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Apostila OAB Penal

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01 - (2004.01) A, em 13/04/2002, teve seu carro subtraído em Porto Alegre. Uma semana após o 
ocorrido, toma conhecimento, mediante telefonema anônimo, de que seu veículo se encontra em 
Ciudad del Este, no Paraguai. 
Diante disso, A decide viajar àquele país a fim de recuperar seu patrimônio. Ao dirigir-se ao local 
que lhe fora informado, avista o veículo e, fazendo uso da própria chave, consegue reaver o bem e 
retornar ao Brasil. Durante a viagem de regresso, contudo, vem a ser interceptado numa fiscalização 
na cidade de Iraí/RS. Na revista realizada por policiais federais, é encontrada grande quantidade de 
cocaína escondida nos bancos do automóvel, circunstância esta desconhecida pelo motorista. A é 
preso em flagrante, mas, no curso do processo, consegue demonstrar que fora vítima de um golpe 
de traficantes internacionais, que iriam utilizá-lo para transportar a droga para o Brasil. Esta tese, 
uma vez demonstrada, caracteriza uma hipótese de 
(A) erro de tipo inevitável. 
(B) legítima defesa putativa. 
(C) erro de proibição inevitável. 
(D) crime impossível. 
 
02 - (2004.01) Assinale a assertiva correta. 
(A) Nos crimes culposos, a inobservância do dever de cuidado, por si só, faz com que o autor 
responda criminalmente, independentemente de tal inobservância ser a causa jurídica determinante 
do resultado. 
(B) Por “co-culpabilidade” entende-se a concepção penal que reconhece a possibilidade de 
diminuição da pena, a título de atenuante genérica, do autor de um crime que, por condições sociais 
desfavoráveis, tenha uma maior vulnerabilidade para a prática de alguns delitos. 
(C) A ausência de consentimento do ofendido caracteriza uma elementar implícita a todo tipo penal, 
fazendo com que a sua verificação constitua uma hipótese de exclusão da tipicidade. 
(D) Um homicídio poderá ser considerado doloso, por dolo eventual, sempre que o causador do 
resultado tenha previsto que sua conduta poderia originá-lo, apesar de acreditar honesta e 
sinceramente na sua não-verificação. 
 
03 - (2004.02) A, após limpar seu revólver, deixa-o sobre uma mesa de sua residência. Ao sair de 
casa, ainda na garagem, lembra-se de que não colocou a arma em local seguro, longe do alcance de 
seu filho, B, que tem 12 (doze) anos de idade. Apesar disso, A não retorna para guardá-la, tendo em 
vista que o menino se encontrava em viagem escolar de férias e só retornaria no dia seguinte, 
circunstância que o levou a crer que nenhum acidente poderia ocorrer. B, contudo, retorna um dia 
antes do prazo, entra em casa e, movido pela curiosidade, vem a manusear o revólver, gerando um 
disparo acidental que o atinge letalmente. Provadas tais circunstâncias, bem como o fato de A e B 
residirem sozinhos na casa, é correto afirmar que a morte de B decorreu de 
(A) culpa inconsciente. 
(B) culpa consciente. 
(C) dolo eventual. 
(D) dolo direto. 
 
04 - (2005.01) Dono de um pequeno caminhão, A é contratado para transportar uma carga de 
produtos eletrônicos até a cidade de Guaratinga, no interior do Estado. De posse da mercadoria e da 
documentação necessária ao transporte, A segue viagem até ser detido em uma barreira policial, 
quando é, então, surpreendido ao perceber que, ao invés de produtos eletrônicos, algumas das caixas 
que transportava continham grande quantidade de substância entorpecente ilícita. Levando em 
consideração que, diante das circunstâncias concretas do caso, não era exigível que A soubesse ou, 
ao menos, desconfiasse de que, na verdade, transportava substância entorpecente ilícita, ele não 
deverá responder penalmente porque agiu em 
 
(A) erro de proibição direto. 
(B) erro de proibição indireto. 
(C) erro de tipo. 
(D) obediência hierárquica. 
 
05 - (2005.02) A, comerciante, pensando equivocadamente que B era o autor de um delito de furto 
que recém havia sido praticado contra seu estabelecimento comercial, tenta prendê-lo em flagrante. 
Apesar dos esforços de B em explicar que não era a pessoa que estava sendo procurada, A, ainda 
assim, obriga-o a entrar em seu veículo a fim de conduzi-lo a uma delegacia de polícia para a 
lavratura do flagrante. Diante disso, B agride A, causando- lhe lesões corporais leves, e foge. Uma 
vez provocadas tais circunstâncias, é correto afirmar que 
(A) B atuou em legítima defesa e A, em exercício regular do direito. 
(B) B atuou em legítima defesa e A, em putativo exercício regular do direito. 
(C) B atuou de maneira ilícita, mas A, em exercício regular do direito. 
(D) A e B atuaram de maneira ilícita. 
 
06 - (2005.02) A, testemunha ouvida em Comissão Parlamentar de Inquérito, imputa a B, deputado 
federal, o fato de ter ilegalmente recebido valores de empresas a fim de deixar de praticar ato de 
ofício. Irresignado com a ofensa à sua honra, B adota as providências cabíveis para que A seja 
processado criminalmente pela prática de calúnia. Durante o processo, apesar de ter sido 
demonstrado que os fatos imputados por A eram falsos, fortes elementos probatórios indicam que 
ele, naquela ocasião, tinha motivos suficientes para acreditar que fossem verdadeiros. Esse caso 
constitui hipótese de 
(A) erro de tipo incriminador. 
(B) erro de tipo permissivo. 
(C) erro de proibição. 
(D) erro mandamental. 
 
