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Resumo Farmacologia Av1 RCD 2019.01

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C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
Universidade Estacio de Sá
Resumo Famacologia 2019.01
Ricardo Cortes
Famacologia - Definição: Ciência que estuda as alterações fisiológicas promovidas pelo uso 
de substâncias químicas e a interação dessas substâncias com sistemas biológicos
Áreas de Estudo:
FARMACODINÂMICA - Estudo do mecanismo de ação das drogas, seus receptores farmacológicos e 
seus efeitos desejáveis e indesejáveis
FARMACOCINÉTICA - Estudo do MOVIMENTO de ação do fármaco, desde a sua administração até a 
sua eliminação
FARMACOTÉCNICA - Preparo de medicamentos em sua melhor forma farmaceutica.
FARMACOGNOSIA - Substâncias de origem vegetal, mineral e animal para possíveis ações 
farmacológicas
FITOTERAPIA - Visa o uso de vegetais para fins farmacológicos
FARMACOVIGILÂNCIA - Controle de medicamentos quanto a reações adversas, prazo de validade, 
composição, entre outras.
==> TERMINOLOGIA
- SUBSTÂNCIA QUÍMICA: união de elementos químicos em diferentes proporções
- DROGA : Qualquer agente químico que afete os processos vitais. Pode ser 
medicamento ou tóxico
- MEDICAMENTO : TODA preparação farmaceutica contendo um ou mais fármacos, 
destinada ao diagnóstico, prevenção ou tratamento das doenças e seus sintomas.
- FÁRMACO : Substância química que é o princípio ativo do medicamento
- TOXICO : Substância de estrutura definida que altera o estado fisiológico e 
patológico, sendo prejudicial ao organismo
BIODISPONIBILIDADE:
 -- É a fração de droga inalterada que chega à circulação sistêmica após administrada por 
determinada via de administração. 
 -- Indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de 
dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção 
na urina.
obs: Velocidade de absorção = Início da ação; Cmax = Eficácia/Toxidade; 
--> FATORES QUE REGULAM A BIODISPONIBILIDADE: Via de Administração, Absorção e Solubilidade, 
Efeito de 1a passagem, Instabilidade Química
FÁRMACOS BIOEQUIVALENTES: Taxa e extensão de biodisponibilidade do princípio ativo em dois 
produtos não são significativamente diferentes em condições adequadas de teste.
==> VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
- ENTERAL: Oral, Retal, Sublingual
- PARENTERAL: Diretas, Indiretas
Formas Farmacêuticas: preparações constituidas por um ou mais Fármacos associados.
- líquidas
-- Soluções : preparações que contém um ou mais fármacos dissolvidos em água. 
Administração por via parenteral e enteral. ex: Soluções orais , Otológicas , Oftálmicas , 
Colutórios ,Injetáveis
-- Xaropes : preparações líquidas aquosa viscosa (grande quantidade de açúcar) pode 
conter mais de um princípio ativo;
-- Elixires : fármacos dissolvidos em água e álcool. 
 Obs.: O álcool melhora a estabilidade do produto. Pode ser diluido em água.
-- Emulsões : preparação obtida por dispersão de duas fases líquidas imissíveis. 
-- Suspensões: dispersão de partícula sólida do fármaco em um líquido aquosos não solúvel. 
- Sólidas
-- Comprimidos: forma farmacêutica sólida obtida por compressão da mistura de pós. 
-- Drágeas: forma farmacêutica sólida recoberta por uma camada gastroresistente. Possui 
camadas de açúcar, cêras e outros adjuvantes. 
-- Cápsulas: constituido por invólucro de gelatina. Pode ser dura ou mole. 
-- Óvulos: formas farmacêuticas sólidas, que como os supositórios, se fundem e 
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C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
liquefazem à tempertura corporal. Aplicação no interior vaginal.
-- Supositórios: são formas farmacêuticas de consistência firme, de forma cônica, 
destinadas a serem inseridas no reto, onde devem desintegrar-se ou fundir-se a 
temperatura do organismo, liberando o fármaco, exercendo efeito local ou sistêmico. 
