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RESUMÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

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EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
ORIGEM 
Cerca de 3 mil anos a.C., em programas denominados Ginástica Médica, na China.
Da ginástica médica à primeira concepção mais clara e consistente de Educação Física adaptada, é adotada na década de 1950.
A partir dai programas foram desenvolvidos com os mais diversos nomes, como: 
DENOMINAÇÕES 
1- Educação Física Corretiva ou Ginástica Corretiva;
2- Educação física Preventiva;
3- Educação física Ortopédica;
4- Educação física reabilitativa e
5- Educação Física Terapêutica. 
Quando a Educação Física Adaptada assume uma identidade essencialmente educativa/pedagógica, outras denominações surgem: 
1- Educação Física Desenvolvimentista;
2- Ginastica Escolar Especial;
3- Educação Física Modificada;
4- Educação Física especial;
5- Educação Física adaptada. 
CONCEITO E DEFINIÇÃO
A Educação Física Adaptada é uma parte da educação física cujos objetivos são o estudo e a intervenção profissional no universo das pessoas que apresentam diferentes e peculiares condições para a prática das atividades físicas.
FOCO 
É o desenvolvimento da cultura corporal de movimento.
Suas atividades estão centradas em:
1- Ginástica;
2- Dança;
3- Jogos;
4- Esporte
5- Conteúdos de qualquer programa de atividade física, devem ser consideradas tendo em vista o potencial de desenvolvimento pessoal (e não a deficiência em si).
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
No Brasil a partir da década de 1980 e 1990.
Em 1986 foi realizado o I Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada, na Universidade de São Paulo, e nos anos pares subsequentes ao referido este seria o evento que reuniria profissionais e estudantes da área.
Em 1988, foi criado o primeiro curso de especialização em Educação Física Adaptada, em Uberlândia, Minas Gerais. 
Em 1989, ocorre a primeira participação brasileira em um simpósio internacional: Internacional Symposium of Adapted Physical Activity (IFAPA – www.ifapa.net).
E a partir desta data, a cada ano ímpar, outros profissionais têm comparecido ao ISAPA. Q eu é realizado em diferentes países, participando e apresentando os resultados de estudos produzidos no Brasil.
Em 1991, surge as primeiras ideias sobre a criação de uma sociedade que auxiliasse a congregar os profissionais da área. 
Em 1994, é fundada a Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA).
A partir de 1995, a SOBAMA assumiu a realização bianual dos congressos brasileiros de Atividade Motora Adaptada e investiu na idéia de publicar uma revista cientifica, a Revista SOBAMA. 
Várias outras iniciativas regionais, surge, como:
Simpósio SESC de Atividade Motora Adaptada. Organizado pelo SESC São Carlos. 
2- O Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul . Organizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Contribuindo para a divulgação da Educação Física Adaptada no Brasil, propiciando maior acesso ao conhecimento e favorecendo a ampliação de serviços prestados à comunidade.
Aula 3
DEFICIÊNCIA VISUAL
Embora as pessoas com deficiência visual possuam, em comum, o comprometimento do órgão visual, há outras características que se diferenciam em suas necessidades educacionais especiais.
A singularidade das situações que se apresentam ao professor de Educação Física requer diagnóstico adequado e prescrição individualizada de exercícios e atividades motoras.
Aspectos Conceituais
A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual.
A avaliação deve ser realizada após a melhor correção óptica ou cirúrgica. 
A terminologia para se referir à pessoa que apresenta deficiência visual tem sido alvo de intermináveis discussões:
1- Deficiente visual;
2- Cego;
3- Portador de deficiência visual;
4- Pessoa com baixa visão;
5- Portador de visão subnormal; 
Avaliação da Deficiência Visual
Baseado em classificações da Organização Mundial de Saúde, foi elaborado o Guide for the evaluation of visual impairment. (Guia para a avaliação da deficiência visual)
De acordo com o documento, o estudo do funcionamento visual pode ser abordado a partir de quatro aspectos:
Dois relativos ao órgão visual e
dois relativos à pessoa.
Aspectos Relativos ao órgão visual
Referem-se a alterações anatômicas e estruturais que levam a mudanças funcionais, desencadeando alterações nas funções visuais.
Aspectos relativos à pessoa
Referem-se a modificações na capacidade de aproveitamento da visão, ou seja, na habilidade visual do indivíduo.
Esses podem gerar consequências em maior ou menor grau de desvantagem social e econômica, conforme as alterações na visão funcional.
Segundo Eichstaedt e Kalakian, o indivíduo leva desvantagem na medida em que a deficiência visual o impede de viver como deseja.
Se o deficiente visual, desejar participar de jogos, alguns esportes ele leva desvantagem, como o voleibol ou o tênis de campo.
Porém, para os que escolher nadar ou jogar futebol, terá maior vantagem. Pois, o voleibol e o tênis ainda não se encontram adaptadas às necessidades de pessoas nessas condições.
Funções visuais
Algumas das funções visuais, são também referência para diferentes tipos de classificação da deficiência visual, tais como: A acuidade visual e o Campo visual.