07 - (2006.01) Se a junta médica, por erro no diagnóstico, concluir pela necessidade do aborto (art. 
128, inc. I, do Código Penal) que se revela ao final absolutamente desnecessário, estar-se-á diante 
de uma situação de 
(A) erro de tipo (art. 20 do Código Penal). 
(B) descriminante putativa (art. 20, § 1o, do Código Penal). 
(C) erro sobre a pessoa (art. 20, § 3o, do Código Penal). 
(D) erro de proibição (art. 21 do Código Penal). 
 
08 - (2006.01) Se desconhecer completamente a ilicitude da conduta que lhe é ordenada pelo 
superior hierárquico, o subordinado 
(A) poderá ser absolvido pelo erro de proibição (art. 21 do Código Penal). 
(B) poderá alegar obediência hierárquica (art. 22 do Código Penal). 
(C) deverá ser condenado em co-autoria com o superior hierárquico (art. 22 do Código Penal). 
(D) deverá limitar-se à estrita observância da ordem. 
09 - (2006.01) A mãe que abandona o próprio filho recém-nascido, deixando de alimentá-lo e 
causando-lhe a morte, responder á pelo resultado contra o rebento, porque 
(A) pratica uma causa superveniente relativamente independente. 
(B) é garantidora por lei (art. 13, § 2o, a, do Código Penal). 
(C) não sendo garantidora por força da lei, de outra forma assumiu a responsabilidade de evitar o 
resultado (art. 13, § 2o, b, do Código Penal). 
 
(D) assumiu, com seu comportamento anterior, o risco sobre a ocorrência do resultado (art. 13, § 
2o, c, do Código Penal). 
 
10 - (2006.01) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas da frase 
abaixo. 
No crime de homicídio culposo (inconsciente), o agente é punido pelo comportamento dirigido a 
um fim ________em função de sua __________ . 
(A) irrelevante (lícito) . imperícia 
(B) irrelevante (lícito) . negligência 
(C) relevante (ilícito) . negligência 
(D) relevante (ilícito) . imperícia 
 
11 - (2006.01) Mariana pede a Eduardo, em uma praça, que cuide de seu filho, João, de 7 anos, por 
dois minutinhos, enquanto ela vai buscar algo para o menino comer. Eduardo assume a 
incumbência, avisando, entretanto, a Mariana que em seguida deverá se ausentar por questões de 
trabalho. No quinto minuto, sem que Mariana já tivesse voltado, Eduardo, dirigindo-se ao trabalho, 
abandona João, deixando-o sem a necessária supervisão. A criança cai de uma árvore, bate a cabeça 
no chão e vem a falecer. 
Nesta hipótese, Eduardo responderá por 
(A) homicídio culposo (art. 121, § 3o, do Código Penal), por estarna posição de garante. 
(B) homicídio doloso (art. 121, caput, do Código Penal), por estar na posição de garante. 
(C) lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o, do Código Penal), por estar na posição de 
garante. 
(D) abandono de incapaz (art. 133 do Código Penal), por ter praticado a concausa superveniente 
relativamente independente. 
 
12 - (2006.01) Conforme o Código Penal brasileiro, considera-se local do crime 
(A) o lugar onde ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, não sendo relevante o local onde 
se produziu o resultado. 
(B) somente o lugar onde se produziu ou deveria produzir- se o resultado. 
(C) o lugar da ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria 
produzir-se o resultado. 
(D) somente o lugar onde se produziu toda a ação ou omissão, não sendo relevante o local onde se 
produziu o resultado. 
 
13 - (2006.01) No que se refere à aplicação da lei penal brasileira, assinale a assertiva correta. 
(A) A lei posterior, que de qualquer modo favorece o agente, aplica-se aos fatos anteriores, desde 
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
(B) Quanto ao tempo do crime, o Brasil adota a teoria da ubiqüidade. 
(C) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, 
ao crime cometido no território nacional. 
(D) Segundo o princípio da personalidade ativa, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por 
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. 
 
14 - (2006.02) Se B, para testar sua nova espingarda, atirar contra o que pensa ser um espantalho, 
no milharal do vizinho, e acertar o próprio vizinho que lá fazia ioga, estaremos diante de uma 
situação de homicídio culposo em função de 
(A) erro de tipo. 
(B) erro de proibição. 
(C) descriminante putativa. 
 
(D) erro sobre a pessoa. 
 
15 - (2006.02) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas da frase 
abaixo. 
A mãe que, sob a influência do estado puerperal, mata o filho de uma terceira pessoa, supondo ser o 
seu próprio, responderá por ............ em função do ............ . 
(A) homicídio simples . erro de tipo 
(B) infanticídio . erro de proibição 
(C) infanticídio . erro sobre a pessoa 
(D) infanticídio . erro na execução 
 
16 - (2006.02) O delito de infanticídio admite 
(A) apenas a tentativa. 
(B) apenas o arrependimento eficaz. 
(C) apenas a tentativa e a desistência voluntária. 
(D) a tentativa, o arrependimento eficaz e a desistência voluntária. 
 
