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RESUMO CONTABILIDADE DE CUSTOS Custos: Custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Ou seja, os gastos relacionados com a produção de bens e serviços são custos. Em suma, são os gastos que se correlacionam com a atividade produtiva Exemplos: matéria prima, aluguéis do imóvel em que funciona a fábrica, seguro das máquinas que atuam na fábrica, mão de obra usada na produção, energia elétrica da fábrica, etc. Exemplos - a matéria-prima foi um gasto na sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua estocagem, sem que aparecesse nenhum Custo associado a ela. No momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Caso o produto acabado resultante volte ao estoque, volta a ser considerada investimento. Finalmente, transforma-se em despesa quando ocorre a venda do produto. Gasto: compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Temos Gastos com a compra de matérias- primas, Gastos commão-de-obra, Gastos com honorários da diretoria, Gasto na compra deimobilizado, etc. Desembolso: pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).Os investimentos são os gastos que ficam “estocados” nos ativos da empresa, e que são baixados através da venda ou do seu consumo. A matéria primaé um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante.A máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente. As ações adquiridas de outras empresas são gastos comumente classificados como investimentos financeiros. Despesa: bem ou serviço consumido diretamente ou indiretamente para a obtenção de receitas.A compra do equipamento gera um gasto. Ao serativado (contabilizado no ativo), torna-se investimento. Quando é utilizado na produção de outros bens e serviços, a sua depreciação torna-se custo. Durante o período em que o produto acabado fica estocado, temos investimento, novamente. E, ao ser vendido, surge uma despesa. Precisamos lembrar que o “custo das mercadorias vendidas”, que aparece nadre, é a denominação mais comum, mas não é a mais correta tecnicamente. Todo produto vendido provoca despesa. Normalmente, chamamos de custo do produto vendido.Embora, como já dissemos, não seja o mais correto tecnicamente, vamos usar o termo “custos” para o gasto relativo a consumo na produção e “despesas” para os gastos que se destinam às fases de administração, vendas, e financiamento. Perda: bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Perdas normais no processo de produção: são consideradas parte do custodos produtos. perdas anormais: vão diretamente para o resultado do período. Perdas normais (perdas com rebarbas decorrentes do corte) integram o custo dos produtos. as perdas excepcionais (contratação de funcionários sem experiência) vão diretamente para o resultado, como despesa. (lembramos que atualmente não há mais o conceito de resultado operacional e não operacional, para a contabilidade. esse conceito continua apenas para a legislação do imposto de renda.) Custo de produção do período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da produção acabadaé a soma dos custos contidos na produção acabada do período. Pode conter custos de produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completadas no presente período. custo dos produtos vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes Custos primários: soma de matéria-prima com mão de obra direta. Custos de transformação: soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas, etc.).O valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um determinado item. Custos de transformação = MOD + CIF. Custos diretossão aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos. exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, embalagens, etc. Custos indiretossão aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos produtos. a sua alocação é feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. exemplo: aluguel da fábrica, supervisão, chefia, etc. cada vez que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou cada vez que há o uso de estimativas e não de medição direta, o custo é considerado indireto Custos variáveissão aqueles que variam de acordo com o volume de produção. exemplo: matéria-prima. quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de matéria-prima. Custos fixossão aqueles que não sofrem variação em função da quantidade produzida. exemplo: aluguel da fábrica. o seu valor independe da quantidade produzida. um determinado custo pode variar todo mês. mas se essa variação não for em função da