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Sistematização do Cuidar II Unidade 4: Exame Físico de Cabeça e Pescoço Faculdade Estácio de Sergipe – FASE Prof.ª Sílvia Sandes OBJETIVO Identificar principais sinais físicos encontrados em algumas alterações da cabeça e pescoço. Descrever os achados físicos em um exame normal da cabeça e pescoço. Conhecer as principais alterações da cabeça e pescoço identificadas no exame clínico. REVISÃO ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO O exame físico da cabeça e pescoço inclui : Crânio Face Olhos Ouvidos Seios da face Boca Glândula tireoide Nódulos linfáticos OSSOS DO CRÂNIO SUTURAS - CRÂNIO OLHOS E APARELHO LACRIMAL PUPILA ORELHA EXTERNA BOCA PESCOÇO GLÂNDULA TIREÓIDE LEVANTAMENTO DE DADOS DURANTE A ENTREVISTA Olhos: visão, secreções, lacrimejamento, acuidade; Ouvidos: audição, dor, secreção; Nariz: olfato, obstrução, coriza, uso de descongestionante nasal; Seios da face: dor; LEVANTAMENTO DE DADOS DURANTE A ENTREVISTA Cabeça: cefaleia, tontura, vertigem; Boca: paladar, edema ou retração gengival, condições dos dentes, uso de próteses, úlceras; Orofaringe: rouquidão, disfagia; Pescoço: dor, rigidez, edema, gânglios LEVANTAMENTO DE DADOS DURANTE A ENTREVISTA História de doenças crônicas Exposição a substância prejudiciais ou ruídos altos História de tabagismo, mastigação de tabaco ou uso de cocaína; História de traumatismo craniano SEMIOTÉCNICA: CABEÇA E PESCOÇO EXAME DO CRÂNIO TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Tamanho e formato: Normocefálica: crânio simétrico e arredondado, proporção adequada em relação ao tamanho do corpo. EXAME DO CRÂNIO TAMANHO E FORMATO ANORMAIS: MICROCEFALIA EXAME DO CRÂNIO TAMANHO E FORMATO ANORMAIS: Microcefalia EXAME DO CRÂNIO TAMANHO E FORMATO ANORMAIS: MACROCEFALIA EXAME DO CRÂNIO TAMANHO E FORMATO ANORMAIS: Anencefalia EXAME DO CRÂNIO DEFORMIDADES: Tumores e traumatismo Fontanela deprimida ou abaulada EXAME DO CRÂNIO Higiene Cabelo (inspeção e palpação): - Avalie coloração; distribuição; quantidade; espessura; textura e presença de lesões e parasitas. Couro cabeludo (inspeção e palpação): - Reparta o cabelo em vários locais e verifique se há descamação, protuberâncias ou lesões. EXAME FACE Observar o Conjunto alteração da face que caracteriza doenças. - Avalie: 1. expressão e 2. contornos faciais; 3. simetria; edema e massas. TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção EXAME FACE Fácies basedowiana: indica hipertireoidismo; Olhos salientes (exoftalmia) e rosto magro Fonte:nonaenfermaria.blogspot.com EXAME FACE Fácies Cushingoide: Indica uso de corticoide ou hiperfunção da suprarrenal. Rosto arredondado ou cara de lua cheia EXAME FACE Fácies Leonina: Indica hanseníase Pele espessa, Supercílios caem e nariz alarga. EXAME FACE Fácies paralisia facial: Indica anomalia do nervo facial ou lesão EXAME FACE Fácies Lúpus Eritematoso Sistêmico: mancha "asa borboleta" (vermelhidão característica no nariz e face). Fonte:doutorseverino.org Fonte:saskrheumatology.ca EXAME FACE Fácies mixedematosa: Indica hipotireoidismo Fonte:scielo.br EXAME FACE Fácies renal: causada doença renal EXAME FACE Hipertrofia Parótida EXAME FACE Fácies acromegalia: é uma síndrome causada pelo aumento da secreção do hormônio de crescimento. EXAME FACE Fácies Síndrome de Down Fase:movies-loganchaimkieran.blogspot.com FONTEtakerootandwrite.com EXAME FACE Manobra AVALIAR expressão facial: Pedir para paciente sorrir, franzir as sobrancelhas, encher as bochechas e soprar. EXAME FACE Pele Cor, pigmentação, textura, espessura, distribuição de pêlos, presença de lesões. TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação EXAME FACE Tremores e Tiques: movimentos faciais involuntários. OLHOS TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação S/N Instrumento: Lanterna de bolso Cartaz Oftalmoscópio SOBRANCELHAS Observações: