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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA JOSÉ VICTOR ARAUJO SANTA ROZA DOS SANTOS O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL CAMAÇARI – BAHIA 2019 2 JOSÉ VICTOR ARAUJO SANTA ROZA DOS SANTOS O BRIINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Projeto. Orientador: Márcia Cristina de Faria CAMAÇARI 2019 3 SUMÁRIO 1. Introdução ................................................................. 4 2. Apresentação do tema............................................... 4 3. Apresentação do problema......................................... 5 4. Objetivos.....................................................................7 4.1 Objetivos gerais ....................................................7 4.2 Objetivos específicos .............................................7 5.Justificativa da pesquisa................................................7 6. Procedimentos Metodológicos.................................... 8 7. Cronograma..................................................................8 8. Referências................................................................. 8 4 1- INTRODUÇÃO O trabalho tem objetivo de investigar e mostrar pontos relevantes em referência a fundamental importância do brincar na educação infantil, contribuindo de maneira gradativa no desenvolvimento corporal e psicológico da criança. Meu interesse no tema surgiu após o estágio em uma escola comunitária e observando o comportamento das crianças, percebi o quanto as brincadeiras e jogos nos anos iniciais facilitava o processo de aprendizagem e formação das crianças. 2- APRESENTAÇÃO DO TEMA O principal motivo pela escolha do tema „‟ O Brincar na educação Infantil„‟, foi devido ao fato de ser um tema muito relevante e de fundamental importância no desenvolvimento da criança. Brincar, além de ser um direito fundamental da criança, faz com que a criança reconheça seus pontos fortes, fracos e seus limites, desenvolvendo suas habilidades corporais, além de trabalhar sua organização em grupo, vocabulários e compreender sobre regras impostas. A criança é a principal protagonista do papel escolar, é papel do professor criar brincadeiras com objetivos que façam a criança se manifestar e ser participativo, explorar a imaginação, o lúdico, além de trabalhar conteúdos que desperte na criança a vontade para aprimorar sua criatividade. Segundo o Rcnei, 1998, p .29 o papel do professor não é ensinar a criança a brincar, pois, este é um ato que acontece de forma natural, mas sim planejar e organizar atividades norteadoras para que essa prática aconteça de maneira diversificada, onde a criança possam expressar sentimentos, emoções, desempenhar papéis, trocar experiências com objetos e seus companheiros com quem brincar. Ainda segundo Carolina Drugg, integrante do comitê de especialistas em desenvolvimento na primeira infância do ministério da saúde, A brincadeira é a principal forma de expressão da criança e o principal meio dela observar e interagir com o mundo, a partir da brincadeira, a criança vai vivenciar liberdade, criatividade, desenvolvimento do corpo e a tolerar as diferenças. Piaget (1973) reforça em suas obras que os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e 5 enriquecem o desenvolvimento intelectual, para Piaget o jogo é a construção do conhecimento. "Os jogos e as atividades lúdicas tornaram-se mais significativas a medida que a criança se desenvolve; com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa". Logo nos primeiros anos de vida, o brincar traz a criança sua principal etapa no desenvolvimento, é a etapa que a criança está em total desenvolvimento psicológico, por isso, é papel do educador oferecer suporte, se qualificar, procurar entender a criança, criar um maior convívio com a mesma, para que haja afinidade e possibilite que a criança consiga concretizar essa etapa. Freitas apud Lopes (1996) nos diz: nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinha, mas sim em parceria com as outras, que são os mediadores. Portanto deverá ser levado em consideração a importância da intervenção do educador, que tem o papel de mediador do processo, provocando avanços que não ocorrerão espontaneamente. A criança, por meio da brincadeira, reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. . 3- APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA O principal problema apresentado é a falta do brincar, mudar o conteúdo, explorar melhor o aluno, não apenas atividades rotuladas e sem objetivos para apenas preencher lacunas e passar o tempo, ter eficácia na construção da brincadeira vai aumentar o estimulo do educando. As brincadeiras com jogos ou atividades de campo, é o principal método de desenvolvimento da criança nos anos inicias, ignorar ou não se dedicar por completo criando atividades com objetivos e bem planejadas é retroceder o desenvolvimento da criança. Pois é através da brincadeira que a criança reflete, organiza, desorganiza, constrói, destrói e reconstrói o seu mundo (SEBASTIANI, 2003). O brincar já surge com o crescimento da criança, além disso, o brincar ensina a criança o convívio em sociedade, remover barreiras e extinguir o bullying. É necessário criar brincadeiras com eficiência e dedicação para criar entusiasmos e interesses na crianças, é papel do educador mediar esse desenvolvimento da criança, o professor não deve somente se limitar a passar a informação, é necessário conhecer mais o aluno, pois, o educador é fundamental e elemento essencial na formação como cidadão. 6 Coutinho (2002), aponta que, brincar com as crianças é um importante momento para conhecer seus desejos, idéias e sentimentos e compreender melhor o significado da brincadeira no seu cotidiano. [...] “se a Pedagogia da Educação Infantil incita o professor para que seja sobretudo aquele que pensa e propõe o tempo e o espaço da educação para as crianças e que compartilha com elas a experiência de tornar-se criança, não se pode colocá-lo aquém das vivências infantis, mas sim pensar possibilidades de aproximação da sua cultura à cultura infantil.” (COUTINHO, 2002:70) De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30, v.01): O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambienterico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas. As instituições de ensino também devem estar em pleno desenvolvimento visando dar garantia para que os educadores possam desempenhar seu melhor papel, oferecer ferramentas, local adequado, formação, palestras, usar uma metodologia de trabalho bem planejada, é de suma importância também não parar no tempo, estar sempre se atualizando em compras de brinquedos e novos jogos educativos. Em muitas instituições ainda é precário a falta de brinquedos que possibilitem ao educador desenvolver melhor seu plano de aula, e assim, não explorar no aluno uma melhor criatividade e estimulo para a aprendizagem. O brinquedo educativo é entendido como recurso que ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa. O brinquedo desempenha um papel de grande relevância, se considerarmos a que a criança aprende de modo intuitivo, adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais. (livro de Tizuko M. Kishimoto – Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1999.) O Brincar é um direito da criança, isso deve ser assegurado pelas escolas, direito esse que é prescrito na constituição federal (1998), artigo 227, também no estatuto da criança e do Adolescente – Eca (1990) art. 16 – IV. onde diz: Brincar, praticar esporte e diverti-se. 7 4- OBJETIVOS 4.1- OBJETIVOS GERAIS A proposta desenvolvida nesse estudo é sobre a analise da brincadeira no ambiente escolar e o que proporciona a criança, além de dissertar sobre o papel fundamental do professor e da instituição para o desenvolvimento do educando. 4.2- OBJETIVOS ESPECIFICOS Investigar sobre o desenvolvimento psicológico e social que o brincar traz a criança. Analisar se as leis que asseguram o lazer e o direito de brincar da criança estão em pleno vigor no cotidiano escolar das crianças. Demonstrar que os métodos de jogos e brincadeiras na educação infantil faz com que o educando adquira de forma mais fácil o conteúdo proposto. Pesquisar sobre o brincar na importância para o desenvolvimento social da criança. Reconhecer a importância dos brinquedos e das brincadeiras como elemento fundamental no desenvolvimento psicológico e corporal da criança. 