Essas são medidas quantitativas e padronizadas. Tendo sensibilidade à luz, a sensibilidade ao contraste e a visão para cores. (Binocularidade) 
ACUIDADE VISUAL
Pode ser definida como a capacidade de distinguir detalhes. Esta é tomada a partir da relação entre o tamanho do objeto e a distância onde está situado. 
E para avaliar a acuidade visual, depende de procedimentos básico, onde apresenta uma sequencia de estímulos padronizados progressivamente menores, a partir de distâncias também padronizadas. 
Campo visual
É avaliado a partir da fixação do olhar, quando é determinada a área circundante visível ao mesmo tempo.
O campo visual monocular se estende a aproximadamente 100º lateralmente, 60º superiormente e 75º inferiormente. 
Alterações campimétricas podem levar a hemianopsias (perda da metade do campo visual) e escotomas desencadeando perda visual central ou periférica.
O que é binocularidade
É a capacidade de fusão da imagem proveniente de ambos os olhos em convergência ideal, o que proporciona a noção de profundidade, ou seja, a percepção da relação entre os diferentes objetos e sua disposição no espaço.
A sensibilidade à luz corresponde à capacidade de adaptação frente aos diferentes níveis de luminosidade do ambiente, enquanto a sensibilidade ao contraste consiste na habilidade para discernir pequenas diferenças na luminosidade de superfícies adjacentes.
A visão para cores baseia-se na capacidade de distinguir tons e nuances das cores.
Visão funcional
A avaliação dos aspectos relativos à pessoa leva em consideração a habilidade de o indivíduo conviver com o impedimento visual.
No caso de pessoas com baixa visão, constatou-se que indivíduos com medidas semelhantes nas funções visuais podem apresentar grandes diferenças quanto à visão funcional.
A funcionalidade visual pode ser avaliada pela estimativa de habilidade a partir da avaliação das funções visuais em escalas, em associação à descrição direta da habilidade.
Conhecendo a visão funcional de cada aluno, o professor de Educação Física pode identificar que tipo de estímulo (brilho, cores ou padrões de contraste) é mais eficiente em cada caso; determinar em que região do campo visual esse estímulo deverá ser apresentado; estipular a que distância o educando é capaz de identificar visualmente um objeto estático, ou uma bola em movimento; indicar qual é a luminosidade mais adequada para os ambientes esportivos, de acordo com as diferentes etiologias.
Classificação
Na tentativa de minimizar as desvantagens decorrentes da visão funcional de cada individuo, tem sido estabelecidas algumas categoriaspara a classificação da deficiência visual, conforme os diferentes objetivos ou finalidades.
Os vários tipos de classificação da deficiência visual baseiam-se em parâmetros:
1- Legais, para efeito de elegibilidade em programas de assistência e obtenção de recursos junto à previdência social;
2- Clínicos, para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento médico especializado;
3- Educacionais, relacionados aos recursos necessários para o processo ensino-aprendizagem; 
4- Esportivos, como critério de divisão em diferentes categorias para competições e eventos desportivos.
Classificação educacional
A classificação baseada em parâmetros educacionais permite fornecer indicações a respeito da eficiência visual do indivíduo, baseando-se em suas necessidades educacionais especiais:
1) Pessoa com baixa visão: 
“É aquela que possui dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com prescrição de lentes mas que pode aprimorar sua capacidade de realizar tais tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias, baixa visão e outros recursos, e modificações ambientais”.
2) Pessoa cega: 
“É aquela cuja percepção de luz, embora possa auxiliá-la em seus movimentos e orientação, é insuficiente para aquisição de conhecimento por meios visuais, necessitando utilizar o sistema Braille em seu processo ensino-aprendizagem”.
Baseado no sistema Braille, ele utiliza-se de recursos para leitura e escrita como reglete, máquinas de datilografia, impressoras Braille e softwares específicos para computadores.
Tabela de Snellen
Recebe esse nome em homenagem ao oftalmologista holandês Herman Snellen, que a desenvolveu em 1862. Recebe esse nome em homenagem o oftalmologista holandês Herman Snellen, que a desenvolveu em 1862. 
Acessibilidade
CURIOSIDADES
O método desenvolvido por Louis Braille permite a leitura e a escrita tátil a partir da combinação de unidades denominadas células Braille.
Entende-se por célula Braille o agrupamento de seis pontos em relevo, dispostos três a três em alinhamento vertical adjacente, em uma superfície aproximada de 3x5mm, que podem ser simultaneamente percebidos pela polpa sensível do dedo. 
Cada ponto da célula Braille é identificado por uma referência numérica, cuja combinação permite obter 63 sinais gráficos diferentes, aos quais foram atribuídas significações fonéticas, matemáticas e musicais, para proporcionar às pessoas cegas o acesso direto à leitura e à escrita de diferentes idiomas, da ciências e da música.
Aula 4
ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA AOS DEFICIENTES AUDITIVOS
A deficiência auditiva caracteriza-se como a perda total ou parcial da capacidade de ouvir ou perceber sinais sonoros.
A deficiência auditiva é um problema desafiante para a educação especial. E isso interfere tanto na recepção quanto na produção da linguagem.
COMO MEDIR O NÍVEL DE AUDIÇÃO
Pode ser medido em decibéis (db), unidade de avaliação de intensidade dos sons. 