Avaliar simetria, quantidade e distribuição dos pelos Pelos que não se estendem a região do canto temporal podem indicar HIPOTIROIDISMO. Incapacidade de movimentos: Paralisia nervo facial OLHOS Exoftalmia (Protrusão) Enoftalmia ( afundamento do globo ocular) Avaliar: simetria, posicionamento, coloração, mobilidade visual, acuidade visual, secreções OLHOS- ESCLERA Manobra AVALIAR Conjuntiva: Tracionar as pálpebras inferiores para baixo e a superior para cima e pedir para o paciente olhar na direção contrária OLHOS-ESCLERA Esclera ictérica Hemorragia subconjuntival OLHOS- PÁLPEBRA Ptose (queda pálpebra) Entrotopia (borda da pálpebra voltada para dentro) OLHOS- PÁLPEBRA Lagoftalmo ( incapacidade parcial ou total de fechar os olhos) Ectrópio: eversão da pálpebra superior ou inferior OLHOS- PÁLPEBRA Hordéolo: É uma inflamação das glândulas das pálpebras. OLHOS Xantelasma: Placas amarelas e discretamente elevadas que aparecem geralmente na pálpebra, que pode indicar hiperlipidemia grave. OLHOS: PUPILAS Pupilas : normalmente pretas, regulares e do mesmo tamanho: 3 a 9 mm de diâmetro. Avaliar: tamanho, formato e simetria Comandada pelo Sistema Nervoso Autônomo Reatividade a luz: estímulo do III nervo craniano A alteração pupilar é afetada por alterações na pressão intracraniana, lesões ao longo das vias de transmissão neural, medicações e trauma PUPILÔMETRO OLHOS- PUPILA Isocóricas: (pupilas simétricas) Anisocóricas (pupilas com diâmetros diferentes) OLHOS- PUPILA Miose (constrição da pupila) Midríase (dilatação da pupila) OLHOS- PUPILA Semiotécnica: FOTORREAÇÃO Avaliação de reflexo Instrumento: lanterna de bolso Semiotécnica: ACOMODAÇÃO VISUAL Avaliação de reflexo Reflexo fotomotor presente (RFM+) PUPILAS ACUIDADE VISUAL - PROBLEMAS CATARATAS: Aumento da opacidade das lentes GLAUCOMA: Pressão intraocular aumentada ORELHAS TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação S/N Instrumento: otoscópio Pavilhão auricular: deformidades, nódulos e lesões cutâneas. Avaliar otalgia. Canal auditivo e tímpano: usar o otoscópio (avaliar a presença de secreção, corpos estranhos, vermelhidão ou edema. Acuidade auditiva: um ouvido de cada vez, cochiche na direção do ouvido não ocluído. ORELHAS NARIZ Instrumento: espéculo nasal ou na ausência otoscópio e espátula TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Avaliar: forma, tamanho, secreções, lesões, ocorrência de epistaxe; Normal: simétrico, permeabilidade, ausência de secreções e lesões, respiração não ruidosa e seios paranasais sensibilidade normal à palpação. NARIZ Epistaxe: hemorragia nasal. Rubicundez: nariz vermelho e Coriza NARIZ Desvio de septo Hipertrofia de cornetos NARIZ Neoplasias Trauma NARIZ Manobra AVALIAR permeabilidade da narina: Permeabilidade de cada narina: Ocluir uma narina e pedir para o paciente inspirar. NARIZ Manobra AVALIAR olfato: Colocar alguns cheiros familiares em cada narina e pedir para o paciente identificar. SEIOS DA FACE TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Inspecionar e palpar regiões frontal e maxilar, interrogar a presença de obstrução nasal e sensibilidade à digitopressão. ACHADOS ANORMAIS: Presença álgica à palpação (seios inflamados e edemaciados) SEIOS DA FACE Manobras na palpação Palpar com suave pressão para cima nas saliências ósseas. LÁBIOS TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Avaliar: cor e umidade, presença ou não de lesão Normal: simétricos rosados lisos sem lesões LÁBIOS Cianose Palidez LÁBIOS Lesões e trauma Edema LÁBIOS Lábio leporino Fonte:generaccion.com CAVIDADE BUCAL E GENGIVAS TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Avaliar: Mucosa oral: luz e abaixador de língua (cor, presença de úlceras, placas esbranquiçadas e nódulos); Gengiva e dentes: observe cor da gengiva e quantidade de dentes; Céu da boca (palato): cor e formato do palato duro. NORMAL: Cavidade bucal: eles devem ser rósea, úmidos, simétricos e sem lesões CAVIDADE BUCAL E GENGIVAS MANOBRA DA INSPEÇÃO E PALPAÇÃO Abaixador de língua Remover próteses Uso de luvas ALTERAÇÃO DA GENGIVA LÍNGUA Língua normal: Róseo-avermelhada Úmidas Sulcos Movimento TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Avaliar: Simetria Umidade Cor Lesões Tamanho e textura. LÍNGUA Semiotécnica : Examina-se a língua em três posições: sempre com o paciente abrindo a boca ao máximo: 1. Posição de repouso 2. Colocar língua para fora da boca 3. Tocar o céu da boca com a ponta língua LÍNGUA Língua saburrosa Língua pilosa preta LÍNGUA Língua de framboesa (escarlatina) Língua Geográfica LÍNGUA Tumor LÍNGUA Manobra AVALIAR paladar: Oferecer alimentos para o paciente identificar BOCA E FARINGE Faringe: peça ao paciente que abra a boca novamente, desta vez sem colocar a língua para fora e solicite a ele que diga ´´ah´´ ou boceje. Este gesto permite uma boa visualização da faringe. Examine o palato mole, úvula, amígdalas e a faringe posterior. PESCOÇO: POSIÇÃO E MOBILIDADE Inspecionar características da pele, simetria e mobilidade; palpar temperatura e sensibilidade ganglionar, pulsação das artérias carótidas, tireóide Movimento:( Flexão, Extensão, Rotação e Lateralização) Posição Resistência a dor TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Ausculta PESCOÇO- JUGULAR Ingurgitamento das jugulares Batimento arterial PESCOÇO- TIREÓIDE TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Ausculta Tireóide normal: Quando palpável, é lisa, elástica, móvel, indolor, com temperatura da pele normal e ausência de frêmitos ACHADOS: Quando aumentada indica doenças da glândula tireóide, infecção ou câncer. PESCOÇO- TIREÓIDE INVESTIGAÇÃO SEMIOLOGICA: Volume: Normal ou aumentado. Consistência: normal ou endurecida Mobilidade: móvel ou imóvel. Superfície: lisa, nodular ou irregular. Temperatura: normal ou quente. Sensibilidade: indolor ou dolorosa. Presença de frêmitos e sopro: quando aumentada TIREÓIDE Manobra da inspeção Paciente sentado, pedir estende a cabeça para trás e deglutir. TIREÓIDE Manobras na palpação Paciente sentado – examinador em pé atrás TIREÓIDE Pedir para o paciente que faça algumas deglutições (a tireóide se eleva ao deglutir) TIREÓIDE Manobras na palpação Paciente sentado e o examinador em pé de frente. LINFONODOS INVESTIGAÇÃO SEMIOLOGICA: Observe localização, tamanho, formato, mobilidade, hipersensibilidade (dor sugere inflamação). Pessoas normais: gânglios pequenos, móveis, isolados e indolores NORMALMENTE OS LINFONODOS VARIAM DE 0,5 A 2,5 CM DE DIÂMETRO LINFONODOS Sensibilidade: indolor ou dolorosa. Mobilidade: flutuante ou imóvel. Consistência: mole ou duro Alteração da Pele: existência de sinais flogísticos. LINFONODOS Coalescência: Junção de dois ou mais gânglios, formando uma massa. ACHADOS: Nódulos linfáticos aumentados (LINFADENOPATIA): podem indicar infecção, distúrbio auto imunológico ou metástase de câncer. LINFONODOS TÉCNICAS UTILIZADAS: Inspeção Palpação Manobras na palpação Palpar os nódulos linfáticos com as partes polpas digitais 1 2 4 3 5 6 7 8 9 10 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. JARVIS, C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. 3.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. cap.11. p.251- 278. 2002. 2. POTTER,P.A. et al.Fundamentos de enfermagem.7ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 3. Taylor,C; Lilis, C; LeMone,P. Fundamentos de enfermagem, Artmed, 2007. 4. BARROS, A.L.B.L.Anamnese e exame físico.1 ed.Porto Alegre,Artmed,2002. 5. PORTO,C.C. Exame Clínico.6ª ed. Guanabara Koogan,2011. 6. Deborah A.Andris...et al. Semiologia: Bases para a prática assistencial. 1 ed. Rio de Janeiro, Editoralab, 2006. 7. MACIEL,L.M.Z. O exame fisico da tireoide, Medicina, Ribeirão Preto, 72-77. jan/mar,2007.
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