5 – JUSTIFICATIVA O presente trabalho tem como propósito e eixo principal da pesquisa a importância do brincar na educação infantil. O interesse pelo tema surgiu depois de alguns estágios, tendo a vivencia com as crianças e observando o modo que as crianças se sentiam prazerosas e dedicas a brincadeira na forma de aprendizagem. O Educador deve estimular a criança a brincar, a sentir prazer na brincadeira e assim, ter maior desenvolvimento, o brincar já é uma expressão natural da criança, sendo assim, é necessário entender que há na criança uma necessidade para brincar, tanto de forma espontânea quanto planejada, de forma espontânea e em grupo a criança vai aprimorar sua imaginação, seu convívio social e entender sua relação com o próprio corpo. Assim, na medida em que a criança brinca, ela relaciona ideias, forma conceitos, reforça habilidades sociais e constrói seu próprio conhecimento. Para Marinho 8 (2007) o ato de brincar contribui para um melhor desenvolvimento da criança em todos os aspectos: físico, afetivo, intelectual e social. Ainda segundo Gisela Wajskop, os jogos e as brincadeiras trazem vantagens sociais, cognitivas e afetivas. É a partir dessa realidade que a criança compreende o mundo e as ações humanas nas quais se inserem cotidianamente. Gisela ainda afirma: “É, portanto, na situação de brincar que as crianças se podem colocar desafios e questões além de seu comportamento diário, levantando hipóteses na tentativa de compreender os problemas que lhes são propostos pelas pessoas e pela realidade com a qual interagem” (WAJSKOP, 1995, p. 39) De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil ( RC NE I) : “Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais” (BRASIL, 1998, p. 22). O Brincar além de está ligado ao desenvolvimento corporal e social da criança, e também diretamente na evolução da aprendizagem, segundo Sebastiani (2003, p. 119), “a brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimento sobre si mesma e sobre o mundo”. 6- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este trabalho está sendo desenvolvido com pesquisas exploratórias embasadas em fontes bibliográficas e constituídas através do desenvolvimentos de idéias para a contextualização do tema a ser abordado. Para investigação do tema proposto, foram realizadas pesquisas exploratórias utilizando referencias bibliográficas de autores como: CAROLINA DRUGG, SEBASTIANI (2003), WAJSKOP (1995), COUTINHO (2002), FREITAS (1996), PIAGET (1973), PIAGET (1979), MARINHO (2007), as abordagens desses autores proporcionaram um norte de pesquisa com o objetivo de conhecer o posicionamento e conhecimento em relação ao brincar na educação infantil, contextualizando 9 assim o processo de ensino aprendizagem e desenvolvimento da criança a partir da utilização das brincadeiras com as crianças. Após um período de observação em uma escola comunitária, denominada: escola comunitária abelha encantada, localizada na cidade de Valente, Bahia, Brasil, em uma faixa etária de idade para a educação infantil, foi notório o entusiasmo e maior facilidade para desenvolver as atividades propostas pelo educador. A brincadeira mostra ser uma excelente auxiliar no processo de captação do conhecimento, além de favorecer o desenvolvimento cognitivo, social e motor da criança. 7- CRONOGRAMA CRONOGRAMA ATIVIDADES DA PESQUISA FEV MARÇO ABRIL MAIO JUNHO PRODUÇÃO Pesquisa Bibliográfica acerca do tema 01 a 30 Produção de dados teóricos Pesquisa de campo 08 a 30 Produção dos dados empíricos Escrita do projeto 01 a 30 Aulas, pesquisas, palestras e seminários Apresentação no Seminário de Pesquisa da Estácio Busca por financiamento da pesquisa Entrega do trabalho final Produção de material cientifico acadêmico 8- REFERENCIAS KISHIMOTO, T.M. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 1996. MARINHO, H. R. B. et.al. Pedagogia do movimento: universo lúdico e psicomotricidade. Curitiba: IBPEX, 2007. 10 WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. ed. São Paulo: Corte z, 2009. Ministerio da Saude, Brasil, Blog da Saude - http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35252- saiba-por-que-brincar-e-importante-para-o-desenvolvimento-da-crianca PIAGET, Jean. Aprendizagem e Conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1979. PIAGET, Jean. O Tempo e o Desenvolvimento Intelectual da Criança. Rio de Janeiro: Forense,1973. SEBASTIANI, Márcia Teixeira. Fundamentos Teóricos e metodológicos da EducaçãoInfantil. Curitiba: IESDE, 2003. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume, p. 30, v.01
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