- Semi-Sólidas
-- Pomadas e pastas: constituída de base monofásica (óleos – pomadas), podem estar 
dispersos fármacos sólidos ou líquidos.
-- Géis: constituidos a partir de agentes gelificantes.
-- Cremes: preparações farmacêuticas semi-sólidas que contém um ou mais agentes 
medicinais dissolvidos ou dispersos em emulsão
==> METABOLISMO E ELIMINAÇÃO
ABSORÇÃO: É a transferência de um fármaco desde o seu local de administração até a corrente 
sanguínea.
OBS: A velocidade e a eficiência da absorção dependem da via de administração que o fármaco 
é aplicado.
--> FATORES IMPORTANTES NA ABSORÇÃO
-- LIGADOS AO MEDICAMENTO: Lipossolubilidade, Peso Molecular, Grau de Ionização, Concentração;
-- LIGADOS AO ORGANISMO : Vascularização do local, Superfície de absorção, Permeabilidade 
Capilar, fluxo sanguíneo, motilidade do TGI, Velocidade do Esvaziamento Gástrico
--> BIOTRANSFORMAÇÃO HEPÁTICA 
- REAÇÃO DE FASE I
CONVERTEM A DROGA ORIGINAL EM METABÓLITO MAIS POLAR; PODEM FORMAR COMPOSTOS ATIVOS(MAIS 
COMUM) OU INATIVOS; PREPARAM A DROGA PARA SOFRER REAÇÕES DE FASE II;
- REAÇÃO DE FASE II
Reações de conjugação ou acoplamento; 
Adição de um substrato endógeno como ácido glicurônico, ác. acético, ác. sulfúrico ou 
aminoácidos para formação de compostos polares. 
Pode ser dependente das reações de fase I 
Ocorre fixação de um grupo substituinte 
O conjugado resultante é quase sempre farmacologicamente inativo e altamente hidrossolúvel. 
obs.: alguns fármacos só se tornam ativos após a metabolização
EXPLICAÇÃO: BIOTRANSFORMAÇÃO Deve transformar moléculas lipossolúveis em hidrossolúveis para 
serem eliminadas. REAÇÕES DE FASE I, consistem em oxidação, redução ou hidrólise, 
 e que as REAÇÕES DE FASE II, em conjugação. As reações de fase 1, vão converter 
a droga num metabolito mais pol ar, podendo formar compostos ativos 
(mais comum) ou inativos. Essa fase é preparatória para as reações de fase 2. 
Essa fase tem importante participação de uma enzima que fica no fígado,
conhecida como CITOCROMO P450,sendo um complexo formado por inúmeras enzimas. 
Nas reações de fase 2, temos a conjugação ou acoplamento, que consiste na adição
de um substrato endógeno como ácido glicurônico, acido acético ou acido 
sulfúrico e ainda aminoácidos para a formação de compostos polares. Ainda 
sobre elas,
podemos acrescentar que o conjugado resultante é quase sempre farmacologicamente 
inativo,diferente da fase 1 e altamente hidrossolúvel. Todavia,existem algumas
exceções em que o fármaco só fica ativo depois de passar por essa etapa de 
biotransformação, à esses compostos damos o nome de PRÓ-FÁRMACO.A fase 1 não é 
um 
processo obrigatório, variando de droga para droga e diferente da fase 2, 
obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a 
excreção.
-- EFEITOS DE PRIMEIRA PASSAGEM
Alguns fármacos são eliminados com tanta eficácia pelo fígado ou parede intestinal que a 
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C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
quantidade que chega a circulação sistêmica é consideravelmente menor do que a absorvida.