17 - (2006.02) No Direito Penal brasileiro, a responsabilidade do agente que comete um ilícito 
penal é 
(A) objetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente para produzir o ilícito penal. 
(B) subjetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente no resultado produzido. 
(C) subjetiva e objetiva: subjetiva, ao se considerar a intenção do agente para produzir o ilícito 
penal, e objetiva, ao se analisar o resultado produzido. 
(D) objetiva, pois devem ser consideradas a ação e a omissão do agente para produzir o ilícito 
penal. 
 
18 - (2006.03) Paulo, para defender-se da agressão de João, retira violentamente a arma que está na 
posse de Aldo, causando- lhe lesões leves, e atira contra o agressor. Neste caso, haverá 
(A) legítima defesa putativa e legítima defesa sucessiva. 
(B) estado de necessidade e exercício regular de direito. 
(C) legítima defesa e estado de necessidade. 
(D) legítima defesa e estrito cumprimento de dever legal. 
 
19 - (2006.03) Humberto, sentado no sofá de sua casa, vê, no pátio vizinho, Lúcio levantar o 
machado para atingir Michele e, sem pensar duas vezes, saca sua pistola e desfere dois tiros 
certeiros contra Lúcio, matando-o, para salvar a vida da moça. Entretanto, ao ouvir os gritos 
desesperados de Michele, apressa-se a socorrê-la, quando fica sabendo que Lúcio estivera apenas 
cortando lenha, enquanto ela arrumava o jardim. Neste caso, para defender Humberto, o que poderia 
ser alegado de acordo com a teoria limitada da culpabilidade? 
(A) Excludente de ilicitude 
(B) Descriminante putativa com o tratamento do erro de proibição 
(C) Descriminante putativa com o tratamento do erro de tipo 
(D) Erro de proibição 
 
20 - (2006.03) Sobre os pressupostos para a exclusão da culpabilidade pelo instituto jurídico-penal 
da obediência hierárquica, assinale a assertiva incorreta. 
(A) Deve a ordem ser manifestamente ilegal. 
(B) Não deve a ordem ser manifestamente ilegal. 
(C) Deve a execução limitar-se à estrita observância da ordem. 
(D) Deve haver uma relação de subordinação fundada no direito público. 
 
 
21 - (2007.01) Conforme o Código Penal brasileiro, aplica-se a lei penal brasileira para os crimes 
cometidos em território estrangeiro 
(A) nas embarcações ou aeronaves particulares brasileiras em território estrangeiro, desde que 
preenchidas as condições previstas nas alíneas do § 2º do art. 7o do Código Penal. 
(B) nas embarcações ou aeronaves particulares brasileiras em território estrangeiro, desde que 
preenchidas as condições previstas nas alíneas do § 2º do art. 7o do Código Penal e o país 
estrangeiro não os julgar. 
(C) contra a vida e a liberdade do Presidente da República, desde que preenchidas as alíneas do § 2o 
do art. 7o do Código Penal. 
(D) por brasileiro, independentemente de qualquer condição. 
 
22 - (2007.01) Carlos, motorista de caminhão, volta para casa 2 dias antes do previsto e encontra 
sua esposa, Rose, na cama com o vizinho, Raul, que foge pela janela. Pensando estar agindo em 
legítima defesa da honra, Carlos agride a adúltera, arrastando-a para o meio da rua e causando-lhe 
lesões corporais graves. Neste caso, existe 
(A) erro de permissão sobre a existência de uma causa justificante. 
(B) erro de tipo. 
(C) erro de tipo permissivo. 
(D) erro de proibição direto. 
 
23 - (2007.01) Assinale a assertiva correta. 
(A) Devido ao princípio da legalidade, não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem 
prévia cominação legal. 
(B) O princípio do devido processo legal faz referência à ampla defesa e ao triplo grau de 
jurisdição. 
(C) O princípio da legalidade veda o uso da norma penal em branco. 
(D) O princípio da dignidade humana aplica-se apenas aos processos não alcançados pelo trânsito 
em julgado da sentença penal condenatória. 
 
24 - (2007.01) Quando uma lei penal nova deixar de incriminar um fato que anteriormente era 
considerado crime, é incorreto afirmar que 
(A) tendo havido instauração de inquérito policial para apurar a ocorrência, essa deve ser arquivada; 
mas, se já houver também sido oferecida denúncia, o magistrado sequer deve recebê-la. 
(B) a abolitio criminis faz com que seja extinto o dever de indenizar na esfera civil. 
(C) o condenado apenas pela prática desse crime retornar á à condição de réu primário. 
(D) quem já está cumprindo pena privativa de liberdade, condenado pela prática de crime que 
deixou de ser considerado como tal, deverá deixar de cumprir a pena imposta. 
 
25 - (2007.01) Sobre a aplicação da lei penal, considere as assertivas abaixo. 
I - Considera-se praticado o crime apenas no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, ainda que 
outro tenha sido o lugar do resultado. 
II - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando 
diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
III - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de Direito 
Internacional, ao crime cometido no território nacional. 
Quais são corretas? 
(A) Apenas I 
(B) Apenas II 
(C) Apenas II e III 
 
(D) I, II e III 
 
26 - (2007.01) A teoria da adequação social 
(A) é causa deatipicidade pela aceitação social da ilicitude. 
(B) é causa de exclusão da ilicitude. 
(C) permite a prática de fatos típicos que não lesem o bem jurídico tutelado. 
(D) é causa de atipicidade pela aceitação social da conduta típica incriminada. 
 