variação do volume de produção, será considerado custo fixo. Custos semi-fixos: em princípios, são custos fixos; mas, com o aumento da produção, ocorre umaumento em tais custos. depois que se ajustam à nova posição, voltam a apresentar características de custo fixo. ex: necessidade de contratação de um funcionário pelo aumento da produção. Custos semi-variáveis: São aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa e outra variável. Isto é, têm um comportamento de custo fixo até certo momento e depois se comportam como custo variável. o exemplo clássico é a conta de luz: mesmo que o consumo seja zero, há uma parcela fixa a pagar. depois de certa quantidade consumida, passa a ter também uma parcela variável Formas de produção Produção por ordem: ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, então, produz também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma contínua. Produção contínua: ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contínua. exemplo: produção de refrigerantes, sabão em pó, margarina, etc. Método de custeio: é o método utilizado para apropriar oscustos de produção aos produtos. Custeio por absorção: é o método resultante da aplicação dos princípios de contabilidade. Consiste na apropriação de todos os custos incorridos, sejam fixos, variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados. Custeio variável ou custeio direto (ou padrão): nesse método de custeio, apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos. Os custos fixos são tratados como despesas do período, sendo lançados diretamente na demonstração do resultado do exercício. o custeio variável não atende ao princípio da competência; assim, só pode ser utilizado para a contabilidade gerencial, e não para a contabilidade financeira. CusteioPadrão: No custeio padrão, a contabilização é realizada com base em padrões, sendo a diferença entre os padrões e o custo real ajustada periodicamente. Além disso, o custo padrão é usado como instrumento de controle dos custos, comparando-se o padrão com os custos reais. APURAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO No caso das empresas industriais, as contas de estoque incluem estoque de matéria-prima, estoque de material de embalagem, estoque de produtos em processo e estoque de produtos acabados. As indústrias basicamente possuem três tipos de estoques: 1) Estoque de matéria prima; 2) Estoque de produtos em elaboração; e 3) Estoque de produtos acabadosCusto da produção do período = material direto + mão de obra direito + custos indiretos de fabricação Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica = MOD + CIF + MD A diferença entre os resultados apresentados pelo critério de custeio porabsorção e o critério de custeio direto ou variável está sempre no custo fixo incorporado aos estoques. Atenção, pois o método acima só funciona se não houver estoque inicial.Do contrário, temos que calcular o efeito do custo fixo do estoque inicial. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO E DOS PRODUTOS ACABADOS: O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade esperarealizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado entrecompradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso. O primeiro é umvalor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por isso, ovalor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valorjusto deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda. Embora pareça estranho, consta no pronunciamento os “estoques do prestador de serviços, que devem incluir os custos do serviço”. O custo de aquisição dos estoques compreende: 1) Preço de compra 2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os tributos recuperáveis são: a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade não cumulativa) b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade não cumulativa) 3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis àaquisição.Os descontos comerciais ou incondicionais e os abatimentos(O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais à unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Portanto, a Nota Fiscal é emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais, sem considerar impostos ou outros custos) devem ser deduzidos do custo deaquisição. Os descontos condicionais são reconhecidos como receita financeira para o comprador e não afeta o custo do estoque. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO: Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio dacompanhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens emalmoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de laranja,café, etc. Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já estáestabelecido pela cotação em bolsa. Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média ponderada móvel. Na Média Ponderada Fixa, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamosesse valor para todas as saídas do mês. Na Média Ponderada Móvel, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. Esse valor será o custo da venda. Outra forma de atribuir custos às vendas é através do Custo Específico. Usa-se como valor de venda o valor exato de cada item do estoque. MÉTODO DO VAREJO: Usado em empresas que trabalham com muitos itens e apresentam uma granderotatividade de estoque, como os supermercados. Se a empresa costuma usar uma margem fixa sobre o custo para formar o preço de venda, ela pode valorizar o seu estoque final a partir do preço de venda e calcular o custo usando a fórmula: CMV = estoque inicial + compras –estoque final. CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS Um custo fixo pode ser direto ou indireto. O mesmo ocorre com os custos variáveis. São duas classificações separadas, com finalidades distintas, e não há relação entre elas. Ou seja, embora os custos fixos sejam em sua maioria custo indiretos, pode haver custo fixo direto.Com os custos variáveis ocorre o mesmo. Repetimos, são classificaçõesseparadas. Para uma empresa a depreciação pode ser um custo indireto e para outra pode ser um custodireto. Há que se verificar o que diz a questão. Sempre que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou quando há o uso de estimativas ao invés de medição direta, fica caracterizado o custo indireto. Com respeito especificamente à mão-de-obra, o Prof. Eliseu Martins ressalta que a mão de obra direta é aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o produto que está sendo elaborado; a mão de obra indireta é a relativa ao pessoal de chefia, supervisão ou outras atividades que, apesar de vinculadas à produção, não tem aplicação direta sobre o produto: manutenção, programação e controle da produção, etc. MATERIAIS DIRETOS –CUSTO DE AQUISIÇÃO Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc) ou em condições de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, osimpostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outrosdiretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem serdeduzidos na determinação do custo de aquisiç ão. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESTOQUE DE MATÉRIA PRIMA - O custo dos estoques de matéria-prima compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos, bem como os custos detransporte, seguro, manuseio e outros diretamente relacionados com aaquisição dos materiais. - No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras não devem integraro custo do estoque. Devem ser apropriados como despesas financeirasproporcionalmente ao prazo, exceto no caso de financiamento de ativosqualificáveis. - Descontos comerciais e abatimentos não integram o custo. - No caso de estoques importados, a variação cambial incorrida até a data daentrada da matéria prima no estabelecimento do comprador será integrada aocusto; a partir daí, será apropriada como despesa financeira. Considera-se valor justo: das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado; Quando o valor realizável líquido fica abaixo do custo, o estoque deve ser ajustado, reconhecendo-se uma perda. No caso das matérias-primas, além de comparar o custo com o preço de reposição, devemos também verificar se os produtos acabados nos quais elesserão incorporado possui preço igual ou superior ao custo. Nesse caso, nãoajustamos o estoque de matérias- primas, eis que seu valor será recuperado pelo uso nos produtos acabados. TRATAMENTO DOS GASTOS DE FRETES E ARMAZENAGEM IMPOSTOS RECUPERÁVEIS São os impostos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar do imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PISe o COFINS. PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são: Cumulativa: 0,65 % Não-cumulativa: 1,65 % COFINS – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são: Cumulativa: 3,0 % Não-cumulativa: 7,6 % Devemos atentar para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar“valorda Nota Fiscal” ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. COMPRA DE MATÉRIA PRIMA empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Nesse caso, o IPI é recuperável. O valor do estoque é: 110.000 –10.000(IPI) –18.000 –1.650 -7.600 = 72.750 Assim, a contabilização é a seguinte: D –Estoque 72.750 D –IPI a recuperar 10.000 D –ICMS a recuperar 18.000 D –PIS a recuperar 1.650 D –COFINS a recuperar 7.600 C –Fornecedores 110.000 COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL(AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA): Neste caso, o IPI não é recuperável. Como se trata de mercadoria destinada àcomercialização, o IPI não entra na base de cálculo do ICMS. Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do COFINS. No exemplo anterior: D –Estoque 81.825 D –ICMS a recuperar 18.000 D –PIS a recuperar 1.815 D –COFINS a recuperar 8.360 C –Fornecedores 110.000 COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL(AQUISIÇÃO DE EMPRESA COMERCIAL): Como a empresa vendedora é uma empresa comercial, não há IPI. D –Estoque 72.750 D –ICMS a recuperar 18.000 D –PIS a recuperar 1.650 D –COFINS a recuperar 7.600 C –Fornecedores 100.000 TRATAMENTO DAS PERDAS As perdas normais são apropriadas ao custo do produto. As perdas anormais são tratadas como despesa do período, não afetando o custo da produção. MÃO DE OBRA DIRETA E INDIRETA Alguns exemplos mais comuns de Mão de obra Direta são: torneiro, prensista, soldador, cortador, pintor, etc. E de Mão de obra indireta: supervisor, encarregado de setor, pessoal da manutenção, ajudante, etc. Só é considerada Mão de obra Direta a parte relativa ao tempo realmente utilizado no processo de produção. Se houver um nível normal de ociosidade, devido a fatores como falta de material, de energia, quebra de máquinas, etc, essetempo não utilizado será transformado em custo indireto para rateio à produção. Se, por outro lado, ocorrer uma ociosidade anormal, excepcional, será considerada como perda do período (como no caso de uma grave prolongada). CUSTO DA MÃO DE OBRA O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão de décimo terceiro salário. Os principais encargos são o INSS e o FGTS 1) INSS retido do funcionário: Não é despesa da empresa D –Despesa de salário 1.000 C –INSS retido a recolher (Passivo) 90 C –Salários a pagar (Passivo) 910 Pelo pagamento do salário: D –Salário a pagar 910 C –Caixa 910 Pelo recolhimento do INSS: D –INSS retido a recolher 90 C –Caixa 90 2) INSS patronal: Constitui um encargo da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha salarial ao INSS. FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) : Também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE FÉRIAS Contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar oPrincípio da Competência. A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do enceramento das demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma: 1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito a férias na seguinte proporção: Até 5 faltas 30 dias corridos De 6 a 14 faltas 24 dias corridos De 15 a 23 faltas 18 dias corridos De 24 a 32 faltas12 diascorridos Acima de 32 faltas Perde o direito às férias. 2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das férias proporcionais, com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias. Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional deférias (um terço). Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12 avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim (Obs: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como encargos). Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os funcionários da produção, entra como custo de mão- deobra; para os outros funcionários, como despesa: Funcionários da produção: D –Custo de Mão de obra –provisão de férias 1.421,65 C –Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 Outros funcionários (escritório) D –Despesa admin. –provisão de férias (resultado) 1.421,65 C –Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO: Funciona da mesma forma que a provisão para férias. CUSTOS INDIRETOS Primeiramente, faz-se a separação dos custos de produção e despesas (que vão direto para o resultado). Apropria-se então os custos diretos aos produtos e depois os indiretos, através dos critérios de rateio: Ex.: Custos Indiretos Salários de Fábrica - indiretos 42.000 Depreciação na fábrica 42.000 Seguros da fábrica 8.000 Materiais diversos - fábrica 10.000 Energia elétrica - fábrica - indir. 