A isso se chama metabolismo de primeira passagem ou pré-sistemico, que reduz a 
biodisponibilide do fármaco, mesmo quando ele é bem absorvido no intestino. O metabolismo 
pré-sistêmico
é importante para muitos fármacos terapêuticos. Os problemas são:
 - é necessária uma dose muito maior do fármaco quando administrado oralmente do que por 
via parental;
 - ocorrem grandes variações individuais na extensão do metabolismo de primeira passagem;
 Metabolização precoce de fármacos, devido ao transporte inicial do sistema porta até o 
fígado.
- FATORES RELACIONADOS AO INDIVÍDUO QUE PIORAM A BIOTRANSFORMAÇÃO: 
É importante ser capaz de prever em quais pacientes o fármaco provavelmente tem sua 
meia-vida alterada. A meia-vida do fármaco é aumentada por: 
 - Diminuição do fluxo plasmático renal ou do sanguíneo hepático (p. ex ., em choquecardiogênico, insuficiência cardíaca ou hemorragia) ; 
 - Diminuição na capacidade de extrair o fármaco do plasma, por exemplo, na doença renal ; 
 - Diminuição da biotransformação, por exem plo, quando outros fármacos inibem a 
biotransformação ou na insuficiência hepática, como na cirrose. 
 Ela pode ser diminuída por 
 - aumento do fluxo sanguíneo hepático; 
- menor ligação às proteínas 
- aumento da biotransformação. 
-- ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS : Excreção renal, excreção biliar, excreção pulmonar, outros 
fluídos: Saaliva, suor, fezes, leite materno, lágrimas, secreção nasal, etc...
--- Depende dos seguintes fatores: Concentração plasmática, Concentração Urinária, Volume 
urinário
obs.: Os metabólitos são excretados mais rapidamente que o fármaco original
 METABÓLITO - Produto do metabolismo de uma determinada molécula ou substância. 
 Drogas com alta ligação às proteínas plasmáticas são pouco filtradas
 Drogas são transferidas para a luz tubular através de capilares peritubulares nos 
túbulos proximais
 Drogas lipossolúveis - LENTAMENTE excretadas ; Drogas hidrossolúveis - RAPIDAMENTE 
excretadas;
-- DEPURAÇÃO OU CLEARENCE :Quanto de plasma é necessário ser filtrado por unidade de tempo 
para que a substância seja eliminada;
-- REABSORÇÃO TUBULAR: É a passagem das substâncias contidas nos túbulos renais para a 
corrente sanguínea; 
==> ALVOS QUÍMICOS, TIPOS DE RECEPTORES, INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR, DOSE-RESPOSTA, 
ANTAGONISMO (ATENÇÃO NESTA PARTE)
-- AÇÃO DOS FÁRMACOS: Os efeitos da maioria das drogas resulta da sua interação com 
componentes macromoleculares do organismo. (Grau de especificidade, Capacidade de inibir a 
contração músculo esquelético)
-- RECEPTORES: Proteínas possuidoras de um ou mais sítios que, quando ativados por 
substâncias endógenas, são capazes de desencadear uma resposta fisiológica. 
 local onde o fármaco interage e produz um efeito farmacológico. 
-- SITIOS DE AÇÃO: Locais onde as substâncias endógenas ou exógenas (fármacos) interagem 
para promover uma resposta fisiológica ou farmacológica. 
-- PARA PRODUZIR EFEITO FARMACOLOGICO: Afinidade pelo receptor (capacidade de se ligar), 
Atividade Intrínseca (Depois de ligar, capacidade de ativar)
-- ALVOS FARMACOLÓGICOS: 
 - Receptores – receptores β1 cardíacos, muscarínicos, etc; 
 - Enzimas – cicloxigenase, acetilcolinesterase;
 - Proteínas Transportadoras – transportador K/Na/2Cl 
 - Canais Iônicos – anestésicos locais 
 - Ácidos Nucléicos – antineoplásicos
-- Duração da ação dos Fármacos:
- Efeito dura apenas enquanto o fármaco ocupa o a molécula receptora. 
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C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
- Efeito pode persistir até que o complexo fármaco-molécula receptora seja destruída ou 
dessensibilizada. 
