comunicação entre diversos computadores, mesmo em situações diversas. O que significa World Wide Web Denomina um sistema de documentos em hipermídia, interligados e executados na internet. Hipermídia: conjunto de mídias suportado por sistemas eletrônicos de comunicação. Permite encontrar e visualizar documentos na rede em diversos formatos: textos, quadros, animações, sons e vídeos. Foi introduzida em 1990 pelo European Laboratory for Particle Physics (CERN). O papel da internet na economia mundial Nova economia ou economia digital: riqueza gerada pelo conhecimento; comunicação em rede (baseada em códigos binários) por causa da TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) e da internet. Interatividade A World Wide Web está relacionada a: I. diferentes aplicações para a administração de vendas. II. comunicação em rede (baseada em códigos binários). III. sistema de documentos em hipermídia, interligados e executados na internet. IV. visualização de documentos na rede em diversos formatos: textos, quadros, animações, sons e vídeos. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) I e II. b) apenas a III. c) III e IV. d) II e III. e) II e IV. Negócios eletrônicos / e-business Conjunto de processos internos do negócio. Abrangem todos os itens da cadeia de valor, como produção, administração de riscos, finanças, desenvolvimento de estratégias, administração do conhecimento e recursos humanos. Engloba o comércio eletrônico. Aplicações de negócios eletrônicos Government-to-Government ou Governo a Governo (G2G) Integração e troca de informações entre as instâncias governamentais. Permite administrar e operar processos da administração pública. Ex.: liberação de verbas para os Estados e municípios. Business-to-Government ou Negócio a Governo (B2G) Integração entre empresas do setor privado e instituições governamentais e órgãos e repartições públicas e vice-versa. Ex.: portal Comprasnet: www.comprasgovernamentais.gov.br Aplicações de negócios eletrônicos Government-to-Consumer ou Governo a Consumidor (G2C) Integração entre o governo e a população em geral. Ex.: programa para declaração do Imposto de Renda. Business-to-Consumer ou Negócio a Consumidor (B2C) Integra empresas e consumidores em operações de comércio. Ex.: Submarino (Brasil) e Amazon (EUA). Aplicações de negócios eletrônicos Business-to-Business ou Negócio a Negócio (B2B) Integração comercial entre empresas. Ex.: Korpex, venda de material de escritório para empresas. Business-to-Employees ou Negócio a Funcionários (B2E) Áreas de acesso restrito para os funcionários de uma empresa. Reúne informações, documentos pessoais, avaliações etc. Consumer-to-Consumer ou Consumidor a Consumidor (C2C) Integram pessoas físicas interessadas em fazer negócios. Ex.: Mercado Livre (Brasil) e eBay (EUA). Modelos de negócios eletrônicos e-Auction Leilão eletrônico de produtos com realização igual aos leilões ao vivo. e-Banking Disponibiliza serviços financeiros (pagamento de contas, aplicações e consultas de saldo etc.). e-Directories Listas telefônicas eletrônicas. e-Gambling Cassinos eletrônicos. e-Learning Ensino a distância. e-Trade Aplicação para operação em bolsas de valores. e-Procurement Plataforma para pesquisa e cadastro de fornecedores homologados. Modelos de negócios eletrônicos Extranet Área de acesso restrito a certos públicos externos da empresa; diversas ferramentas e serviços que facilitam e agilizam o contato com o cliente. Portal Comporta grande variedade de serviços, conteúdo, entretenimento, links para lojas eletrônicas e sites de leilão. Ex.: Terra e UOL. Mercado eletrônico ou e-Marketplaces Websites que facilitam o fechamento dos negócios entre compradores e vendedores Comércio eletrônico Para Limeira (2007, p. 38): “o Comércio Eletrônico inclui os processos que envolvem consumidores, fornecedores e parceiros de negócios, como vendas, marketing, recepção de pedidos, entregas, serviços ao consumidor e administração de programas de fidelidade”. É uma das modalidades dos negócios eletrônicos. Modelos de negócios em comércio eletrônico