A audição normal situa-se em zero db e são consideradas significativas as perdas acima de 30 db. A partir daí é recomendado o uso de aparelhos de amplificação sonora.
Quanto maior o número de decibéis necessários para que uma pessoa possa responder aos sons, maior a perda auditiva.
A adaptação do ouvido ao aparelho e a resposta aos estímulos sonoros poderão caracterizar a criança como deficiente auditiva (a que discrimina os sons de uma fala graças ao uso do aparelho) ou como surda (a que não compreende os sons da fala, apesar do uso do aparelho).
CLASSIFICAÇÃO
Devido a complexa estrutura do ouvido, podem ser várias as razões da perda auditiva.
Basicamente, são classificadas como condutivas ou sensório-neurais.
1- A surdez condutiva é aquela em que reduz a intensidade do som alcançado pelo ouvido interno. O distúrbio causador da surdez condutiva localiza-se no ouvido externo ou médio e interfere na capacidade de condução dos sons.	
2- Uma perda sensório-neural ou da percepção é causada por problema do ouvido interno ou do nervo auditivo, que transmite o impulso ao cérebro; neste caso, as implicações são mais complexas e podem afetar outras funções, como o equilíbrio.
Segundo Boothroyd distingue quatro categorias de perda:
1- Leve; 
2- Moderada;
3- Severa e
4- Profunda.
A perda situada nos limiares entre 15 e 30 db é considerada leve. Uma perda leve e estável não terá necessariamente um efeito no desenvolvimento do individuo e o uso de aparelho auditivo raramente será necessário.
A perda auditiva moderada refere-se a limiares entre 31 e 60 db. Sem intervenção, ela afeta e atrasa, mas não impede o desenvolvimento da fala e da linguagem. Com o aparelho auditivo e modesta intervenção, a criança com perda moderada pode quase sempre se desenvolver normalmente. 
 A perda auditiva severa tem limiares entre 61 e 90 db. Sem intervenção, ela pode impedir o desenvolvimento da fala e da linguagem. Com aparelho auditivo, uma intervenção maciça e precoce, mais treinamento contínuo, a audição pode começar a ser a principal via para o desenvolvimento da fala e da linguagem, a algumas crianças poderão ter um desenvolvimento excepcional, quase normal.
 A perda auditiva profunda está situada em limiares maiores que 90 db. Com intensa intervenção, a fala e a linguagem poderão ocorrer, mas lentamente e com dificuldade.
O papel da audição raramente será a de principal via para tal desenvolvimento. 
OBSERVAÇÃO
Uma terceira classificação possível da deficiência auditiva diz respeito à época em que esta se manifestou. Caso esse fato tenha ocorrido antes do início do aprendizado da linguagem, a surdez é chamada de pré-lingual; caso depois, é conhecida como pós-lingual.
CAUSAS
Há várias identificações para isso. Uma pode ser a ingestão de medicamentos inadequados tanto pela criança como pela gestante e acidentes são algumas das causas. Alterações da função auditiva presentes na fase de gestação são denominadas pré-natais. Podem ter origem genética ou serem adquiridas durante a via gestacional. As de procedência genética compreendem as aplasias, as síndromes e as anormalidades cromossômicas. 
As outras, adquiridas durante a gestação, devem-se a vários fatores, tais como infecção viral (rubéola materna), infecção bacteriana (sífilis adquirida por via transplacentária) ou distúrbios metabólicos.
As chamadas perinatais são adquiridas no momento do nascimento.
Podem ser resultado de traumatismo no parto, anoxia neonatal ou doenças adquiridas através do canal vaginal como sífilis e herpes. 
As alterações auditivas pós-natais podem ou não decorrer de problemas genéticos e manifestar-se de maneira isolada ou associada a outras anormalidades.
As de origem genética podem estar associadas a algumas síndromes, constituindo uma manifestação tardia.
As de origem não genética devem-se a distúrbios inflamatórios de origem bacteriana ou viral como sarampo, caxumba, herpes zoster e meningite, entre as doenças mais comuns.
Perdas auditivas induzidas por ruídos ou por distúrbios metabólicos (como hipotireoidismo e diabetes) também podem ocorrer. 
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
O indivíduo com deficiência auditiva encontra dificuldades para se adaptar ao ambiente que o cerca, e muitas vezes, em decorrência disso, torna-se um pouco ansioso e impaciente, em especial quando não consegue se fazer entender. 
Algumas pessoas preferem certo isolamento social, evitando o contato com pessoas estranhas, demonstrando, ás vezes, um grau de imaturidade.
Alguns indivíduos que utilizam o aparelho auditivo, especialmente os modelos mais visíveis, revelam certo constrangimento em mostrá-lo.
Principalmente no caso da surdez pré-lingual, ou seja, daqueles que adquiriram a deficiência antes do aprendizado da linguagem, existe uma dificuldade na formação e na abstração de conceitos, principalmente porque muitos desses conceitos em geral se formam de maneira verbal no nosso inconsciente.
Neste caso, a informação visual é muito importante,e os conceitos devem ser absorvidos e memorizados dessa forma.
Muitas pessoas com surdez pré-lingual utilizam a Língua brasileira de Sinais (LIBRAS) para sua comunicação habitual.