-- Propriedades:
 - Afinidade;
- Especificidade – alterações na estrutura de um fármaco podem aumentar ou diminuir 
acentuadamente a especificidade de um fármaco pelo alvo;
 obs.: a ativação de um mesmo subtipo de receptor (ou enzima ou molécula 
transportadora, etc) em tecidos diferentes podem causar efeitos diferentes 
- Saturabilidade – o número total de componentes macromoleculares limita com frequência 
o efeito máximo que um fármaco pode produzir.
- Seletividade - é um termo que significa que o fármaco pode ativar ou inibir 
p referencialmente um subgrupo de receptores ativar outros subgrupos. 
 obs.: Quanto maior a afinidade e especificidade de um fármaco pelo seu receptor, mais 
seletivo ele se apresenta!
-- TIPOS DE RECEPTORES: 
- RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEÍNA G
- RECEPTORES QUE CONSTITUEM CANAIS IONICOS RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEINA
- RECEPTORES QUE CONSTITUEM ENZIMAS TRANSMEMBRANARES 
- RECEPTORES INTRACELULARES
-- Ligantes tem que ser lipofílicos para atravessar a membrana;
-- Ligante atravessa a membrana, encontra o receptor e desencadeia respostas de 
aumento ou diminuição de transcrição gênica. 
 Tempo para início do efeito e efeito prolongado (efeito envolve transcrição gênica.
-- DESSENSIBILIZAÇÃO DE RECEPTORES
- REVERSÍVEL: A ligação reduz a resposta ao agonista.
 Com a retirada do mesmo há reversão do processo.
- DOWN-REGULATION OU REGULAÇÃO NEGATIVA DE RECEPTORES: receptores são internalizados 
ex.: Uso contínuo de broncodilatadores
- UP-REGULATION OU REGULAÇÃO POSITIVA DE RECEPTORES: aumento do número de receptores na 
membrana ex.: uso prolongado de beta-bloqueadores (retirada deve ser gradual)
-- DOSE RESPOSTA: 
 - A concentração no local da ação controla o efeito.
 - Os dados da relação dose-reposta são classicamente esquematizados com a dose no eixo 
x e o efeito medido (resposta) no eixo y.
 obs.: 
 - O efeito do fármaco é uma função da dose e do tempo. As curvas ajuda a 
determinar a dose necessária para alcançar o efeito desejado.
 - O índice terapêutico (razão da concentração tóxica mínima para a concentração 
média efetiva) ajuda a determinar a eficácia e a segurança do fármaco.
 - O aumento da dose de um fármaco com um índice terapêutico pequeno amplia a 
probabilidade de toxicidade ou ineficácia do fármaco. 
-- Ação dos Fármacos: 
- Efeito agonista e antagonista
- Agonistas Totais: Tem afinidade pelo receptor. Produzem efeito máximo, tem 
atividade intrinseca=1 (100%), afinidade variável, efetividade alta
 obs: Simulam efeitos de compostos reguladores endógenos;
- Agonistas Parciais: Tem afinidade pelo receptor. Não produz efeito 
máximo.Atividade intrínsseca entre 0 e 1, afinidade variável, efetividade 
intermediária
 obs: parcialmente eficazes como agonistas;
- Agonistas Inverso: Se liga no receptor e produz resposta biológica oposta à do 
agonista natural. 
- Antagonistas: Tem afinidade pelo receptor. Não produz reposta direta. Atividade 
intrínsseca = 0. afinidade variável, efetividade nula
 obs.: bloqueiam a ligação de compostos reguladores endógenos, inibindo sua ação.
- A interação molecular da droga com o receptor pode gerar um efeito agonista ou um 
efeito antagonista, gerando uma resposta orgânica 
 ou impedindo que essa resposta ocorra respectivamente. 