24.000 Manutenção - fábrica50.000 Quando os custos diretos são maiores que os custos indiretos, uma forma simplista de rateio é atribuir os custos indiretos proporcionalmente ao que cadaproduto já recebeu de custos diretos. DEPARTAMENTALIZAÇÃO O Departamento é um centro de custos, ou seja, os custos indiretos são acumulados noDepartamento, e depois são atribuídos aos produtos. a) Separação entre Custos e Despesas; b) Apropriação dos Custos Diretos aos produtos; c) Apropriação dos Custos Indiretos aos Departamentos; d) Rateio dos Custos Acumulados nos Departamentos de Serviços aos Departamentos de Produção; e) Atribuição dos Custos Indiretos dos departamentos de Produção aos produtos. APLICAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO Ao invés de esperar pelo encerramento do períodopara ratear os Custos Indiretos realmente incorridos, a empresa utiliza uma previsão dos Custos Indiretos, os quais são aplicados segundo uma Taxa de Aplicação pré determinada. A diferença entre a Taxa estimada e a real deve ser ajustada contabilmente, nofim de cada período, mediante distribuição aos produtos, aumentando ou diminuindo os seus custos, levando-os aos valores reais. SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS: POR ORDEM E PORPROCESSO. 1) PRODUÇÃO POR ORDEM Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, então, produz também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma contínua. Na produção por ordem, os custos de cada ordem ou encomenda ficamacumulados numa conta específica. Essa conta só termina de receber custos quando ocorrer o encerramento da ordem. Ao término do período contábil, se o produto ainda estiver emprocessamento, não há encerramento, permanecendo os custos até entãoincorridos na forma de bens em elaboração, no ativo; apenas quando a ordem for encerrada, os custos serão transferidos para estoque de produtos acabados ou para Custos dos Produtos Vendidos, conforme a situação. Danificações de Materiais: Duas soluções: 1) Apropriação à ordem que está sendo elaborada 2) Alocação da perda aos custos indiretos, para rateio à produção toda do periodo: Caso as danificações nas matérias-primas ocorram, por exemplo, no armazémestocagem ou almoxarifado, antes de sua utilização na produção dedeterminada ordem. 3)No caso de danificação de ordens inteiras, o procedimento mais correto é a baixa direta para perdas do período. ENCOMENDAS DE LONGO PRAZO DE EXECUÇÃO A apropriação do resultado deve ser reconhecidaproporcionalmente à produção executada. Ou seja, uma parte da receita éreconhecida em cada período, com a respectiva apropriação dos custos, aindaque a ordem não esteja concluída. Exemplo: Uma empresa tem uma estimativa de custo total de $ 100.000 paraumaencomenda, e a contrata por $ 120.000. No primeiro ano, incorre numcusto total de $ 10.000, o que a faz apropriar $12.000 de receita. Se tiver recebido mais de $ 12.000 de seu cliente, terá o excedentecontabilizado como Passivo Circulante (Adiantamentos de Clientes, Serviços aExecutar, ou outra conta); se tiver recebido menos, a diferença aparecerá noAtivo Circulante (Contas a Receber, Clientes, Serviços executados a Faturar,etc.). TRATAMENTO DO CUSTO DE EMPRÉSTIMOS DESTINADOS AFINANCIAR ESTOQUE NA PRODUÇÃO POR ORDEM Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem serconsiderados ativos qualificáveis: (a) estoque; (b) planta para manufatura; (c) usina de geração de energia; (d) ativo intangível; e (e) propriedade para investimento A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável comoparte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos deempréstimos como despesa no período em que são incorridos. As pequenas e médias empresas seguem um procedimento diferente, contabilizando os custos de empréstimos como despesa, ainda que se refira a ativo qualificado. PRODUÇÃO CONTÍNUA Ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contínua. Na produção contínua, os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de produção. Tais contas são encerradas sempre no fim de cada período (mês, semana, trimestre ou ano, conforme o período mínimo contábil de custos da empresa). PRODUÇÃO CONJUNTA E CUSTOS CONJUNTOS Ocorre quando diversos produtos resultam da mesmamatéria prima. Por exemplo, produção de gasolina, querosene, diesel.Do mesmo material surgem diversos produtos conjuntos, normalmente classificados em co- produtose subprodutos. A produção conjunta é mais comum no caso da Produção Contínua, mas também pode ocorrer na Produção por Ordem. Co-produtossão os próprios produtos principais, só que assim chamados porque nascidos de uma mesma matéria-prima. São os que respondem pelo faturamento da empresa. Considerados como qualquer outro produto da empresa, recebem custos, ficam no estoque, etc. Sub-produtossão aqueles