27 - (2007.01) Quem pratica ato ilícito para salvar de perigo atual, que não provocou por sua 
vontade nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se, age em 
(A) estado de necessidade. 
(B) exercício regular de um direito. 
(C) legítima defesa. 
(D) vias de fato. 
 
28 - (2007.01) A estava em uma fila há mais de 2 horas, quando B tentou furá-la. A, para impedir a 
violação de um direito consuetudinário (a ordem da fila), acreditando estar abrangido pelo exercício 
regular de um direito, utilizou-se de força física e ocasionou lesão corporal seguida de morte em B. 
Nesta hipótese, a conduta de A configura 
(A) erro de proibição direto vencível. 
(B) erro de permissão sobre os limites de uma causa de justificação vencível. 
(C) erro de permissão sobre a existência de uma causa de justificação vencível. 
(D) erro de tipo permissivo vencível. 
 
29 - (2007.02) A lei posterior mais benéfica à norma excepcional tem aplicação 
(A) retroativa. 
(B) retroativa, alcançando, inclusive, os efeitos penais de sentença condenatória. 
(C) ultrativa a partir de sua entrada em vigor, isto é, não se aplica aos crimes praticados durante a 
vigência da lei excepcional. 
(D) retroativa, alcançando, inclusive, os efeitos penais e civis da sentença condenatória. 
 
30 - (2007.02) Diego, argentino, é vítima de crime praticado por Tatiana, uruguaia, a bordo de 
embarcação mercante brasileira localizada em águas territoriais chilenas. Neste caso, o Brasil 
poderá aplicar sua legislação penal 
(A) incondicionadamente pelo princípio da defesa. 
(B) desde que cumpridas as condições do art. 7o, § 2o, do Código Penal, pelo princípio da justiça 
universal. 
(C) desde que cumpridas as condições do art. 7o, § 2o, do Código Penal, pelo princípio da 
representação. 
(D) desde que cumpridas as condições do art. 7o, § 2o, do Código Penal, pelo princípio da 
representação (art. 7o, inc. II, c, do CP), e desde que o Chile não aplique sua legislação penal. 
 
31 - (2007.02) G, querendo matar L, desfecha-lhe duas facadas no abdômen e foge. Arrependido, 
volta ao local do crime para prestar socorro, mas não mais encontra L, pois ela já havia sido 
removida pela ambulância chamada por A, que a tudo assistira. Trata-se de uma hipótese de 
(A) arrependimento eficaz. 
(B) arrependimento posterior. 
(C) desistência voluntária. 
(D) tentativa de homicídio. 
 
 
32 - (2007.02) B, acreditando ser vítima de agressão injusta e iminente, que não existia de fato, 
agride C, causando-lhe lesões graves. Em sua defesa, B poderá alegar 
(A) erro de tipo. 
(B) erro de tipo permissivo. 
(C) erro de proibição direto. 
(D) erro de proibição indireto. 
 
33 - (2007.02) O desconhecimento pleno da ilicitude da conduta ordenada por superior hierárquico 
autoriza, na defesa do processo criminal competente ao qual responderão o superior e o 
subordinado, a alegação de 
(A) obediência hierárquica. 
(B) coação moral irresistível. 
(C) erro de proibição. 
(D) erro de tipo. 
 
34 - (2007.02) A imputabilidade penal dá-se a partir da 
(A) zero hora do dia em que o agente completa 18 anos. 
(B) hora de nascimento do agente no dia em que ele completa 18 anos. 
(C) data da emancipação do agente. 
(D) zero hora do dia em que o agente completa 16 anos. 
 
35 - (2007.02) A, policial militar, assiste passivamente, durante o intervalo de seus turnos de 
trabalho, ao estupro de B, praticado nas dependências de uma lanchonete no centro da Capital. 
Neste caso, A responderá pelo crime de 
(A) estupro, por força do art. 13, § 2o, a, do Código Penal. 
(B) omissão de socorro, com fundamento no art. 13, § 2o, a, do Código Penal. 
(C) omissão de socorro, pois não está na posição de garantidor. 
(D) prevaricação. 
 
36 - (2007.02) T, pretendendo matar G, desfecha-lhe um tiro fatal. Ao aproximar-se da vítima, T 
constata tratar-se de L, irmão gêmeo de G. Nesta hipótese, é correto afirmar que houve 
(A) erro de tipo. 
(B) descriminante putativa. 
(C) erro determinado por terceiro. 
(D) erro sobre a pessoa. 
 
37 - (2007.03) Que espécie de erro pode alegar uma mãe que acorrenta o filho para vê-lo afastado 
das drogas, impedindo-o de usufruir da liberdade de locomoção por mais de 6 meses, pensando agir 
ao abrigo de um estado de necessidade, caso venha a ser processada criminalmente? 
(A) Erro de tipo 
(B) Erro de proibição direto 
(C) Erro de proibição indireto 
(D) Erro de tipo permissivo 
 
38 - (2007.03) Considera-se praticado o crime 
(A) quando se comprova a materialidade. 
(B) no momento da ação ou omissão. 
(C) quando o sujeito atinge a maioridade. 
(D) antes de haver a prescrição intercorrente. 
 