 - Neurotransmissor: Acetilcolina (Ach) 
 - Receptores: 
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C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
 -- Nicotínico : ionotrópico, Fibras Musculares esqueléticas, Abertura de canais de 
Na ; 
 -- Muscarínico : Metabotrópico, Fibras Musculares cardíacas, Fibras musculares 
lisas, Abertura de canais de K (hiperpolarização)
- Agonistas: Muscarina/Nicotina; 
- Antagonistas: Atropina/Curare;
- Tipos de Antagonismo:
- Antagonismo químico - Interação em solução
- Antagonismo farmacocinético - Um fármaco que afeta a absorção, o metabolismo ou a 
eliminação de outro 
- Antagonismo competitivo - Ambos os fármacos competem pela ligação ao mesmo 
receptor podendo ser reversível e irreversível 
- Antagonismo não competitivo - O antagonista interfere na relação receptor/efetor 
- Antagonismo fisiológico - Dois agentes que produzem efeitos fisiológicos opostos 
==> Farmacologia do SNA e motor somático
-- SNA : Conduz impulsos do SNC para a musculatura lisa, músculo cardíaco, glândulas e 
outras funções involuntárias. Responsável pela manutenção da homeostase.
 - Parassimpático: está caracterizado por neurônios pré-sinápticos colinérgicos longos e 
neurônios pós-sináptico colinérgicos muscarínicos com seus gânglios próximos ao alvos;
 - Simpatico: caracterizado por neurônios pré-sinápticos colinérgicos curtos e neurônios 
noradrenérgicos longos da cadeia até os órgãos;
 explicação: - Exerce controle sob os movimentos involuntários do meio interno e vísceras.
 - Comanda a musculatura lisa e cardíaca, bem como o funcionamento de 
glândulas sem o comando consciente.
 - O controle do SNAocorre, em sua maior parte, no HIPOTÁLAMO. Lá, as 
informações são recebidas e respostas são produzidas.
Estrutura do SNA:
 - Possui 2 principais divisões: SNA Simpático e SNA Parassimpático.
 - O estímulo dado pelo SNA pode ser excitatório ou inibitório.
 - O sistema é formado, basicamente, por dois neurônios e um gânglio:
 - Após o neurônio pós-ganglionar localiza-se o órgão efetor.
 - O neurônio pós- ganglionar pode liberar os neurotransmissores 
ACETILCOLINA ou NORADRENALINA sob o órgão efetor.
 - Já o neurônio pré- ganglionar libera apenas o neurotransmissor 
ACETILCOLINA.
 - Quanto ao comprimento das fibras nervosas, no SNA Simpático os fibra pré- 
ganglionares são curtas, enquanto as pós- ganglionares são longas.
 - No SNA Parassimpático, as fibras pré-ganglionares são longas e as pós- 
ganglionares são curtas.
 - Diferenças farmacológicas:
- A principal diferença é o neurotransmissor liberado pelo neurônio pós- 
ganglionar, afinal no pré- ganglionar libera-se sempre a acetilcolina.
 - Neurônios COLINÉRGICOS: aqueles que liberam acetilcolina.
 - Neurônios ADRENÉRGICO: aqueles que liberam noradrenalina. 
- Parassimpático:
 -- O fato dos neurônios parassimpáticos liberarem apenas acetilcolina garante uma ação 
localizada. Isso, porque ela é rapidamente degradada pela enzima acetilcolinesterase,
presente nas fendas sinapticas.
- Simpático:
 -- A noradrenalina é o neurotransmissor mais utilizado por neurônios pós- sinapticos 
simpáticos. Isso, pois ela leva um maior tempo para ser degradada, podendo chegar ao 
sangue.
Essa característica aumenta a ação da noradrenalina.
--> CONCEITOS IMPORTANTES PRA K (PALAVRÃO MESMO !)
 - Todas as fibras motoras que saem (pré- ganglionares) do SNC liberam 
acetilcolina, a qual age em receptores nicotínicos. 
 - Todas as fibras nervosas parassimpáticas pós- ganglionares liberam 
acetilcolina, a qual age em receptores muscarínicos. 
