Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nome: Ana Karolinny Maria Matias CPD: 018913 Bruna Costa Ferreira 019273 Larissa Oliveira de Araújo 019042 Luara Lacerda Maia 031919 Mariana de Sousa Farias 018978 Direito - 8º Semestre Turno: Matutino AO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS Autos nº. 20000000-0 BELTRANA DE TAL, já qualificada nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus advogados já constituídos, com fulcro no artigo 105, III, alínea ‘a’ da Constituição Federal e artigo 1029 do Código de Processo Civil, interpor RECURSO ESPECIAL do acórdão que negou provimento ao apelo da ora recorrente na ação de indenização por danos morais e materiais, que tramitou perante a 1ª Vara Cível de Sobradinho - DF, ajuizada pela recorrente em desfavor de LG CONSTRUTORA, também qualificada, pelas razões que seguem anexas. O recurso é cabível uma vez que se trata de acórdão proferido em última instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, onde ser encontra patente contrariedade a dispositivo constante de lei federal. Portanto, sendo uma hipótese prevista no artigo 105, III da Constituição Federal é inegável o cabimento do presente recurso. É tempestivo o recurso, uma vez que o acórdão foi publicado em 04/07/2017, como se interpõe o presente na data de 25/07/2017, sendo este o termo final do prazo é inegável sua tempestividade. A parte possui interesse e legitimidade, uma vez que mostrando sua insatisfação com sentença proferida, interpôs recurso de apelação, no entanto sequer foi conhecido, demonstrando assim um real gravame a recorrente, que não teve a oportunidade de obter seu apelo julgado. Segue em anexo a guia é o comprovante das custas. Pugna a parte contrária seja intimada para apresentar contrarrazões, admitido o Recurso Especial e encaminhada as razões recursais ao Colendo Superior Tribunal de Justiça. Nesses Termos, Pede Deferimento. Brasília, 25 de julho de 2016. Advogado OAB AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Recorrente: Beltrana de Tal Recorrido: LG Construções Autos nº: 20000000-0 RAZÕES RECURSAIS O acórdão recorrido não merece prosperar pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas. I. SÍNTESE DOS FATOS Cuida-se de ação de danos materiais e morais ajuizada pela recorrente em desfavor da empresa LG Construções, no processo que tramitou perante a 1ª Vara Cível de Sobradinho – DF. Na sentença, proferida pelo juiz de primeiro grau, que julgou o pedido parcialmente procedente, determinando que a empresa devolvesse o valor de R$ 18.000,00 a título de lucros cessantes tendo em vista o atraso da entrega do imóvel adquirido ainda na planta. Foi interposto recurso de apelação pela recorrente, onde se pleiteou receber também os valores a título dos danos morais, no entanto a 3ª Turma Cível do TJDFT não conheceu do recurso alegando ser extemporâneo. Dessa forma havendo ofensa à lei federal, o que enseja a interposição do presente Recurso Especial. II. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA É exigido para o Recurso Especial ser admitido, consoante artigo 1.025 do Código de processo Civil, o prequestionamento da matéria. Esse requisito foi observado na presente demanda, haja vista que o Egrégio TJDFT já se manifestou sobre a matéria referente à tempestividade do apelo. ESGOTAMENTO DE VIAS JUDICIAIS Cabe iniciar ressaltando a existência do Princípio da Singularidade, onde cada decisão judicial recorrível é cabível um único recurso, assim, vedando-se à parte interpor mais de um tipo de recurso contra a mesma decisão. Da apelação interposta pela recorrente houve o desconhecimento deste, alegado pela 3ª Turma Cível do TJDFT estar intempestivo. Houve ofensa a lei Federal, cabendo assim unicamente o Recurso Especial. DEMONSTRACÃO DE OFENSA AO DIREITO OBJETIVO O recurso de apelação, interposto por Beltrana de Tal estava tempestivo, pois de acordo com o artigo 219 do Código de Processo Civil os prazos só se contam em dias úteis. Como o artigo 216 do mesmo código prevê que nos dias em que não há expediente forense é considerado feriado e o acórdão foi publicado em 06/06/2017, como se interpôs o presente na data de 28/06/2017, sendo este o termo final do prazo, era tempestivo. III. FUNDAMENTOS DA OFENSA Ao negar acolhimento a apelação, houve desrespeito ao artigo 219 do Código de Processo Civil, onde esclarece que a contagem de prazo será feita somente em dias úteis. O acórdão com a decisão que julgou a apelação da demandante foi publicado no dia 06/06/2017. O prazo findo para a apelação é de 15 dias, que cairia no dia 28/06/2017. Não foi observado que no dia 15/06/2017 houve o feriado nacional do Corpus Christi, havendo ponto facultativo (determinado pela portaria nº 369/2016 do Ministério do Planejamento). Por ser ato do Poder Executivo, tem notoriedade. De acordo com o artigo 374, I do Código de processo Civil, “fatos notórios não necessitam de provas”. Pedir comprovação de fato notório contraria o referido dispositivo consoante em lei infraconstitucional. Uma vez que os julgadores considerem extemporâneo o apelo, acabam por violar, além do 219, o 216 do CPC, onde esclarece que “não havendo expediente forense é considerado feriado”, onde o próprio CPC atesta a suspensão do prazo processual. Sendo dispositivos constantes em Lei Federal, segue caracterizada a necessidade do Recurso Especial, uma vez que com o esgotamento das vias ordinárias, esta segue sendo a única alternativa para que a recorrente tenha seu apelo apreciado. IV. PEDIDO Ante as razões expostas, pugna o recorrente seja o recurso admitido e, no mérito, provido, para reformar o acórdão julgando procedente todos os pedidos deduzidos pela recorrente na inicial, a fim de condenar recorrida ao pagamento também dos danos morais. Nesses Termos, Pede Deferimento. Brasília, 25 de julho de 2017. Advogado OAB
Compartilhar