 
39 - (2008.01) Com relação às causas excludentes de ilicitude (ou antijuridicidade), assinale a opção 
correta. 
(A) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar-se de perigo atual ou 
iminente que não provocou por sua vontade ou era escusável. 
(B) Supondo o agente, equivocadamente, que está sendo agredido, e repelindo a suposta agressão, 
configura-se a legítima defesa putativa, considerada na lei como caso sui generis de erro de tipo, o 
denominado erro de tipo permissivo. 
(C) Agem em estrito cumprimento do dever legal policiais que, ao terem de prender indiciado de 
má fama, atiram contra ele para dominá-lo. 
(D) O exercício regular do direito é compatível com o homicídio praticado pelo militar que, em 
guerra externa ou interna, mata o inimigo. 
 
40 - (2008.01) Acerca do princípio da inocência, assinale a opção correta. 
(A) O juiz deve ter plena convicção de que o acusado é responsável pelo delito, bastando a dúvida a 
respeito da sua culpa para absolvê-lo. 
(B) O réu tem o dever de provar sua inocência e cabe ao acusador apresentar indícios de autoria e 
materialidade. 
(C) Com a decisão de pronúncia, que reconhece a existência de crime e indícios de autoria, o nome 
do réu pode ser incluído no rol dos culpados. 
(D) A restrição à liberdade do acusado antes da sentença definitiva deve ser admitida sempre que se 
verificar o fumus boni iuris,independentemente da existência de periculum in mora. 
 
41 - (2008.01) Acerca do dolo e da culpa, assinale a opção correta. 
(A) Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica caracterizada a culpa 
imprópria e o agente responderá por delito preterdoloso. 
(B) Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta porque acredita, 
sinceramente, que esse resultado não venha a ocorrer, caracteriza-se a culpa inconsciente. 
(C) Quando o agente comete erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime, exclui-se o 
dolo, embora seja permitida a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
(D) Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal, não se abstém de 
agir e, com isso, assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia sido previsto e aceito, 
há culpa consciente. 
QUESTÃO 98 
42 - (2009.01) Em relação às causas de exclusão de ilicitude, assinale a opção incorreta. 
(A) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não 
provocou por sua vontade nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, 
nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
(B) Considera-se causa supralegal de exclusão de ilicitude a inexigibilidade deconduta diversa. 
(C) Um bombeiro em serviço não pode alegar estado de necessidade para eximir-se de seu ofício, 
visto que tem o dever legal de enfrentar o perigo. 
(D) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
43 - (2009.01) Acerca dos institutos da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do 
arrependimento posterior, assinale a opção correta. 
(A) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza responderá pelo crime consumado com causa de redução de pena de um a dois terços. 
(B) A desistência voluntária e o arrependimento eficaz, espécies de tentativa abandonada ou 
 
qualificada, passam por três fases: o início da execução, a não consumação e a interferência da 
vontade do próprio agente. 
(C) Crimes de mera conduta e formais comportam arrependimento eficaz, uma vez que, encerrada a 
execução, o resultado naturalístico pode ser evitado. 
(D) A natureza jurídica do arrependimento posterior é a de causa geradora de atipicidade absoluta 
da conduta, que provoca a adequação típica indireta, de forma que o autor não responde pela 
tentativa, mas pelos atos até então praticados. 
 
44 - (2009.01) Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo estatal, assinale a 
opção correta. 
(A) Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as ações mais 
graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-se somente de uma parte dos 
bens protegidos pela ordem jurídica. 
(B) De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode aplicar 
sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica 
dos condenados por sentença transitada em julgado. 
(C) Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as 
condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas não 
podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade. 
(D) O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal como ultima ratio, 
orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta 
só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. 
 
45 - (2009.02) Em relação à classificação das infrações penais, assinale a opção correta. 
(A) Crime unissubsistente é o que se consuma com a simples criação do perigo para o bem jurídico 
protegido, sem produzir dano efetivo. 
(B) No crime comissivo por omissão, o agente responde pelo resultado, e não, pela simples 
omissão, uma vez que esta é o meio pelo qual o agente produz o resultado. 
(C) Crimes hediondos são os previstos como tal na lei específica, e crimes assemelhados a 
hediondos são todos aqueles delitos que, embora não estejam previstos como tal na lei, causem 
repulsa social, por sua gravidade e crueldade. 
(D) Crime próprio é sinônimo de crime de mão própria. 
 
46 - (2009.02) Com relação ao dolo e à culpa, assinale a opção correta. 
(A) Caracteriza-se a culpa própria quando o agente, por erro de tipo inescusável, supõe estar diante 
de uma causa de justificação que lhe permite praticar, licitamente, o fato típico. 
(B) Considere que determinado agente, com intenção homicida, dispare tiros de pistola contra um 
desafeto e, acreditando ter atingido seu objetivo, jogue o suposto cadáver em um lago. Nessa 
situação hipotética, caso se constate posteriormente que a vítima estava viva ao ser atirada no lago, 
tendo a morte ocorrido por afogamento, fica caracterizado o dolo geral do agente, devendo este 
responder por homicídio consumado. 
(C) A conduta culposa poderá ser punida ainda que sem previsão expressa na lei. 
(D) Caracteriza-se a culpa consciente caso o agente preveja e aceite o resultado de delito, embora 
imagine que sua habilidade possa impedir a ocorrência do evento lesivo previsto. 
 
47 - (2009.02) A respeito do crime de omissão de socorro, assinale a opção correta. 
(A) A omissão de socorro classifica-se como crime omissivo próprio e instantâneo. 
(B) A criança abandonada pelos pais não pode ser sujeito passivo de ato de omissão de socorro 
praticado por terceiros. 
(C) O crime de omissão de socorro é admitido na forma tentada. 
 