itens que surgem de forma normal durante o processo de produção e possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço. São itens que têm comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam porção ínfima do faturamento total. Em função da sua pouca importância, é preferível não atribuir custo aos sub- produtos. Devem ser avaliados pela receita líquida de vendas, ou seja, preço de venda deduzido das despesas necessárias para efetuar a venda. A receita originária da sua venda é considerada uma redução do custo do período, e não é considerada esporádica. Ex: Vamos supor que os custos de produção de um determinado período foram de $15.000, com o aparecimento de subprodutos que irão gerar $1.200 de receita. Pela contabilização do subproduto; D –Estoque de subprodutos 1.200 C –Custos de Produção 1.200 Assim, os custos de produção diminuem para $ 13.800. Quando o estoque desubprodutos for vendido, a contabilização será: D –Caixa 1.200 C –Estoque de subprodutos 1.200 Sucatas são aqueles itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na produção. Por isso, não recebem custos enão aparecem como estoque na empresa, mesmo que existam em quantidaderazoável. Ex: Serralheria: Matéria-prima é o tronco de árvore. O produto principal é a madeira trabalhada. As sobras do corte são um subproduto, caso haja um mercado estável, enquanto que a serragem seria a sucata. APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS CONJUNTOS AOS CO-PRODUTOS Por surgirem da mesma matéria-prima, os custos devem ser apropriados aos co-produtos por algum critério. 1. MÉTODO DO VALOR DE MERCADO Por esse método, apropriamos os custos conjuntos de forma proporcional à receita total de cada co-produto. Verifica-se a porcentagem da receita que total que representa a venda do produto e multiplica-se pelo custo total. Através desse método, todos os co-produtos apresentam a mesma margem com relação aos custos conjuntos. 2. MÉTODO DOS VOLUMES (QUANTIDADE) PRODUZIDO Este método apropria os custos conjuntos proporcionalmente ao volume Produzido. Esse método poderia ser válido se os produtos tivessem características muito semelhantes entre si, inclusive sem muita divergência em seus preços de mercado. 3. MÉTODO DA IGUALDADE DO LUCRO BRUTO PRODUÇÃO EQUIVALENTE OU EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO A técnica do Equivalente de Produção resume-se nisso: em transformar a produção em elaboração em “produtos acabados”, através da multiplicação dograu de acabamento (50%, 60%, etc) pela quantidade de unidades em elaboração. CUSTEIO POR ATIVIDADES –ACTIVITY BASED COSTING (ABC) O Custeio Baseado em Atividades (ActivityBasedCosting–ABC) é um métodode custeio que procura reduzir a arbitrariedade do rateio dos custos indiretos,pois os custos são inicialmente atribuídos às atividades e depois aos produtos. A diferença fundamental entre o ABC e os sistemas tradicionais está no tratamento dos custos indiretos de fabricação. O custeio ABC compreende a identificação das atividades relevantes, no processo de fabricação, e a atribuição de custos a estas atividades Inicialmente, os custos são apropriados aos departamentos de produção. Depois, os custos de cada departamento são atribuídos para as atividades. Finalmente, os custos das atividades são apropriados aos produtos através dos direcionadores. Atribuição de custos às atividades: Os custos das atividades incluem todos os gastos necessários para executá-las. Deve incluir salários com os respectivos encargos sociais, depreciação, energia, etc. A atribuição de custos às atividades deve ser feita na seguinte ordem: 1) alocação direta: quando há identificação clara e objetiva dos itens de custos com as atividades. 2) rastreamento: identifica uma relação de causa e efeito entre a atividade eos custos necessários para realizá-la. Para isso, a empresa deve usar os direcionadores de custos (fator que determina o custo de uma atividade; é o que causa o custo da atividade, ex: número de empregados, área ocupada, Tempo de mão de obra, tempo de máquina etc.) Os Direcionadores de Custos de Recursos identificam a maneira como asatividades consomem recursos e serve para custear as atividades, ou seja,demonstra a relação entre os recursos gastos e as atividades. Os Direcionadores de Custos de Atividades identificam a maneira como os produtos “consomem” atividades e serve para custear produtos (ou outroscusteamentos), ou seja, indica a relação entre as atividades e os produtos. 