 A libra, desde 2002, é reconhecida por lei como “meio legal de comunicação e expressão” (Lei n. 10436/02).
AS IMPLICAÇÕES MOTORAS E O EQUILÍBRIO
Para entender melhor essas implicações, é necessário falar sobre o ouvido interno, pois ele aloja os órgãos sensoriais da audição e do equilíbrio que informam ao cérebro a posição da cabeça. 
O cérebro recebe também informações vindas de receptáculos chamados proprioceptores, embutidos em vários músculos, articulações e tendões. Exemplificar. 
A dinâmica corporal do indivíduo com deficiência auditiva se adequa às informações emitidas pelos órgãos dos sentidos e, se bem exploradas, elas permitem ajustar o equilíbrio aos padrões de normalidade.
Segundo Colin (1980, p.31): “ Os sentidos subsistem e, em consequência, as funções que correspondem aos sentidos afetados são compensadas, ganhando-se um desenvolvimento parecido ao dos sujeitos normais. É a teoria da compensação.”
Observação: As crianças com deficiência auditiva na pré-escola, requer do professor uma maior atenção, pois o seu desenvolvimento pode ser comprometido (o seu equilíbrio). Esse comprometimento se fará evidente quando a criança se enquadra no caso de surdez sensório-neural.
Além, do equilíbrio, caso a criança com DA não seja precocemente estimulada, podem ocorrer outros prejuízos motores que devem ser levados em conta pelo professor.
Esses prejuízos são evidentes principalmente na velocidade de movimento (inferior a de crianças ditas normais), problemas de coordenação motora, ritmo e noção espaço-temporal. (educação física escolar-estímulo)
Schmidt, vez uma pesquisa com crianças surdas em escolas regular e em escolas especiais....
ALGUMAS DICAS
As adaptações para o DA, nas aulas de educação física ser direcionadas para o equilíbrio (estático e dinâmico), a coordenação motora geral, a noção espaço-temporal, a ansiedade, a sociabilização, o ritmo e a propriocepção.
Se os indivíduos com distúrbios nos canais semicirculares, estes somente devem realizar algumas atividades, tais como: subir em alturas elevadas, pular em trampolins acrobáticos e mergulhar em piscina, com supervisão de um responsável.
O alunos com DA pode perfeitamente trabalhar o equilíbrio estático e dinâmico juntamente com as outras atividades de suas aulas de educação física regular, não sendo necessário realizar algum trabalho isolado mais específico. 
4) É importante potencializar a comunicação, utilizando para isso vários tipos de estratégias, como: é preciso que o ambiente no qual a aula será desenvolvida seja protegido do excesso de ruídos, a fim de que os alunos que possuem resíduos de audição possam potencializá-los. 
5) O professor deve também estimular a leitura labial, precisando para isto falar de frente para os alunos, de forma clara e tranquila. 
6) O professor ao se comunicar com a pessoa com DA, deve fazê-lo atentamente para utilizar expressões faciais e corporais adequadas. Para aqueles que não escutam, estas expressões oferecem dicas de qual entonação se quer dar à frase, como alegria, espanto, raiva, comoção.
7) Caso a comunicação ainda esteja dificultada, o professor deve substituir as informações auditivas por outras visuais e/ou cinestésicas.
8) Estimular sempre atividades em grupo, com pessoas ouvintes e com DA, mostrando para eles o quanto eles são bem-vindos e conseguir manter sua motivação elevada, esta interação ocorrerá naturalmente.
9) A dança pode ser um grande aliado para se trabalhar com os deficientes auditivos. Pois, perceber os sons de uma música é fundamental. É preciso que o professor de educação física tenha neste caso um mínimo de conhecimento das potencialidades corporais diretamente relacionadas aos fundamentos básicos da dança.
REFERENCIA 
GORGATTI, Márcia Greguol. COSTA, Roberto Fernando da. Organizadores. Atividade Física Adaptada. Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 2ª edição revisada e ampliada. Baruri, SP: Manole, 2008.
Aula 5
ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA AOS DEFICIENTES AUDITIVOS
A deficiência auditiva caracteriza-se como a perda total ou parcial da capacidade de ouvir ou perceber sinais sonoros.
A deficiência auditiva é um problema desafiante para a educação especial. E isso interfere tanto na recepção quanto na produção da linguagem.
COMO MEDIR O NÍVEL DE AUDIÇÃO
Pode ser medido em decibéis (db), unidade de avaliação de intensidade dos sons. 
A audição normal situa-se em zero db e são consideradas significativas as perdas acima de 30 db. A partir daí é recomendado o uso de aparelhos de amplificação sonora.
Quanto maior o número de decibéis necessários para que uma pessoa possa responder aos sons, maior a perda auditiva.
A adaptação do ouvido ao aparelho e a resposta aos estímulos sonoros poderão caracterizar a criança como deficiente auditiva (a que discrimina os sons de uma fala graças ao uso do aparelho) ou como surda (a que não compreende os sons da fala, apesar do uso do aparelho).
CLASSIFICAÇÃO
Devido a complexa estrutura do ouvido, podem ser várias as razões da perda auditiva.
Basicamente, são classificadas como condutivas ou sensório-neurais.
1- A surdez condutiva é aquela em que reduz a intensidade do som alcançado pelo ouvido interno.