(D) É impossível ocorrer participação, em sentido estrito, em crime de omissão de socorro. 
 
48 - (2009.03) Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com intenção 
homicida, dois tiros de revólver em Bernardo. Mesmo dispondo de mais munição e podendo 
prosseguir, Amaro arrependeu-se, desistiu de continuar a ação criminosa e prestou imediato socorro 
a Bernardo, levando-o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi fundamental para a 
preservação da vida do Bernardo, que, contudo, teve sua integridade física comprometida, ficando 
incapacitado para suas ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões 
provocadas pelos disparos. 
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
(A) Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. 
(B) A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a ilicitude de sua 
conduta. 
(C) A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando-o isento de pena. 
(D) Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. 
TÃO 87 
49 - (2010.01) Em relação à imputabilidade penal, assinale a opção correta. 
(A) Quanto à aferição da inimputabilidade, o CP adota, como regra, o critério psicológico, segundo 
o qual importa saber se o agente, no momento da ação ou da omissão delituosa, tem ou não 
condições de avaliar o caráter criminoso do fato e de orientar-se de acordo com esse entendimento. 
(B) A pena poderá ser reduzida se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não for inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
(C) A pena imposta ao semi-imputável não pode ser substituída por medida de segurança. 
(D) A embriaguez não acidental, seja voluntária ou culposa, completa ou incompleta, exclui a 
imputabilidade do agente que, ao tempo da ação ou omissão delituosa, for inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
50 - (2010.02) Arlete, em estado puerperal, manifesta a intenção de matar o próprio filho recém 
nascido. Após receber a criança no seu quarto para amamentá-la, a criança é levada para o berçário. 
Durante a noite, Arlete vai até o berçário, e, após conferir a identificação da criança, a asfixia, 
causando a sua morte. Na manhã seguinte, é constatada a morte por asfixia de um recém nascido, 
que não era o filho de Arlete. 
Diante do caso concreto, assinale a alternativa que indique a responsabilidade penal da mãe. 
(A) Crime de homicídio, pois, o erro acidental não a isenta de responsabilidade. 
(B) Crime de homicídio, pois, uma vez que o art. 123 do CP trata de matar o próprio filho sob 
influência do estado puerperal, não houve preenchimento dos elementos do tipo. 
(C) Crime de infanticídio, pois houve erro quanto à pessoa. 
(D) Crime de infanticídio, pois houve erro essencial. 
 
51 - (2010.03) Em 7 de fevereiro de 2010, Ana, utilizando-se do emprego de grave ameaça, 
constrange seu amigo Lucas, bem-sucedido advogado, a com ela praticar ato libidinoso diverso da 
conjunção carnal. Em 7 de agosto de 2010, Lucas comparece à delegacia policial para noticiar o 
crime, tendo sido instaurado inquéritoa fim de apurar as circunstâncias do delito. 
A esse respeito, é correto afirmar que o promotor de justiça 
(A) deverá oferecer denúncia contra Ana pela prática do crime de atentado violento ao pudor, haja 
vista que, por se tratar de crime hediondo, a ação penal é pública incondicionada. 
(B) nada poderá fazer, haja vista que os crimes sexuais, que atingem bens jurídicos personalíssimos 
da vítima, só são persequíveis mediante queixa-crime. 
 
(C) deverá pedir o arquivamento do inquérito por ausência de condição de procedibilidade para a 
instauração de processo criminal, haja vista que a ação penal é pública condicionada à 
representação, não tendo a vítima se manifestado dentro do prazo legalmente previsto para tanto. 
(D) deverá oferecer denúncia contra Ana pela prática do crime de estupro, haja vista que, com a 
alteração do Código Penal, passou-se a admitir que pessoa do sexo masculino seja vítima de tal 
delito, sendo a ação penal pública incondicionada. 
 
52 - (2010.03) Marcus, visando roubar Maria, a agride, causando-lhe lesões corporais de natureza 
leve. Antes, contudo, de subtrair qualquer pertence, Marcus decide abandonar a empreitada 
criminosa, pedindo desculpas à vítima e se evadindo do local. 
Maria, então, comparece à delegacia mais próxima e narra os fatos à autoridade policial. 
No caso acima, o delegado de polícia 
(A) deverá instaurar inquérito policial para apurar o crime de roubo tentado, uma vez que o 
resultado pretendido por Marcus não se concretizou. 
(B) nada poderá fazer, uma vez que houve a desistência voluntária por parte de Marcus. 
(C) deverá lavrar termo circunstanciado pelo crime de lesões corporais de natureza leve. 
(D) nada poderá fazer, uma vez que houve arrependimento posterior por parte de Marcus. 
53 - (2010.03) Joaquim, desejoso de tirar a vida da própria mãe, acaba causando a morte de uma tia 
(por confundi-la com aquela). 
Tendo como referência a situação acima, é correto afirmar que Joaquim incorre em erro 
(A) de tipo essencial escusável – inevitável – e deverá responder pelo crime de homicídio sem a 
incidência da agravante relativa ao crime praticado contra ascendente (haja vista que a vítima, de 
fato, não era a sua genitora). 
(B) de tipo acidental na modalidade error in persona e deverá responder pelo crime de homicídio 
com a incidência da agravante relativa ao crime praticado contra ascendente (mesmo que a vítima 
não seja, de fato, a sua genitora). 
(C) de proibição e deverá responder pelo crime de homicídio qualificado pelo fato de ter objetivado 
atingir ascendente (preserva-se o dolo, independente da identidade da vítima). 
(D) de tipo essencial inescusável – evitável –, mas não deverá responder pelo crime de homicídio 
qualificado, uma vez que a pessoa atingida não era a sua ascendente. 
54 - (V Exame Unificado) Acerca da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Se um funcionário público a serviço do Brasil na Itália praticar, naquele país, crime de 
corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), ficará sujeito à lei penal brasileira em face do 
princípio da extraterritorialidade. 
(B) O ordenamento jurídico-penal brasileiro prevê a combinação de leis sucessivas sempre que a 
fusão puder beneficiar o réu. 
(C) Na ocorrência de sucessão de leis penais no tempo, não será possível a aplicação da lei penal 
intermediária mesmo se ela configurar a lei mais favorável. 
(D) As leis penais temporárias e excepcionais são dotadas de ultra-atividade. Por tal motivo, são 
aplicáveis a qualquer delito, desde que seus resultados tenham ocorrido durante sua vigência. 
 