 - Todas as fibras simpáticas pós- ganglionares (exceção: glândulas 
salivares> acetilcolina) liberam noradrenalina, que pode atuar em receptores ALFA ou 
-5-
C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
BETA adrenérgicos. 
- Outros transmissores (de menor foco) atuam no SNA. Esses, são 
conhecidos como NANC (não adrenérgicos, não colinérgicos). Ex.: GABA, dopamina, 
ATP, etc. 
Nunca esquecer: acetilcolina está presente no SNA parassimpático e também do 
simpático. 
 -As ações cólinérgícas podem ser divididas em MUSCARÍNICAS e 
NICOTÍNICAS. 
 * Isso, porque algumas ações se assemelham aos efeitos da 
substância musicaria e outros aos efeitos da nicotina. 
-Efeitos muscarínicos ocorrem quando a acetilcolina é liberada em 
terminações pós-ganglionares parassimpáticas, salvo 2 excessões: 
I) Acetilcolina provoca secreção de glândulas sudoríparas 
invervadas pelo SNA simpático (fibras colinérgicas). 
II) Efeito indireto da acetilcolina que gera vasodilatação 
generalizada, através da ação sob células endoteliais as 
quais, 
 por sua vez, liberam óxido nítrico (responsável pelo 
relaxamento muscular). 
* Por que são ações consideradas excessões? Porque resultam em 
efeito muscarínico, porém não possuem inervação parassimpática. 
-Receptores nicotínicos: 
 - Divididos em 3 classes: 
 a) Musculares (confinados à junção neuromuscular) 
 b) Ganglionares (transmissão de glânglios autônomos) 
 c) SNC (espalhados por todo o cérebro). 
 - Os receptores nicotínicos são canais iônicos controlados por ligantes. 
 - Já foram identificados 17 diferentes membros da família, classificados em α, β, γ, δ e 
ε. 
 * Resposta da Membrana em receptores musculares (pós- ganglionar): 
 . Resposta excitatória 
 . Aumento da permeabilidade a cátions (principalmente N e K) 
 * Resposta da Membrana em receptores ganglionares (pós- ganglionar): 
 . Resposta excitatória 
 . Aumento da permeabilidade a cátions (principalmente N e K) 
 * Resposta da Membrana em receptores do SNC (pré e pós- ganglionar): 
 . Resposta excitatória 
 . Aumento da permeabilidade a cátions (principalmente N e K) 
-Receptores muscarínicos: 
 - São receptores do tipo acoplados à proteína G. 
 - Classificados em 5 tipos: M1, M2, M3, M4 e M5. 
 - M1, M3 e M3 são receptores acoplados à proteína Gq, ativando a via PLC. 
 - Já M2 e M4 são receptores acoplados à proteína Gi, inibindo a adenilato 
ciclase e reduzindo níveis de AMPc. 
 - Além disso, todos os receptores ativam a via MAP QUINASE. 
 - Tipos: 
 a) M1: são “neuronais” 
 . Encontrados em neurônios do SNC e periférico e nas células parietais do 
estômago. 
 . São mediadores dos efeitos excitatórios. 
 . Envolvidos também no aumento da secreção ácida do estômago, que ocorre 
após estimulação vagal. 
 b) M2: são “cardíacos” 
 . Encontrados no coração e em terminações pré- sinápticas de neurônios periféricos e 
centrais. 
 . Exercem efeito inibitório por meio da aumento de potássio e inibição dos 
canais de cálcio. 
 . Atuam na inibição colinérgica no coração e na inibição pré- sináptica no 
SNC e periférico. 
c) M3: são “glandulares/ do músculo liso” 
 . Atuam na estimulação das secreções glandulares e na contração do músculo 
liso e vísceras. 
 . Mediam o processo de relaxamento da musculatura lisa, que resulta na 
Liberação de óxido nítrico das células vizinhas. 
 d) M4 e M5: 
 . Grande parte deles está restrita ao SNC. 