Loja virtual: distribui bens e serviços por meio da internet (comércio eletrônico). Intermediários de negócios ou brokers: aproxima vendedor e comprador e oferece infraestrutura para a concretização do negócio (Mercado Livre e ComprasNet). Infomediário: portais de conteúdo, entretenimento, música etc., são as portas de entrada da internet, e podem atuar como parceiros das lojas virtuais. Modelos de negócios em comércio eletrônico Avalistas de confiança: estimulam atitudes de credibilidade entre vendedores e compradores por meio de um ambiente seguro e que pode ser auditado. Um exemplo de avalista de pagamento é a Verifone® (www.verifone.com). Capacitadoras de e-business: oferecem criação e manutenção de infraestrutura (tecnologia para comércio eletrônico, suporte para SW e HW, call center, logística e gestão de centros de pocessamento). e-Marketplaces: facilitam as transações entre vendedores e comparadores a custo reduzido devido ao compartilhamento da infraestrutura. Modelos de negócios em comércio eletrônico Sites de compras coletivas: reúnem ofertas de diferentes estabelecimentos comerciais a preços mais vantajosos que os praticados normalmente. Clubes de compra: reúnem produtos e serviços com descontos ou vantagens, porém, apenas para consumidores associados (previamente cadastrados). F-Commerce: rede criada pelo Facebook. Oferece: criação de loja virtual em parceria com alguma empresa de e-commerce, direcionando o cliente para um site externo; montagem da loja virtual dentro do próprio Facebook. Modelos de negócios em comércioeletrônico Crowdfunding: reúne pessoas para apoiar projetos de outras pessoas. Importação direta: possibilita a compra de produtos importados diretamente de outros países a preços competitivos. Interatividade O modelo crowdfunding: a) reúne de ofertas de diferentes estabelecimentos comerciais a preços mais vantajosos que os praticados normalmente. b) reúne de produtos e serviços com descontos ou vantagens para consumidores associados (previamente cadastrados). c) reúne pessoas para apoiar projetos de outras pessoas. d) possibilita a compra de produtos importados diretamente de outros países a preços competitivos. e) estimula atitudes de credibilidade entre vendedores e compradores. Tipos de lojas virtuais Storefront model: loja de formatação básica; contém catálogo de produtos, shopping-cart, meios de pagamento, cálculo de frete, segurança e meios de comunicação com o cliente. Online shopping malls: reunião de lojas diversas que dividem um mesmo shopping-cart; no final é computada uma única conta para o consumidor; vantagem: o consumidor compra de diversos estabelecimentos sem sair do mesmo portal. Tipos de lojas virtuais Modelo “faça seu preço”: o preço é sugerido pelo cliente e, se for aceito, a compra é concretizada. Modelo de comparação de preços: permite a comparação de preços entre lojas associadas; origem de sua receita: empresas que disponibilizam seus produtos para comparação – ex.: Buscapé e Bondfaro. Tipos de lojas virtuais Modelo de preço sensível à demanda: ajuste de preço dos produtos de acordo com o valor percebido ou pelo volume da demanda; quanto mais interessados, mais o preço pode subir. Modelo de barganha (ou bartering model): oferece a possibilidade de permuta; os produtos podem ser de lojas ou pessoas físicas. Descontos ou rebates: lojas de desconto ou outlets, iguais às lojas do mundo físico. Tipos de lojas virtuais Sites de buscas: serviços gratuitos de conteúdo e downloads; origem de sua receita: das empresas que desejam ter posição de destaque nos resultados de busca; de cobrança pelas visitas recebidas originadas pelos resultados de busca; da venda de informações referentes à segmentação dos usuários (perfil, hábitos de compra etc.) Tecnologia para operações na rede Diversas tecnologias suportam a integração das aplicações no ambiente eletrônico e o gerenciamento dos processos para as tomadas de decisão. São elas: Tecnologia para operações na rede EDI (Electronic Data Interchange): troca de documentos de forma padronizada e eletrônica entre duas ou mais