3) rateio: O rateio é utilizado quando não é possível utilizar a alocação direta ou orastreamento. CUSTOS FIXOS, LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS Custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção. Exemplo: Matéria-prima. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de matéria-prima. Custos fixos são aqueles que não sofrem variação em função da quantidade produzida. Exemplo: Aluguel da fábrica. O seu valor independe da quantidade produzida. Podemos classificar os custos fixos em Repetitivos e Não-repetitivos em valor: Isto é, custos que se repetem em vários períodos seguintes na mesmaimportância (caso comum do pessoal da chefia da fábrica, das depreciações,etc) e custos que são diferentes em cada período (manutenção,energia, etc.). A depreciação pode ser custo fixo ou custo variável , dependendo do método de depreciaçãoutilizado: FIXO: Método da Linha Reta ou Linear ou Método das Quotas Constantes Método da Soma dos dígitos ou Método de Cole (crescente ou decrescente). VARIÁVEL: Método de Unidades Produzidas Método das Horas de trabalho COMPORTAMENTO DOS CUSTOS VARIÁVEIS E DOS CUSTOS FIXOS UNITÁRIOS E TOTAIS Custo Variável Unitário: Não sofre alteração Total: Apresenta alteração proporcional ao volume produzido Custo Fixo Unitário: Apresenta alteração inversamente proporcional ao volume produzido. Total: Nãosofrealteração. Logo: - O custo total da produção aumenta com o aumento da produção; - O custounitário da produção diminui com o aumento da produção. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DEPRODUÇÃO. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO A Margem de Contribuiçãode um produto é o que resta após diminuir os custos variáveis e as despesas variáveis. É a quantia com a qual o produto contribui para amortizar os custos fixos mais as despesas fixas, e para formar o lucro. MC : Preço de venda (–) custos variáveis e despesas variáveis Nas decisões sobre aumentar ou diminuir a quantidade produzida, devemos sempre usar a Margem de Contribuição como critério de seleção. LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Sem qualquer restrição, o produto mais rentável será o que apresentar maiorMargem de Contribuição unitária. Se houver alguma restrição (de matéria prima, por exemplo), o produto maisrentável será o que apresentar maior margem de contribuição por fator derestrição. Nesse caso, devemos calcular a margem de contribuição de cadaproduto e dividir pela quantidade de fator de restrição que o produto utiliza. Ex: Considerando uma redução de 15% na capacidade das máquinas: O produto que tem a menor margem de contribuição por fator de restrição é o BETA, que deverá ter a sua produção reduzida. PONTOS DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO Ponto de Equilíbrio é o ponto em que o lucro da empresa é zero, ou seja, é o ponto no qual a receita total é igual aos custos e despesas totais. Também chamado de Break-even Point ou Ponto de Ruptura. Ponto de Equilíbrio Financeiro = (Custos fixos e despesas fixos – depreciação,amortização e exaustão) / margem de contribuição unitária Ponto de equilíbrio econômico: (custos fixos e despesa fixos + custo de oportunidade)/margem de contribuição. MARGEM DE SEGURANÇA A Margem de Segurança indica a quantidade em que a empresa está operando acima do ponto de equilíbrio, ou seja, indica o quanto as vendas podem cair antes de a empresa entrar em prejuízo. ALAVANCAGEM OPERACIONAL OU GRAU DE ALAVANCAGEMOPERACIONAL(GAO) Indica o aumento no lucro resultante de um determinado aumento no Volume.A fórmula da Alavancagem (também chamada de Grau de AlavancagemOperacional) fica assim: GAO = % acréscimo no lucro/ % de acréscimo no volume de produção ou GAO = Margem de contribuição total / lucro total Supondo uma MC = 20 e CF+DF = R$ 18.000,00 temos: Vamos calcular a Alavancagem operacional, para o ponto de 1.500 unidades. Lucro para 1.500 unidades vendidas: 1.500 x $20,00= $30.000 - $18.000 = $12.000,00 SE o volume aumentar 10%, teríamos: 1.500 unidades x 1,1 = 1.650 unidades. Cálculo do lucro: 1.650 unidades x $20,00 = $33.000 –$18.000 = $ 15.000,00. Aumento percentual no lucro: $15.000,00 / $ 12.000,00 = 1,25 ou 25% Porcentagem acréscimo no lucro 25% Alavancagem operacional = 25%/10% = 2,5 ALTERAÇÕES DOS CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS E SUA INFLUÊNCIANO PONTO DE EQUILÍBRIO - Alteração de Custo Fixo: Ponto de Equilíbrio altera no mesmo percentual. - Alteração do Custo Variável: Ponto de Equilíbrio altera no mesmo percentual da Margem de Contribuição.
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