-6-
C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
 . Papel funcional não muito esclarecido. 
 obs.: M2 e M3 atuam juntos na musculatura lisa das vísceras e contribuem para o 
efeito estimulante da musculatura lisa. 
 obs.: M1 e M3 controlam a secreção de citrinas pelos linfócitos. Já M2 e 
M4 afetam a proliferação celular em diversos casos. 
 - Efeitos muscarínicos: 
 . Miose e acomodação visual, através da atuação no músculo constritor da 
pupila e músculo ciliar (M3) 
 . Contração da musculatura lisa (M3) 
 . Redução da frequência cardíaca, velocidade de condução e força de batimento 
(M2). 
 . Vasodilatação (M3). 
 . Queda de pressão arterial (M2). 
 . Estimulação de glândulas (M3). 
-Síntese e liberação da acetilcolina: 
 - A acetilcolina é sintetizada no interior da terminação nervosa a partir da COLINA. 
 - Como? 
 I) A colina é levada para dentro da terminação por um transportador específico. 
 II) A colina livre é acetilada pela enzima colina acetiltransferase (CAT), 
presente no citosol, que faz a transferencia do grupo acetil do AcetilCoA para a colina. 
 III) Forma-se a acetilcolina. 
 - A acetilcolina sintetizada é armazenada em vesículas sinápticas. 
 - A liberação dessas vesículas ocorre por exocitose, a qual é desencadeada 
pela entrada de cálcio na terminação nervosa. 
 - Quando liberada a acetilcolina difunde-se pela fenda sinaptica e atinge 
os receptores presentes na célula pós- sinaptica. 
 - Uma boa parte da acetilcolina liberada é hidrolisada antes mesmo de 
ocupar receptores, pela enzima acetilcolinesterase. 
 - Após a ligação aos receptores (cerca de 2 mi lissegundos) a acetilcolina 
é hidrolisada. Essa ação rápida garante a ação local do transmissor, 
 sendo útil em repostas musculares rápidas e impulsos de alta frequência. 
 - Receptores M2 inibitórios atuam em terminaçõess parassimpáticas pó-s 
ganglionares, levando à inibição da liberação de acetilcolina. Contribuem, 
assim, 
 paraa modulação pré-sináptica. 
 - Tratando ainda de modulação pré- sináptica, pode-se destaca r a ação de 
receptores nicotínicos pré- sinápticos na junção neuromuscular, facilitando 
 a liberação de acetilcolina. 
- Principais mecanismos do bloqueio farmacológico da acetilcolina: 
 - Inibição da captação de colina 
 - Inibição da liberação da acetilcolina. 
 - Bloqueio dos receptores pós- sinápticos. 
 - Bloqueio de canais iônicos (não gera potencial de ação) 
 - Despolarização pós-sináptica persistente.
 -Efeitos de fármacos sobre a transmissão colinérgica: 
 - Alguns fármacos podem influenciar a transmissão colinérgica agindo como 
agiotas ou antagonistas nos receptores pós-sinápticos, afetando a liberação de 
acetilcolina 
 ou a hidrólise da mesma. 
-- FÁRMACOS QUE AFETAM OS RECEPTORES MUSCARÍNICOS 
- Agonistas muscarínicos: 
. São também conhecidos como parassimpaticomiméticos, pois seus efeitos se 
assemelham aos da estimulação parassimpática. 
 . Atualmente, apenas são usados 3 fármacos: BETANECOL (resistente à 
hidrólise, seletivo para receptores muscarínicos), 
 PILOCARPINA (agonista parcial, alguma seletividade para estimulação de 
glândulas e contração do músculo liso) e CEVIMELINA. 