empresas. KM (Knowledge Management Systems / Sistema de Gerenciamento do Conhecimento): identifica, cria, apresenta e distribui o conhecimento sobre processos evolutivos, inovações, melhores práticas etc. ERP (Enterprise Resource Planning / Sistema de Gestão Empresarial): integra todos os departamentos da empresa. SCM (Supply Chain Management / Gestão da Cadeia de Suprimentos): gerencia a cadeia de suprimentos, administrando inventários e mantendo-os em níveis ideais. Tecnologia para operações na rede CMS (Content Management System / Sistema de Gestão de Conteúdo): gerencia em tempo real a parte do e-commerce visível pelo usuário, como textos, imagens, descritivos de produtos etc. CRM (Customer Relationship Management / Gestão de Relacionamento com o Cliente): coleta, armazena e cruza dados de clientes, visando construir relacionamento. VMI (Vendor Managed Inventory): suporta a gestão de estoques e do controle da informação de ordens de compra / venda. Construção e gerenciamento de websites A construção de um website pode ser comparada com a montagem de uma loja no comércio físico: loja física = website na internet; fachada = homepage (deve chamar a atenção do internauta); andar pelos corredores da loja = navegar pelas páginas do website; boa localização = diversos links de acesso. Construindo um website Para construir um website é preciso pensar em como se dá o fluxo do processo: entrada do pedido; análise de validação do pedido – quantidades, dados cadastrais do comprador, validade dos dados cadastrais etc. Análise financeira: os pedidos válidos vão para avaliação de risco: se o pedido for autorizado, é emitida ordem de coleta do produto no estoque ou fornecedor (picking); se não for autorizado, a loja pode entrar em contato com o cliente para sugerir outra forma de pagamento ou confirmar dados. Construindo um website Packing (embalagem dos produtos), produção de etiqueta com os dados do cliente e impressão do DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que deve ser anexado ao pedido. Conferência do produto: realizada antes do fechamento da embalagem com os dados do pedido. Retirada do produto pela transportadora. Entrega da mercadoria para o cliente. Envio de e-mail pela loja virtual ao cliente para avaliar experiência de compra. Contato com o cliente em caso de destinatário desconhecido. Construindo um website A construção de um website também requer pensar na sua função e nos resultados pretendidos. Portanto, é de suma importância a elaboração de um plano de negócios, quando serão definidos: missão, visão e valores; objetivos do negócio; os planos de marketing operacional, financeiro e de RH. Interatividade Qual alternativa define ERP? a) Possibilita a troca de documentos de forma padronizada e eletrônica entre duas ou mais empresas. b) Identifica, cria, apresenta e distribui o conhecimento sobre processos evolutivos, inovações, melhores práticas etc. c) Integra todos os departamentos da empresa. d) Gerencia a cadeia de suprimentos, administrando inventários e mantendo-os em níveis ideais. e) Suporta a gestão de estoques e do controle da informação de ordens de compra / venda. Etapas da construção de um website Planejamento: análise de mercado, elaboração de estratégias etc. Nome e registro: definição do nome, verificação de disponibilidade e registro na FAPESP. Seleção das funcionalidades da plataforma: exportação de lista de produtos, caso já exista; volume de informação e de imagens no cadastramento de cada produto; recurso zoom nas fotos para exibir detalhes do produto; inserção de manuais de produtos em PDF, vídeo e áudio; espaço para depoimentos de clientes etc. Etapas da construção de um website Com o negócio e a forma de operação definidos, é hora do web designer construir o website. O web designer: é o profissional que elabora e executa o projeto; é responsável pelo layout e pela integração das funcionalidades; pensa na Arquitetura de Informação – organização dos conteúdos e ferramentas que serão usados no website, de forma a deixá-los facilmente acessíveis pelo internauta. Etapas