55 - (V Exame Unificado) Apolo foi ameaçado de morte por Hades, conhecido matador de aluguel. 
Tendo tido ciência, por fontes seguras, que Hades o mataria naquela noite e, com o intuito de 
defender-se, Apolo saiu de casa com uma faca no bolso de seu casaco. 
Naquela noite, ao encontrar Hades em uma rua vazia e escura e, vendo que este colocava a mão no 
bolso, Apolo precipita-se e, objetivando impedir o ataque que imaginava iminente, 
 
esfaqueia Hades, provocando-lhe as lesões corporais que desejava. Todavia, após o ocorrido, o 
próprio Hades contou a Apolo que não ia matá-lo, pois havia desistido de seu intento e, naquela 
noite, foi ao seu encontro justamente para dar-lhe a notícia. Nesse sentido, é correto afirmar que 
(A) havia dolo na conduta de Apolo. 
(B) mesmo sendo o erro escusável, Apolo não é isento de pena. 
(C) Apolo não agiu em legítima defesa putativa. 
(D) mesmo sendo o erro inescusável, Apolo responde a título de dolo. 
 
56 - (VI Exame Unificado) Ares, objetivando passear com a bicicleta de Ártemis, desfere contra 
esta um soco. Ártemis cai, Ares pega a bicicleta e a utiliza durante todo o resto do dia, devolvendo-
a ao anoitecer. Considerando os dados acima descritos, assinale a alternativa correta. 
(A) Ares praticou crime de roubo com a causa de diminuição de pena do arrependimento posterior. 
(B) Ares praticou atípico penal. 
(C) Ares praticou constrangimento ilegal. 
(D) Ares praticou constrangimento legal com a causa de diminuição de pena do arrependimento 
posterior. 
57 - (VII Exame Unificado) John, cidadão inglês, capitão de uma embarcação particular de bandeira 
americana, é assassinado por José, cidadão brasileiro, dentro do aludido barco, que se encontrava 
atracado no Porto de Santos, no Estado de São Paulo. Nesse contexto, é correto afirmar que a lei 
brasileira 
(A) não é aplicável, uma vez que a embarcação é americana, devendo José ser processado de acordo 
com a lei estadunidense. 
(B) é aplicável, uma vez que a embarcação estrangeira de propriedade privada estava atracada em 
território nacional. 
(C) é aplicável, uma vez que o crime, apesar de haver sido cometido em território estrangeiro, foi 
praticado por brasileiro. 
(D) não é aplicável, uma vez que, de acordo com a Convenção de Viena, é competência do Tribunal 
Penal Internacional processar e julgar os crimes praticados em embarcação estrangeira atracada em 
território de país diverso. 
 
58 - (VII Exame Unificado) Filolau, querendo estuprar Filomena, deu início à execução do crime de 
estupro, empregando grave ameaça à vítima. Ocorre que ao se preparar para o coito vagínico, que 
era sua única intenção, não conseguiu manter seu pênis ereto em virtude de falha fisiológica alheia à 
sua vontade. Por conta disso, desistiu de prosseguir na execução do crime e abandonou o local. 
Nesse caso, é correto afirmar que 
(A) trata‐se de caso de desistência voluntária, razão pela qual Filolau não responderá pelo crime de 
estupro. 
(B) trata‐se de arrependimento eficaz, fazendo com que Filolau responda tão somente pelos atos 
praticados. 
(C) a conduta de Filolau é atípica. 
(D) Filolau deve responder por tentativa de estupro. 
 