 . Efeitos: 
a) Cardiovasculares: 
. Redução da frequência cardíaca 
. Redução do débito cardíaco 
. Vasodilatação (óxido nítrico) 
. Queda da pressão arterial. 
b) Sobre a Musculatura Lisa: 
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C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
. Contração do músculo liso 
. Aumento da atividade peristáltica gastrintestinal 
. Contração da bexiga e brônquios 
c) Sobre secreções: 
. Aumento das secreções sudorípara, lacrimal, salivar e brônquica, 
resultante da estimulação das glândulas exócrinas. 
d) Oculares: 
. Redução da pressão ocular através da ativação do músculo constritor da 
pupila. 
e) Outros: 
. Aqueles agonias muscarínicos que são capazes de atravessar a 
barreira hematoencefálica produzem efeitos centrais, 
 especialmente pela ativação de receptores M1
- Antagonistas muscarínicos: 
 . São conhecidos como parasimpatolíticos. 
 . Agonistas competitivos 
 . Dois compostos de ocorrência natural: ATROPINA e HIOSCINA. São 
alcalóides, compostos de amônio quaternário e lipossolúveis (bem 
absorvidos no intestino 
 e no saco conjuntiva, além de atravessar a barreira HE). 
 . BUTILBROMETO DE HIOSCINA e PROPANTELINA são amônia quaternárias, porém não 
penetram o SNC. 
 . IPRATRÓPIO é utilizado em inalações como broncodil atador. 
 . CICLOPENTOLATO e TROPICAMIDA são utilizados como colírio no meio oftálmico. 
 . PIRENZEPINA é um antanogista seletivo M1. 
 . OXIBUTINA, TOLTERODINA e DARIFENACINA são seletivos M3 e agem sobre a 
bexiga, inibindo micção (utilizados em casos de incontinência urinária). 
 . Todos produzem efeitos indesejados típicos de antagonistas muscarínicos: 
boca seca, visão turva, constipação. 
 . Salvo exceções (pirenzepina e d arifenacina) os antagonistas 
muscarínicos possuem baixa seletividade. 
 . Efeitos da atropina sobre o organismo: 
a) INIBIÇÃO DE SECREÇÕES 
. Baixas doses de atropina já inibem glândulas exócrinas (salivares, 
sudoríparas, lacrimais, brônquicas). 
b) FREQUÊNCIA CARDÍACA 
. Atropina causa taquicardia moderada (bloqueia receptores muscarínicos 
cardíacos). 
obs.: Como não há estímulo de SNA simpático e apenas inibição do 
tônus parassimpático, a taquicardia é moderada. 
c) OCULARES 
. Atropina causa midríase (dilatação da pupila) e inib e responsividade 
da pupila a luz. 
. Paralisia da acomodação ocular (visão para perto comprometida). 
. Pode levar ao aumento da pressão ocular. 
d) TRATO GASTRINTESTINAL 
. Atropina inibe a motilidade gastrintestinal 
e) OUTROS MÚSCULOS LISOS 
. Atropina relaxa a musculatura da árvore brônquica e dos tratos 
biliar e urinário 
. Broncoconstrição reflexa (ocorre durante anestesias) é inibida pela 
ação da atropina 
. Retenção urinária em homens idosos com hipertrofia prostática. 
f) SNC 
. Efeito excitatório que pode variar de leve inquietação à desorientação, 
dependendo da dose. 
 . Uso clínico: 
 - Prevenção da broncoconstrição reflexa e redução da secreção brônquios 
durante anestesias. 
 - Dilatação da pupila para exame oftalmológico. 
 - Broncodilatador na asma e bronquite. 
 - Relaxamento da bexiga 
- Colinérgicos indiretos ou anticolinesterásico 
 - Fármacos que atuam inibindo a enzima acetilcolinesterase. 
 - Impede a metabolização da acetilcolina. 
 - Drogas sinérgicas a acetilcolina. 
 - Não agem direto no receptor. 
- Ações nicotínicas - Estimulação, seguida de depressão ou paralisia, dos gânglios 
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C:\Users\ricardo.duarte\Desktop\av1.ResumoFarmacologia sexta-feira, 3 de maio de 2019 11:30
autonômicos e da junção neuromuscular
- JNM 
Excitação dessincronizada e fibrilação muscular seguida de bloqueio de 
despolarização 
Reversão do antagonismo causado por bloqueadores neuromusculares (BNM) 
competitivos (não despolarizante).
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