O distúrbio causador da surdez condutiva localiza-se no ouvido externo ou médio e interfere na capacidade de condução dos som.
2- Uma perda sensório-neural ou da percepção é causada por problema do ouvido interno ou do nervo auditivo, que transmite o impulso ao cérebro; neste caso, as implicações são mais complexas e podem afetar outras funções, como o equilíbrio.
SEGUNDO BOOTHROYD DISTINGUE QUATRO CATEGORIAS DE PERDA:
Leve; 
Moderada;
Severa e
Profunda.
A perda situada nos limiares entre 15 e 30 db é considerada leve. Uma perda leve e estável não terá necessariamente um efeito no desenvolvimento do individuo e o uso de aparelho auditivo raramente será necessário.
A perda auditiva moderada refere-se a limiares entre 31 e 60 db. Sem intervenção, ela afeta e atrasa, mas não impede o desenvolvimento da fala e da linguagem. 
	Com o aparelho auditivo e modesta intervenção, a criança com perda moderada pode quase sempre se desenvolver normalmente. 
 A perda auditiva severa tem limiares entre 61 e 90 db. Sem intervenção, ela pode impedir o desenvolvimento da fala e da linguagem. 
	Com aparelho auditivo, uma intervenção maciça e precoce, mais treinamento contínuo, a audição pode começar a ser a principal via para o desenvolvimento da fala e da linguagem, a algumas crianças poderão ter um desenvolvimento excepcional, quase normal.
 A perda auditiva profunda está situada em limiares maiores que 90 db. Com intensa intervenção, a fala e a linguagem poderão ocorrer, mas lentamente e com dificuldade.
	O papel da audição raramente será a de principal via para tal desenvolvimento. 
Observação
Uma terceira classificação possível da deficiência auditiva diz respeito à época em que esta se manifestou. Caso esse fato tenha ocorrido antes do início do aprendizado da linguagem, a surdez é chamada de pré-lingual; caso depois, é conhecida como pós-lingual.
CAUSAS
Há várias identificações para isso.
1-Uma pode ser a ingestão de medicamentos inadequados tanto pela criança como pela gestante e acidentes são algumas das causas.
2-Alterações da função auditiva presentes na fase de gestação são denominadas pré-natais.
3- Podem ter origem genética ou serem adquiridas durante a via gestacional.
As de procedência genética compreendem as aplasias, as síndromes e as anormalidades cromossômicas. 
4- As outras, adquiridas durante a gestação, devem-se a vários fatores, tais como infecção viral (rubéola materna), infecção bacteriana (sífilis adquirida por via transplacentária) ou distúrbios metabólicos.5- As chamadas perinatais são adquiridas no momento do nascimento. Podem ser resultado de traumatismo no parto, anoxia neonatal ou doenças adquiridas através do canal vaginal como sífilis e herpes. 
6- As alterações auditivas pós-natais podem ou não decorrer de problemas genéticos e manifestar-se de maneira isolada ou associada a outras anormalidades.
7- As de origem genética podem estar associadas a algumas síndromes, constituindo uma manifestação tardia.
8- As de origem não genética devem-se a distúrbios inflamatórios de origem bacteriana ou viral como sarampo, caxumba, herpes zoster e meningite, entre as doenças mais comuns.
9- Perdas auditivas induzidas por ruídos ou por distúrbios metabólicos (como hipotireoidismo e diabetes) também podem ocorrer. 
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
O indivíduo com deficiência auditiva encontra dificuldades para se adaptar ao ambiente que o cerca, e muitas vezes, em decorrência disso, torna-se um pouco ansioso e impaciente, em especial quando não consegue se fazer entender. 
Algumas pessoas preferem certo isolamento social, evitando o contato com pessoas estranhas, demonstrando, ás vezes, um grau de imaturidade.
Alguns indivíduos que utilizam o aparelho auditivo, especialmente os modelos mais visíveis, revelam certo constrangimento em mostrá-lo.
Principalmente no caso da surdez pré-lingual, ou seja, daqueles que adquiriram a deficiência antes do aprendizado da linguagem, existe uma dificuldade na formação e na abstração de conceitos, principalmente porque muitos desses conceitos em geral se formam de maneira verbal no nosso inconsciente.
Neste caso, a informação visual é muito importante, e os conceitos devem ser absorvidos e memorizados dessa forma.
Muitas pessoas com surdez pré-lingual utilizam a Língua brasileira de Sinais (LIBRAS) para sua comunicação habitual.
 A libra, desde 2002, é reconhecida por lei como “meio legal de comunicação e expressão” (Lei n. 10436/02).
AS IMPLICAÇÕES MOTORAS E O EQUILÍBRIO
Para entender melhor essas implicações, é necessário falar sobre o ouvido interno, pois ele aloja os órgãos sensoriais da audição e do equilíbrio que informam ao cérebro a posição da cabeça. 
O cérebro recebe também informações vindas de receptáculos chamados proprioceptores, embutidos em vários músculos, articulações e tendões. 
Exemplificar. 
A dinâmica corporal do indivíduo com deficiência auditiva se adequa às informações emitidas pelos órgãos dos sentidos e, se bem exploradas, elas permitem ajustar o equilíbrio aos padrões de normalidade.
