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Modelo - Recurso Extraordinário - Plano de Saúde

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Nome: Ana Karolinny Maria Matias CPD: 018913
Bruna Costa Ferreira 019273
Larissa Oliveira de Araújo 019042
Luara Lacerda Maia 031919
Mariana de Sousa Farias 018978 
Direito - 8º Semestre Turno: Matutino 
AO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Autos nº ...
MM PLANO DE SAÚDE LTDA, já qualificada nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus advogados já constituídos, com fulcro no artigo 102, III, alínea ’a’ da Constituição Federal e artigo 1029 do Código de Processo Civil, interpor 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
do acórdão que deu parcial provimento ao apelo da ora recorrente na ação indenizatória de nulidade de cláusula contratual ajuizada por MARIA NAZARÉ DE TAL, também qualificada, ora recorrida, pelas razões que seguem anexas.
O recurso extraordinário funda-se na violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Portanto, em se tratando de hipótese prevista no artigo 102, III da CF é inegável o cabimento do presente recurso.
É tempestivo o recurso, uma vez que o acórdão que julgou os aclaratórios opostos pelo recorrente foi publicado em 24/04/2017. O prazo correu pelos dias úteis. Houve suspensão da contagem no feriado nacional do Dia do Trabalho (01/05/2017), previsto no artigo 1º da Lei 662/49. E ainda ocorreu a suspensão dos prazos processuais no dia 15/05/2017, determinada pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em face dos ataques cibernéticos mundiais, conforme faz prova com documento anexo. Como se interpõe o presente na data de 16/05/2017, e o termo final do prazo se dá em 17/05/2017, é patente sua tempestividade.
A parte possui interesse e legitimidade, uma vez a sentença proferida em primeira instância violou dispositivo constitucional, o recorrente interpôs recurso de apelação, no entanto a matéria não foi apreciada, nem em sede de embargos declaratórios, trazendo assim um real gravame a recorrente.
Requer a juntada da inclusa guia de preparo devidamente recolhida.
Pugna a parte contrária seja intimada para apresentar contrarrazões, admitido o Recurso Extraordinário e encaminhada as razões recursais ao Colendo Supremo Tribunal Federal.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 16 de março de 2017.
Advogado 
OAB
AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Recorrente: MM Plano de Saúde LTDA.
Recorrido: Maria Nazaré de Tal
Autos nº: ...
RAZÕES RECURSAIS
O acórdão recorrido não merece prosperar pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
I. SÍNTESE DOS FATOS
Cuida-se de ação declaratória de nulidade de cláusula contratual que prevê reajuste por faixa etária do valor da mensalidade do plano de saúde, proposta pela recorrida.
Na sentença, proferida pela 25ª Vara Cível de São Paulo, o juiz julgou procedente o pleito da recorrida.
Foi interposto recurso de apelação pela recorrente, pois o contrato foi entabulado antes do Estatuto do Idoso, não cabendo assim a aplicação deste sob pena de ferir ato jurídico perfeito, que goza de proteção constitucional.
 A colenda 15ª Câmara Cível do TJSP deu parcial provimento ao pedido, mas permaneceu omissa quanto a alegação de violação ao artigo 5º, XXXVI, CF.
Logo, a recorrente opôs embargos a fim de suprir a omissão, porém foram eles rejeitados.
II. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
DA REPERCUSSÃO GERAL
O presente recurso extraordinário deve ser conhecido, eis que há existência de questões relevantes do ponto de vista jurídico, que ultrapassam o interesse subjetivo da causa, nos termos do art. 1035, §1º do Código de Processo Civil.
O objeto da demanda tem potencial de atingir um significativo número de pessoas, uma vez que há um grande número de usuários de planos de saúde que podem encontrar na mesma situação e a decisão da Suprema Corte servirá como parâmetro para as demais julgadores. 
A decisão atacada viola a proteção constitucional dada ao ato jurídico perfeito. Uma vez que tal disposição se encontra dentro do título dos direitos e garantias fundamentais previstos da Constituição Federal, logo, é inegável que a controvérsia tenha repercussão de natureza jurídica, já que se trata de uma cláusula pétrea (Art. 60, §4º, IV, CF). 
DO PREQUESTIONAMENTO
O recorrente ao interpor o recurso de apelação levantou a questão da violação ao referido dispositivo constitucional. No entanto, a questão deixou de ser apreciada no acórdão proferido pela 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 
Foram opostos embargos de declaração afim de sanar tal omissão, como possibilita a Súmula nº 98 do Superior Tribunal de Justiça. No entanto, na decisão proferida a colenda turma foi de que os embargos tinham a finalidade de rediscutir argumentos já decididos pelo Tribunal, portanto foram rejeitados.
Cabe ressaltar que, segundo o artigo 1025 do CPC, estão incluídos no acórdão o que o embargante suscitou para fins de prequestionamento, mesmo que estes restem rejeitados.
A oposição dos aclaratórios supre a ausência do prequestionamento, para se ter acesso às vias ordinárias, se a matéria foi anteriormente suscitada, como no caso em tela o recorrente já ventilou a questão em sede de apelação, em observância ao constante na Súmula nº 282 do STF.
Uma vez que o prequestionamento da matéria é requisito de admissibilidade do Recurso Extraordinário e este foi devidamente comprovado, o presente recurso deve ser conhecido.
III. FUNDAMENTOS DA OFENSA 
	De início, comporta esclarecer que o caso não demanda a reanálise de fatos e provas, sendo inadmissível a aplicação da Súmula 279 do STF.
Uma vez que o contrato foi entabulado no ano de 1999, antes da vigência do Estatuto do Idoso, a norma a ser aplicada é o art. 15, da Lei dos Planos de Saúde, uma vez que esta possibilita a majoração do valor a ser pago de acordo com a idade do usuário. 
Como o contrato possui cláusula expressa nesse sentido, de acordo com a legislação vigente naquela época, não se pode usar de norma posterior retroagindo seus efeitos para que regule uma situação anterior a sua vigência, pois assim se configura uma violação ao ato jurídico perfeito. 
No seu artigo 5º, XXXVI, a Carta Magna elenca a proteção ao ato jurídico perfeito e acabado. Uma vez que um negócio jurídico foi aperfeiçoado, não pode norma anterior afetar um contato anteriormente firmado em observância a todos os requisitos de validade, sob pena de trazer grave violação a norma constitucional. 
Uma vez que o douto magistrado em sua sentença declarou nulidade da cláusula do contrato, acabou por violar a Lei Maior, pois aplicou efeitos de norma posterior a contrato já entabulado, desrespeitando assim ato jurídico perfeito.
Portanto, uma vez esgotadas todas as vias ordinárias, cabe ao Pretório Excelso como guardião da Constituição Federal corrigir erro causado pelo juiz de primeiro grau, uma vez que a Colenda Câmara permaneceu omissa sobre este ponto em seu acórdão e sequer o apreciou no julgamento dos aclaratórios.
IV. PEDIDO
Ante as razões expostas, pugna o recorrente seja o recurso admitido e, no mérito, provido, para reformar o acórdão para julgar improcedente todos os pedidos deduzidos pela recorrida na inicial, a fim de manter a validade da cláusula contratual atacada.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Brasília, 16 de março de 2017.
Advogado 
OAB

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