da construção de um website A navegação do site, forma como o visitante deverá circular dentro da loja eletrônica, deve ser planejada para facilitar o acesso às informações, produtos e serviços oferecidos. Para isso, são inseridos recursos como: Etapas da construção de um website Para que o internauta se movimente no website: menu: guia básico que auxilia a movimentação entre as páginas do website; busca por palavra-chave: sistema de pesquisas a partir da homepage; breadcrumps: sequência de links que mostra a profundidade da página no website; mapa do website: favorece os compradores que possam estar perdidos entre as páginas; oferece mais rapidez nas buscas. Atração e retenção de clientes Manter o cliente no website,facilitar a navegação, garantir uma experiência positiva são temas recorrentes quando se estuda e trabalha com gerenciamento de web marketing. Atração e retenção de clientes Funcionalidades para atratividade, segundo Schripsema e Vanti (2006): navegação: menu, busca por palavra-chave, breadcrumps e mapa do website; forma de apresentação de produtos, serviços e informações de importância para o visitante: preço, detalhes, fotos etc.; gerenciamento de produtos: shopping-cart e página com detalhes do pedido, cálculo de frete, meios de pagamento etc.; gerenciamento de dados pessoais: recurso para manutenção dos dados cadastrais do comprador; processo de pagamento: que deve ser rápido e claramente seguro; Atração e retenção de clientes formas de contato: possibilidade de contato on-line (chats, e-mails) e off-line (telefone, endereço físico); perguntas e repostas mais frequentes: para rápida busca de informações sobre a empresa, processos de trocas etc.; sistema para rastreamento do produto: para informação sobre o andamento do despacho e entrega do produto; notificação automática de confirmação de encomenda e despacho: processo sistemático de envio de mensagens por e-mail referentes ao recebimento do pedido, aprovação, expedição etc.; reconhecimento do visitante: o website reconhece a entrada do visitante já cadastrado. Atração e retenção de clientes A questão da atratividade envolve ainda a avaliação dos riscos percebidos pelos visitantes, conforme avaliação de Kovacs e Farias (2004): físico: transporte inadequado das mercadorias, danos na movimentação; produtos mal acondicionados / mal embalados; de satisfação: insatisfação com a compra, risco de frustração de expectativas no recebimento do produto ou serviço; de futura oportunidade perdida: possibilidade posterior de encontrar oferta melhor (qualidade, preço, opções etc.); psicológicos: dificuldade de escolher opções; arrependimento por ter comprado; comprometimento da autoimagem: dificuldades na operação; Atração e retenção de clientes funcionais: falta de conhecimento ou familiaridade com as ferramentas para a execução da compra; falta de confiança na empresa com relação às etapas do processo; financeiros: interceptação dos dados financeiros; impossibilidade de negociar o preço; pagar mais caro; de tempo: descumprimento do prazo de entrega; demora para concretização da compra e do processo de troca de produtos; sociais: divulgação de dados pessoais do comprador – não ter a oportunidade de estabelecer contatos interpessoais. Gerenciamento e manutenção de um website Tarefas de gerenciamento e manutenção de um website: produzir e publicar conteúdo; cadastrar produtos; controlar estoques; criar interfaces; gerenciar promoções e prazo de entrega de produtos; cuidar do cumprimento dos direitos dos consumidores; administrar o CRM para sustentar programas de marketing; Gerenciamento e manutenção de um website manutenção de infraestrutura de pagamentos; atualização frequente do conteúdo; consideração de parâmetros culturais e legais; oferecimento de condições de segurança aos internautas. Interatividade A dificuldade com a operação on-line é um dos riscos avaliados por Kovacs e Farias (2004). Como esse risco é denominado? a) Físico. b) De satisfação. c) De futura oportunidade perdida. d) Psicológico. e) De comprometimento da autoimagem. ATÉ A PRÓXIMA!