Segundo Colin (1980, p.31):
“ Os sentidos subsistem e, em consequência, as funções que correspondem aos sentidos afetados são compensadas, ganhando-se um desenvolvimento parecido ao dos sujeitos normais. É a teoria da compensação.”
Observação: As crianças com deficiência auditiva na pré-escola, requer do professor uma maior atenção, pois o seu desenvolvimento pode ser comprometido (o seu equilíbrio). Esse comprometimento se fará evidente quando a criança se enquadra no caso de surdez sensório-neural.
Além, do equilíbrio, caso a criança com DA não seja precocemente estimulada, podem ocorrer outros prejuízos motores que devem ser levados em conta pelo professor.
Esses prejuízos são evidentes principalmente na velocidade de movimento (inferior a de crianças ditas normais), problemas de coordenação motora, ritmo e noção espaço-temporal. (educação física escolar-estímulo) 
ALGUMAS dicas
1) As adaptações para o DA, nas aulas de educação física ser direcionadas para o equilíbrio (estático e dinâmico), a coordenação motora geral, a noção espaço-temporal, a ansiedade, a sociabilização, o ritmo e a propriocepção.
2)Se os indivíduos com distúrbios nos canais semicirculares, estes somente devem realizar algumas atividades, tais como: subir em alturas elevadas, pular em trampolins acrobáticos e mergulhar em piscina, com supervisão de um responsável.
3)Os alunos com DA pode perfeitamente trabalhar o equilíbrio estático e dinâmico juntamente com as outras atividades de suas aulas de educação física regular, não sendo necessário realizar algum trabalho isolado mais específico. 
4) É importante potencializar a comunicação, utilizando para isso vários tipos de estratégias, como: é preciso que o ambiente no qual a aula será desenvolvida seja protegido do excesso de ruídos, a fim de que os alunos que possuem resíduos de audição possam potencializá-los. 
5) O professor deve também estimular a leitura labial, precisando para isto falar de frente para os alunos, de forma clara e tranquila. 
6) O professor ao se comunicar com a pessoa com DA, deve fazê-lo atentamente para utilizar expressões faciais e corporais adequadas. Para aqueles que não escutam, estas expressões oferecem dicas de qual entonação se quer dar à frase, como alegria, espanto, raiva, comoção.
7) Caso a comunicação ainda esteja dificultada, o professor deve substituir as informações auditivas por outras visuais e/ou cinestésicas.
8) Estimular sempre atividades em grupo, com pessoas ouvintes e com DA, mostrando para eles o quanto eles são bem-vindos e conseguir manter sua motivação elevada, esta interação ocorrerá naturalmente.
9) A dança pode ser um grande aliado para se trabalhar com os deficientes auditivos. Pois, perceber os sons de uma música é fundamental. É preciso que o professor de educação física tenha neste caso um mínimo de conhecimento das potencialidades corporais diretamente relacionadas aos fundamentos básicos da dança.
Referencia 
GORGATTI, Márcia Greguol. COSTA, Roberto Fernando da. Organizadores. Atividade Física Adaptada. Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 2ª edição revisada e ampliada. Baruri, SP: Manole, 2008.
Deficiência Intelectual
 Aspectos conceituais
 Estima-se que 5% da população mundial apresentam algum tipo de deficiência intelectual.
 Das crianças em idade escolar, cerca de 3% apresentam algum tipo de problema associado à deficiência intelectual.
Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.
A capacidade de argumentação desses alunos também pode ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas relações com o mundo.
Classificação 
Estaria associada às capacidades e às limitações desses indivíduos.
De acordo com o grau de comprometimento, os indivíduos apresentariam algumas características: 
1- Profundo (QI Binet menor igual 19)
Apresentam problemas físicos;
Graves problemas sensoriais (deficiência visual, auditiva) ou ortopédicos (derivados da falta ou da deformação de estruturas corporais).
Apresenta dependência completa e limitações extremamente acentuadas de aprendizagem.
2- Severo (QI Binet = 20-35)
Apresenta em geral, distúrbios ortopédicos e sensoriais, bem como prejuízo na comunicação e na mobilidade.
Ele pode alcançar resultados ao exercer atividades condicionadas e repetitivas, desde que devidamente supervisionado, de preferência, em domicílio.
3- Moderado (QI Binet = 36-51)
Indivíduo com considerável atraso na aprendizagem;
Apresenta, muitas vezes, problemas motores visíveis;
tem certa facilidade de “ajustar-se socialmente aos programas sistematizados e à formação de hábitos higiênicos, bem como à inserção social na família, na escola e na sociedade.
4- Leve (QI Binet = 55-69) 
Indivíduo que apresenta aprendizagem lenta, mas que tem plenas capacidades para desempenho de tarefas escolares e de vida cotidiana.
5- Limítrofe (QI Binet = 68-84) 
 Indivíduo considerado como portador de um desvio da inteligência, em razão de algumas dificuldades em exercer tarefasque exijam raciocínio lógico e grande demanda cognitiva.
Observações 
O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências, se comparadas a crianças sem deficiência. 
Mesmo assim, é possível que a grande maioria alcance certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Apenas os 13% restantes, com comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento especial por toda a vida.
