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RELATÓRIO COLORAÇÃO DE GRAM

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Microbiologia Básica 
Charles Eduardo Lazzaretti
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
COLORAÇÃO DE GRAM
Caxias do Sul 
2019
1 Introdução
A Coloração de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram. Ela é um dos procedimentos de coloração mais úteis, pois classifica as bactérias em dois grandes grupos: gram-positivas e gram-negativas.
Consiste na coloração com três corantes em uma lamina com amostra microbiológica, para posteriormente realizar uma análise microscópica e seu diagnóstico.
2 Objetivo
Compreender como ocorre a Coloração de Gram, quais as condições que permitem a absorção de corantes nas bactérias, porque isso ocorre, como isso é interpretado no diagnóstico e sua importância no tratamento de patologias.
3 Materiais e Métodos
3.1 Materiais
- Lâmina;
- Álcool etílico;
-Água destilada;
- Cotonete(swab);
- Lugol;
- Fucsina Básica;
- Violeta cristal;
- Amostra biológica (conteúdo ocular de felino);
- Microscópio ótico;
3.2 Métodos
Realizou-se um esfregaço da amostra com agua destilada;
Fixou-se em chama a amostra na lâmina;
Corou-se com violeta cristal por um minuto, após lavado com água;
Aplicou-se Lugol por um minuto, após lavou-se com álcool etílico por vinte segundos;
Retirou-se o álcool com agua depois de um minuto;
Corou-se com fucsina por um minuto, após lavou-se com agua por um minuto;
Secou-se com pressão utilizando pressão;
Observou-se no microscópio ótico;
4 Resultados e Discussão
O corante púrpura e o iodo se combinam no citoplasma de cada bactéria, corando-a de violeta escuro ou púrpura. As bactérias que retêm essa cor após a tentativa de descolori-las com álcool são classificadas como gram-positivas; as bactérias que perdem a cor violeta escuro ou púrpura após a descoloração são classificadas como gram-negativas
Como as bactérias gram-negativas são incolores após a lavagem com álcool, elas não são mais visíveis. É por isso que o corante básico safranina(fucsina) é aplicado, ele cora a bactérias gram-negativas de rosa.
Os diferentes tipos de bactérias reagem de modo distinto à coloração de Gram, pois diferenças estruturais em suas paredes celulares afetam a retenção ou a liberação de uma combinação de cristal violeta e iodo, denominada complexo cristal violeta-iodo (CV-I).
Esse complexo é maior que a molécula de cristal violeta que penetrou na célula e, devido a seu tamanho, não pode ser removido da camada intacta de peptideoglicano das células gram-positivas pelo álcool.
Nas células gram-negativas, contudo, a lavagem com álcool rompe a camada externa de lipopolissacarídeo, e o complexo CV-I é removido através da camada delgada de peptideoglicano.
Na análise realizada na aula citada neste relatório, foram observados predominantemente estafilococos gram-positivos e cocos gram-negativos em menor quantidade, ambos em quantidades normais por campo para a amostra coletada.
5 Conclusão
Compreendeu-se os métodos e resultados obtidos pela Coloração de Gram, a sua importância para o diagnóstico e tratamento de inúmeras patologias, também pôde-se aprimorar o conhecimento sobre a morfologia e fisiologia das bactérias.
6 Referências bibliográficas
TORTORA, G.J; FUNKE, B.R; CASE, C.L. Microbiologia. 10. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

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