59- (IX Exame Unificado) Acerca das causas excludentes de ilicitude e extintivas de punibilidade, 
assinale a afirmativa incorreta. 
A) A coação moral irresistível exclui a culpabilidade, enquanto que a coação física irresistível exclui a 
 
própria conduta, de modo que, nesta segunda hipótese, sequer chegamos a analisar a tipicidade, pois 
não há conduta penalmente relevante. 
B) Em um bar, Caio, por notar que Tício olhava maliciosamente para sua namorada, desfere contra 
este um soco no rosto. Aturdido, Tício vai ao chão, levantando-se em seguida, e vai atrás de Caio e o 
interpela quando este já estava saindo do bar. Ao voltar-se para trás, atendendo ao chamado, Caio é 
surpreendido com um soco no ventre. Tício praticou conduta típica, mas amparada por uma causa 
excludente de ilicitude. 
C) Mévio, atendendo a ordem dada por seu líder religioso e, com o intuito de converter Rufus, 
permanece naresidência deste à sua revelia, ou seja, sem o seu consentimento. Neste caso, Mévio, 
mesmo cumprindo ordem de seu superior e mesmo sendo tal ordem não manifestamente ilegal, pratica 
crime de violação de domicílio (Art. 150 do Código Penal), não estando amparado pela obediência 
hierárquica. 
D) O consentimento do ofendido não foi previsto pelo nosso ordenamento jurídico-penal como uma 
causa de exclusão da ilicitude. Todavia, sua natureza justificante é pacificamente aceita, desde que, 
entre outros requisitos, o ofendido seja capaz de consentir e que tal consentimento recaia sobre bem 
disponível. 
60) (IX Exame Unificado) Jaime, brasileiro, passou a morar em um país estrangeiro no ano de 1999. 
Assim como seu falecido pai, Jaime tinha por hábito sempre levar consigo acessórios de arma de fogo, 
o que não era proibido, levando-se em conta a legislação vigente à época, a saber, a Lei n. 9.437/97. 
Tal hábito foi mantido no país estrangeiro que, em sua legislação, não vedava a conduta. Todavia, em 
2012, Jaime resolve vir de férias ao Brasil. Além de matar as saudades dos familiares, Jaime também 
queria apresentar o país aos seus dois filhos, ambos nascidos no estrangeiro. Ocorre que, dois dias após 
sua chegada, Jaime foi preso em flagrante por portar ilegalmente acessório de arma de fogo, conduta 
descrita no Art. 14 da Lei n. 10.826/2003, verbis: “Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda 
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar”. 
Nesse sentido, podemos afirmar que Jaime agiu em hipótese de 
A)erro de proibição direto. 
B)erro de tipo essencial. 
C)erro de tipo acidental. 
D) erro sobre as descriminantes putativas. 
 61) (IX Exame Unificado)José subtrai o carro de um jovem que lhe era totalmente desconhecido, 
chamado João. Tal subtração deu-se mediante o emprego de grave ameaça exercida pela utilização de 
arma de fogo. João, entretanto, rapaz jovem e de boa saúde, sem qualquer histórico de doença 
cardiovascular, assusta-se de tal forma com a arma, que vem a óbito em virtude de ataque cardíaco. 
Com base no cenário acima, assinale a afirmativa correta. 
A) José responde por latrocínio. 
B) José não responde pela morte de João. 
 
C) José responde em concurso material pelos crimes de roubo e de homicídio culposo. 
D) José praticou crime preterdoloso. 
62- Em relação ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa correta. 
A) O princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da culpabilidade. A conduta do 
agente, embora típica e ilícita, não é culpável. 
B) A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de 
reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo 
Tribunal Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do princípio da 
insignificância. 
C) A jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em admitir a aplicação do 
princípio da insignificância em crimes praticados com emprego de violência ou grave ameaça à pessoa 
(a exemplo do roubo). 
D) O princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de pena. 
63- Analise as hipóteses abaixo relacionadas e assinale a alternativa que apresenta somente causas 
excludentes de culpabilidade. 
A) Erro de proibição; embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior; coação moral 
irresistível. 
B) Embriaguez culposa; erro de tipo permissivo; inimputabilidade por doença mental ou por 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado. 
C) Inimputabilidade por menoridade; estrito cumprimento do dever legal; embriaguez incompleta. 
D) Embriaguez incompleta proveniente de caso fortuito ou força maior; erro de proibição; obediência 
hierárquica. 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 – A 02 - B 03 - B 04 - D 05 - B 06 - A 07 - B 08 - A 09 - B 10 - B 
11 – A 12 - C 13 - C 14 - A 15 - C 16 - D 17 - B 18 - C 19 - C 20 - A 
21 – B 22 - A 23 - A 24 - B 25 - C 26 - D 27 - A 28 - B 29 - C 30 - D 
31 – D 32 - B 33 - C 34 - A 35 - A 36 - D 37 - C 38 - B 39 - B 40 - A 
41 – C 42 - B 43 - B 44 - D 45 - B 46 - B 47 - A 48 – D 49 - B 50 - C 
 
51 – C 52 - C 53 - B 54 - A 55 - A 56 - C 57 - B 58 - D 59 - B 60 - A 
61 – B 62 - B 63 - A 
 
Questões Dissertativas 
01) Larissa, senhora aposentada de 60 anos, estava na rodoviária de sua cidade quando foi abordada 
por um jovem simpático e bem vestido. O jovem pediu‐lhe que levasse para a cidade de destino uma 
caixa de medicamentos para um primo, que padecia de grave enfermidade. Inocente, e seguindo seus 
preceitos religiosos, a Sra. Larissa atende ao rapaz: pega a caixa, entra no ônibus e segue viagem. 
Chegando ao local da entrega, a senhora é abordada por policiais que, ao abrirem a caixa de remédios, 
verificam a existência de 250 gramas de cocaína em seu interior. 
Atualmente, Larissa está sendo processada pelo crime de tráfico de entorpecente, previsto no art. 33 da 
lei n.11.343, de 23 de agosto de 2006. 
Considerando a situação descrita e empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente, responda: qual a tese defensiva aplicável à Larissa?

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