Causas 
As causas são variadas e complexas, sendo a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação fetal ou problemas durante a gravidez. 
A desnutrição severa e o envenenamento por metais pesados durante a infância também podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual.
Causas pré-natais
Infecções como rubéola, malária, caxumba, toxoplasmose, herpes (citomegalovírus). 
Álcool, drogas, intoxicações e radiações. 
Hidrocefalia ou macrocefalia.
Microcefalia
Alterações na distribuição cromossômica: X-frágil (síndrome de Martin-Bell) e a síndrome de Down.
Anormalidade genéticas que afetam o metabolismo. 
Causas perinatais
Anoxias (ausência de oxigênio) ou hipoxia (carência de oxigênio) no parto ou algum tipo de trauma que resulte em lesão cerebral, como parto fórceps, figuram entre as maiores causas perinatais de deficiência intelectual.
A prematuridade, trazendo uma série de implicações ao aparelho respiratório. 
Causas pós-natais
Moléstias desmielinizantes: sarampo e caxumba.
Radiações e medicamentos.
Privação econômica.
Privação familiar e cultural. 
Características principais
Diante da multicausalidade da deficiência intelectual e da heterogeneidade dessa população, torna-se difícil estabelecer uma caracterização representativa de todos, ou, ainda, da maior parte dos indivíduos. 
Segundo Gimenez, para facilitar o entendimento das características da deficiência intelectual optou-se pela divisão do ser humano em três domínios do comportamento:
1- Cognitivo;
2- Socioafetivo e
3- Motor.
Aspectos cognitivos das pessoas com deficiência intelectual e implicações para a Educação Física
De modo geral, segundo Gimenez, parte-se do pressuposto de que as pessoas com DI percorreriam etapas semelhantes às percorridas pelos indivíduos normais no domínio cognitivo, mas de maneira mais lenta.
Embora o desenvolvimento não seja determinado pela idade, e sim associado a ela, a disparidade entre o nível de desenvolvimento normal e deficiente seria percebida pela idade em que esses indivíduos alcançariam cada etapa.
Então, tomando como exemplo a sequência de desenvolvimento cognitivo proposta por Piaget, é possível destacar as seguintes etapas:
A)Fase sensório-motora (zero a dois anos)
Nesta fase, ainda não pode dizer que exista uma organização real.
Por meio do contato com o ambiente a criança passa a organizar suas sensações.
Essa fase é caracterizada por uma inteligência prática, identificada por um conjunto de esquemas sensório-motores.
A existência desse estágio corresponde a um requisito para que a criança possa realizar as primeiras de interação com o ambiente, as quais acontecem fundamentalmente por meio de esquemas inatas, como os reflexos de preensão, tônicos do pescoço, de Moro etc. 
B) Fase pré-operacional (de dois a seis anos)
É caracterizado pelo início da linguagem, da função simbólica e da representação.
O egocentrismo faz com que a criança considere como absolutos os conceitos e as situações relativas, bem como distorça a realidade em função de seus desejos.
No pensamento da criança, ainda não há lógica e prevalece um raciocínio intuitivo.
Trata-se de um período identificado pela existência de monólogos nas brincadeiras.
Em outras palavras, ela pode brincar conjuntamente com outras crianças, no entanto não prevalece um enredo em comum.
C) Fase das operações concretas (de seis à doze anos)
Esta fase é identificada pela internalização mental, quando passa a existir um pensamento mais lógico, e a razão começa a nortear a maior parte das atitudes da criança.
Contudo, ela só é capaz de operar a partir de conceitos concretos e reais.
O seu egocentrismo faz com que, na resolução de um problema, ela admita como passível uma única solução.
Uma característica é importante nessa fase: elas correspondem ao prazer da criança pela competição e pelo jogo de regras.
D) Fase das operações formais (de doze anos acima)
Nesta fase, o individuo já é capaz de realizar operações mentais lógicas, de abstrair, de apresentar idéias e hipóteses etc.
Diante de um problema, o indivíduo se demonstra capaz de apontar várias soluções. 
A forma de pensar é identificada pela crítica, pela discussão e pela capacidade de apresentar seus pontos de vista.
OBS: Em termos práticos, é esperado que um indivíduo com DI aos quinze anos de idade apresente comportamentos típicos de etapas ou fases anteriores, dependendo, é claro, do grau da deficiência.
	Não é raro um adolescente com DI apresentar comportamentos típicos da fase pré-operacional.
Grau de deficiência intelectual
1- Pessoas com grau de DI leve encontram mais facilidade para lidar com as propostas de aula ou com as atividades que exijam tomada de decisão, regras complexas, ou demandem exposição de seus pontos de vista, pois chegam a alcançar a fse das operações formais.
2- Por outro lado, é esperado que as pessoas com DI com grau de severidade encontrem mais dificuldade para a realização de tarefas dessa natureza. Muitas vezes, o nível de desenvolvimento cognitivo dessas pessoas implica a necessidade de usar atividades adequadas para crianças que se encontram na fase das operações concretas, como o próprio “jogo da fantasia”. 
3- Para pessoas com grau de DI moderado, não seria o mais aconselhável o profissional de educação física recorrer a uma atividade que envolva o “jogo da fantasia” para um adolescente com DI de grau moderado ou mais acentuado, pois isso poderia reforçar comportamentos típicos de uma fase anterior no nível de desenvolvimento cognitivo.
Com base nessas considerações, recomenda-se que a atuação do profissional de educação física deva estar norteada por:
1- identificar em que nível de desenvolvimento cognitivo o indivíduo se encontra para criar condições favoráveis ao seu processo de interação em aula, ou mesmo em um programa.
2- realizar uma análise detalhada do contexto institucional de modo a desenvolver uma proposta de trabalho compatível com o indivíduo. 
No tocante ao domínio cognitivo, geralmente também são encontradas três características em pessoas com DI:
1-Problemas de atenção e apatia para aprender;
2-Problemas de linguagem e de comunicação; e
3-Problemas generalizados de compreensão de conceitos.
Deficiência motora
O que é a deficiência motora?
Deficiência motora é uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser de carácter congénito ou adquirido. Desta forma, esta disfunção irá afetar o indivíduo, no que diz respeito à mobilidade. À coordenação motora ou à fala. Este tipo de deficiência pode decorrer de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas e ainda de mal formação.
Quem pode ser considerado deficiente motor?
Considera-se deficiente motor todo o indivíduo que seja portador de deficiência motora, de carácter permanente, ao nível dos membros superiores ou inferiores, de grau igual ou superior a 60% (avaliada pela Tabela Nacional de Incapacidades, aprovada pelo decreto de lei nº 341/93, 30 de Setembro).
Para além disso, para ser titular deste nome, é necessário que essa deficiência dificulte, comprovadamente, a locomoção na via pública sem auxílio de outrem ou recurso a meios de compensação, bem como o acesso ou utilização dos transportes públicos.
Quem pode ser considerado portador de multideficiência profunda?
É considerado portador de multideficiência profundatodo aquele que tenha uma deficiência motora de carácter permanente, ao nível dos membros inferiores ou superiores, de grau igual ou superior a 60%, e contenha, cumulativamente, deficiência sensorial, intelectual ou visual de carácter permanente, daí resultando um grau de desvalorização superior a 90% e que, deste modo, esteja comprovadamente impedido de conduzir veículos automóveis.
Quais as causas da deficiência motora? São vários os motivos que podemos encontrar na base da deficiência motora, destacando-se as seguintes:
1- Acidentes de trânsito;
2- Acidentes de trabalho;
3- Erros médicos;
4- Problemas durante o parto;
5- Violência;
6- Desnutrição
 Etc.
Quais os vários tipos de deficiência motora?
Monoplegia
Hemiplegia
Paraplegia
Tetraplegia
Amputação
Distinção entre os vários tipos
monoplegia: paralisia em um membro do corpo;
hemiplegia: paralisia na metade do corpo; 
paraplegia: paralisia da cintura para baixo; 
tetraplegia: paralisia do pescoço para baixo; 
amputado: falta de um membro do corpo.
Medidas Preventivas
Maior consciencialização por parte das mulheres acerca da necessidade de fazer acompanhamento médico pré-natal;
 Existirem mais pessoas treinadas no resgate de vitimas de acidentes de transito;
Consciencialização dos riscos da hipertensão e da diabetes;
O aluno portador de deficiência motora e a escola…
1- Dentro da sala de aula
Deverão ocupar um lugar relativamente próximo do professor;
Aqueles que necessitem de usar cadeira de rodas, devem ter mesas adaptadas, mais alta do que a dos colegas;
A incontinência é um dos obstáculos mais desagradáveis, o professor deverá estar a par do problema e explicar aos outros alunos a situação;
Deverá portanto ter em atenção os horário de evacuação da criança para que não surjam situações embaraçosas.
2- O papel do professor
Especialização por parte do professor;
Pesquisa intensiva;
Inter-ajuda entre pais e professores;
Ajudar na relação entre os alunos;
Esclarecimento do problema do aluno;
Estimular o aluno;
Comportamentos que devemos evitar e que devemos promover nos alunos com deficiência motora
Devemos promover o máximo de independência no âmbito das capacidades e limitações do aluno, mas atendendo sempre às necessidades inerentes a cada caso de deficiência, pois cada caso é um caso e deve-se encontrar sempre uma solução específica adequada.
Não se deve fazer de conta que estas pessoas não existem, pois se o fizermos vamos estar a ignorar uma característica muito importante dessa pessoa e, se não a virmos da forma como ela é, não nos estaremos a relacionar com a pessoa “verdadeira”, mas sim com outra pessoa que foi inventada por nós próprios.
Quando se conversa com um aluno em cadeira de rodas, devemo-nos lembrar sempre que, para eles é extremamente incómodo conversar com a cabeça levantada, sendo por isso melhor sentarmo-nos ao seu nível, para que o aluno se possa sentir mais confortável. 
Sempre que haja muita gente em corredores, bares, restaurantes, shoppings, etc... e estivermos a ajudar um colega em cadeira de rodas, devemos avançar a cadeira com prudência, pois a pessoa poder-se-á sentir incomodada, se magoar outras pessoas.
As maiores barreiras não são arquitetônicas, mas sim a falta de informação e os preconceitos.

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